Actualidade

Pelo menos 80 pessoas foram mortas na passada sexta-feira quando aviões da coligação liderada pela Arábia Saudita atingiram com mísseis um centro de detenção na província iemenita de Saada, controlada pelos Houthi.

Oito agências de ajuda humanitária que operam no Iémen disseram, numa declaração conjunta, que estavam «horrorizadas com a notícia de que mais de 70 pessoas, incluindo migrantes, mulheres e crianças, foram mortas num desrespeito flagrante pela vida de civis».

A prisão em Saada foi utilizada como centro de detenção para migrantes, que constituíram muitas das vítimas.

«Migrantes em busca de uma vida melhor para si próprios e para as suas famílias, civis iemenitas feridos às dezenas, é um quadro que nunca esperávamos acontecer no Iémen», disse Gillian Moyes, directora da Save the Children no Iémen.

Durante a última semana, a coligação liderada pelos sauditas intensificou os bombardeamentos aéreos sobre o que disse serem alvos militares ligados aos Houthis, alegadamente em...

Cara Mariza,

A Mariza tem um enorme talento que lhe permite imprimir ao que canta um cunho singular. Com o talento chegou o natural reconhecimento público. E o reconhecimento público significa que largos milhões de pessoas seguem a sua carreira e procuram inspiração nas suas ações e palavras. Isso significa, então, uma responsabilidade acrescida para a artista, para a fadista.

Sophia deixou-nos estes versos imortais: «Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar». Essa é a responsabilidade de todos nós em tempos em que tantos baixam as pálpebras ou olham para o lado.

Não podemos ignorar as centenas de resoluções das Nações Unidas que condenam Israel pela política de ocupação e de violação do direito internacional.

Não podemos ignorar posições como a da Human Rights Watch, uma ONG internacional sediada em Nova Iorque, que classificou o regime israelita como de apartheid.

Não podemos ignorar a forma desumana como Israel prossegue uma política de limpeza étnica contra os Palestinos, que são...

Boa tarde a todos

Gostaria em primeiro lugar de, em nome do MPPM, transmitir a todos vós saudações pela vossa presença neste belo e importante Encontro pela Paz.

No mês passado a realidade da guerra foi mais uma vez evidente em terras da Palestina. Infelizmente é assim há muitos anos, há demasiados anos. E é assim também há muitos anos em todo o Médio Oriente.

Após onze dias de brutais bombardeamentos de Israel - uma das maiores forças armadas do planeta - sobre a martirizada Faixa de Gaza - a maior prisão a céu aberto do planeta - as bombas pararam, para já, de cair.

Ficou o terrível saldo de 250 mortos, dos quais mais de 60 crianças, de milhares de feridos e de centenas de desalojados como resultado da destruição propositada das suas casas, incluindo a destruição de várias torres de apartamentos. Ficou a destruição de infra-estruturas de ensino e de saúde e ficaram também as marcas que tudo isto deixa nas crianças, nos mais vulneráveis e nas famílias e amigos das vítimas.

Mas se os...

Bom dia, caras amigas e caros amigos

Uma saudação especial à Câmara Municipal de Setúbal e a todas as organizações que partilham connosco a convocatória deste Encontro.

Quando falamos da luta pela Paz, quando falamos das ameaças à Paz, a região do Médio Oriente, do Mediterrâneo Oriental, estará certamente na linha da frente das principais preocupações, entre as regiões que são normalmente indicadas como aquelas onde a instabilidade e os perigos para a Paz no mundo são mais acesos.

E perguntarão, perguntaremos: mas porquê?

Porque, sabemo-lo, naquela região se concentram importantes riquezas, importantes bens, que desde praticamente o início do século xx, desde aquele famigerado acordo entre a França e a Inglaterra que foi denunciado logo após a revolução de Outubro – o famoso acordo Sykes-Picot – são disputados e partilhados entre as grandes potências europeias, na ocasião a França e a Inglaterra, hoje os Estados Unidos e outras potências.

E é verdadeiramente disso que nós falamos a...

O número de jovens palestinos detidos em regime de isolamento por Israel tem aumentado nos últimos anos. Uma investigação levada a cabo pelo Military Court Watch (*) indica que o número de menores palestinos actualmente detidos por Israel em prisão solitária aumentou para entre 100 a 200 por ano.

Historicamente, menos de 4% dos menores palestinos presos revelaram ter estado detidos em isolamento como parte do seu processo de interrogatório - ou seja 20 a 40 menores por ano. Neste novo relatório sugere-se que a proporção de menores actualmente detidos em regime de prisão solitária aumentou para quase 20%.

No final de Dezembro de 2021, havia 145 menores palestinos detidos como «prisioneiros de segurança» nas prisões israelitas. 64% dos menores estavam detidos dentro de Israel, em violação da Quarta Convenção de Genebra e do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional.

O relatório do MCW analisa 45 testemunhos de menores detidos em regime de isolamento entre Janeiro de 2019 e Maio de...

Em 18 de Dezembro de 2021 - Dia Internacional dos Migrantes, enquanto movimentos e organizações que lutam por um Mundo Sem Muros, emitimos a nossa segunda Carta Urgente para denunciar declarações ocas de preocupação e exigir repensares e acções radicais.

86 redes, movimentos e organizações de todo o mundo aderiram ao apelo.

Exigimos para as pessoas o direito de ficar com dignidade e justiça nos seus países de origem, o direito de mudar, sempre que a isso são forçadas, para países de acolhimento, protegidas e respeitadas, e o direito de regressar ao local de onde tiveram de fugir.


Em 9 de Novembro de 2021 - Dia Global de InterAcção por um Mundo sem Muros, demos início a uma série de Cartas Urgentes, com as quais navegamos onde as nossas lutas se cruzam e esperamos reunir as pessoas para aprofundar as fendas nas paredes que nos oprimem até as desmantelarmos.


A nossa Carta Urgente no Dia Internacional dos Migrantes

Hoje, sábado 18 de Dezembro de 2021, é o Dia Internacional dos Migrantes...

Durante a sua reunião anual realizada em Paris, o Comité Intergovernamental da UNESCO para a Salvaguarda do Património Cultural Intangível aceitou a inscrição de «A arte de bordar na Palestina, práticas, aptidões, conhecimentos e rituais» na Lista Representativa do Património Cultural Intangível.

A arte dos bordados tradicionais é generalizada na Palestina. Originalmente feita e usada nas zonas rurais, a prática é agora comum em toda a Palestina e entre os membros da diáspora.

Na Palestina, a roupa da aldeia feminina consiste geralmente num vestido comprido, calças, casaco, touca e um véu. Cada peça de vestuário é bordada com uma variedade de símbolos, incluindo pássaros, árvores e flores. O bordado é cosido com fio de seda em lã, linho ou algodão, e a escolha de cores e desenhos indica a identidade regional da mulher e o seu estatuto matrimonial e económico.

O bordado é uma prática social e intergeracional em torno da qual as mulheres se reúnem e colaboram para complementar o rendimento...

Em 16 de Dezembro de 2021 o MPPM divulgou uma Carta Aberta em que instava os partidos concorrentes às eleições legislativas de 30 de Janeiro de 2022 a tornarem públicas as suas posições sobre a Questão Palestina.

Dois partidos, o PCP e o Livre responderam-nos directamente explicitando a sua visão sobre os temas propostos. Transcrevemos essas respostas.

Considerando que os Programas, Compromissos e Manifestos eleitorais são, se não a melhor, a mais acessível expressão pública das propostas dos partidos, fez-se uma análise desses documentos procurando determinar as suas posições em relação aos dois temas decorrentes do desafio da Carta Aberta – a Palestina e a Autodeterminação dos Povos – e ainda sobre dois temas adicionais com relevância para a segurança e a paz no Mediterrâneo Oriental: o Militarismo e as Migrações.

No que respeita à Palestina, apenas três partidos – o BE, o Livre e o PAN – lhe fazem referência específica.

A Autodeterminação dos Povos ou conceitos correlatos são abordados...

86 crianças palestinas foram mortas desde Janeiro nos Territórios Palestinos Ocupados, fazendo de 2021 o ano mais mortífero de que há registo para as crianças palestinas desde 2014, revela um relatório da Defense for Children International – Palestine.

As forças israelitas mataram 76 crianças palestinas, incluindo 61 na Faixa de Gaza e 15 na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental. Civis israelitas armados mataram duas crianças palestinas na Cisjordânia. Sete crianças palestinas foram mortas por foguetes disparados incorrectamente por grupos armados palestinos na Faixa de Gaza, e uma criança palestina foi morta por um engenho explosivo não inactivado, cujas origens não puderam ser determinadas.

As forças israelitas dispararam e mataram 17 crianças palestinas com munições reais este ano, 15 na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, e duas na Faixa de Gaza. Pelo menos nove crianças palestinas foram mortas a tiro no contexto de manifestações ou confrontos com as forças israelitas e...

Hisham Abu Hawash está em risco de vida após 117 dias consecutivos em greve de fome como protesto contra a sua detenção prolongada e sem acusação pela autoridade militar israelita. Encontra-se na clínica prisional de Ramle e a ocupação recusa-se a transferi-lo para um hospital, sob pretexto de que a sua saúde é demasiado frágil.

O advogado da Associação de Prisioneiros Palestinos, Jawad Boulus, apresentou uma petição ao tribunal de recurso militar israelita para libertar Abu Hawwash, mas o tribunal continua a adiar uma decisão, apesar da rápida deterioração do seu estado de saúde.

Hisham Abu Hawwash, de 40 anos, reside na cidade de Dura, no Sul da Cisjordânia. É casado e tem cinco filhos. Foi detido a 27 de Outubro do ano passado, tendo cumprido três ordens de detenção administrativa consecutivas, cada uma durante seis meses, tendo a última sido reduzida de seis para quatro meses. Passou um total de oito anos em prisões israelitas por resistir à ocupação, incluindo 52 meses em detenção...