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No que terão sido as mais concorridas manifestações de solidariedade com a Palestina, realizadas em Lisboa e no Porto, largas centenas de pessoas acorreram nesta segunda-feira à chamada da CGTP-IN, do CPPC e do MPPM, para afirmar, bem alto, que a resistência do povo palestino triunfará sobre a barbárie israelita para desespero dos seus cúmplices.

Em Lisboa, numa Praça do Martim Moniz totalmente preenchida com uma população muito heterogénea, em que se incluíam muitos jovens e fortes representações de comunidades de países árabes e islâmicos, coube a Maria do Céu Guerra, presidente do MPPM, abrir o acto público dizendo, do grande poeta palestino Mahmoud Darwich, o poema «Bilhete de Identidade».

Leia aqui o poema «Bilhete de Identidade»

Seguiu-se a intervenção de Gustavo Carneiro, membro da Direcção Nacional do CPPC.

Pelo MPPM, falou o seu vice-presidente Carlos Almeida que relacionou os acontecimentos actuais com a história de um século de ocupação colonial da Palestina, teceu duras...

Assistimos a cenas de barbárie na terra martirizada da Palestina, duma violência inaceitável que é imperioso travar e que é da inteira responsabilidade de Israel e dos seus protectores.

Os bombardeamentos de Israel sobre a população sitiada da Faixa de Gaza já provocaram quase uma centena e meia de mortos – entre os quais 40 crianças – e perto de um milhar de feridos. Torres de apartamentos residenciais são demolidas, deixando numerosas famílias sem abrigo.

Em Israel há linchagens de palestinos, a destruição das suas lojas e a invasão das suas casas por bandos de extremistas israelitas, em «pogroms» transmitidos em directo pela televisão pública de Israel. O perigo duma escalada da violência é bem real.

Esta violência não é «da responsabilidade das duas partes». Tem causas próximas indesmentíveis:

- a tentativa das autoridades israelitas de expulsar dezenas de famílias palestinas das casas onde vivem, desde há gerações, em Sheik Jarrah e outros bairros de Jerusalém Leste;

- a interdição do...

O dia 15 de Maio marca o 73º aniversário da Nakba, quando Israel e as milícias sionistas forçaram violentamente a maioria dos palestinos a sair das suas casas e os transformaram em refugiados, privando-o dos seus direitos básicos e da possibilidade de regressar aos seus lares.

A Nakba nunca parou, e durante os últimos 73 anos Israel continua a expulsar cada vez mais palestinos das suas casas e terras. A limpeza étnica em curso em Jerusalém Oriental, inclusive através da iminente deslocação de palestinos de Sheikh Jarrah, ocorreu num contexto de uma escalada das atrocidades israelitas em Jerusalém e através da Palestina. Milhares de palestinianos foram feridos e mais de 150 foram mortos, incluindo 40 crianças, nas últimas semanas.

Nos últimos dias, os protestos populares dos palestinos em todo o território sob o apartheid israelita - a Cisjordânia ocupada incluindo Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza, bem como dentro de Israel – cresceram em dimensão. Foram recebidos com uma repressão...

No seguimento do clima de terror que se vive em Jerusalém Leste e em Gaza, onde a lista de mortos cresce diariamente, inúmeras eram as manifestações de solidariedade ao povo palestino que se preparavam em França.

Entretanto, a Prefeitura da Polícia de Paris emitiu uma ordem na quinta-feira 13 de Maio para proibir a manifestação de apoio ao povo palestino prevista para sábado, em conformidade com um pedido feito anteriormente pelo Ministro do Interior, Gérald Darmanin.

A marcha, marcada para este sábado às 15 horas desde Barbès (18º bairro) até à Praça da Bastilha, é organizada pela Associação dos Palestinos na Ile-de-France
«Pedi ao prefeito da polícia para proibir as manifestações de sábado relacionadas com as recentes tensões no Médio Oriente», escreveu o ministro do Interior no Tweeter, dando como justificação as «graves perturbações da ordem pública observadas em 2014».

Em toda a França, «foram dadas instruções aos prefeitos para serem particularmente vigilantes e firmes», escreveu o...

O MPPM condena energicamente a violência do exército, da polícia e dos colonos israelitas sobre palestinos em Jerusalém e atribui toda a responsabilidade pela explosão de violência à ocupação por Israel e aos seus apoiantes.

1. Os actos de violência que têm ocorrido com mais intensidade em Jerusalém, mas também em outros locais da Palestina ocupada, têm as suas causas próximas em episódios recentes como os despejos em Sheikh Jarrah ou a interdição de acesso à Mesquita Al-Aqsa , mas não podem ser dissociados dos efeitos de décadas de uma brutal ocupação colonial.

2. Israel ocupou Jerusalém Oriental na guerra de 1967 e, em 1980, «anexou-a» ao Estado de Israel, ao arrepio do direito internacional. A ocupação e subsequente «anexação» não são reconhecidas internacionalmente, mas tiveram o beneplácito dos Estados Unidos, numa decisão da administração Trump, não revertida até à data pela administração Biden, de reconhecer Jerusalém como a capital do Estado de Israel, e contam com a inacção...

Vários congressistas norte-americanos, em mensagens no Tweeter, condenaram Israel pelos anunciados despejos de várias famílias palestinas no bairro Sheikh Jarrah, em Jerusalém ocupada, em benefício de grupos de colonos extremistas.

«Os Estados Unidos devem pronunciar-se energicamente contra a violência perpetrada por extremistas israelitas, aliados ao governo, em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, e deixar claro que as expulsões de famílias palestinas não devem avançar», escreveu Bernie Sanders, senador por Vermont.

Também Elizabeth Warren, senadora democrata pelo Massachusetts, condenou as expulsões:

«A expulsão forçada de residentes palestinos de longa data em Sheikh Jarrah é repugnante e inaceitável. A Administração [norte-americana] deveria deixar claro ao governo israelita que estas expulsões são ilegais e devem cessar imediatamente», disse.

A congressista democrata de Nova Iorque Alexandria Ocasio-Cortez também criticou Israel por causa das expulsões:

«Estamos solidários com os...

Forças israelitas atacaram fiéis palestinos na Mesquita de al-Aqsa e noutros locais da Jerusalém Oriental ocupada, deixando 205 pessoas feridas, 88 das quais hospitalizadas, de acordo com o Crescente Vermelho palestino.

No final de sexta-feira, as forças israelitas utilizaram gás lacrimogéneo, granadas atordoantes e balas de aço revestidas de borracha para dispersar milhares de fiéis que se tinham reunido na Mesquita de al-Aqsa, na última sexta-feira do Ramadão.

Laylat al-Qadr é, para os muçulmanos, a noite mais santa do Ramadão e normalmente atrai grandes multidões de fiéis à mesquita al-Aqsa, enchendo completamente os seus pátios.

A violência na sexta-feira à noite, que se prolongou pelo sábado de manhã, culminou uma semana de tensões crescentes na cidade devido ao despejo iminente de seis famílias palestinas das suas casas, no bairro de Sheikh Jarrah.

Soldados e colonos atacam palestinos em Sheikh Jarrah

Palestinos foram violentamente atacados, na noite de quinta-feira, por forças de...

As forças de ocupação israelitas agrediram e dispersaram, na noite de sábado, dezenas de manifestantes não violentos palestinos que realizavam uma concentração no bairro Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental ocupada, contra uma ameaça iminente de despejo das suas casas.

O Tribunal Distrital de Jerusalém decidiu que pelo menos seis famílias deviam abandonar as suas casas em Sheikh Jarrah até 2 de Maio, apesar de aí terem vivido durante gerações.

O mesmo tribunal decidiu que sete outras famílias devem abandonar as suas casas até 1 de Agosto. No total, 58 pessoas, incluindo 17 crianças, estão previstas para serem deslocadas à força para dar lugar aos colonos israelitas.

Aref Hammad, porta-voz das famílias de Sheikh Jarrah, disse que existem actualmente 28 unidades habitacionais, onde vivem 87 famílias, que enfrentam a ameaça de despejo para dar lugar a um novo colonato israelita conhecido como Shimon HaTsadiq.

Um plano para o colonato, que consiste em 200 unidades habitacionais, já foi...

O MPPM integrou o desfile organizado pela CGTP-IN/USL, em Lisboa, associando-se assim às celebrações do Dia do Trabalhador.

Entre o Campo Pequeno e a Alameda, reclamámos uma Palestina Livre e Independente e Paz para o Médio Oriente.

Na Alameda, a Palestina e Médio Oriente estiveram presentes na intervenção da Secretária-Geral da CGTP-IN:

«Saudamos o povo da Palestina, ocupado e humilhado por Israel com o alto patrocínio dos Estados Unidos da América!

[Palestina vencerá! Palestina vencerá!]

Saudamos os povos da Síria e de todo o Médio Oriente, terra fustigada pela ganância do lucro e dos que não olham a meios para impor a sua vontade!»

«As autoridades israelitas estão a cometer os crimes contra a humanidade de apartheid e perseguição», disse a organização internacional de direitos humanos Human Rights Watch num relatório hoje divulgado. «A acusação tem por base uma política global do governo israelita para manter o domínio dos israelitas judeus sobre os palestinos e os abusos graves cometidos contra os palestinos que vivem no território ocupado, incluindo Jerusalém Oriental.»

O relatório de 213 páginas da HRW, intitulado A Threshold Crossed: Israeli Authorities and the Crimes of Apartheid and Persecution [Um Limiar Transposto: as Autoridades de Israel e os Crimes de Apartheid e Perseguição] «examina o tratamento dado por Israel aos palestinos. Apresenta a realidade actual de uma única autoridade, o governo israelita, governando primariamente a área entre o rio Jordão e o Mar Mediterrâneo, povoada por dois grupos de dimensão aproximadamente igual, e privilegiando metodologicamente os israelitas judeus enquanto reprimem...