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Milhares de mulheres palestinas manifestaram-se na tarde da passada de terça-feira perto da vedação que isola a Faixa de Gaza cercada de Israel, reclamando o direito ao retorno dos refugiados palestinos. Pelo menos 134 mulheres foram feridas por balas reais e gás lacrimogéneo disparados pelas forças israelitas. O Ministério da Saúde de Gaza informou que entre os feridos se encontravam trabalhadores da comunicação social que cobriam o acontecimento. Tratou-se da primeira manifestação de massas de mulheres na Faixa de Gaza desde que em 30 de Março se iniciaram no pequeno território palestino os protestos populares da Grande Marcha do Retorno, exigindo o direito de regresso dos refugiados e seus descendentes aos locais de onde foram expulsos em 1948, durante a violenta campanha sionista de limpeza étnica que acompanhou a criação e de Israel e que se traduziu pela expulsão de mais de 750 000 palestinos. Os protestos visam também o bloqueio a que há mais de uma década a Faixa de Gaza é...

Dezenas de palestinos, acompanhados por activistas dos direitos humanos israelitas e internacionais, protestaram hoje em Khan al-Ahmar e nas suas redondezas, enquanto forças israelitas começavam os preparativos para destruir a aldeia beduína, na Cisjordânia ocupada, apesar dos apelos internacionais para a não concretização do plano.Moradores e activistas agitaram bandeiras palestinas e subiram às escavadoras, tentando impedir a demolição. O Crescente Vermelho palestino informou que 35 pessoas ficaram feridas e quatro foram levadas para o hospital.A organização israelita B'Tselem (Centro de Informação para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados) relatou que foram presas nove pessoas.Os incidentes de hoje surgem depois de representantes da Administração Civil de Israel (órgão do Ministério da Defesa israelita encarregado da administração dos territórios palestinos ocupados) terem na noite de ontem afixado avisos alertando os habitantes da aldeia para a sua expulsão iminente. Na...

O parlamento de Israel aprovou ontem, 2 de Julho, uma lei para penalizar financeiramente a Autoridade Palestina pelo pagamento de subsídios aos palestinos presos por Israel, às suas famílias e às famílias dos que foram feridos ou mortos pelas forças israelitas, num total de cerca de 35 000.
Os palestinos encaram os presos nas cadeias de Israel, bem como os feridos e mártires (mortos), como heróis da luta de libertação nacional, merecedores de assistência financeira.
Dos 120 deputados do Knesset (parlamento), 87 votaram a favor e apenas 15 se opuseram à lei, que impõe a retenção de uma parte dos cerca de 130 milhões de dólares de impostos que Israel recolhe por mês dos contribuintes palestinos e que deveria entregar à Autoridade Palestina. Parte do chamado Acordo Oslo II entre Israel e a OLP, este mecanismo provisório está previsto no Protocolo de Paris de 1994.
Além dos cinco deputados do partido Meretz, todos os outros votos contra vieram da Lista Conjunta (coligação de partidos...

Activistas e figuras nacionais palestinas participaram ontem num protesto contra a intenção de Israel de expulsar a comunidade beduína de Khan al-Ahmar e demolir as suas estruturas. Os participantes expressaram a sua solidariedade com os moradores de Khan al-Ahmar e a sua condenação do plano de Israel de os expulsar.
O local para onde os habitantes de Khan al-Ahmar serão empurrados situa-se entre um depósito de sucata e a maior lixeira da Cisjordânia.
Khan al-Ahmar é uma das comunidades palestinas que Israel procura expulsar do chamado Corredor E1, que permitiria estabelecer uma continuidade territorial entre Jerusalém e Maale Adumim, o maior dos colonatos israelitas ilegais na Cisjordânia ocupada, com 40 000 habitantes. O Supremo Tribunal de Israel aprovou em Maio passado o plano de demolição de Khan al-Ahmar, e os buldozeres podem chegar a qualquer momento.
No quadro dos esforços israelitas para anexar os colonatos adjacentes a Jerusalém, o projecto de lei da Grande Jerusalém...

Dois palestinos, incluindo um rapaz de 13 anos, foram hoje mortos a tiro em Gaza por fogo israelita perto da cidade de Khan Yunis, afirmaram autoridades palestinas. O rapaz, identificado como Yasser Abu al-Naja, sucumbiu aos ferimentos depois de ser levado para o hospital. O outro morto palestino é Mohammad Fawzi Hamaydeh, de 24 anos, que foi ferido com gravidade por balas reais e mais tarde sucumbiu aos seus ferimentos.As forças sionistas dispararam balas reais e granadas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes desarmados que participavam na 14.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação com que Israel isolou a Faixa de Gaza.Os soldados israelitas também dispararam uma bomba de gás lacrimogéneo contra uma ambulância perto dos protestos, a leste da cidade de Gaza, causando sufocação a três paramédicos que nela seguiam.Mais de 134 palestinos foram já mortos pelas forças israelitas na Faixa de Gaza desde 30 de Março, o dia em que se iniciaram os protestos...

Os Estados Unidos congelaram completamente a sua assistência civil à Autoridade Palestina, segundo o site noticioso israelita Walla.
A ajuda foi suspensa ao abrigo da «Lei Taylor Force» (do nome de um cidadão estado-unidense morto em Israel em 2016 por um palestino da Cisjordânia), aprovada em Março pelo Congresso dos Estados Unidos. A lei visa obrigar a Autoridade Palestina a deixar de pagar subsídios mensais aos presos palestinos nas prisões israelitas e às famílias de palestinos mortos e feridos por Israel.
Na sociedade palestina, a Organização de Libertação da Palestina (OLP) tem a responsabilidade de fornecer assistência financeira às famílias dos que foram mortos, feridos ou presos pelas forças israelitas.
Washington tem quatro condições que deverão ser cumpridas antes de a assistência poder ser retomada: parar os pagamentos aos presos e famílias de palestinos mortos por Israel; revogar as leis que garantem o pagamento desses salários; tomar medidas «credíveis» para combater o...

A aldeia beduína de al-Araqib, na região do Negev/Naqab (Sul de Israel), foi na manhã de hoje novamente demolida por escavadoras israelitas. Trata-se da 130.ª vez que a aldeia é demolida desde 27 de Julho de 2010, sob o pretexto de que está construída numa terra que é «propriedade estatal» israelita.
No entanto, crónicas e documentos históricos provam que a aldeia foi construída durante a época otomana em terras compradas nessa época pelos moradores da aldeia.
O exército israelita forçou os habitantes da aldeia a abandonarem as suas tendas e barracas, deixando-os sem tecto. Foram demolidas todas as estruturas residenciais e agrícolas da aldeia.
«As autoridades israelitas prosseguem a sua agressão contra as pessoas de al-Araqib a fim de as expulsar das suas casas e terras e procuram todos os meios para judaizar a área», declarou Aziz Al-Turi, membro do Comité para a Defesa de al-Araqib, acrescentando que «por mais agressivas e destrutivas que sejam as autoridades israelitas, nós...

O líder do Partido Trabalhista britânico, Jeremy Corbyn, afirmou que o seu partido está empenhado no «pleno reconhecimento» de um Estado palestino e em reclamar o fim da política israelita de ocupação e colonização.
Corbyn também criticou o chamado «acordo do século» que está a ser preprarado pela administração Trump. «Não sei o que contém o seu “acordo do século”, mas o que sei é que os direitos do povo palestino devem ser atendidos. Isso significa o fim da ocupação, da política de colonização e do cerco a Gaza, além de reconhecer o direito de retorno», afirmou. Estas declarações foram proferidas no campo de Baqa'a, o maior campo de refugiados palestinos na Jordânia, que Corbyn visitou para se informar sobre os serviços prestados pela UNRWA na Jordânia. Corbyn criticou a decisão do governo Trump de reduzir em mais de 50% o financiamento à UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos).
Já anteriormente Corbyn tinha escrito no Twitter que «o próximo governo...

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, advertiu a Casa Branca contra as «alternativas e ilusões» que visam impedir a criação de um Estado palestino. Abbas reagia a uma entrevista hoje publicada de Jared Kushner, assessor do presidente Donald Trump, ao jornal palestino Al Quds, na qual ameaçava que o «acordo de paz» anunciado pelos EUA seria publicado com ou sem a participação dos palestinos. «Se o presidente Abbas estiver pronto para voltar à mesa de negociações, então estamos prontos para participar na discussão, mas se não for o caso, vamos tornar público o plano», que estaria pronto em breve, afirmou Kushner, acrescentando que Abbas «teme que publiquemos o nosso plano de paz e o povo palestino realmente goste dele». Kushner pôs em dúvida a capacidade ou vontade de Abbas de chegar a um acordo: «Ele tem os mesmos pontos de discussão que não mudaram nos últimos 25 anos. A paz não foi alcançada durante esse período.» Na entrevista Kushner deixa no vago o desfecho político...

Membros da tripulação do Al-Awda e do Freedom, que integram a Flotilha da Liberdade 2018 – Rumo a Gaza, estiveram ontem à conversa com simpatizantes portugueses, desta vez no espaço da Fábrica de Alternativas, em Algés.Fomos recebidos por Conceição Alpiarça, que apresentou o espaço e o seu conceito de «banco de tempo».James Godfrey, o responsável de comunicação do projecto, evocou a história das várias flotilhas que se dirigiram a Gaza para furar o desumano bloqueio imposto por Israel, desde a primeira campanha, em 2008, e a única a chegar a Gaza, até ao presente, sem esquecer o bárbaro assassinato pelas forças sionistas de 10 tripulantes do Mavi Marmara na campanha de 2010. Apelou a acções de apoio à flotilha, não só pela solidariedade com o povo palestino que a iniciativa representa, mas também para segurança das tripulações.Daniel Ross, inglês, professor na Universidade de Granada, participa pela primeira vez. «Estou aqui pelo meu pai porque, sendo judeu, não o quero ver associado...