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As autoridades israelitas decidiram confiscar milhares de metros quadrados de terrenos palestinos privados no Norte da Margem Ocidental ocupada para expandir um colonato, em flagrante violação do direito internacional e das resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
O procurador-geral israelita, Avichai Mendelblit, aprovou ontem, 20 de Novembro, a expropriação de 45.000 metros quadrados de terrenos privados palestinos a cerca de 50 km a norte de Jerusalém, para fazer avançar projectos de construção no colonato de Ofra. Israel prepara-se para legalizar retroactivamente a expropriação de terrenos privados palestinos, embora reconheça que foram expropriados por erro.
A administração estado-unidense ameaça fechar a representação diplomática palestina em Washington nos próximos meses, a menos que a Autoridade Palestina entre em negociações de paz «sérias» com Israel, informou a agência Associated Press na passada sexta-feira, 17 de Novembro.
A ameaça foi transmitida pelo Departamento de Estado dos EUA, que a relaciona com declarações do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Este, no seu discurso na Assembleia Geral da ONU em Setembro passado, exortou o Tribunal Penal Internacional a investigar e processar os responsáveis israelitas pela sua participação nas actividades de colonização e nas agressões contra o povo palestino.
Uma lei estado-unidense de 2015 estabelece que o secretário de Estado tem de certificar ao Congresso que a OLP não tomou medidas junto do TPI, e Rex Tillerson não o fez até o final de Novembro.
Jantar Palestino 2017
O MPPM promoveu ontem, na sede do Grupo Sportivo Adicense, um encontro com a gastronomia palestina que reuniu perto de uma centena de participantes, em que se incluiu o Embaixador da Palestina e outros membros do corpo diplomático e uma larga representação da comunidade palestina residente em Portugal.
Fattoush, Hummus, salada Turca e Salada Árabe abriram o caminho para a Makolba e o Burgul de Carne Picada, a que a Muhalabiya e a Madluka puseram um doce termo.
Numa breve alocução, o Embaixador da Palestina, Nabil Abuznaid, exprimiu a sua satisfação pelo acolhimento que tem tido no nosso país e mostrou-se grato pelas manifestações de solidariedade com o povo palestino que tem testemunhado.
O Centro Palestino de Estudos dos Presos revelou que o número de presos palestinos que cumprem penas de prisão perpétua nas prisões israelitas subiu para 504.
Duas novas sentenças de prisão perpétua foram recentemente emitidas contra dois irmãos da cidade de Hebron, na Margem Ocidental ocupada, Nasser (de 23 anos) e Akram Badawi (de 33). Os dois irmãos também foram multados em 60.000 shekels (14.300 €), depois serem acusados de matar um soldado israelita e ferir outros.
O comunicado do Centro Palestino de Estudos dos Presos refere que se trata da oitava sentença de prisão perpétua pronunciada contra presos palestinos este ano.
Segundo o Addameer (associação palestina de apoio aos presos), cerca de 6200 palestinos estão detidos em 22 prisões israelitas, incluindo 280 menores e 58 mulheres, sendo que 463 se encontram em detenção administrativa, sem terem culpa formada e sem terem sido submetidos a julgamento.
O ministério israelita da Segurança Interna anunciou ontem, 13 de Novembro, que vai proibir a entrada no seu território a sete parlamentares e autarcas franceses.
A razão invocada é que são partidários do movimento internacional Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), que se opõe à política de colonização, repressão e discriminação praticada por Israel contra o povo palestino.
O grupo impedido de entrar inclui os deputados Pierre Laurent (secretário nacional do PCF) e Clémentine Autain (La France Insoumise), os deputados europeus Pascal Durand (Verdes/Aliança Livre Europeia) e Patrick Le Hyaric (PCF), e ainda quatro presidentes de câmaras municipais.
Fazem parte de uma delegação de vinte deputados e autarcas franceses que queriam deslocar-se a Israel e aos territórios palestinos ocupados entre 18 e 23 de Novembro, visando «alertar para a situação de quase 6000 presos políticos palestinos».
No passado dia 6 de Novembro decorreu em Bruxelas a primeira conferência sobre os colonatos israelitas nos territórios palestinos ocupados realizada em solo europeu, impulsionada pela Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Foram endereçados convites a múltiplas organizações europeias, entre as quais o MPPM. A conferência decorreu com um quadro alargado de organizações e participantes a título individual, incluindo deputados do Knesset (parlamento israelita), com destaque para Aida Touman-Sliman, da Lista Conjunta (coligação de partidos palestinos e da esquerda não sionista em Israel).
A conferência visava criar uma coligação contra os colonatos israelitas, reafirmando a solução de dois Estados segundo as fronteiras de 1967, desenvolver linhas de acção que se opusessem às tentativas de alteração paisagística e geográfica levadas a cabo no interior das fronteiras de 1967 e, por último, rejeitar liminarmente o acordo UE-Israel.
O governo israelita planeia duplicar, de 6000 para 12.000, o número de colonos judeus residentes no Vale do Jordão, na zona norte da Margem Ocidental ocupada.
Falando na rádio pública israelita, o ministro da Habitação israelita, Yoav Galant, apresentou o novo plano, segundo o qual governo transferirá para as cooperativas e aldeias agrícolas israelitas do Vale do Jordão verbas destinadas a cada nova família judaica que se mude para aí.
Segundo o ministro, existe em Israel um consenso de que o Vale do Jordão deve permanecer parte do Estado de Israel, qualquer que venha a ser um futuro acordo político.
As autoridades de ocupação israelitas tencionam expulsar cerca de 200 palestinos das suas casas e terras agrícolas no Vale do Jordão.
Milhares de palestinos assinalaram hoje a morte do dirigente histórico Yasser Arafat, ocorrida há 13 anos. Um dos fundadores da Fatah, Arafat morreu em 11 Novembro de 2004 num hospital perto de Paris, pairando a suspeita de que foi envenenado pelos serviços secretos de Israel. Continua a ser uma figura de referência para os palestinos.
A comemoração ocorreu no contexto do processo de reconciliação entre movimentos palestinos rivais. Depois de uma década de oposição, por vezes violenta, o Hamas e a Fatah — que domina a Autoridade Palestina — estão envolvidos num processo em que a AP deve retomar o controlo de Gaza em 1 de Dezembro. Trata-se no entanto de um processo difícil e complexo, que está ainda a dar os primeiros passos
Do Muro do Apartheid de Israel em território palestino até ao muro da vergonha dos EUA em território indígena na fronteira com o México — os muros são monumentos de expulsão, exclusão, opressão, discriminação e exploração. Nós, como pessoas afectadas por estes muros e como movimentos que apresentam a justiça, a liberdade e a igualdade como as nossas ferramentas para resolver os problemas deste planeta, juntamo-nos ao apelo do dia 9 de Novembro como Dia de Acção Global por um Mundo Sem Muros.
«Não existe palavra para muro na nossa língua. Nós perguntámos aos nossos pais. Nós procurámos. Não existe palavra para muro porque não deveria haver muros.»
Verlon M. José, vice-presidente da tribo Tohono O’odham.
(A terra do povo Tohono O’odham está dividida pela fronteira EUA-México)
As forças de ocupação israelitas prenderam 483 menores palestinos desde o início de 2017, anunciou ontem a Comissão dos Presos e Presos Libertados.
A organização oficial de direitos humanos palestina, citada pela agência Quds Press, afirma que a ocupação israelita encarcerou vários desses menores na prisão militar de Ofer, em regime de detenção administrativa (sem terem sido submetidas a julgamento nem terem culpa formada).
O advogado da Comissão, Louai Al-Mansi, declarou que «em Outubro foram presos 40 menores palestinos», oito dos quais foram torturadas, acrescentando que um menor foi preso depois de ser ferido a tiro pelas forças de ocupação israelitas. Os menores presos encontram-se na faixa etária dos 13-17 anos.
 

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