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Israel não autoriza uma mãe de Gaza a acompanhar o filho de 3 anos a um hospital da cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada, para tratamentos de cancro, relata o jornal israelita Haaretz.O Shin Bet (serviço de segurança interno israelita) invoca como razão que ela é parente em primeiro grau de um membro do Hamas, não podendo portanto sair da Faixa de Gaza. Inicialmente o pequeno Loay al-Khodari — que sofre de um sarcoma dos tecidos moles — foi levado pela tia, mas mais tarde esta ficou impedida pelo seu próprio estado de saúde. O menino perdeu dois tratamentos, em Junho e Julho, por não ter sido possível encontrar outro parente que o pudesse levar. A mãe, desesperada, recorreu a um apelo no Facebook, e uma mulher que não é familiar ofereceu-se para levar o menino aos tratamentos e foi autorizada a sair de Gaza.Não se trata de um caso isolado. Tem havido um aumento acentuado de casos em que Israel recusa autorizações de saída devido a «parentesco com uma pessoa do Hamas». No final de...

Dez toneladas de cartas e pacotes, que durante anos Israel impediu de entrar na Cisjordânia ocupada, foram finalmente entregues. Alguns dos artigos têm oito anos.
O correio, que vai desde 2010 até este ano, foi impedido por Israel de entrar na Cisjordânia através da Jordânia. Foi agora autorizada a sua entrada ao abrigo de um acordo único, informaram as autoridades palestinas.
Os artigos retidos e agora entregues vão desde simples cartas até medicamentos e mesmo cadeiras de rodas para deficientes físicos.
O ministro das Telecomunicações palestino, Allam Mousa, acusou Israel de ter bloqueado a entrega e de atrasar a aplicação de um acordo de 2016 que permitiria a recepção de artigos postais directamente pelos correios palestinos.
Israel controla tudo o que entra e sai dos territórios palestinos ocupados, e são os correios de Israel que separam o correio destinado à Cisjordânia e à Faixa de Gaza. É frequente a proibição de entrada de artigos, invocando «motivos de segurança».
Esta...

O ataque que em 2014 matou quatro crianças palestinas que brincavam na praia em Gaza foi cometido por um drone israelita armado, revelou o site noticioso The Intercept, com base num relatório da polícia militar israelita. O relatório, que era confidencial e esteve oculto do público até agora, confirma que os quatro rapazinhos foram visados por um drone armado que os confundiu com combatentes do Hamas. Os quatro rapazinhos palestinos — os primos Ismayil Bahar, de 9 anos, Aed Bahar, de 10, Zacharia Baha, de 10, e Muhammed Bahar, de 11 — foram mortos em 16 de Julho de 2014. O relatório revelado pelo The Intercept inclui depoimentos de operadores de drones, comandantes e agentes de informações israelitas que participaram no ataque. Segundo o relatório, uma figura foi vista a entrar num contentor que tinha sido alvo de um ataque israelita no dia anterior. Os militares israelitas atacaram então o contentor com um drone armado, que matou a primeira criança. Foi depois lançado um segundo...

Dezenas de milhares de pessoas, judeus e palestinos de Israel, manifestaram-se na noite de sábado em Tel Aviv, para protestarem contra a lei racista do «Estado-nação».Esta lei de carácter constitucional, aprovada a 19 de Julho, define que «o direito de exercer a autodeterminação nacional no Estado de Israel é exclusivo do povo judeu», ou seja, institucionaliza a discriminação de que sofrem os cidadãos não judeus de Israel, nomeadamente os palestinos, que constituem 20% da população e são os descendentes dos palestinos que permaneceram nas suas terras após a criação do Estado de Israel. Centenas de milhares de outros foram expulsos numa vasta campanha de limpeza étnica. A lei prescreve ainda que a língua do Estado é o hebraico, relegando o árabe para uma posição secundária. Numa palavra, confirma o carácter confessional e segregacionista do Estado de Israel.Os manifestantes desfilaram da Praça Rabin até ao Museu de Arte de Tel Aviv, onde às 20 horas teve lugar um comício sob o lema...

Dois palestinos foram mortos e 307 foram feridos esta sexta-feira pelas forças armadas israelitas perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, segundo informações do Ministério da Saúde de Gaza.Os dois mortos palestinos, vítimas de balas reais, são o paramédico voluntário Abdullah Al-Qatati, de 26 anos, e Saeed Aloul, de 55 anos. Em Junho, uma outra paramédica voluntária, a jovem Razan al-Najjar, foi morta a tiro enquanto tratava palestinos feridos pelas forças israelitas. Dos feridos, 131 foram levados para os hospitais, tendo 85 sido feridos por fogo real. Cinco estão atualmente em estado grave. Entre os feridos também se encontram mais cinco paramédicos e dois repórteres.Milhares de manifestantes reuniram-se por volta das 14h00 em cinco locais ao longo da vedação, na 20.ª semana consecutiva dos protestos da Grande Marcha do Retorno. Os protestos de hoje ocorreram após dois dias de aéreos e de artilharia israelitas contra o enclave palestino sitiado, a que forças da...

Nas últimas 24 horas as forças israelitas agudizaram a sua agressão contra a Faixa de Gaza cercada.
Segundo fontes militares israelitas, as forças armadas do Estado sionista atingiram 150 locais no território costeiro palestino, afirmando que se tratou de alvos ligados ao Hamas.
Um dos alvos atingidos foi um edifício de cinco andares no campo de refugiados de al-Shati, na cidade de Gaza. Ficaram feridos 18 palestinos. Israel alegou que o prédio era usado pelas forças de segurança interna do Hamas, mas na realidade o prédio abrigava o Centro Cultural al-Meshaal e também uma biblioteca e serviços destinados às mulheres egípcias rsidentes em Gaza.
Pelo menos três palestinos, incluindo uma mulher grávida e o seu filho de 18 meses, foram mortos pelos ataques aéreos e de artilharia israelitas.
A escalada iniciou-se na passada terça-feira, quando dois militares das Brigadas Ezzedine al-Qassam (ramo armado do movimeto Hamas) foram mortos por tiros de tanque de Israel. As próprias forças...

Mahmud Darwich faleceu a 9 de Agosto de 2008. Foi um grande intelectual (poeta, prosador, ensaísta, jornalista) e um resistente à ocupação israelita. Tornou-se uma referência para o Médio Oriente, e a sua poesia tornou-se conhecida em todo o mundo árabe. Até aos seus últimos dias, ergueu-se sempre em defesa de uma Palestina independente.Nasceu em 13 de Março de 1941 na Galileia, então parte da Palestina sob mandato britânico, numa aldeia que em 1948 foi invadida, destruída e substituída por um colonato israelita. Viveu no exílio a maior parte da vida e começou a escrever poesia aos 19 anos. Em 1964 começa a ser reconhecido a nível nacional e mesmo internacional como uma voz da resistência palestina. É preso várias vezes por Israel pelos seus escritos e actividades políticas.Em 1973 adere à Organização de Libertação da Palestina (OLP), sendo por isso proibido de voltar a entrar em Israel. Em 1987 é eleito para o Comité Executivo da OLP mas abandona a Organização na sequência dos Acordos...

A Direcção Nacional do MPPM cumpre o doloroso dever de dar conhecimento público do falecimento, hoje, de um dos seus membros, Vitor Pedro da Glória Silva. Militante antifascista, dirigente sindical, dirigente associativo, activista e dirigente do movimento da paz, activista do movimento pela defesa da água pública, Vítor Silva nasceu a 6 de Maio de 1937 e deixa um legado pleno de lutador incansável entregue à causa da liberdade, da solidariedade e da emancipação dos povos vítimas de injustiças e opressão.
Membro do MPPM desde a sua fundação, integrou a Direcção Nacional a partir de 2013. Nessa qualidade, desempenhou as mais variadas tarefas na organização do trabalho de solidariedade com a causa nacional do povo palestino, dando voz às suas justas aspirações, e denunciando os crimes de que é vítima. Até aos últimos instantes da sua vida, Vítor Silva manteve-se fiel a esse compromisso, patenteando sempre aquela que era uma das suas mais vivas marcas de personalidade: uma ilimitada...

A Marinha israelita capturou na madrugada de sábado o veleiro sueco Freedom (Liberdade), o segundo barco da Flotilha da Liberdade que procura romper o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza. Transportando ajuda humanitária, o Freedom foi apresado quando se encontrava a cerca de 40 milhas náuticas (74 km) da costa do território palestino. Os 12 ocupantes da embarcação foram levados para o porto israelita de Ashdod, prevendo-se que sejam posteriormente deportados. Já no domingo passado a Marinha israelita tinha apresado, a 50 milhas náuticas do enclave, um outro barco da Flotilha da Liberdade, o Al Awda (O Retorno), de bandeira norueguesa, a bordo do qual viajavam 22 pessoas. As forças armadas de Israel afirmam que actuaram de acordo com o direito internacional, mas as águas territoriais estendem-se apenas até às 12 milhas náuticas, mais uma zona de inspecção contígua equivalente. Ou seja, tratou-se  de facto de um acto de pirataria pondo em causa a liberdade de navegação.As...

Um palestino foi morto e outros 220 foram feridos pelo exército israelita, 90 deles por tiros, junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, informou o Ministério da Saúde local.
Ahmad Yahya Yaghi, de 25 anos, foi morto pelo fogo das forças da ocupação israelita quando participava nos protestos, a leste da cidade de Gaza.
Cerca de 10.000 palestinos participaram nas manifestações, na 19.ª sexta-feira consecutiva dos protestos da Grande Marcha do Retorno.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, 156 palestinos foram mortos e 17.350 foram feridos pelas forças israelitas desde o início da Grande Marcha de Retorno, em 30 de Março. Esta campanha de manifestações exige o fim do bloqueio israelita, que dura há 12 anos, e o direito de retorno dos refugiados palestinos às terras de onde foram expulsos na limpeza étnica que acompanhou a formação do Estado de Israel, em 1948.