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O governo dos Estados Unidos anunciou hoje, 10 de Setembro, que ia fechar a delegação diplomática da Organização de Libertação da Palestina em Washington, existente desde 1994, após a assinatura do acordo de paz Oslo I com Israel (1993).
Trata-se de mais uma perigosa escalada do ataque dos EUA ao povo palestino e aos seus direitos nacionais, que só nos últimos tempos passou nomeadamente pela cessação total do financiamento à UNRWA,a agência da ONU de apoio aos refugiados palestinos, e pelo corte do financiamento destinado aos hospitais palestinos de Jerusalém.
Uma declaração do Departamento de Estado afirma que «a OLP não tomou medidas para avançar o início de negociações directas e significativas com Israel». A direcção da OLP, diz o Departamento de Estado, «condenou um plano de paz dos EUA que ainda não viu e recusou-se a interagir com o governo dos EUA em relação aos esforços de paz e outros assuntos».
Na realidade, a direcção palestina cortou o contacto com Washington depois de...

Um vídeo publicado nas redes sociais documenta o momento em que na sexta-feira passada as forças israelitas atingiram a tiro o jovem palestino Ahmad Misbah Abu Tyour, de 16 anos, que veio a falecer o sábado de manhã. O adolescente participava nos protestos da «Grande Marcha de Retorno», na Faixa de Gaza cercada.
O vídeo mostra o rapaz a atirar pedras de uma grande distância, não podendo de modo nenhum constituir qualquer risco para os soldados israelitas fortemente armados. Em seguida Ahmad agita os braços no ar durante alguns segundos, antes de ser atingido no peito por um atirador israelita, sofrendo graves ferimentos de que sucumbiu no dia seguinte.
Na sexta-feira, também durante os protestos da «Grande Marcha do Retorno» foi morto por fogo real israelita um outro jovem palestino, Bilal Hafaje, de 17 anos. O Ministério da Saúde de Gaza informou que pelo menos 395 palestinos foram feridos.
Cerca de 7000 pessoas participaram nas manifestações, que esta semana protestaram contra a...

Israel armou e financiou secretamente bandos «rebeldes» sírios com o objectivo de manter as forças apoiadas pelo Irão afastadas dos Montes Golã ocupados, revela um artigo da revista estado-unidense Foreign Policy.Baseado no testemunho de mais de duas dezenas de comandantes e combatentes dos bandos terroristas, o artigo afirmaque Israel armou e financiou secretamente pelo menos desses 12 grupos «rebeldes» no Sul da Síria. Esse apoio incluiu a transferência de espingardas de assalto, metralhadoras, lança-morteiros e veículos de transporte, que foram entregues através de três portões que ligam a parte dos Montes Golã ocupados por Israel à Síria, os mesmos portões usados para transferir uma muito propagandeada «ajuda humanitária», que durante muito tempo Israel afirmou falsamente ser a sua única interferência na guerra da Síria.Durante a operação as forças armadas israelitas teriam fornecido mais de 1524 toneladas de alimentos, 250 toneladas de roupas, 947 520 litros de combustível, 21...

Uma centena e meia de artistas da Europa e de outros países, incluindo os portugueses José Mário Branco, Francisco Fanhais, Tiago Rodrigues, Patrícia Portela, Chullage, António Pedro Vasconcelos e José Luis Peixoto, publicaram hoje no jornal The Guardian um apelo ao boicote do Festival da Eurovisão a realizar em 2019 em Israel.  Publicamos seguidamente o texto do apelo. Nós, os artistas abaixo-assinados da Europa e não só, apoiamos o apelo sincero de artistas palestinos para boicotar o Festival Eurovisão da Canção 2019 a ser acolhido por Israel. Até que os palestinos possam gozar de liberdade, justiça e direitos iguais, não deve haver o procedimento do costume com o Estado que lhes negando os seus direitos básicos.Em 14 de maio, dias após a vitória de Israel na Eurovisão, o exército israelita matou 62 manifestantes palestinos desarmados em Gaza, incluindo seis crianças, e feriu centenas, a maioria com munições reais. A Amnistia Internacional condenou a política israelita de atirar-para...

O Supremo Tribunal de Israel rejeitou no dia 5 de Agosto um recurso contra a demolição da aldeia beduína palestina de Khan al-Ahmar, no distrito de Jerusalém da Cisjordânia ocupada, e decidiu que a sua evacuação e demolição devem ocorrer nos próximos sete dias.
Khan al-Ahmar é uma das 46 comunidades palestinas do centro da Cisjordânia que Israel quer expulsar do chamado Corredor E1. Este permitiria estabelecer uma continuidade entre Jerusalém e Ma’ale Adumim, o maior dos colonatos israelitas ilegais na Cisjordânia ocupada, cortar a contiguidade territorial da Cisjordânia e impossibilitar que Jerusalém Oriental se viesse a tornar a capital de um futuro Estado palestino.
Taysir Khalid, membro do Comité Executivo da OLP e membro do Bureau Político da Frente Democrática de Libertação da Palestina, exortou as forças nacionais palestinas e as organizações da sociedade civil a participarem em protestos em Khan al-Ahmar para impedir que as autoridades israelitas expulsem os moradores como...

O MPPM condena a decisão do governo dos Estados Unidos da América, anunciada no passado dia 31 de Agosto, de pôr fim à sua contribuição anual de 360 milhões de dólares de financiamento à UNRWA, a agência da ONU de assistência aos refugiados palestinos no Médio Oriente, privando-a desse modo de um terço do seu orçamento.

A administração Trump dá assim um novo e perigoso passo na concretização do propalado «acordo do século», ainda antes de ser formalmente apresentado, o qual mais não visa do que «resolver» a questão palestina satisfazendo as pretensões do regime sionista de Israel e forçando o povo palestino a abdicar dos seus legítimos e imprescritíveis direitos nacionais. Sendo transparentes as razões políticas desta decisão, os argumentos invocados carregam uma insuportável hipocrisia.

O governo dos EUA critica a UNRWA pelo seu «modelo de negócio insustentável», mas não considera «insustentável» dar 38 mil milhões de dólares a Israel na próxima década — precisamente o país que com a...

Um ataque aéreo da coligação liderada pela Arábia Saudita, que em 9 de Agosto matou pelo menos 26 crianças e feriu pelo menos outras 19 pessoas num autocarro escolar em Dhahyan, no Norte do Iémen, aparentemente é um crime de guerra, declarou hoje a Human Rights Watch.
Desde que em Março de 2015 o conflito no Iémen se intensificou, prossegue a Human Rights Watch (HRW), foram realizados numerosos ataques aéreos da coligação em violação das leis da guerra, sem que tenham sido objecto de investigações adequadas, o que faz com que os fornecedores de armas possam ser cúmplices de crimes de guerra.
A CNN revelou posteriormente que o ataque foi executado usando uma bomba fabricada nos Estados Unidos que foi vendida à Arábia Saudita. A HRW identificou munições de origem estado-unidense nos locais de pelo menos 24 outros ataques ilegais da coligação no Iémen.
A cumplicidade de vários países ocidentais na agressão a um dos países mais pobres do mundo é evidenciada por alguns números. Os EUA...

A cantora estado-unidense Lana Del Rey adiou a sua actuação em Israel na sequência das críticas de admiradores e activistas do mundo inteiro.
A cantora anunciou através da sua conta oficial no Twitter que ia adiar o seu espectáculo em Israel até ao momento em que possa actuar tanto na Palestina como em Israel: «é importante para mim actuar tanto na Palestina como em Israel e tratar igualmente todos os meus admiradores».
«Infelizmente, não foi possível alinhar as duas visitas com um prazo tão curto, e portanto adio a minha participação no Meteor Festival até uma altura em que posso agendar visitas para os meus admiradores tanto israelitas como palestinos, bem como desejavelmente a outros países da região».
A cantora deveria ter sido uma das cabeças de cartaz do Meteor Festival, de 6 a 8 de Setembro, realizado num kibbutz no Norte de Israel ao qual a maioria dos palestinos não teria autorização de acesso.
A decisão inicial de Lana Del Rey de actuar no festival foi alvo de fortes críticas...

Um grupo de cientistas rejeita participar numa conferência científica que terá lugar na Universidade de Ariel, localizada no colonato israelita do mesmo nome, um dos maiores da Cisjordânia ocupada. Explicam as suas razões numa carta publicada ontem, 31 de Agosto, no jornal britânico The Guardian, que transcrevemos seguidamente. NÃO DEIXEM A CIÊNCIA LEGITIMAR A OCUPAÇÃO ISRAELITA DOS TERRITÓRIOS PALESTINOSEscrevemos para expressar a nossa opinião de que a Universidade de Ariel, na Cisjordânia ocupada, é o local errado para uma conferência sobre cosmologia e física das partículas que começa na segunda-feira, 3 de Setembro, e vai até 6 de Setembro. Os colonatos são ilegais ao abrigo do direito internacional e foram denunciados pelo Tribunal Internacional de Justiça e por numerosas resoluções da ONU. A Human Rights Watch observou que «o desenvolvimento [de Ariel] é inseparável de uma história de contínua expropriação aos palestinos da sua terra e de restrições à sua liberdade de movimento»...

O governo dos Estados Unidos anunciou hoje, 31 de Agosto, que punha fim ao financiamento da UNRWA, a agência da ONU de assistência aos refugiados palestinos no Médio Oriente.
No seu comunicado, o governo de Trump criticou a UNRWA pelo seu «modelo de negócio insustentável e defeituoso e as suas práticas fiscais». A «comunidade infinita e exponencialmente crescente de beneficiários da UNRWA é simplesmente insustentável e está em modo de crise há muitos anos. […] A administração reviu cuidadosamente a questão e determinou que os Estados Unidos não farão mais contribuições para a UNRWA».
As autoridades palestinas criticaram duramente esta decisão dos EUA. «As consecutivas decisões americanas representam um ataque flagrante contra o povo palestino e um desafio às resoluções da ONU», declarou Nabil Abu Rdainaho, porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. «Tal punição não conseguirá mudar o facto de que os Estados Unidos já não têm um papel na região e de que não fazem...