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O governo israelita retém actualmente os corpos de 19 palestinos mortos nos últimos dois anos, além de 260 corpos de pessoas mortas desde 1967, relata a agência palestina Ma'an.
Em declarações à estação de rádio Voz da Palestina, o director do Centro de Assistência Jurídica e Direitos Humanos de Jerusalém (JLAC), Issam Arouri, afirmou que as forças israelitas continuam a reter os restos mortais de 260 mortos palestinos enterrados nos chamados «cemitérios de números» em Israel, além de conservarem em morgues os corpos de 19 palestinos que foram mortos pelas forças israelitas desde 2016.
Os últimos corpos retidos pelas forças israelitas são os de Hamzeh Zamaareh, de 19 anos, e Ahmad Nasser Jarrar, de 22, que foram mortos no início desta semana.
O movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) pelos direitos dos palestinos foi oficialmente nomeado para o Prémio Nobel da Paz pelo deputado noruguês Bjørnar Moxnes.
Esta nomeação merece ser sublinhada num momento em que em vários lugares do mundo, incluindo países da Europa, a crítica ao sionismo e à política do Estado de Israel são alvo de tentativas de criminalização e proibição, sendo falsamente equiparadas ao anti-semitismo.
O BDS é um movimento que se opõe à política de colonização, repressão e discriminação praticada por Israel contra o povo palestino. Apela ao boicote pelos cidadãos, ao desinvestimento pelas empresas e às sanções pelos Estados como forma de pressão sobre Israel.
O deputado Bjørnar Moxnes, do partido Rødt (Vermelho), considera que o BDS é um meio democrático e não violento que pode ajudar a pressionar Israel para acabar com a ocupação ilegal.
As forças israelitas na Margem Ocidental ocupada mataram ontem dois palestinos em Jenin e Nablus e um outro já hoje, em Hebron.
Na madrugada de terça-feira, forças israelitas mataram Ahmad Nasser Jarrar durante uma operação em larga escala em al-Yamoun, perto de Jenin. Segundo relatos da imprensa israelita, as forças de ocupação ordenaram a Jarrar que saísse do prédio onde se encontrava; como ele não obedeceu, dispararam pelo menos um míssil contra o prédio, e pouco depois começaram a demoli-lo com uma escavadora — o chamado processo da «panela de pressão». Quando Jarrar saiu finalmente, as forças israelitas abriram fogo e mataram-no.
Ahmad Jarrar era chamado «fantasma de Jenin», pois durante semanas conseguira escapar à gigantesca caça ao homem de que era alvo, acusado da morte a tiro de um colono israelita do posto avançado (ou seja, um colonato que as próprias autoridades israelitas consideram ilegal) de Havat Gilad, a 9 de Janeiro.
As autoridades israelitas destruíram ontem, domingo, duas salas de aula de uma escola na Margem Ocidental ocupada, financiada pela União Europeia, alegando que foram construídas ilegalmente. As duas salas de aula serviam 26 crianças do 3.º e 4.º anos de uma escola na localidade de Abu Nuwar, nos arredores de Jerusalém.
As duas salas de aula, separadas do resto da escola, foram demolidas de manhã cedo por uma equipa de trabalhadores, após o sector ser bloqueado pelas forças repressivas israelitas.
É a quinta vez que esta escola é demolida desde 2016, declararam responsáveis palestinos. Os habitantes reconstruíram-na sempre, com a ajuda de ONGs e fundos europeus.
As autoridades israelitas pretextam que as demolições se devem a decisões judiciais contra construções não autorizadas, mas os palestinos sabem que fazem parte de um plano mais vasto visando a apropriação de terras para a expansão dos colonatos judaicos.
Forças israelitas mataram ontem um jovem palestino durante uma incursão na cidade de Jenin, na Margem Ocidental ocupada.
Fontes médicas palestinas informaram que sábado à noite o jovem Ahmed Samir Abu Obeid, de 19 anos, foi atingido na cabeça com uma bala real e levado em estado crítico para o hospital de Jenin, onde mais tarde foi declarado morto.
Conflitos violentos irromperam entre dezenas de jovens palestinos e forças israelitas quando estas invadiram o bairro de Wadi Burqin, em Jenin, disparando balas reais e balas de aço revestidas de borracha.
Moradores locais afirmaram à agência palestina Ma'an que pelo menos 8 palestinos foram feridos e 4 foram presos.
O início do julgamento militar de Ahed Tamimi foi adiado até 13 de Fevereiro.
Ahed Tamimi passou na prisão o dia dos seus 17 anos, a 31 de Janeiro, já que um juiz militar ordenou que ela ficasse presa até ao fim do julgamento.
A advogada de Ahed, Gaby Lasky, declarou ao jornal The Times of Israel que o julgamento, que deveria ter começado a 31 de Janeiro, foi duas vezes adiado porque a acusação militar não apresentou provas. «Sem esses materiais não posso me preparar adequadamente para o julgamento», afirmou.
A jovem foi presa em 19 de Dezembro, dias após se ter tornado viral um vídeo em que dava uma bofetada a um soldado israelita para tentar afastá-lo do pátio da sua casa em Nabi Saleh, na Margem Ocidental ocupada. Pouco antes, um seu primo de 15 anos tinha sido atingido na cabeça com uma bala de borracha pelas forças de ocupação.
A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou um Voto de condenação do reconhecimento pelos EUA de Jerusalém como capital de Israel, apresentado pelos deputados municipais Cláudia Madeira e Sobreda Antunes, do Partido Ecologista Os Verdes.
O MPPM saúda este Voto que, vindo somar-se ao repúdio mundial pela atitude unilateral e ilegal dos Estados Unidos, é uma grande demonstração de solidariedade com a causa do povo palestino.
É o seguinte o texto integral do Voto, aprovado na reunião da AML de 19 de Dezembro:
«VOTO DE CONDENAÇÃO do reconhecimento pelos EUA de Jerusalém como capital de Israel
A Resolução 181, aprovada em 1947 pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, estabelece a partilha do território da Palestina em dois Estados, tendo-se constituído o Estado de Israel, mas continuando o Estado da Palestina, até hoje, por estabelecer.
Israel está a desenvolver sítios arqueológicos e turísticos para legitimar colonatos ilegais nos bairros palestinos de Jerusalém, noticia o diário britânico The Guardian, citando um relatório redigido por diplomatas da União Europeia na cidade.
O relatório, a que o jornal teve acesso, cita projectos israelitas em partes de Jerusalém Oriental — ocupada por Israel desde 1967 — que estão a ser usados «como uma ferramenta política para modificar a narrativa histórica e para apoiar, legitimar e ampliar os colonatos».
O relatório identifica sítios de escavação geridos por colonos no coração de bairros de maioria palestina, o projecto de um teleférico com paragens em terras confiscadas a palestinos e a classificação de áreas urbanas construídas como parques nacionais.
«Jerusalém Oriental é o único lugar onde são declarados parques nacionais israelitas em bairros povoados», assinala o relatório.
As forças israelitas mataram a tiro um palestino de 16 anos durante protestos no distrito de Ramala, na Margem Ocidental ocupada, na passada terça-feira, 30 de Janeiro
O Ministério da Saúde palestino confirmou que Layth Abu Naim, de 16 anos, da aldeia de Al-Mughayyer, foi atingido a tiro na cabeça com balas reais por forças israelitas.
Segundo testemunhas palestinas, uma força israelita entrou na aldeia ao início da tarde. Eclodiram confrontos, em que dezenas de jovens palestinos lançaram pedras e rolaram pneus a arder contra os soldados israelitas armados.
Um soldado disparou contra Abu Naim a curta distância, tendo o adolescente sido atingido na cabeça e ficado gravemente ferido. Foi levado para um hospital de Ramala, onde sucumbiu aos ferimentos.
O funeral do adolescente, realizado ontem, foi acompanhado por centenas de pessoas que entoavam «Queremos viver em liberdade».

Numa concentração hoje realizada frente à Embaixada de Israel, convocada pela CGTP-IN, CPPC, MDM e MPPM, condenou-se a ocupação e colonização israelitas dos territórios palestinos que dura desde 1967, nomeadamente a intensificação da construção de colonatos em que já vivem mais de 600.000 colonos; denunciou-se o reconhecimento pelos EUA de Jerusalém como capital de Israel; alertou-se para a situação dos dois milhões de palestinos em Gaza, cercada há mais de 10 anos por Israel, cuja sobrevivência está em risco; exigiu-se liberdade para os presos palestinos nas cadeias de Israel, de que a jovem Ahed Tamimi é apenas um exemplo recente do crescente número de palestinos presos, feridos e mortos por se erguerem contra a opressão e lutarem pela liberdade do seu povo; e reclamou-se uma Palestina independente, com capital em Jerusalém Oriental, e o regresso dos refugiados.

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