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Os palestinos de todo o mundo comemoram o dia 30 de Março como Dia da Terra. Nesse dia, em 1976, forças repressivas israelitas mataram seis palestinos cidadãos de Israel que protestavam contra a expropriação de terras propriedade de palestinos, no Norte de Israel, para aí construir comunidades judaicas.

Cerca de 100 outras pessoas ficaram feridas e centenas foram presas durante a greve geral e grandes manifestações de protesto que nesse dia ocorreram em diferentes localidades palestinas no território do Estado de Israel. O Dia da Terra simboliza a determinação do povo palestino de preservar a sua história, o seu apego à sua terra como elemento essencial da sua identidade e da sua própria existência como povo na sua pátria.

O Exército israelita enviou para a fronteira de Gaza 100 atiradores de elite com autorização para usar munições reais, como parte dos preparativos para reprimir as manifestações palestinas planeadas a partir da próxima sexta-feira.
Os organizadores afirmaram esperar que milhares de pessoas de Gaza, incluindo famílias inteiras, respondam ao apelo para se reunirem em tendas em cinco locais ao longo da fronteira entre o território sitiado e Israel, num protesto de seis semanas pelo direito de retorno dos refugiados palestinos, vítimas da limpeza étnica efectuada por Israel em 1948.
Segundo os organizadores, a marcha permanecerá a 700 metros da vedação fronteiriça com Israel para evitar atritos com as forças israelitas. Um membro do comité organizador declarou ao jornal israelita Haaretz que o objectivo é apresentar o caso dos palestinos ao mundo e não envolver-se em confrontos com o exército israelita.
O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas adoptou várias resoluções sobre Israel e a sua ocupação ilegal da Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Montes de Golã, e também sobre as violações dos direitos humanos dos palestinos, durante a sua 37.ª sessão, que terminou na passada sexta-feira, 23 de Março.
Uma das resoluções pede à comunidade internacional um embargo da venda de armas a Israel, fazendo-se eco das campanhas internacionais a favor de um embargo da venda de armas a Israel desde o seu último ataque contra a Faixa de Gaza, em 2014.
Outras resoluções apelam a Israel a que se retire dos Montes Golã ocupados, tomados à Síria após a guerra de 1967, regresse às fronteiras anteriores a 1967 e suspenda a construção de colonatos na Cisjordânia. A última resolução condena Israel pelas suas violações dos direitos humanos dos palestinos que vivem sob a ocupação.
Rim Banna, representante respeitada da moderna cultura palestina, faleceu hoje, em Nazaré, onde tinha nascido há 51 anos e vivia com os seus três filhos.
Estudou canto e direcção musical no Instituto Superior de Música de Moscovo.
No início dos anos 90 foram populares as suas versões de canções tradicionais infantis que estavam à beira do esquecimento.
Compôs as suas próprias canções e musicou poemas tradicionais palestinos, dando-lhes uma nova vida. As suas canções reflectiam a sua preocupação com o sofrimento do seu povo.
Em 2003 participou no projecto norueguês «Canções de Embalar do Eixo do Mal», com artistas ocidentais e do Médio Oriente, em protesto contra a política de George W. Bush.
O álbum «Espelho da Minha Alma» (2005) foi dedicados a todos os presos políticos palestinos e árabes nas prisões israelitas e inclui canções de desespero e esperança sobre a vida de um povo em luta.
Rim Banna - Ya Sitti
Rim Banna - Ya Sitti
No dia Dia Mundial da Água, 22 de Março, Israel continua a negar ao povo palestino o direito à água.
Contrariamente ao que se quer fazer crer, a falta de água nos territórios palestinos ocupados não é devida a um problema climático ou técnico, mas sim a um problema político.
Na guerra de 1967 Israel apossou-se de todos os recursos hídricos dos Montes Golã e da Cisjordânia recém-ocupados, cumprindo assim o objectivo que já em 1919 era afirmado pela delegação sionista à Conferência de Paz de Paris. Israel mantém ainda hoje o controlo exclusivo sobre todos os recursos hídricos existentes entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo, com excepção da pequena parte do aquífero costeiro existente sob a Faixa de Gaza, e utiliza a água segundo as suas conveniências, ignorando as necessidades dos palestinos.
O tribunal militar israelita de Ofer, na Cisjordânia ocupada, condenou hoje Ahed Tamimi a oito meses de prisão e uma multa de 5000 shekels (1370 euros) e sua mãe, Nariman, também a oito meses de prisão e uma multa de 6000 shekels (1400 euros), após um acordo entre a sua advogada e a procuradoria militar.
Ahed Tamimi — uma das 356 crianças e adolescentes palestinos actualmente nas cadeias israelitas — foi presa em 19 de Dezembro pelas forças de ocupação quando tinha apenas 16 anos (completou, entretanto, 17 anos). Foi acusada de esbofetear um soldado israelita que invadiu a casa da sua família na aldeia de Nabi Saleh, perto de Ramala. Pouco antes deste episódio, o seu primo Mohammed, de 15 anos, tinha sido baleado na cabeça por soldados israelitas, ficando em estado muito grave. A mãe, Nariman, foi presa no mesmo dia por filmar o incidente e colocar o vídeo na internet, sendo por isso acusada de «incitamento».
Há 15 anos começou a invasão do Iraque, a chamada operação «Liberdade do Iraque». Na noite de 19 para 20 de Março de 2003, o presidente estado-unidense George W. Bush deu a ordem para a invasão, levada a cabo por uma coligação de países sob direcção dos EUA.
Os principais pretextos para a invasão foram a eliminação do arsenal de armas de destruição maciça que o Iraque pretensamente teria e as supostas ligações do regime iraquiano à al-Qaeda. Esses «argumentos» foram usados numa intensa e maciça campanha de mistificação informativa, em que alinharam todos os grandes meios de comunicação social, que reproduziram, acriticamente ou de forma cúmplice, as falsidades produzidas pelos serviços de informações ocidentais.
Passaram-se três meses desde que Ahed Tamimi, que completou 17 anos já na cadeia, foi presa pelas forças de segurança israelitas. A jovem activista palestina tornou-se conhecida por ter participado em numerosas marchas e manifestações na sua aldeia, Nabi Saleh, para protestar contra a ocupação israelita.
Ahed Tamimi é uma das 350 crianças e adolescentes, de um total de 6500 presos palestinos, actualmente nas cadeias israelitas.
Ahed foi presa pelas forças de ocupação após a publicação nas redes sociais de um vídeo em que era vista a esbofetear um soldado israelita armado que procurava entrar na sua casa. Pouco antes deste episódio o seu primo Mohammed, de 15 anos, tinha sido baleado na cabeça por soldados israelitas, ficando em estado muito grave.
As forças israelitas prenderam 1319 palestinos dos territórios ocupados durante os meses de Janeiro e Fevereiro, informa um comunicado do grupo de defesa dos presos palestinos Addameer, que cita um relatório conjunto da Associação de Assuntos dos Presos e Liberdades, do Clube de Presos Palestinos, do Addameer e do Centro Al Mezan de Direitos Humanos.
Entre os detidos contam-se 274 menores, 23 mulheres e 4 jornalistas.
Os presos têm as seguintes proveniências: 381 indivíduos de Jerusalém; 233 do distrito de Ramala e al-Bireh e 20 do distrito de Salfit, na Cisjordânia Central; 140 do distrito de Hebron e 118 do distrito de Belém, no Sul da Cisjordânia; 133 do distrito de Jenin, 107 do distrito de Nablus, 59 do distrito de Tulkarem e 54 do distrito de Qalqiliya, no Norte da Cisjordânia; 21 do distrito de Jericó e 30 da Faixa de Gaza.
As forças de ocupação israelitas impuseram uma série de brutais medidas de punição colectiva contra a família do suspeito de um alegado ataque por atropelamento ontem, 16 de Março, perto do colonato israelita ilegal de Reihan, no Norte da Cisjordânia ocupada.
No alegado ataque, ocorrido junto a um posto militar na estrada entre os colonatos israelitas de Mevo Dotan e Hermesh, morreram dois soldados israelitas e ficaram feridos outros três, um deles em estado grave.
O alegado atacante, identificado como Ala Rateb Abed al-Latif Kabha, de 26 anos, ficou moderadamente ferido e foi levado sob prisão para o Hospital Hillel Yaffe em Hadera, Israel. Anteriormente tinha estado preso durante 17 meses numa cadeia israelita, tendo sido libertado em Abril passado.

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