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No momento em que se completam 20 anos sobre a atribuição a José Saramago do Prémio Nobel de Literatura, a Direcção Nacional do MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente homenageia a memória daquele que foi um dos seus fundadores e Presidente da Mesa da Assembleia Geral até ao seu desaparecimento.

José Saramago foi um dos impulsionadores das iniciativas em defesa da causa do povo palestino que haveriam de conduzir à constituição do MPPM, de que se destacam o abaixo-assinado «Não ao Muro de Sharon» (2004), o documento fundador do MPPM (2005), o apelo contra a agressão israelita ao Líbano e a guerra (2006), a moção de repúdio aos 40 anos de ocupação da Margem Ocidental do Jordão depois da Guerra dos Seis Dias (2007), a denúncia da invasão israelita da Faixa de Gaza (2008), entre muitas outras iniciativas.

Já depois da sua constituição, Saramago deu um contributo notável para a actividade do MPPM, participando em várias iniciativas e eventos públicos de...

Três palestinos, um deles um rapazinho de 12 anos, foram hoje mortos por tiros israelitas durante protestos perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, que contaram com a presença de milhares de pessoas.Os três mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, são Faris al-Sirsawi, de 12 anos, Mahmoud Akram Abu Samaan, de 24 anos, e Hussein al-Raqab, de 28 anos. Ficaram feridos pela repressão israelita um total de 376 palestinos, 126 dos quais por balas reais, encontrando-se sete em estado grave.O exército do regime sionista alegou que se estava a defender contra o lançamento de granadas e explosivos, mas na realidade nenhum israelita foi ferido. Milhares de pessoas participaram nas manifestações da Grande Marcha do Retorno, que entraram já no sétimo mês consecutivo, demonstrando admirável coragem e determinação. Os objectivos principais são o levantamento do criminoso bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza desde há 12 anos e o direito de retorno às suas terras dos...

Um adolescente palestino de 15 anos foi hoje morto por forças israelitas durante manifestações junto à parte norte da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. Ahmed Abu Habel sucumbiu ao ser atingido na cabeça por uma bomba de gás lacrimogéneo disparada por soldados do regime sionista. Outros 24 palestinos ficaram feridos em resultado de fogo real ou da inalação de gás lacrimogéneo, informou o Ministério da Saúde do território palestino.
Durante o dia de ontem, terça-feira, um palestino de 78 anos foi morto por fogo israelita. Segundo o Ministério da Saúde, Haj Ibrahim Alaruki foi atingido quando as tropas israelitas abriram fogo contra casas civis na zona central do enclave palestino, perto de um campo de refugiados.
Na segunda-feira, um total de 93 palestinos foram feridos durante protestos junto à vedação que isola Gaza, 37 dos quais por balas disparadas pelos militares israelitas.
Na sexta-feira passada, 7 palestinos, incluindo um rapaz de 12 anos e outro de 14, foram mortos...

Os cidadãos palestinos de Israel assinalaram nesta segunda-feira o aniversário dos acontecimentos de Outubro de 2000, nos quais 13 cidadãos árabes israelitas foram mortos pelas forças policiais do regime sionista.
O Alto Comité de Acompanhamento para os Cidadãos Árabes [Palestinos] de Israel, organismo que inclui representantes de todos os partidos e movimentos políticos dos palestinos cidadãos de Israel, apelou a uma greve geral em todas as comunidades, incluindo o sector de educação. Um comunicado conjunto do Alto Comité e do Conselho dos Presidentes de Câmara Árabes especificou que este ano a greve também seria um protesto contra a «lei do Estado-nação».
Esta lei de carácter constitucional, aprovada a 19 de Julho, confirma o carácter confessional e segregacionista do Estado de Israel e institucionaliza a discriminação de que sofrem os cidadãos não judeus de Israel, nomeadamente os palestinos, que constituem 20% da população e são os descendentes dos palestinos que permaneceram nas...

Artigo publicado no jornal israelita Haaretz em 2 de Setembro de 2018 Agora já está à vista de todos: a América declarou guerra aos palestinos. Com o seu genro Jared Kushner, um especialista em organizações humanitárias e refugiados palestinos, o grande valentão Donald Trump decidiu acabar com a ajuda à agência da ONU que ajuda os refugiados palestinos. A explicação oficial: o modelo de negócio e as práticas fiscais da UNRWA [United Nations Relief and Works Agency for Palestine Refugees in the Near East] fizeram dela uma «operação irremediavelmente defeituosa».Trump e o seu genro, os guardiões do selo do bom governo, acharam que a agência não é administrada correctamente. A contribuição anual dos EUA de 360 milhões de dólares vai acabar. Mesmo em Israel, que se alegra com cada uma das calamidades palestinas e tem a certeza de que tudo é um jogo de soma zero, as acha-se que o maior amigo de todos os tempos do Estado foi um pouco exagerado.A nova América trata pequenas ofensas e grandes...

A Assembleia da República aprovou no passado dia 26 de Setembro um Voto condenando a decisão das autoridades israelitas de expulsar os habitantes de Khan al-Ahmar.O MPPM congratula-se com resolução deste órgão de soberania, que junta assim a sua voz à condenação que no mundo inteiro se faz ouvir contra o mais recente exemplo da limpeza étnica da população palestina levada a cabo pelo Estado sionista, com o objectivo de ampliar a colonização e impossibilitar a criação do Estado palestino.O Voto foi apresentado pelo Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português, tendo sido aprovado com os votos a favor do PCP, PEV, PS, BE e PAN, os votos contra do PSD e a abstenção do CDS-PP.É o seguinte o texto integral do documento: «Voto de condenação n.º 623/XIII-4ªda ordem de expulsão dos habitantes de Khan al-Ahmar por parte das autoridades de IsraelO Governo de Israel ordenou aos habitantes da aldeia palestiniana de Khan al-Ahmar, na Cisjordânia ocupada, que a abandonem antes de 1 de outubro.Vi...

No 15.º aniversário do falecimento de Edward Said, o MPPM divulga este artigo, publicado logo após a assinatura dos Acordos de Oslo em 1993, em que o grande intelectual palestino faz uma análise muito crítica daqueles acordos. Agora que parte da euforia já se foi, é possível reexaminar o acordo entre Israel e a OLP com o bom senso exigido. O que emerge de tal escrutínio é um acordo que é mais defeituoso e, para a maioria do povo palestino, mais desfavoravelmente desequilibrado do que muitos inicialmente supunham. As vulgaridades, dignas de uma exibição de moda, da cerimónia na Casa Branca, o espectáculo degradante de Yasser Arafat agradecendo a todos pela suspensão da maioria dos direitos do seu povo e a solenidade tola do desempenho de Bill Clinton, como um imperador romano do século XX pastoreando dois reis vassalos pelos rituais de reconciliação e obediência: tudo isso apenas temporariamente oculta as proporções verdadeiramente assombrosas da capitulação palestina.Então, primeiro...

Ahed Tamimi, a jovem palestina de 17 anos de idade que se tornou um símbolo da resistência à ocupação israelita e esteve presa oito meses numa cadeia do regime sionista, foi ontem homenageada pelo Real Madrid.
Ahed visitou o estádio Santiago Bernabéu, onde se encontrou com o famoso Emilio Butrageño, antigo jogador e actual vice-presidente do Real Madrid, que lhe ofereceu uma camisola do clube com o número 9 (antigo número do próprio Butragueño) e o nome de Ahed gravado.
A jovem resistente efectuou uma visita a Espanha, acompanhada por seu pai, Basem al-Tamimi, durante a qual participou em vários acontecimentos políticos para falar da experiência durante a sua prisão de oito meses e o movimento de resistência palestino à ocupação e colonização israelitas. Foi nomeadamente recebida na Câmara Municipal de Madrid e na sede do PSOE, teve um encontro com o líder do Podemos e participou na festa do PCE.
A estada de Ahed Tamimi em Espanha enquadra-se num périplo que está a realizar pela Europa...

Seis palestinos, incluindo dois rapazes de 12 e 14 anos, foram mortos esta sexta-feira por disparos militares israelitas durante protestos junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que os dois rapazes foram atingidos a tiro: Yousef Abu Zarifa, de 12 anos, com um bala na cabeça, e Mohammad Naif Al-Houm, de 14 anos, com uma bala no peito. As outras vítimas mortais são Iyad Khalil Ahmad Ashar (18 anos), Mohammad Ali Anshasi (18 anos), Muhammad Bassem Shchasa (24 anos) e Mohammad Walid Haniyeh (33 anos).
Ao todo foram feridos pela repressão das forças armadas do regime sionista 506 palestinos, cerca de 90 dos quais por fogo israelita, informou o Ministério. Foram evacuados para hospitais 210 dos feridos.
Muitos milhares de palestinos manifestaram-se hoje em vários locais ao longo da vedação, na 27.ª sexta-feira consecutiva dos protestos da Grande Marcha do Retorno, cujos principais objectivos são o levantamento do criminoso bloqueio...

O presidente da OLP e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, usou hoje da palavra na Assembleia Geral da ONU. Ainda antes das saudações protocolares, iniciou o seu discurso com a afirmação de que «Jerusalém não está à venda e os direitos do povo palestino não são negociáveis».
O dirigente palestino recordou que foi mandatado pelo Conselho Nacional Palestino para rever os acordos — políticos, económicos e de segurança — com Israel e rever o futuro da Autoridade Nacional Palestina, «que infelizmente foi tornada sem autoridade». Além disso, o CNP também lhe deu instruções para «suspender o reconhecimento do Estado de Israel pelos palestinos até que Israel por sua vez reconheça os Estado da Palestina nas fronteiras de 4 de Junho de 1967».
A propósito das manobras em torno da capital palestina, Abbas foi muito claro: «A paz na nossa região não pode ser realizada sem um Estado palestino independente, com Jerusalém Oriental como sua capital e com todos os locais sagrados.» E precisou: «A...