Actualidade

A Declaração Balfour, de que hoje se assinala o 101.º aniversário, é um documento histórico de consequências terríveis para o povo palestino.

Em 2 de Novembro de 1917, Lord Arthur Balfour, secretário dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, enviou uma carta a Lionel Walter Rothschild, uma figura de proa da comunidade judaica britânica. Nessa carta o governo britânico prometia à Federação Sionista favorecer a constituição na Palestina de um «lar nacional para o povo judaico».

Com sobranceria imperial e inteiramente à revelia dos habitantes autóctones — o povo palestino —, o imperialismo britânico prometia a pessoas que não viviam na Palestina um território que não lhe pertencia (nessa altura a Palestina fazia parte do Império Otomano). A promessa veio a revelar-se funesta para este.

O apoio britânico ao sionismo e a repressão da resistência palestina abriram caminho à formação do Estado de Israel, em 1948, acompanhada por um cortejo de violências e pela expulsão de centenas de milhares de...

O presidente eleito do Brasil, o político de extrema-direita Jair Bolsonaro, confirmou que pretende transferir a embaixada do seu país de Tel Aviv para Jerusalém, violando a legalidade internacional e afrontando os palestinos.

O Brasil tornar-se-ia assim o segundo grande país a fazê-lo, depois dos Estados Unidos.

«Como afirmado durante a campanha, pretendemos transferir a Embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém. Israel é um Estado soberano e nós o respeitamos», diz Bolsonaro num post publicado ontem na sua página do Facebook.

Bolsonaro fez declarações similares numa entrevista ao jornal Israel Hayom. «Israel é um país soberano», afirma. «Se vocês decidirem acerca da vossa capital, nós agiremos de acordo com isso.» Bolsonaro acrescentou que Israel pode contar com o voto do Brasil na ONU e insinuou que mudaria o estatuto da embaixada palestina no Brasil: «A Palestina primeiro precisa de ser um país para ter direito a uma embaixada.»

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu...

O Conselho Central Palestino decidiu hoje acabar com os compromissos da OLP e da Autoridade Palestina relativos aos acordos com Israel, e em primeiro lugar suspender o reconhecimento do Estado de Israel («a potência ocupante») até que este reconheça o Estado da Palestina nas fronteiras 4 de Junho de 1967 com Jerusalém Oriental como sua capital.

Ao cabo de dois dias de reunião em Ramala, na Cisjordânia ocupada, o CCP, a segunda mais alta instância da OLP, decidiu ainda terminar a coordenação de segurança com Israel e pôr fim aos Protocolos Económicos de Paris, uma vez que a fase de transição prevista nos Acordos de Oslo já não existe.

O presidente da OLP e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e o Comité Executivo da OLP foram encarregados de aplicar estas decisões.

O CCP criticou explicitamente o chamado «acordo do século» da administração estado-unidense, acusando os Estados Unidos de se aliarem à ocupação israelita e de serem «parte do problema e não parte da solução».

Por...

Israel cometeu este domingo um novo crime repugnante na Faixa de Gaza cercada, ao matar três rapazes palestinos num ataque aéreo.

O Ministério da Saúde em Gaza informou que os rapazes mortos são Khaled Bassam Saeed, de 14 anos, Abdul Hamid Abu Zaher, de 13, e Mohammed Ibrahim Al-Sattari, também de 13.

Os militares sionistas alegaram que os três rapazes se aproximaram da vedação com que Israel isola o território palestino e portanto foram alvejados e mortos por um avião militar.

Por outro lado, também no domingo, um outro palestino de Gaza, Yahya Bader al-Hasanat, de 37 anos, sucumbiu aos ferimentos sofridos durante as manifestações de sexta-feira. Eleva-se assim para seis o número de palestinos mortos pelas forças repressivas israelitas nos protestos da 31.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno.

Desde o início da Grande Marcha do Retorno, em 30 de Março, já mais de 220 palestinos foram mortos e quase 23 000 foram feridos pelas forças israelitas.

Desde há mais de...

O exército israelita realizou dezenas de ataques aéreos em toda a Faixa de Gaza sitiada na madrugada de sábado, na ofensiva mais intensa desde o Verão. O exército israelita lançou pelo menos 95 ataques aéreos, segundo o jornal israelita Haaretz, alegadamente em resposta a cerca de 34 rockets disparados do enclave palestino para o Sul de Israel, 15 dos quais terão sido interceptados pelo sistema de defesa anti-aérea Iron Dome (Cúpula de Ferro).

A Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade dos rockets disparados na noite de sexta-feira em direção aos colonatos israelitas adjacentes à Faixa de Gaza, afirmando que foram em resposta à matança na sexta-feira de cinco manifestantes pacíficos da Grande Marcha de Retorno pelo exército israelita. «A resistência não aceitará a equação imposta pelo inimigo baseada na matança por parte deles e no silêncio pela nossa parte», afirma em comunicado.

Após os ataques, a Jihad Islâmica anunciou no sábado de manhã que tinha aceitado um cessar-fogo com...

Cinco manifestantes palestinos foram hoje mortos a tiro por soldados israelitas durante protestos junto à vedação com que Israel encerra a Faixa de Gaza. Mais de 250 manifestantes ficaram feridos, incluindo 35 menores e quatro paramédicos. As forças sionistas dispararam balas reais e balas de aço revestidas de borracha.

Várias dezenas de pessoas também foram afectadas pelo gás lacrimogéneo disparado pelas forças do regime sionista em direcção aos milhares de manifestantes que participavam nos protestos, realizados pela 31.ª semana consecutiva. A manifestação de hoje decorreu sob a palavra de ordem «Gaza não se renderá».

Em 30 de Março os palestinos lançaram a Grande Marcha do Retorno, reunindo-se desarmados ao longo da «zona-tampão» adjacente à vedação instalada por Israel para isolar o território palestino.

A campanha de protesto reclama o fim do bloqueio israelita da Faixa de Gaza, que dura há  11 anos, e o direito de retorno dos refugiados palestinos às terras de onde as suas famílias...

O MPPM condena com veemência a celebração do «Memorando de Entendimento sobre Cooperação no Domínio do Mar e da Água» assinado no passado dia 22 pela ministra do Mar de Portugal, Ana Paula Vitorino, e pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Espaço de Israel, Ofir Akunis.

O memorando, afirma o comunicado oficial, visa reforçar as colaborações científicas e aumentar o intercâmbio de conhecimentos e de cientistas entre Portugal e Israel, visando nomeadamente a protecção dos oceanos, a promoção do crescimento económico azul e a redução dos gases com efeito de estufa.

A coberto de uma colaboração científica e de preocupações ambientais, que seriam politicamente neutras, estamos perante um efectivo branqueamento pela ministra do Mar, e pelo Governo, da criminosa política de Israel relativamente ao povo palestino, também no que diz respeito ao mar e às questões ambientais.

Entre muitas outras questões, não é possível ignorar que Israel continua a controlar e a abusar dos recursos hídricos que...

As autoridades israelitas renovaram ontem por mais três meses, pela quarta vez consecutiva, a arbitrária ordem de detenção administrativa da deputada Khalida Jarrar.

Khalida Jarrar foi presa em 2 de Julho de 2017, tendo a sua ordem de detenção administrativa sido sucessivamente renovada. Anteriormente já tinha sido detida em 2015, passando 14 meses nas prisões israelitas.

Khalida Jarrar é dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) e deputada ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento), presidente da União dos Comités de Mulheres da Palestina e ex-directora executiva e actual membro do conselho da Addameer (Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos).

Neste momento Israel continua a manter presos 5 deputados democraticamente eleitos do Conselho Legislativo Palestino.
A Addameer informa que se encontram actualmente nas cadeias israelitas 5640 palestinos presos, incluindo 53 mulheres e 270 menores, 50 dos quais com menos de 16 anos.

Há 465 presos palestinos ao...

Israel anunciou hoje que vai adiar por «várias semanas» a demolição da aldeia palestina  de Khan al-Ahmar, na Cisjordânia ocupada, que tem sido alvo das atenções internacionais nos últimos meses. No entanto, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reafirmou a decisão de evacuar a aldeia. Israel decidiu a demolição da aldeia, alegando vez que foi construída sem as devidas autorizações das autoridades. Mas na prática é impossível os palestinos obterem as autorizações de construção. A poucos quilómetros de Jerusalém, a aldeia consiste em precárias construções de lata e madeira e é habitada por 180 beduínos. Encontra-se localizada entre dois grandes colonatos israelitas ilegais, Maale Adumim e Kfar Adumim, que o governo israelita quer expandir.  A evacuação e demolição de Khan al-Ahmar e de outras comunidades beduínas no chamado Corredor E1 visa criar um arco de colonatos que efectivamente isolaria Jerusalém Oriental, que os palestinos reivindicam como capital do seu futuro...

O Encontro pela Paz, que hoje teve hoje lugar no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, sob o lema «Pela paz, todos não somos demais!», reuniu cerca de sete centenas de participantes vindos de todo o país.Numa iniciativa do CPPC, a que se juntaram mais onze organizações e entidades, entre as quais o MPPM, o Encontro pela Paz contou com o apoio da Câmara Municipal de Loures e veio a registar a adesão de mais 36 organizações e entidades.A sessão de abertura, que reuniu no palco representantes das 12 entidades promotoras, contou com intervenções de Bernardino Soares, Presidente da Câmara Municipal de Loures, e de Ilda Figueiredo, Presidente da Direcção Nacional do CPPC.A mesa do primeiro painel, dedicado ao tema «Paz e Desarmamento», incluiu Deolinda Machado, membro da Presidência do CPPC, que coordenou a sessão; Regina Marques, Membro da Direcção Nacional do MDM; Joaquim Santos, Presidente da Câmara Municipal do Seixal, pelo Movimento Municípios pela Paz; e Tarcísio Alexandre, Coordenador...