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Foi esta tarde entregue na embaixada dos EUA em Lisboa uma carta aberta ao presidente deste país repudiando a decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e de para aí transferir a sua embaixada. A carta aberta é subscrita pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação, Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional, Movimento Democrático de Mulheres e Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente. 
Estas organizações estão na origem do apelo, entretanto subscrito por numerosas outras, para o Acto Público «Liberdade para a Palestina! Paz no Médio Oriente!», que terá lugar na próxima segunda-feira, 14 de Maio, em Lisboa (Largo de Camões, 18h).
É o seguinte o texto da carta aberta:
 
Carta aberta ao Presidente da Administração norte-americana
O MPPM, a Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo e a Associação Alves Redol realizaram uma sessão de esclarecimento sobre a Palestina no Auditório da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira.
António Redol, em nome da Associação Promotora do Museu do Neo-Realismo, abriu a sessão.
Foi então exibido o filme «O Muro de Ferro», do realizador palestino Mohammed Alatar, que aborda a história da implantação sionista na Palestina, acompanhando o crescimento da construção dos colonatos e o seu impacte no processo de paz. Foca, ainda, os mais recentes projectos para tornar permanentes os colonatos – a construção do Muro e o seu efeito na vida da população palestina.
Jorge Cadima, da Direcção Nacional do MPPM, fez uma breve síntese dos aspectos mais sensíveis da questão palestina, sem esquecer os graves acontecimentos da actualidade. Seguiu-se um debate com forte participação da assistência.
 

O MPPM condena da forma mais vigorosa o rompimento unilateral do acordo nuclear sobre o Irão ontem anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Trata-se dum acto gravíssimo, cujo significado e consequências extravasam o quadro do próprio acordo, e que abre as portas a cenários catastróficos no Médio Oriente, e não só.

O MPPM recorda que o acordo em questão, conhecido pela sigla em inglês JCPOA, não é um acordo bilateral entre os EUA e o Irão. Trata-se dum acordo negociado e assinado em Julho de 2015 pelo Irão, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, a Alemanha e a União Europeia. Ao romper unilateralmente e sem qualquer razão credível o acordo, os EUA estão igualmente a desferir um golpe profundo na própria ONU e nos princípios da sua Carta, nomeadamente no princípio da resolução pacífica e negociada dos conflitos.

O presidente Donald Trump declarou hoje que os Estados Unidos se retiram do acordo nuclear multilateral com o Irão. Trump afirmou que o acordo, conhecido pela sigla inglesa JCPOA (Plano de Acção Conjunto Global), foi um «acordo unilateral horrível que nunca deveria ter sido feito» e anunciou «o mais alto nível de sanções» contra Teerão.
Nos termos do acordo, assinado em 2015 entre o Irão e a China, os EUA, a França, o Reino Unido e a Rússia, e ainda a Alemanha e a União Europeia, o Irão reduziria o seu programa de enriquecimento de urânio e prometia não se dotar de armas nucleares. Inspectores da ONU confirmaram repetidamente que o Irão respeitou o acordo.
A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou um Voto de condenação do massacre de palestinianos pelas autoridades israelitas, apresentado pelos deputados municipais Cláudia Madeira e Sobreda Antunes, do Partido Ecologista Os Verdes. O MPPM saúda esta manifestação de repúdio da violenta e brutal repressão de manifestações pacíficas por Israel, e simultaneamente de solidariedade com a causa do povo palestino. É o seguinte o texto integral do Voto, aprovado na reunião da AML de 24 de Abril:
 
VOTO DE CONDENAÇÃO
Massacre de palestinianos pelas autoridades israelitas
No Dia da Terra, 30 de Março, o povo palestiniano evoca o dia  em  que  forças israelitas mataram seis palestinianos durante protestos contra o confisco de terras, em 1976, assinalando-se este ano o seu 42.o aniversário.

As tropas israelitas mataram hoje três palestinos junto à fronteira com a Faixa de Gaza cercada, em mais um episódio da sangrenta repressão pelo regime sionista de um protesto contra a ocupação e pelo direito de retorno dos refugiados.
Segundo um comunicado das forças armadas israelitas, soldados de Israel abriram fogo contra quatro manifestantes palestinos a leste de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, alegadamente porque os jovens palestinos pretendiam «atravessar a barreira de segurança» em direcção a Israel.
O Ministério da Saúde de Gaza confirmou os disparos mortais, identificando duas das vítimas como Abdel Rahman Qudeih, de 23 anos, e Mohammed Abu Rayda, de 20.
Aumentou assim para 52 o número de mortos de manifestantes palestinos vítimas do fogo real das forças israelitas desde o início dos protestos na fronteira da Faixa de Gaza, em 30 de Março.

O Conselho Nacional Palestino, órgão supremo da Organização de Libertação da Palestina, com 740 membros, reuniu-se em sessão ordinária entre os dias 30 de Abril e 4 de Maio, em Ramala, na Cisjordânia ocupada. 
Estatutariamente o CNP deveria reunir-se anualmente, mas de facto esta foi primeira sessão ordinária desde 1996. Em 2009 realizou-se uma reunião extraordinária para preencher vagas entretanto surgidas, por incapacidade ou falecimento, no Comité Executivo da OLP.
A sessão foi ensombrada pela recusa de participar de mais uma centena de membros e pela ausência da Frente Popular para a Libertação da Palestina, fundadora e segunda força mais importante da OLP, a seguir à Fatah, que não participou por discordar do momento e local da reunião, sublinhando a necessidade de reconstruir a OLP com base na inclusão, na democracia e no compromisso com a resistência.

O Ministério da Saúde de Gaza informou, num balanço às 20h00 locais, que durante as manifestações da Grande Marcha de Retorno ao longo da fronteira da Faixa de Gaza cercada com Israel, mais de 1140 pessoas necessitaram de cuidados médicos, incluindo pelo menos 149 menores e 78 mulheres. Entre os feridos, 83 foram vítimas de balas reais. Três dos feridos estão em estado crítico.
É a primeira sexta-feira desde o início dos protestos em que nenhum palestino foi morto por forças israelitas.
Milhares de palestinos começaram desde as primeiras horas da manhã a manifestar-se nos cinco campos erguidos ao longo da fronteira leste de Gaza. Tratou-se da sexta semana consecutiva dos protestos da «Grande Marcha do Retorno», em que milhares de palestinos manifestam de forma pacífica o seu apoio ao direito colectivo dos refugiados de retornarem às suas terras de origem no território que hoje é Israel. Setenta por cento dos habitantes de Gaza são refugiados ou seus descendentes.

O Comité de Solidariedade com a Palestina e o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente organizarão, no dia 10 de Maio, pelas 21 horas, uma sessão pública na Culturgest com o historiador Ilan Pappe, que estará em Lisboa para participar na conferência internacional Beyond Planetary Apartheid promovida pelo Centro de Estudos Internacionais do ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa. A sessão, subordinada ao tema «Na era de Trump: Perigos e oportunidades para a Palestina» será moderada pelo jornalista José Goulão.

Pelo menos 49 palestinos foram mortos e mais de 6000 foram feridos a tiro pelas forças israelitas desde o lançamento da Grande Marcha de Retorno na Faixa de Gaza cercada, em 30 de Março.
O pesado balanço da sangrenta repressão das manifestações pacíficas por Israel foi dado a conhecer pelo Ministério da Saúde de Gaza, que informou que os seus hospitais receberam os corpos de 44 mortos, cinco dos quais menores, assinalando ao mesmo tempo que as forças de ocupação israelitas retêm os corpos de cinco palestinos mortos a tiro perto da cerca da fronteira.
Ashraf al-Qedra, porta-voz do ministério, declarou que até agora foram feridos 6793 palestinos, incluindo 701 menores e 225 mulheres. Dos feridos tratados nos hospitais de Gaza, 160 são feridos graves, 1944 moderados e 1899 ligeiros;

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