Actualidade

Um palestino de 22 anos foi morto a tiro pelas forças israelitas na madrugada de terça-feira em Tulkarem, no norte da Cisjordânia ocupada.

Muhammad Hussam Habali, de 22 anos, foi ferido na perna com uma bala de aço revestida de borracha disparada pelas forças israelitas, que depois dispararam uma segunda vez, atingindo-o na cabeça.

Um vídeo de uma câmara de vigilância no local, partilhado nas redes sociais, mostra que foi atingido pelas costas quando se afastava do local.

Habali vivia com sete irmãos e irmãs no campo de refugiados de Tulkarem. Testemunhas citadas pela agência palestina Ma'an afirmaram que era deficiente, com dificuldades de fala, e trabalhava até tarde num café na cidade de Tulkarem. Acabava de sair do trabalho quando passou por uma rua onde havia confrontos entre moradores palestinos e forças israelitas que tinham invadido o bairro.

Segundo o UN-OCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários), desde o início do ano até 19 de Novembro, 279...

Comunicado 19/2018

O MPPM manifesta profunda preocupação pela notícia de que a União Europeia está a promover, pela calada e à pressa, a aprovação de um documento que caminha no sentido de equiparar críticas ao sionismo e a Israel com anti-semitismo. Segundo a notícia (EUobserver, 29.11.2018), veiculada precisamente no Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, o documento poderá ser aprovado já esta semana, no dia 6 de Dezembro, aquando da reunião dos Ministros da Administração Interna dos países da UE.

A ser exacto o conteúdo da notícia, trata-se dum facto de extrema gravidade. Abrem-se as portas à censura, perseguição e eventual criminalização da justa denúncia dos inúmeros crimes perpetrados por Israel e da justa solidariedade com a luta do povo palestino pelos seus inalienáveis direitos nacionais. Não deixa de ser revelador que um papel de destaque na preparação do referido documento tenha cabido ao governo austríaco, um dos governos de extrema-direita que, na UE, mais...

«Eurovisão não combina com apartheid!», dizem vários artistas portugueses em carta aberta dirigida à RTP. Os signatários apelam ao boicote da participação de Portugal no Festival da Eurovisão da Canção, que vai decorrer em Israel em 2019, sendo a RTP a responsável pela escolha do representante português.

Entre os artistas signatários contam-se a escritora Alexandra Lucas Coelho, a artista plástica Joana Villaverde, a cantora Francisca Cortesão, os actores João Grosso, Maria do Céu Guerra e Manuela de Freitas, a pintora Teresa Dias Coelho, a cineasta Susana Sousa Dias e o fotógrafo Nuno Lobito, e também o músico José Mário Branco e o director artístico do Teatro Nacional D. Maria II, Tiago Rodrigues.

«Israel declarou-se efectivamente um Estado de apartheid ao adoptar este ano a “Lei do Estado-Nação Judeu”. Aos seus cidadãos palestinianos é agora negada constitucionalmente a igualdade de direitos», afirmam os artistas signatários, que prosseguem: «não queremos tornar-nos cúmplices das...

A Assembleia Geral das Nações Unidas votou na sexta-feira a favor de cinco resoluções sobre a Palestina e uma sexta resolução sobre os Montes Golã, informa a agência noticiosa palestina WAFA.

Uma das resoluções mais importantes exorta os Estados membros a não reconhecerem quaisquer medidas tomadas por Israel em Jerusalém e a manter o atual status quo na cidade. A resolução também rejeita a recente transferência pelos Estados Unidos de sua embaixada em Israel para Jerusalém.

Comentando a votação, o Observador Permanente da Palestina na ONU, Riyad Mansour, declarou que «votando a favor das cinco resoluções, a comunidade internacional afirma o seu apoio à nossa causa nacional, apesar dos esforços feitos pela administração dos EUA em fóruns internacionais para resistir a isso».

A Assembleia Geral também adoptou uma sexta resolução sobre os Montes Golã sírios ocupados, exigindo a retirada de Israel de todo o território e afirmando a soberania da Síria sobre ele, em consonância com as...

A Câmara Municipal do Seixal, em parceria com o MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – e com o CPPC – Conselho Português para a Paz e Cooperação – promoveu a realização do Seminário «Palestina: História, Identidade e Resistência de um País Ocupado», no dia 30 de Novembro, no Auditório do edifício dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal.

O Seminário foi transmitido directamente em streaming e está disponível no YouTube [ver Parte I] [ver Parte II].

A Sessão de Abertura iniciou-se com a intervenção do presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, a que se seguiram o embaixador da Palestina, Nabil Abuznaid [ver], a presidente do CPPC, Ilda Figueiredo [ver], e a presidente do MPPM, Maria do Céu Guerra [ver]. 

O primeiro painel, intitulado «História, Geografia e Religiões na Palestina», tinha por objectivo a apresentação dos factos históricos, geografia e religiões, descobrindo os mitos em torno da questão palestina. Foi...

A Assembleia da República assinalou ontem o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino aprovando um Voto de Solidariedade. Emanado de um órgão de soberania de Portugal, trata-se de um documento de inegável relevância política, que deve ser saudado por todos os amigos da causa palestina.

Apresentado pelo Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Palestina, o Voto recorda que o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino foi instituído a 2 de dezembro de 1977 pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

Com essa decisão, sublinha o texto, assinalava-se a aprovação, pela mesma Assembleia, da Resolução n.º 181, que estabelecia a partilha do território da Palestina, outrora administrado pelo Mandato Britânico, em dois Estados. Quarenta anos decorridos de comemoração do Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, e setenta anos passados após a aprovação da resolução que a previa, está ainda por realizar a constituição de um Estado árabe na Palestina.

O texto do...

O dia 29 de Novembro foi designada pela ONU como o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino. Neste ano em que se avolumam as ameaças sobre a liberdade, se não sobre a própria existência, do povo palestino, o MPPM assinalou uma vez mais a data com uma Sessão Pública de Solidariedade, na Casa do Alentejo, em Lisboa.

Com moderação de Carlos Araújo Sequeira, Presidente da Mesa da Assembleia Geral do MPPM, intervieram: General Pezarat Correia – Militar de Abril, investigador e docente universitário; Jamila Madeira – Economista, deputada à Assembleia da República pelo Partido Socialista, membro do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Palestina; António Bernardo Colaço – Juiz Conselheiro Jubilado do Supremo Tribunal Administrativo, Membro da Associação Portuguesa de Juristas Democratas; Nabil Abuznaid – Embaixador da Palestina em Portugal; Carlos Almeida – Historiador, Investigador na Faculdade de Letras de Lisboa, Vice-Presidente do MPPM.

Esta sessão, que contou com a...

Comunicado 18/2018

O MPPM saúda a decisão tomada pela Assembleia da República no dia 28 de Novembro, no quadro da discussão do Orçamento de Estado de 2019, de aumentar a contribuição de Portugal para a UNRWA, a agência das Nações Unidas de assistência aos refugiados palestinos no Próximo Oriente.

O reforço agora aprovado, por proposta do grupo parlamentar do PCP, da contribuição portuguesa em 100 mil euros é, em termos absolutos, diminuto face às necessidades de financiamento da UNRWA para enfrentar as dramáticas necessidades humanitárias dos cinco milhões de refugiados palestinos na própria Palestina e nos vizinhos Líbano, Jordânia e Síria. Ainda assim, quase duplica a contribuição portuguesa de 2017 (cerca de 120 mil euros, segundo dados disponibilizados pela UNRWA). E, sobretudo, este aumento constitui um avanço na atitude de solidariedade e justiça da parte de Portugal.

O significado político desta decisão da Assembleia da República é tanto mais de salientar quanto ocorre num momento...

A polícia militar de Israel prendeu na segunda-feira dezenas de palestinos em Jerusalém Oriental ocupada, numa operação contra membros do movimento Fatah e forças de segurança da Autoridade Palestina (AP).

Forças israelitas prenderam 32 palestinos, após invadirem as suas casas, e apreenderam dinheiro, documentos, fotografias, credenciais, fardas e munições fornecidas pela polícia palestina.

Os detidos são acusados de fazerem parte das forças de segurança da AP.

A presença da Autoridade Palestina em Jerusalém não é nova, e é bem conhecido que há moradores da cidade que trabalham nas forças de segurança da AP. No território da Cisjordânia existe um governorado (distrito) de Jerusalém, uma parte do qual está incluída no município israelita de Jerusalém.

A vaga de prisões faz parte das tentativas de Israel para controlar totalmente Jerusalém Oriental, que Israel anexou ilegalmente em 1980 e que o direito internacional considera um território ocupado. As autoridades israelitas na cidade queriam...

A Câmara Municipal de Palmela, na sua reunião do passado dia 21 de Novembro, aprovou por unanimidade uma Saudação ao Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino.

Mais uma vez, o MPPM sublinha e saúda a acção persistente, empenhada e atenta da Câmara Municipal de Palmela na solidariedade com a causa da liberdade do povo palestino.

Após recordar que o Dia Internacional da Solidariedade com o Povo Palestino foi instituído pelas Nações Unidas para recordar a Resolução 181 da Assembleia Geral, aprovada em 1947, que  «criou o Plano de Partição da Palestina em dois Estados, um árabe e um judeu, sem que tenham sido consultados os habitantes do país», o texto sublinha que  «sete décadas depois, esta comemoração pretende alertar para o facto de que o Estado independente e soberano da Palestina continua por cumprir e de que os direitos atribuídos pela ONU ao povo palestino são desrespeitados diariamente».

«Mais de uma centena de países reconhecem a soberania da Palestina», afirma-se mais...