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Atiradores de elite do exército israelita mataram dois adolescentes palestinos, um de 14 anos e outro de 18,  na 46.ª semana da Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza cercada.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza informou que Hassan Iyad Shalaby, de 14 anos, e Hamza Mohammad Ishtiwi, de 18 anos, foram atingidos por balas do exército sionista. Hassan Shalaby foi atingido com uma bala no peito, enquanto Hamza Ishtiwi foi atingido no pescoço, morrendo antes de chegar ao hospital.

Outros 17 manifestantes foram feridos pelos atiradores israelitas, incluindo um que foi atingido na cabeça e ficou gravemente ferido.

Além disso, dezenas de manifestantes sofreram problemas respiratórios devido ao uso intensivo de gás lacrimogéneo pelas forças de ocupação.

Milhares de palestinos reuniram-se junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza para participar da 46.ª sexta-feira das manifestações da Grande Marcha de Retorno, exigindo o fim do cerco ao pequeno território costeiro, que dura há 12...

O Supremo Tribunal de Israel permite e avaliza a expropriação dos palestinos e a demolição das suas casas na Cisjordânia ocupada, afirma a organização israelita B'Tselem.

Num relatório divulgado esta quarta-feira, o B'Tselem (Centro de Informação para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados), denuncia o modo como Supremo Tribunal de Israel tem permitido ao Estado sionista continuar a aplicar medidas ilegais.

Intitulado «Falsa Justiça», o relatório, baseando-se no exame de centenas de decisões do Supremo Tribunal sobre a demolição de casas palestinas na Cisjordânia ocupada, põe em relevo como Israel impede a construção pelos palestinos e visa expandir a construção de colonatos judaicos, que o direito internacional considera ilegais.

Os números do B'Tselem revelam que entre 2006 e 2018 Israel aprovou apenas 4% dos cerca de 5500 pedidos de construção na Cisjordânia ocupada. E quando, «não tendo mais nenhuma opção, os palestinos são forçados a construir sem licença, as estruturas são...

Os palestinos enfrentam «novas e iminentes ameaças de despejo» na Cidade Velha de Jerusalém Oriental ocupada, alertou neste domingo a ONG israelita Ir Amim.

A Cidade Velha faz parte de Jerusalém Oriental, que Israel ocupou durante a guerra de 1967 e cuja anexação declarou em 1980, proclamando toda a cidade sua capital «eterna e indivisa». Isso nunca foi reconhecido pela comunidade internacional, que considera Jerusalém Oriental uma parte do território palestino ocupado.

A Ir Amin destacou «três casos simultâneos» que comprovam «uma rápida escalada de novos factos no terreno — promovidos por colonos [judeus] com o apoio legal e político do estado [de Israel] — para fortalecer ainda mais o controlo israelita dentro e em redor da Cidade Velha».

Um exemplo citado pela Ir Amim é o despejo iminente da família Abu Asab, composta por sete pessoas, que em 12 de Fevereiro deverá ser desalojada da sua casa da Rua Al Qarami, no Bairro Muçulmano da Cidade Velha, após um processo judicial iniciado por...

Durante o dia de sexta-feira forças do exército israelita feriram mais de uma centena de palestinos que se manifestavam na Faixa de Gaza cercada e na Cisjordânia ocupada.

Na Faixa de Gaza, perto da vedação com que Israel isola o pequeno território costeiro, as forças israelitas feriram 98 civis, incluindo 15 crianças e 4 mulheres; dois são paramédicos e um jornalista. Sete dos feridos encontram-se em estado grave, incluindo uma jovem de 17 anos que foi atingida com uma bala no peito.

Segundo observadores de campo do PCHR (Centro Palestino dos Direitos Humanos), os atiradores israelitas abriram fogo e dispararam gás lacrimogéneo sobre os manifestantes embora estes estivessem a dezenas de metros da vedação e não pudessem por isso constituir qualquer perigo para os soldados.

Milhares de manifestantes desarmados participaram nesta 45.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno. As manifestações exigem o direito dos refugiados palestinos e seus descendentes regressarem às terras, na...

Os representantes diplomáticos dos 28 países da UE em Jerusalém e Ramala constatam a «discriminação jurídica sistemática» sofrida pelos palestinos na Cisjordânia ocupada, num relatório confidencial dirigido ao Serviço de Acção Externa e hoje revelado por meios de comunicação social de diversos países.

O relatório «é uma cartografia da situação dos direitos humanos na chamada Área C [da Cisjordânia], sob controlo exclusivo israelita e que cobre 60% do território ocupado», como afirmou uma fonte europeia em Jerusalém citada pelo El País.

Os 400 000 colonos judeus gozam de um estatuto pessoal e extraterritorial, ou seja, embora vivam na Cisjordânia ocupada, estão sujeitos apenas à lei israelita.

Pelo contrário, os palestinos do território ocupado estão sujeitos à lei marcial e aos regulamentos emitidos pela chamada Administração Civil, um departamento do Ministério da Defesa israelita, e estão sujeitos aos tribunais militares de Israel.

São utilizadas contra os palestinos até leis de poderes...

A aldeia beduína de al-Araqib foi demolida por Israel na manhã desta quinta-feira, pela 139.ª vez. A aldeia, situada no deserto de Neguev/Naqab, no Sul de Israel, não é reconhecida pelas autoridades sionistas.

Dezenas de soldados e polícias israelitas e pessoal da chamada «Autoridade para o Desenvolvimento do Neguev» invadiram a aldeia, escoltando buldózeres e veículos que demoliram as tendas, celeiros e barracões.

Mulheres, crianças e idosos da aldeia foram evacuados e deixados sem abrigo, apesar do tempo frio. O chefe do comité popular da aldeia e três mulheres foram detidos pelas forças israelitas, sendo libertados algumas horas após a demolição.

As demolições de al-Araqib são realizadas na tentativa de forçar a população beduína a mudar-se para aldeamentos designados pelo governo israelita.

Já no passado dia 25 de Dezembro, um morador de Al-Araqib, o xeque Sayeh Abu-Madi'am, de 69 anos, deu entrada na prisão de Ma'asiyahu em Ramle, para cumprir uma pena de 10 meses de prisão por...

Cinquenta personalidades da cultura britânica assinaram uma carta convidando a BBC a cancelar a cobertura do Festival da Eurovisão deste ano porque está previsto que ocorra em Israel, a 18 de Maio.

A carta, publicada no jornal britânico The Guardian, critica Israel pela ocupação de territórios palestinos.

Os subscritores, entre os quais se contam a estilista Vivienne Westwood, o cineasta Mike Leigh, as actrizes Julie Christie e Maxine Peake, os músicos Peter Gabriel, Wolf Alice e Roger Waters e os escritores  Caryl Churchill e AL Kennedy, afirmam que «não podemos ignorar a violação sistemática por Israel dos direitos humanos dos palestinos».

Como o representante britânico ao Festival será escolhido a 8 de Fevereiro no programa You Decide (Você Decide), a carta lembra que  «“Você Decide” não é um princípio aplicado aos palestinos, que não podem decidir afastar a ocupação militar de Israel e viver livres do apartheid. Até mesmo aos palestinos com cidadania israelita foi dito na lei do...

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, aceitou esta terça-feira a demissão do primeiro-ministro Rami Hamdallah e do seu governo. Hamdallah ficará à frente de um governo de gestão até à formação de um novo executivo.

Hamdallah presidiu ao governo desde Setembro de 2013, nomeado por Abbas, e em Fevereiro de 2014 formou o governo de reconciliação nacional com base num entendimento entre todos os movimentos palestinos. Embora membro da Fatah, é um académico e não tem um cargo dirigente no movimento.

A demisssão do governo surge na sequência da recomendação do Comité Central da Fatah — o partido hegemónico na Autoridade Palestina e na Organização de Libertação da Palestina — de formar um novo governo composto por membros dos  movimentos pertencentes à OLP e independentes. A Fatah justificou a medida com «a intransigência do Hamas e a sua recusa de tratar com o governo da reconciliação nacional».

O Hamas não pertence à OLP, e a decisão de Mahmoud Abbas é vista por alguns analistas...

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou esta segunda-feira que Israel cancelou a missão da Presença Temporária Internacional em Hebron (TIPH — Temporary International Presence in Hebron).

«Não permitiremos a presença de uma força internacional que opera contra nós», declarou Netanyahu.

A missão inclui cerca de 60 observadores da Noruega, Suécia, Itália, Suíça e Turquia. O seu mandato, renovado de seis em seis meses, deveria terminar a 31 de Janeiro próximo.

A TIPH surgiu na sequência do massacre da Mesquita de Ibrahimi, em Hebron, em Fevereiro de 1994, em que o colono judeu Baruch Goldstein assassinou 29 palestinos que rezavam dentro da mesquita.

Foi criada em 1997 como parte do Protocolo de Hebron dos Acordos de Oslo, que dividiu a cidade em duas partes: H1, a área controlada pela Autoridade Palestina, que compreende cerca de 80% da cidade e onde vivem cerca de 175 000 palestinos; e H2, a área controlada por Israel, onde cerca de 500 a 800 colonos judeus israelitas...

Um palestino foi morto e pelo menos 30 outros foram feridos este sábado na aldeia de Al-Mughayyir, perto de Ramala, na Cisjordânia ocupada.

O responsável pelos tiros fatais é um colono do posto avançado de Adei Ad, acreditam as forças armadas israelitas, segundo noticia o jornal Haaretz. Um porta-voz do próprio posto avançado confirma que os colonos dispararam balas reais. 

Os colonatos israelitas no território palestino ocupado dispõem, com a bênção das autoridades militares sionistas, de «equipas de segurança», na realidade milícias armadas praticamente sem controlo. Os postos avançados são colonatos criados sem aprovação oficial do governo israelita e considerados ilegais pelo direito israelita (todos e cada um dos colonatos israelitas nos territórios palestinos ocupados são considerados ilegais pelo direito internacional), mas que apesar disso beneficiam das infra-estruturas e da protecção militar do Estado sionista. São habitados por colonos extremistas, responsáveis por numerosos...