Actualidade

Israel cometeu este domingo um novo crime repugnante na Faixa de Gaza cercada, ao matar três rapazes palestinos num ataque aéreo.

O Ministério da Saúde em Gaza informou que os rapazes mortos são Khaled Bassam Saeed, de 14 anos, Abdul Hamid Abu Zaher, de 13, e Mohammed Ibrahim Al-Sattari, também de 13.

Os militares sionistas alegaram que os três rapazes se aproximaram da vedação com que Israel isola o território palestino e portanto foram alvejados e mortos por um avião militar.

Por outro lado, também no domingo, um outro palestino de Gaza, Yahya Bader al-Hasanat, de 37 anos, sucumbiu aos ferimentos sofridos durante as manifestações de sexta-feira. Eleva-se assim para seis o número de palestinos mortos pelas forças repressivas israelitas nos protestos da 31.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno.

O exército israelita realizou dezenas de ataques aéreos em toda a Faixa de Gaza sitiada na madrugada de sábado, na ofensiva mais intensa desde o Verão. O exército israelita lançou pelo menos 95 ataques aéreos, segundo o jornal israelita Haaretz, alegadamente em resposta a cerca de 34 rockets disparados do enclave palestino para o Sul de Israel, 15 dos quais terão sido interceptados pelo sistema de defesa anti-aérea Iron Dome (Cúpula de Ferro).

A Jihad Islâmica reivindicou a responsabilidade dos rockets disparados na noite de sexta-feira em direção aos colonatos israelitas adjacentes à Faixa de Gaza, afirmando que foram em resposta à matança na sexta-feira de cinco manifestantes pacíficos da Grande Marcha de Retorno pelo exército israelita. «A resistência não aceitará a equação imposta pelo inimigo baseada na matança por parte deles e no silêncio pela nossa parte», afirma em comunicado.

Manifestação junto à vedação de Gaza, 26 de Outubro de 2018. Crédito: Eliyahu Hershkovitz

Cinco manifestantes palestinos foram hoje mortos a tiro por soldados israelitas durante protestos junto à vedação com que Israel encerra a Faixa de Gaza. Mais de 250 manifestantes ficaram feridos, incluindo 35 menores e quatro paramédicos. As forças sionistas dispararam balas reais e balas de aço revestidas de borracha.

Várias dezenas de pessoas também foram afectadas pelo gás lacrimogéneo disparado pelas forças do regime sionista em direcção aos milhares de manifestantes que participavam nos protestos, realizados pela 31.ª semana consecutiva. A manifestação de hoje decorreu sob a palavra de ordem «Gaza não se renderá».

Em 30 de Março os palestinos lançaram a Grande Marcha do Retorno, reunindo-se desarmados ao longo da «zona-tampão» adjacente à vedação instalada por Israel para isolar o território palestino.

O MPPM condena com veemência a celebração do «Memorando de Entendimento sobre Cooperação no Domínio do Mar e da Água» assinado no passado dia 22 pela ministra do Mar de Portugal, Ana Paula Vitorino, e pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Espaço de Israel, Ofir Akunis.

O memorando, afirma o comunicado oficial, visa reforçar as colaborações científicas e aumentar o intercâmbio de conhecimentos e de cientistas entre Portugal e Israel, visando nomeadamente a protecção dos oceanos, a promoção do crescimento económico azul e a redução dos gases com efeito de estufa.

A coberto de uma colaboração científica e de preocupações ambientais, que seriam politicamente neutras, estamos perante um efectivo branqueamento pela ministra do Mar, e pelo Governo, da criminosa política de Israel relativamente ao povo palestino, também no que diz respeito ao mar e às questões ambientais.

As autoridades israelitas renovaram ontem por mais três meses, pela quarta vez consecutiva, a arbitrária ordem de detenção administrativa da deputada Khalida Jarrar.

Khalida Jarrar foi presa em 2 de Julho de 2017, tendo a sua ordem de detenção administrativa sido sucessivamente renovada. Anteriormente já tinha sido detida em 2015, passando 14 meses nas prisões israelitas.

Khalida Jarrar é dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) e deputada ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento), presidente da União dos Comités de Mulheres da Palestina e ex-directora executiva e actual membro do conselho da Addameer (Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos).

Israel anunciou hoje que vai adiar por «várias semanas» a demolição da aldeia palestina  de Khan al-Ahmar, na Cisjordânia ocupada, que tem sido alvo das atenções internacionais nos últimos meses. No entanto, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reafirmou a decisão de evacuar a aldeia.
 
Israel decidiu a demolição da aldeia, alegando vez que foi construída sem as devidas autorizações das autoridades. Mas na prática é impossível os palestinos obterem as autorizações de construção.
 
A poucos quilómetros de Jerusalém, a aldeia consiste em precárias construções de lata e madeira e é habitada por 180 beduínos. Encontra-se localizada entre dois grandes colonatos israelitas ilegais, Maale Adumim e Kfar Adumim, que o governo israelita quer expandir. 
 
O Encontro pela Paz, que hoje teve hoje lugar no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures, sob o lema «Pela paz, todos não somos demais!», reuniu cerca de sete centenas de participantes vindos de todo o país.
Numa iniciativa do CPPC, a que se juntaram mais onze organizações e entidades, entre as quais o MPPM, o Encontro pela Paz contou com o apoio da Câmara Municipal de Loures e veio a registar a adesão de mais 36 organizações e entidades.
A sessão de abertura, que reuniu no palco representantes das 12 entidades promotoras, contou com intervenções de Bernardino Soares, Presidente da Câmara Municipal de Loures, e de Ilda Figueiredo, Presidente da Direcção Nacional do CPPC.

Cerca de 130 palestinos foram hoje feridos por fogo israelita ou pela inalação de gás lacrimogéneo durante as manifestações da Grande Marcha do Retorno perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, informou o Ministério da Saúde do território. Dois palestinos, um dos quais uma mulher de 70 anos, ficaram feridos com gravidade. Entre os feridos contam-se 25 crianças, um jornalista e pessoal de saúde.
Foi a 30.ª sexta-feira consecutiva dos protestos desarmados da Grande Marcha do Retorno, exigindo o fim do bloqueio da Faixa de Gaza por Israel, que dura há 11 anos, e o direito de retorno dos refugiados palestinos às suas terras, de que foram expulsos na campanha de limpeza étnica levada a cabo pelas forças sionistas em 1948-1949, por altura da criação de Israel.

Os Estados Unidos decidiram que o seu consulado em Jerusalém Oriental, que estava encarregado das relações com os palestinos, passará a funcionar como Unidade de Assuntos Palestinos da embaixada estado-unidense em Israel, quando estiver concluída a ilegal transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém, em Maio de 2019.
O Departamento de Estado alega que isso permitirá «eficiências significativas». Porém, ao diminuir o estatuto do consulado, que era a sua principal missão diplomática junto dos palestinos, a medida tem evidente significado político, rebaixando ainda mais as relações entre os EUA e o governo da Autoridade Palestina.
Embora o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, tenha insistido que esta medida não indicava uma mudança de política em relação aos palestinos, o facto é que ela surge na sequência do fecho pelos EUA, em Setembro passado, da missão da Autoridade Palestina em Washington.

1. A bárbara repressão de Israel contra o povo palestino é uma afronta intolerável. Desde o início das manifestações da Grande Marcha do Retorno, no dia 30 de Março, mais de 205 palestinos já foram mortos na Faixa de Gaza, havendo mais de 5000 feridos a tiro, muitos dos quais sujeitos a amputações de membros, como resultado do tipo de munições usadas pelas forças armadas de Israel, segundo números do OCHA, o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, divulgados em 4 de Outubro. Entre os mortos contavam-se 38 crianças. Estamos perante um massacre continuado, que ainda no passado fim de semana ceifou mais sete vidas. Não se trata de mortos e feridos ‘em confrontos’. Trata-se de manifestantes desarmados, alvejados à distância e a sangue frio por atiradores especiais das forças armadas de Israel. Estamos perante um crime hediondo, que não pode ser calado nem ignorado.

Páginas

Subscreva Actualidade