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No próximo dia 19 de Junho vai entrar em vigor uma nova ordem militar israelita que fará avançar ainda mais o projecto de colonização e anexação da Cisjordânia ocupada, procurando esvaziar de palestinos a área C da Cisjordânia, que cobre 60% da sua superfície. 
A Ordem 1797 revoga na prática o direito jordano até agora vigente em toda a Cisjordânia. Além disso, a ordem aumenta o poder da Administração Civil (organismo do Ministério da Defesa de Israel que administra as questões civis na Cisjordânia ocupada) e afasta os tribunais do processo, eliminando assim o direito a uma audiência e a um recurso.
A Ordem 1797 tem por objecto a demolição de novas construções e foi emitida pelo Coordenador das Actividades Governamentais nos Territórios Ocupados (COGAT), organismo sob o controlo directo do Ministério da Defesa de Israel. 
Uma pequena frota de 4 barcos dirige-se à Faixa de Gaza para tentar quebrar o bloqueio ilegal que Israel lhe impõe há mais de uma década e para reclamar o direito a um futuro justo para a Palestina. Os barcos fazem escala em diferentes portos europeus, estando prevista a chegada de um deles à Marina de Cascais no próximo dia 19 de Junho.
O Hurriyah (Liberdade), um dos barcos, que partiu da Suécia rumo à Palestina, deixou o porto britânico de Brighton na passada sexta-feira. A tripulação de flotilha e activistas locais realizaram várias actividades em Brighton durante três dias para informar sobre o desumano bloqueio a Gaza. O Hurriyah dirigiu-se depois para o porto francês de La Rochelle.
Realizaram-se hoje manifestações de massas pela 11.ª sexta-feira consecutiva, como parte da Grande Marcha do Retorno, ao longo da vedação construída por Israel para isolar a Faixa de Gaza. 
Segundo o Ministério da Saúde em Gaza  (dados das 20h locais) as forças israelitas mataram quatro palestinos, incluindo um rapaz de 15 anos, e feriram 618 manifestantes.
O número das vítimas de hoje é o maior desde as manifestações de 14 de Maio, em que mais de 60 palestinos foram mortos e 2000 feridos pelas forças do regime sionista, o maior número de vítimas na Faixa de Gaza num único dia desde a agressão israelita de 2014contra o pequeno enclave palestino. 
Entre os feridos de hoje contam-se cinco jornalistas, incluindo o fotógrafo Mohammed Abed al-Baba, da Agence France-Presse, atingido a tiro apesar de claramente identificado com um colete e capacete de imprensa . 
Cartaz na cidade de Hebron, na Cisjordânia ocupada, apelando a Messi para não participar no jogo amigável Argentina-Israel de preparação para o Mundial
A Associação Argentina de Futebol (AFA) decidiu cancelar o jogo amigável marcado para sábado contra Israel, que deveria realizar-se em Jerusalém. Depois de uma pressão crescente vinda de todo o mundo, pedindo à Argentina para boicotar a partida, Messi e os seus companheiros de equipa já não irão a Israel. Foram invocadas «preocupações de segurança» como motivo do cancelamento de última hora.
O cancelamento do jogo ocorre após meses de uma campanha do movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) que começou na Argentina. Sindicatos argentinos e as Madres de la Plaza de Mayo juntaram-se ao apelo, e na semana passada houve uma manifestação diante da Associação Argentina de Futebol, em Buenos Aires. 
Após a notícia do cancelamento, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, telefonou ao presidente argentino, Mauricio Macri, pedindo-lhe para intervir, mas Macri respondeu que não tinha autoridade sobre a decisão. 
Os palestinos assinalam no dia 5 de Junho o 51.º aniversário da «Naksa» («revés»), quando em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, Israel invadiu e ocupou os territórios palestinos da Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental — e ainda a Península do Sinai egípcia e os Montes Golã sírios. 
Israel concluiu nesta ocasião aquilo que tinha iniciado na guerra de 1948 (em que ocupara 78% do território, em vez dos 55% que lhe atribuía a resolução 181 da Assembleia Geral da ONU, de 1947): a ocupação da totalidade do território da Palestina histórica (a antiga Palestina do Mandato).
Os 51 anos de ocupação militar dos territórios palestinos caracterizaram-se por constantes e flagrantes violações por dos direitos dos palestinos à liberdade e à independência. Os palestinos dos territórios ocupados estão sujeitos desde então a um brutal regime militar, enquanto Israel continua a confiscar terras e a saquear recursos naturais palestinos.
Israel lançou uma série de ataques aéreos contra posições palestinas na Faixa de Gaza sitiada no final do sábado e início de domingo. Os ataques aéreos israelitas ocorreram dias depois da entrada em vigor em 30 de Maio de um acordo de cessar-fogo entre Israel e organizações de resistência palestinas em Gaza, após um dos dias mais violentos na Faixa de Gaza desde a agressão israelita de 2014.
Os militares israelitas alegaram estar a retaliar ao lançamento de rockets a partir do enclave palestino, que terão atingido zonas de Sderot, Lakish, Hof Ashkelon, Sha'ar HaNegev, Sdot Negev e o conselho regional de colonatos de Eshkol. Segundo o diário israelita Haaretz, o disparo dos rockets foi reivindicado pelas Brigadas Abu Arish, que fazem parte da Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, ligada à Fatah. 
Tiago Rodrigues
A cantora colombiana Shakira não vai actuar em Tel Aviv este ano, correspondendo ao apelo que lhe foi dirigido numa carta subscrita por autarquias e dezenas de organizações culturais palestinas [https://bdsmovement.net/Shakira]. 
A decisão de Shakira surge poucos dias depois de o actor, encenador e dramaturgo português Tiago Rodrigues, director do Teatro Nacional Dona Maria II, ter cancelado a sua participação no Israel Festival, em Jerusalém, que deveria acontecer nos próximos dias 4 e 5 de Junho. 
A corajosa tomada de posição de Tiago Rodrigues é explicada numa declaração publicada em 17 de Maio na sua página no Facebook [https://www.facebook.com/tiago.rodrigues.986227/posts/10216429282072893], em que afirma: 
As autoridades israelitas aprovaram hoje, 30 de Maio, a construção de 2070 novas unidades residenciais em colonatos ilegais na Cisjordânia ocupada, informa a agência palestina Wafa, citando a organização israelita Peace Now, que se dedica a monitorizar a actividade de colonização israelita nos territórios ocupados. 
O ministro da Defesa israelita, Avigdor Lieberman, afirmou na semana passada que a Administração Civil (órgão das forças armadas de Israel para a administração dos territórios palestinos ocupados) na Cisjordânia deverá apoiar a construção imediata de 2500 novas casas. Segundo jornal israelita Haaretz, esse número incluiria muitas casas que já foram aprovadas e algumas até construídas,.
Drones e aviões israelitas atacaram hoje, 29 de Maio, mais de 30 alvos no interior da Faixa de Gaza cercada.
O porta-voz do exército israelita, Jonathan Conricus, declarou que as forças do regime sionista tinham realizado «um importante ataque aéreo» em que foram atingidos mais de 30 alvos, incluindo «um túnel e diferentes componentes da infra-estrutura militar pertencentes ao Hamas e à Jihad Islâmica Palestina». Segundo fontes locais, não se registaram feridos.
Os ataques, segundo o militar israelita, ocorreram em resposta o disparo de uma série de rockets e morteiros contra o Sul de Israel a partir da Faixa de Gaza, a maioria dos quais foram interceptados pelo sistema de defesa israelita Cúpula de Ferro. 
Ter-se-á tratado do incidente mais vasto entre os dois lados desde a agressão israelita de 2014 contra Gaza. 
Saeb Erekat, secretário-geral do Comité Executivo da OLP, transmitiu a gratidão do povo palestino e da sua direcção pela posição de Angola ao demitir diplomatas que participaram na inauguração da embaixada dos EUA sem o consentimento do seu país.
Num artigo publicado em português no Jornal de Angola, Erekat agradeceu a Angola a sua posição e afirmou a profundidade das relações históricas que ligam a Palestina e os países africanos na sua luta conjunta contra os regimes coloniais.

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