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O Senado da Irlanda aprovou hoje, 11 de Julho, um projecto de lei que proíbe a importação de produtos dos colonatos israelitas nos territórios palestinos ocupados.
Aprovado por 25 votos a favor, 20 contra e 14 abstenções, o Projecto de Lei de Controlo de Actividades Económicas (Territórios Ocupados) proíbe «a importação e venda de bens, serviços e recursos naturais originários de colonatos ilegais em territórios ocupados». A medida legislativa, a que o governo irlandês se opôs, foi apresentada pela senadora independente Frances Black e mereceu o apoio de outros senadores independentes e ainda de senadores do Fianna Fáil, Sinn Féin e Verdes.
Após esta aprovação na câmara alta do parlamento irlandês, o Seanad, o projecto terá ainda de passar por outras votações no Seanad e depois na câmara baixa antes de se converter em lei.

Israel anunciou o encerramento, a partir de terça-feira 10 de Julho, do posto de Kerem Shalom/Karam Abu Salem, a única passagem de mercadorias para a Faixa de Gaza.
Esta medida vai apertar ainda mais o bloqueio imposto há mais de onze anos ao pequeno enclave palestino. A partir de agora não é permitida nenhuma exportação da Faixa de Gaza e apenas aí podem entrar produtos e equipamentos «humanitários», o que, segundo o exército israelita, inclui alimentos e medicamentos. Será afectada a importação de mercadorias, principalmente materiais de construção (desesperadamente necessários nomeadamente para reparar os danos causados pelas sucessivas agressões militares israelitas) mas também roupa e produtos químicos, e será igualmente interrompida a escassa exportação de produtos agrícolas de Gaza para o mundo exterior.

O MPPM associou-se a um conjunto de outras organizações portuguesas promovendo um protesto contra a Cimeira da NATO que se vai realizar em Bruxelas em 11 e 12 de Julho com o objectivo de reforçar a capacidade de intervenção belicista desta organização. Na sua adesão a esta iniciativa, o MPPM teve presentes, nomeadamente, as nefastas consequências das intervenções da NATO em países soberanos do Médio Oriente, designadamente no agravamento da instabilidade política na região, no cortejo de morte e destruição, na intensificação do fluxo de refugiados. Por isso, o MPPM desfilou hoje em Lisboa, do Camões ao Rossio, numa manifestação que mobilizou largas centenas de pessoas.

O MPPM condena a anunciada intenção de Israel de expulsar a comunidade palestina beduína de Khan al-Ahmar e demolir as suas estruturas, transferindo compulsivamente os seus habitantes.

A acção israelita configura uma flagrante e grosseira violação do direito internacional, nomeadamente da IV Convenção de Genebra, que proíbe a transferência forçada da população civil de um território ocupado.

A destruição de Khan al-Ahmar faz parte de um quadro mais vasto. Por um lado, trata-se de uma das comunidades palestinas que Israel quer expulsar do chamado Corredor E1, o qual permitiria estabelecer uma continuidade territorial entre Jerusalém e Ma’ale Adumim, o maior dos colonatos israelitas ilegais na Cisjordânia ocupada, com 40.000 habitantes.

Um manifestante palestino foi morto e pelo menos 396 pessoas foram feridas pelas forças israelitas que atacaram os participantes na 15.ª sexta-feira consecutiva dos protestos não violentos da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação de arame farpado com que Israel isola a Faixa de Gaza.
Mohammad Jamal Abu Halima, de 22 anos, foi morto por fogo de artilharia que visou a multidão de manifestantes.
Segundo fontes médicas, pelo menos 396 manifestantes palestinos foram feridos por balas reais ou sofreram sufocações devido à inalação de gás lacrimogéneo. Foram internadas em hospitais 119 pessoas, incluindo 57 casos de ferimentos por balas. Registaram-se também feridos entre o pessoal de saúde e jornalistas.

Milhares de mulheres palestinas manifestaram-se na tarde da passada de terça-feira perto da vedação que isola a Faixa de Gaza cercada de Israel, reclamando o direito ao retorno dos refugiados palestinos. 
Pelo menos 134 mulheres foram feridas por balas reais e gás lacrimogéneo disparados pelas forças israelitas. O Ministério da Saúde de Gaza informou que entre os feridos se encontravam trabalhadores da comunicação social que cobriam o acontecimento. 
Dezenas de palestinos, acompanhados por activistas dos direitos humanos israelitas e internacionais, protestaram hoje em Khan al-Ahmar e nas suas redondezas, enquanto forças israelitas começavam os preparativos para destruir a aldeia beduína, na Cisjordânia ocupada, apesar dos apelos internacionais para a não concretização do plano.
Moradores e activistas agitaram bandeiras palestinas e subiram às escavadoras, tentando impedir a demolição. 
O Crescente Vermelho palestino informou que 35 pessoas ficaram feridas e quatro foram levadas para o hospital.
A organização israelita B'Tselem (Centro de Informação para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados) relatou que foram presas nove pessoas.
Manifestação de familiares de presos palestinos nas cadeias de Israel

O parlamento de Israel aprovou ontem, 2 de Julho, uma lei para penalizar financeiramente a Autoridade Palestina pelo pagamento de subsídios aos palestinos presos por Israel, às suas famílias e às famílias dos que foram feridos ou mortos pelas forças israelitas, num total de cerca de 35 000.
Os palestinos encaram os presos nas cadeias de Israel, bem como os feridos e mártires (mortos), como heróis da luta de libertação nacional, merecedores de assistência financeira.
Dos 120 deputados do Knesset (parlamento), 87 votaram a favor e apenas 15 se opuseram à lei, que impõe a retenção de uma parte dos cerca de 130 milhões de dólares de impostos que Israel recolhe por mês dos contribuintes palestinos e que deveria entregar à Autoridade Palestina. Parte do chamado Acordo Oslo II entre Israel e a OLP, este mecanismo provisório está previsto no Protocolo de Paris de 1994.

Activistas e figuras nacionais palestinas participaram ontem num protesto contra a intenção de Israel de expulsar a comunidade beduína de Khan al-Ahmar e demolir as suas estruturas. Os participantes expressaram a sua solidariedade com os moradores de Khan al-Ahmar e a sua condenação do plano de Israel de os expulsar.
O local para onde os habitantes de Khan al-Ahmar serão empurrados situa-se entre um depósito de sucata e a maior lixeira da Cisjordânia.
Khan al-Ahmar é uma das comunidades palestinas que Israel procura expulsar do chamado Corredor E1, que permitiria estabelecer uma continuidade territorial entre Jerusalém e Maale Adumim, o maior dos colonatos israelitas ilegais na Cisjordânia ocupada, com 40 000 habitantes. O Supremo Tribunal de Israel aprovou em Maio passado o plano de demolição de Khan al-Ahmar, e os buldozeres podem chegar a qualquer momento.

Dois palestinos, incluindo um rapaz de 13 anos, foram hoje mortos a tiro em Gaza por fogo israelita perto da cidade de Khan Yunis, afirmaram autoridades palestinas. 
O rapaz, identificado como Yasser Abu al-Naja, sucumbiu aos ferimentos depois de ser levado para o hospital. O outro morto palestino é Mohammad Fawzi Hamaydeh, de 24 anos, que foi ferido com gravidade por balas reais e mais tarde sucumbiu aos seus ferimentos.
As forças sionistas dispararam balas reais e granadas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes desarmados que participavam na 14.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação com que Israel isolou a Faixa de Gaza.
Os soldados israelitas também dispararam uma bomba de gás lacrimogéneo contra uma ambulância perto dos protestos, a leste da cidade de Gaza, causando sufocação a três paramédicos que nela seguiam.

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