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Dezenas de manifestantes palestinos de Bil'in, na Cisjordânia ocupada, foram feridos e sofreram graves problemas respiratórios devido ao uso intensivo de gás lacrimogéneo pelas forças repressivas israelitas. Os manifestantes participavam nos protestos semanais contra o Muro do Apartheid e os colonatos.

Após as orações de sexta-feira, os manifestantes reuniram-se no centro da aldeia — a oeste de Ramala — e dirigiram-se para o Muro.

O exército israelita abriu fogo e lançou bombas de gás contra os manifestantes – entre os quais se contavam activistas da paz estrangeiros e israelitas —, provocando a sufocação de dezenas deles.

Os manifestantes levavam cartazes condenando os colonatos israelitas ilegais e apelando à unidade dos palestinos, e entoaram palavras de ordem exigindo a libertação dos presos palestinos das prisões israelitas e o direito de retorno dos refugiados palestinos expulsos por Israel. Os manifestantes protestaram também contra o chamado «acordo do século» anunciado pelos EUA...

As forças israelitas feriram pelo menos 20 palestinos que esta sexta-feira participavam na 47.ª semana consecutiva da Grande Marcha do Retorno, junto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.

O Ministério da Saúde de Gaza confirmou que os soldados atingiram 20 palestinos com balas reais e acrescentou que um dos feridos é um adolescente de 15 anos que ficou em estado grave após ser atingido com uma bala no peito.

Ficaram igualmente feridos uma mulher de 29 anos, com um estilhaço na cabeça, e um fotojornalista, identificado como Mohammad Za'noun.

Segundo fontes informativas de Gaza, mais de onze mil palestinos participaram esta sexta-feira nas manifestações desarmadas da Grande Marcha do Retorno, que teve início em 30 de Março de 2018 ao longo da vedação que Israel instalou para isolar a Faixa de Gaza.

O seu objectivo principal é exigir o fim do cerco ao pequeno território costeiro palestino, que dura desde 2007, e o direito de retorno dos refugiados palestinos e seus descendentes às...

Em Janeiro de 2019 Israel prendeu 509 palestinos de Jerusalém e da Cisjordânia ocupados e da Faixa de Gaza, incluindo 89 menores e oito mulheres, informam grupos de defesa dos presos palestinos.

A Sociedade dos Presos Palestinos (PPS), a Comissão dos Assuntos dos Presos e ex-Presos Palestinos e a Addameer (Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos) denunciaram num comunicado conjunto que as autoridades israelitas detiveram 102 palestinos de Jerusalém Oriental, 88 de Ramala, 80 de Hebron, 55 de Jenin, 62 de Belém, 30 de Nablus, 30 de Tulkarm, 25 de Qalqilya, 8 de Toubas, 6 de Salfit, 10 de Jericó e 10 da Faixa de Gaza.

O comunicado conjunto afirma que, em 31 de Janeiro de 2019, o número de palestinos encarcerados nas prisões israelitas se eleva assim a cerca de 5700. Neste total incluem-se 48 mulheres e 230 menores de 18 anos.

As autoridades de ocupação israelitas emitiram 95 ordens de detenção administrativa, sendo 45 renovações e 50 novas. O número de presos em regime de detenção...

O encontro de Varsóvia sobre o Médio Oriente patrocinado pelos EUA, que se realiza em 13 e 14 de Fevereiro, não preenche os requisitos da diplomacia séria, afirmou a Organização de Libertação da Palestina (OLP).

Hanan Ashrawi, membro do Comité Executivo da OLP, declarou num comunicado que o encontro corporiza as irresponsáveis políticas de poder que a actual administração dos EUA está a tentar impor à comunidade internacional, prosseguindo uma política de unilateralismo, coacção e hostilidade.

Ashrawi sublinha que a direcção palestina tem o dever de defender os direitos do seu povo e de representar os seus interesses, que o governo dos EUA ataca de forma sistemática.

«A Palestina não dará cobertura ao belicismo nem legitimará esforços para vender uma falsa solução centrada em Israel que normalize as relações entre árabo-israelitas à custa dos direitos dos palestinos. O governo dos EUA», prossegue a dirigente da OLP, «procura  financiamento árabe para uma “paz económica”, política e...

Juan Guaidó afirmou que está a trabalhar para restabelecer os laços com Israel que Caracas cortou há uma década em solidariedade com os palestinos.

Numa entrevista ao jornal israelita de grande tiragem Israel Hayom (um dos principais apoios mediáticos do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu), o autoproclamado «presidente» venezuelano declarou: «Estou muito feliz por anunciar que o processo de estabilização das relações com Israel está em pleno andamento. É muito importante para nós … Vamos renovar os laços, depois anunciaremos a nomeação de um embaixador em Israel e esperamos realmente que um embaixador de Israel venha até nós.»

A Venezuela cortou relações diplomáticas com Israel há uma década, durante a presidência de Hugo Chávez, em protesto contra a agressão israelita contra a Faixa de Gaza em 2008-2009 («Operação Chumbo Fundido»), da qual resultaram mais de 1400 mortos palestinos – entre os quais 138 crianças – e enormes destruições materiais.

Israel foi um dos primeiros países a...

COMUNICADO 02/2019

Os inimigos do povo palestino – com Trump, Netanyahu e Bolsonaro à cabeça – e as potências que há 25 anos ensanguentam o Médio Oriente com guerras agressivas e destruidoras estão ao ataque na América Latina.

Os factos multiplicam-se e não podem ser ignorados pelos amigos do povo palestino: entre outros, são as estreitas ligações de Bolsonaro a Israel; a presença de Netanyahu no Brasil aquando da tomada de posse de Bolsonaro; a proclamada intenção do governo brasileiro de transferir a sua embaixada para Jerusalém – no encalço da ilegal decisão de Trump –, ao mesmo tempo que desvaloriza a presença oficial palestina no Brasil; o apoio de Israel ao golpe na Venezuela, desencadeado pela proclamação pelos EUA de um «presidente» que nunca foi sufragado pelo voto popular; a presença militar israelita no Brasil, a pretexto de assistência humanitária às vítimas da catástrofe da barragem do Brumadinho e violando a legalidade brasileira.

Os algozes do povo palestino – que...

Todos os deputados do Likud que procuram a reeleição nas eleições israelitas de 9 de Abril apoiam a anexação da Cisjordânia ocupada. Entre os deputados do partido dirigente da coligação governamental só o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu,não se pronunciou,

Dados divulgados por dois grupos de direita israelitas, o Movimento de Soberania e o Nahala, citados pelo jornal Jerusalem Post, mostram que 38 dos 120 deputados actuais (31%) apoiam uma forma ou outra de anexação da Cisjordânia ocupada.

Por outro lado, dezenas de ministros israelitas e altos quadros do partido Likud e de outros partidos de direita assinaram uma petição, lançada pelo movimento de colonos Nahala, no sentido de abandonar a solução de dois Estados e criar em toda a Cisjordânia ocupada novos colonatos para dois milhões de colonos judeus.

Entre os os membros do Likud signatários da petição encontram-se o presidente do Knesset (parlamento), Yuli Edelstein, e os ministros Yisrael Katz (Transportes), Yariv Levin (Turismo)...

Atiradores de elite do exército israelita mataram dois adolescentes palestinos, um de 14 anos e outro de 18,  na 46.ª semana da Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza cercada.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza informou que Hassan Iyad Shalaby, de 14 anos, e Hamza Mohammad Ishtiwi, de 18 anos, foram atingidos por balas do exército sionista. Hassan Shalaby foi atingido com uma bala no peito, enquanto Hamza Ishtiwi foi atingido no pescoço, morrendo antes de chegar ao hospital.

Outros 17 manifestantes foram feridos pelos atiradores israelitas, incluindo um que foi atingido na cabeça e ficou gravemente ferido.

Além disso, dezenas de manifestantes sofreram problemas respiratórios devido ao uso intensivo de gás lacrimogéneo pelas forças de ocupação.

Milhares de palestinos reuniram-se junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza para participar da 46.ª sexta-feira das manifestações da Grande Marcha de Retorno, exigindo o fim do cerco ao pequeno território costeiro, que dura há 12...

O Supremo Tribunal de Israel permite e avaliza a expropriação dos palestinos e a demolição das suas casas na Cisjordânia ocupada, afirma a organização israelita B'Tselem.

Num relatório divulgado esta quarta-feira, o B'Tselem (Centro de Informação para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados), denuncia o modo como Supremo Tribunal de Israel tem permitido ao Estado sionista continuar a aplicar medidas ilegais.

Intitulado «Falsa Justiça», o relatório, baseando-se no exame de centenas de decisões do Supremo Tribunal sobre a demolição de casas palestinas na Cisjordânia ocupada, põe em relevo como Israel impede a construção pelos palestinos e visa expandir a construção de colonatos judaicos, que o direito internacional considera ilegais.

Os números do B'Tselem revelam que entre 2006 e 2018 Israel aprovou apenas 4% dos cerca de 5500 pedidos de construção na Cisjordânia ocupada. E quando, «não tendo mais nenhuma opção, os palestinos são forçados a construir sem licença, as estruturas são...

Os palestinos enfrentam «novas e iminentes ameaças de despejo» na Cidade Velha de Jerusalém Oriental ocupada, alertou neste domingo a ONG israelita Ir Amim.

A Cidade Velha faz parte de Jerusalém Oriental, que Israel ocupou durante a guerra de 1967 e cuja anexação declarou em 1980, proclamando toda a cidade sua capital «eterna e indivisa». Isso nunca foi reconhecido pela comunidade internacional, que considera Jerusalém Oriental uma parte do território palestino ocupado.

A Ir Amin destacou «três casos simultâneos» que comprovam «uma rápida escalada de novos factos no terreno — promovidos por colonos [judeus] com o apoio legal e político do estado [de Israel] — para fortalecer ainda mais o controlo israelita dentro e em redor da Cidade Velha».

Um exemplo citado pela Ir Amim é o despejo iminente da família Abu Asab, composta por sete pessoas, que em 12 de Fevereiro deverá ser desalojada da sua casa da Rua Al Qarami, no Bairro Muçulmano da Cidade Velha, após um processo judicial iniciado por...