Dezenas de palestinos da Faixa de Gaza foram feridos na tarde de sexta-feira pelas forças de ocupação israelitas, que abriram fogo contra os manifestantes que participavam na Grande Marcha do Retorno.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que 15 palestinos foram feridos por munições reais e bombas de gás lacrimogéneo disparadas pelas forças israelitas. Entre os feridos encontravam-se sete jornalistas e paramédicos palestinos.
Milhares de palestinos manifestaram-se pela 41.ª semana consecutiva junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. As manifestações da Grande Marcha do Retorno iniciaram-se em 30 de Março de 2018 para exigir o direito de retorno dos refugiados e o fim do bloqueio à Faixa de Gaza. Desde o início dos protestos, o exército de ocupação israelita matou 256 palestinos e feriu mais de 25 000.
A grande actriz e encenadora Maria do Céu Guerra foi distinguida com o Prémio Vasco Graça Moura — Cidadania Cultural.
O júri revelou que a galardoada foi escolhida «por se ter destacado, ao longo da vida, numa prática de cidadania cultural, enquanto actriz, que levou à cena e por diferentes modos divulgou os grandes textos da literatura portuguesa e, nessa intervenção, que manteve em A Barraca como núcleo de irradiação cultural».
O MPPM felicita calorosamente Maria do Céu Guerra por mais este importante reconhecimento do seu trabalho, congratula-se por ter como presidente uma figura tão destacada e unanimemente reconhecida da cultura em Portugal e saúda a sua voz livre que durante décadas tanto se tem empenhado na defesa da liberdade do povo palestino.
O ministro da Segurança Pública de Israel, Gilad Erdan, apresentou hoje, quarta-feira, planos para piorar as condições dos presos políticos palestinos nas prisões israelitas. Entre as medidas anunciadas contam-se o racionamento da água, incluindo a limitação dos duches, a limitação do acesso de presos à televisão, o bloqueio das verbas provenientes da Autoridade Palestina, a redução da autonomia dos presos e o fim da separação entre presos do Hamas e da Fatah, movimentos políticos rivais, e a redução do número de visitas familiares. Erdan declarou que as visitas familiares já haviam sido interrompidas para os presos pertencentes ao Hamas.
O MPPM faz votos de que em 2019 o povo palestino, através da sua luta heróica e tenaz e do reforço da sua unidade, veja aproximar-se o dia da libertação da ocupação e da repressão israelitas, veja aproximar-se a hora da realização dos seus inalienáveis direitos nacionais
Um total de 295 palestinos foram mortos e mais de 29 000 foram feridos em 2018 pelas forças israelitas, informa o OCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários) num relatório divulgado no final da semana passada.
Trata-se do maior número de mortos num único ano desde a agressão israelita à Faixa de Gaza em 2014 (a chamada «Operação Margem Protectora») e o maior número de feridos registados desde que em 2005 o OCHA começou a documentar as baixas nos territórios palestinos ocupados (TPO).
Cerca de 61% das mortes (180 pessoas) e 79% dos ferimentos (mais de 23.000) ocorreram no contexto das manifestações da Grande Marcha do Retorno (iniciada em 30 de Março), junto à vedação com que Israel encerra a Faixa de Gaza. No conjunto dos TPO, 57 dos palestinos mortos e cerca de 7000 dos feridos eram menores de 18 anos.
Forças israelitas mataram ontem um palestino com deficiência mental durante uma manifestação da Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza, já na 40.a semana consecutiva.
O Ministério da Saúde de Gaza identificou o morto como Karam Mohammed Fayyad, de 26 anos. Observadores no local do Palestinian Center for Human Rights (PCHR) informaram que Fayyad foi atingido com uma bala na cabeça quando se encontrava a cerca de 150 metros da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.
Segundo o Centro Al Mezan de Direitos Humanos, as forças israelitas feriram outros 46 manifestantes, incluindo quatro crianças, duas mulheres, um jornalista e dois paramédicos.
Os soldados do exército sionista dispararam balas reais, balas de aço revestidas de borracha, além de bombas de gás de alta velocidade e granadas atordoantes, informa o Crescente Vermelho Palestino.
Israel aprovou a construção de 1451 novas casas em colonatos ilegais na Cisjordânia ocupada, informou o jornal israelita Haaretz. Foram apresentados planos para construir outras 837 unidades habitacionais para colonos, algumas em colonatos relativamente isolados.
A decisão foi tomada pelo Conselho Supremo de Planeamento da Administração Civil israelita, o órgão do Ministério da Defesa de Israel que governa a Cisjordânia ocupada (sob administração militar israelita desde 1967), planeia e organiza os seus colonatos e coordena com a Autoridade Palestina em questões de segurança.
Foi dada a aprovação final para construir 30 das 1451 unidades nos colonatos.
As unidades aprovadas serão construídas em 11 colonatos ilegais na Cisjordânia ocupada, adjacentes a Jerusalém Oriental e à Faixa de Gaza.
Em 27 de Dezembro de 2008, há dez anos, Israel lançou contra a população palestina indefesa da Faixa de Gaza a chamada operação «Chumbo Fundido».
Durante vinte e três dias o exército israelita — o mais poderoso do Médio Oriente — fustigou impiedosamente os palestinos da Faixa da Gaza. Quando a operação terminou, em 18 de Janeiro de 2009 — dois dias antes da tomada de posse de Barack Obama —, tinham-se registado mais de 1400 mortos palestinos – entre os quais 138 crianças – e enormes destruições. Um saldo sangrento que não pode ser classificado senão como prática de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, anunciou no sábado que vai dissolver o Conselho Legislativo Palestino. «Recorremos ao Tribunal Constitucional e o tribunal decidiu dissolver o CLP e pediu eleições parlamentares no prazo de seis meses, e nós temos de executar essa decisão imediatamente», disse Abbas numa reunião da Organização de Libertação da Palestina em Ramala.
O CLP é o parlamento directamente eleito pelos palestinos que vivem nos territórios sob a alçada da Autoridade Palestina, ou seja, é o órgão legislativo do aparelho para-estatal instituído ao abrigo dos Acordos de Oslo de 1993.
A Lei Básica da Palestina (constituição) prevê a realização de eleições parlamentares de quatro em quatro anos, mas as últimas ocorreram em 2006, há mais de doze anos. Nessa altura o Hamas venceu por larga maioria. O Hamas tem 76 dos 132 lugares do CLP, ao passo que a Fatah tem 43, sendo os 13 restantes ocupados por deputados de esquerda e independentes.