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A Assembleia da República aprovou no passado dia 26 de Setembro um Voto condenando a decisão das autoridades israelitas de expulsar os habitantes de Khan al-Ahmar.
O MPPM congratula-se com resolução deste órgão de soberania, que junta assim a sua voz à condenação que no mundo inteiro se faz ouvir contra o mais recente exemplo da limpeza étnica da população palestina levada a cabo pelo Estado sionista, com o objectivo de ampliar a colonização e impossibilitar a criação do Estado palestino.
O Voto foi apresentado pelo Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português, tendo sido aprovado com os votos a favor do PCP, PEV, PS, BE e PAN, os votos contra do PSD e a abstenção do CDS-PP.
É o seguinte o texto integral do documento:
 
«Voto de condenação n.º 623/XIII-4ª
da ordem de expulsão dos habitantes de Khan al-Ahmar por parte das autoridades de Israel
No 15.º aniversário do falecimento de Edward Said, o MPPM divulga este artigo, publicado logo após a assinatura dos Acordos de Oslo em 1993, em que o grande intelectual palestino faz uma análise muito crítica daqueles acordos.
 

Ahed Tamimi, a jovem palestina de 17 anos de idade que se tornou um símbolo da resistência à ocupação israelita e esteve presa oito meses numa cadeia do regime sionista, foi ontem homenageada pelo Real Madrid.
Ahed visitou o estádio Santiago Bernabéu, onde se encontrou com o famoso Emilio Butrageño, antigo jogador e actual vice-presidente do Real Madrid, que lhe ofereceu uma camisola do clube com o número 9 (antigo número do próprio Butragueño) e o nome de Ahed gravado.
A jovem resistente efectuou uma visita a Espanha, acompanhada por seu pai, Basem al-Tamimi, durante a qual participou em vários acontecimentos políticos para falar da experiência durante a sua prisão de oito meses e o movimento de resistência palestino à ocupação e colonização israelitas. Foi nomeadamente recebida na Câmara Municipal de Madrid e na sede do PSOE, teve um encontro com o líder do Podemos e participou na festa do PCE.

Seis palestinos, incluindo dois rapazes de 12 e 14 anos, foram mortos esta sexta-feira por disparos militares israelitas durante protestos junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que os dois rapazes foram atingidos a tiro: Yousef Abu Zarifa, de 12 anos, com um bala na cabeça, e Mohammad Naif Al-Houm, de 14 anos, com uma bala no peito. As outras vítimas mortais são Iyad Khalil Ahmad Ashar (18 anos), Mohammad Ali Anshasi (18 anos), Muhammad Bassem Shchasa (24 anos) e Mohammad Walid Haniyeh (33 anos).
Ao todo foram feridos pela repressão das forças armadas do regime sionista 506 palestinos, cerca de 90 dos quais por fogo israelita, informou o Ministério. Foram evacuados para hospitais 210 dos feridos.

O presidente da OLP e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, usou hoje da palavra na Assembleia Geral da ONU. Ainda antes das saudações protocolares, iniciou o seu discurso com a afirmação de que «Jerusalém não está à venda e os direitos do povo palestino não são negociáveis».
O dirigente palestino recordou que foi mandatado pelo Conselho Nacional Palestino para rever os acordos — políticos, económicos e de segurança — com Israel e rever o futuro da Autoridade Nacional Palestina, «que infelizmente foi tornada sem autoridade». Além disso, o CNP também lhe deu instruções para «suspender o reconhecimento do Estado de Israel pelos palestinos até que Israel por sua vez reconheça os Estado da Palestina nas fronteiras de 4 de Junho de 1967».

Classificado por muitos como o mais eminente intelectual palestino, Edward Said faleceu em 25 de Setembro de 2003, faz hoje 15 anos. Nasceu em Jerusalém em 1935, durante o mandato britânico, mas durante a Nakba de 1948 ele e a sua família foram forçados a mudar-se para o Cairo, tornando-se refugiados. 
 
Mais tarde, Edward Said foi para os Estados Unidos para frequentar a universidade. Doutorou-se em Harvard e tornou-se professor de Inglês e Literatura Comparada na Universidade de Columbia, em Nova York, cidade onde viveu muitos anos. Escreveu dezenas de livros, assim como artigos para jornais de diversos países. 
 
Foi também profundo conhecedor e crítico de música clássica. Em 1999 fundou com Daniel Barenboim, cidadão israelita, a West-Eastern Divan Orchestra, com músicos de vários países do Médio Oriente, incluindo Palestina e Israel.
 

Um palestino de 21 anos, Mohamed Abu Sadek, foi atingido na cabeça por uma bala disparada pelas forças armadas israelitas nesta segunda-feira, vindo a falecer no hospital. Pelo menos 90 pessoas foram feridas, 10 delas por balas reais, durante protestos junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, os quais contaram com a participação de milhares de pessoas.
Segundo fontes palestinas, um fotojornalista turco foi atingido por uma granada de gás lacrimogéneo.
No domingo à noite, um palestino foi morto e outros 20 foram feridos por disparos das forças armadas israelitas. O morto foi identificado como Omar Daud Ashtiwi, de 21 anos, atingido na cabeça por uma bala real.

A aldeia de Khan al-Ahmar. Foto: REUTERS/Mohamad Torokman

Israel intimou hoje, domingo, os residentes na aldeia palestina de Khan al-Ahmar, na Cisjordânia ocupada, a demolirem as suas casas e abandonarem a área antes do início de Outubro.
Khan al-Ahmar é uma aldeia habitada por cerca de 200 beduínos que vivem da criação de ovelhas e cabras e constituída por precárias construções de lata e madeira, numa encosta deserta a poucos quilómetros de Jerusalém, entre dois grandes colonatos israelitas ilegais, Maale Adumim e Kfar Adumim, que o governo israelita quer expandir.
Os aldeões peretencem à tribo Jahalin, que foi expulsa das suas terras no deserto de Naqab (Negev) pelas forças militares israelitas na década de 1950. Foram desalojados mais duas vezes antes de se estabelecerem em Khan al-Ahmar, muito antes de existirem os colonatos que hoje a rodeiam.
Israel planeia demolir a aldeia e realojar os seus moradores num local a 12 quilómetros de distância, perto da aldeia palestina de Abu Dis e adjacente a uma lixeira.

1. Vivemos hoje um momento particularmente grave, em que após décadas de promessas incumpridas pela comunidade internacional e da violação permanente da legalidade internacional e das resoluções da ONU sobre a questão palestina, podemos estar à beira duma nova catástrofe - uma nova Nakba - do Povo Palestino. Estamos confrontados com uma estratégia concertada entre os governos dos EUA e de Israel, para destruir toda e qualquer hipótese de criar um Estado Palestino independente em território histórico da Palestina.

Um adolescente palestino de 15 anos foi morto por fogo israelita na noite de quarta para quinta-feira perto de Rafah, no Sul da Faixa de Gaza.
Fontes hospitalares informaram disseram que o jovem, Momin Ibrahim Abu Ayyadeh, foi atingido na cabeça por uma bala aparentemente disparada por um atirador de elite do exército israelita. Três outros jovens sofreram ferimentos provocados por balas.
Os jovens participavam num protesto contra a ocupação israelita junto à vedação com que Israel isola o pequeno território palestino. Desde 30 de Março que a zona adjacente à vedação tem sido palco de manifestações semanais integradas na «Grande Marcha do Retorno». Recentemente têm ocorrido protestos nocturnos, como aconteceu neste caso.
Segundo as autoridades de saúde palestinas, até agora pelo menos 182 palestinos foram mortos nos protestos pelas forças armadas do regime sionista.

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