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Trinta e quatro intelectuais e artistas israelitas, incluindo historiadores e outros académicos, de universidades israelitas, europeias e norte-americanas, vários deles galardoados com o Prémio Israel – considerado a maior distinção cultural do Estado de Israel – tornaram pública uma carta aberta em que denunciam a campanha em curso na Europa para confundir com anti-semitismo as críticas ao Estado de Israel.

«Subscrevemos e apoiamos totalmente a luta intransigente da UE contra o anti-semitismo», afirmam, ressalvando: «Esta luta contra o anti-semitismo não deve ser instrumentalizada para impedir a crítica legítima à ocupação e às graves violações dos direitos humanos palestinos por Israel.»

Forças israelitas demoliram na quarta-feira de manhã uma escola primária na aldeia de al-Simiya, no distrito de Hebron da Cisjordânia ocupada. Um buldôzer israelita demoliu a escola sem qualquer aviso prévio, declarando-a zona militar fechada. Os soldados israelitas desmontaram as paredes das salas de aula móveis e confiscaram um gerador elétrico, um tanque de água potável e outros equipamentos.

A escola «al-Tahadi 13» (Desafio 13) deveria ser inaugurada dentro de dois dias. Composta por sete salas de aula móveis e destinada a acolher cerca de 50 alunos, foi recentemente construída pelo Ministério da Educação palestino com financiamento da União Europeia, com um custo de € 40 000.

A escola foi construída para facilitar o acesso aos alunos daquela zona, especialmente devido à barragens militares israelitas e às restrições impostas pelos militares em várias áreas de Hebron.

Um palestino de 22 anos foi morto a tiro pelas forças israelitas na madrugada de terça-feira em Tulkarem, no norte da Cisjordânia ocupada.

Muhammad Hussam Habali, de 22 anos, foi ferido na perna com uma bala de aço revestida de borracha disparada pelas forças israelitas, que depois dispararam uma segunda vez, atingindo-o na cabeça.

Um vídeo de uma câmara de vigilância no local, partilhado nas redes sociais, mostra que foi atingido pelas costas quando se afastava do local.

Habali vivia com sete irmãos e irmãs no campo de refugiados de Tulkarem. Testemunhas citadas pela agência palestina Ma'an afirmaram que era deficiente, com dificuldades de fala, e trabalhava até tarde num café na cidade de Tulkarem. Acabava de sair do trabalho quando passou por uma rua onde havia confrontos entre moradores palestinos e forças israelitas que tinham invadido o bairro.

Comunicado 19/2018

O MPPM manifesta profunda preocupação pela notícia de que a União Europeia está a promover, pela calada e à pressa, a aprovação de um documento que caminha no sentido de equiparar críticas ao sionismo e a Israel com anti-semitismo. Segundo a notícia (EUobserver, 29.11.2018), veiculada precisamente no Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, o documento poderá ser aprovado já esta semana, no dia 6 de Dezembro, aquando da reunião dos Ministros da Administração Interna dos países da UE.

«Eurovisão não combina com apartheid!», dizem vários artistas portugueses em carta aberta dirigida à RTP. Os signatários apelam ao boicote da participação de Portugal no Festival da Eurovisão da Canção, que vai decorrer em Israel em 2019, sendo a RTP a responsável pela escolha do representante português.

Entre os artistas signatários contam-se a escritora Alexandra Lucas Coelho, a artista plástica Joana Villaverde, a cantora Francisca Cortesão, os actores João Grosso, Maria do Céu Guerra e Manuela de Freitas, a pintora Teresa Dias Coelho, a cineasta Susana Sousa Dias e o fotógrafo Nuno Lobito, e também o músico José Mário Branco e o director artístico do Teatro Nacional D. Maria II, Tiago Rodrigues.

A Assembleia Geral das Nações Unidas votou na sexta-feira a favor de cinco resoluções sobre a Palestina e uma sexta resolução sobre os Montes Golã, informa a agência noticiosa palestina WAFA.

Uma das resoluções mais importantes exorta os Estados membros a não reconhecerem quaisquer medidas tomadas por Israel em Jerusalém e a manter o atual status quo na cidade. A resolução também rejeita a recente transferência pelos Estados Unidos de sua embaixada em Israel para Jerusalém.

Comentando a votação, o Observador Permanente da Palestina na ONU, Riyad Mansour, declarou que «votando a favor das cinco resoluções, a comunidade internacional afirma o seu apoio à nossa causa nacional, apesar dos esforços feitos pela administração dos EUA em fóruns internacionais para resistir a isso».

A Câmara Municipal do Seixal, em parceria com o MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – e com o CPPC – Conselho Português para a Paz e Cooperação – promoveu a realização do Seminário «Palestina: História, Identidade e Resistência de um País Ocupado», no dia 30 de Novembro, no Auditório do edifício dos Serviços Centrais da Câmara Municipal do Seixal.

O Seminário foi transmitido directamente em streaming e está disponível no YouTube [ver Parte I] [ver Parte II].

A Assembleia da República assinalou ontem o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino aprovando um Voto de Solidariedade. Emanado de um órgão de soberania de Portugal, trata-se de um documento de inegável relevância política, que deve ser saudado por todos os amigos da causa palestina.

Apresentado pelo Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Palestina, o Voto recorda que o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino foi instituído a 2 de dezembro de 1977 pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

Sessão Dia Internacional de Solidariedade 2018

O dia 29 de Novembro foi designada pela ONU como o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino. Neste ano em que se avolumam as ameaças sobre a liberdade, se não sobre a própria existência, do povo palestino, o MPPM assinalou uma vez mais a data com uma Sessão Pública de Solidariedade, na Casa do Alentejo, em Lisboa.

Com moderação de Carlos Araújo Sequeira, Presidente da Mesa da Assembleia Geral do MPPM, intervieram: General Pezarat Correia – Militar de Abril, investigador e docente universitário; Jamila Madeira – Economista, deputada à Assembleia da República pelo Partido Socialista, membro do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Palestina; António Bernardo Colaço – Juiz Conselheiro Jubilado do Supremo Tribunal Administrativo, Membro da Associação Portuguesa de Juristas Democratas; Nabil Abuznaid – Embaixador da Palestina em Portugal; Carlos Almeida – Historiador, Investigador na Faculdade de Letras de Lisboa, Vice-Presidente do MPPM.

Comunicado 18/2018

O MPPM saúda a decisão tomada pela Assembleia da República no dia 28 de Novembro, no quadro da discussão do Orçamento de Estado de 2019, de aumentar a contribuição de Portugal para a UNRWA, a agência das Nações Unidas de assistência aos refugiados palestinos no Próximo Oriente.

O reforço agora aprovado, por proposta do grupo parlamentar do PCP, da contribuição portuguesa em 100 mil euros é, em termos absolutos, diminuto face às necessidades de financiamento da UNRWA para enfrentar as dramáticas necessidades humanitárias dos cinco milhões de refugiados palestinos na própria Palestina e nos vizinhos Líbano, Jordânia e Síria. Ainda assim, quase duplica a contribuição portuguesa de 2017 (cerca de 120 mil euros, segundo dados disponibilizados pela UNRWA). E, sobretudo, este aumento constitui um avanço na atitude de solidariedade e justiça da parte de Portugal.

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