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Pelo menos 51 palestinos foram feridos pelas forças represivas israelitas na sexta-feira durante os protestos da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.

O Ministério da Saúde de Gaza disse que 24 dos feridos foram atingidos por balas reais. Entre os feridos contam-se dois jornalistas.

Milhares de palestinos acorreram ao leste da Faixa de Gaza para participar na 69.a semana consecutiva da Grande Marcha do Retorno, que decorreu sob o lema «Sexta-feira de Solidariedade com o povo de Wadi Hummus», o bairro na zona palestina junto a Jerusalém Oriental onde recentemente Israel demoliu 10 prédios de habitação.

A comissão organizadora tinha apelado a uma ampla participação a fim de exprimir a rejeição do processo de transferência e limpeza étnica sistemática, que visa obliterar a identidade árabe de Jerusalém e expulsar os seus habitantes palestinos.

Centenas de soldados israelitas, com um grande número de veículos militares, foram enviados para junto dos...

Israel aprovou a construção na Área C da Cisjordânia ocupada de 715 unidades habitacionais para palestinos e de 6000 casas para colonos israelitas.

O gabinete de segurança de Israel aprovou por unanimidade na terça-feira, 31 de Julho, as licenças de construção para 715 unidades habitacionais em localidades palestinas na Área C da Cisjordânia ocupada.

O gabinete de segurança aprovou também a construção de 6000 casas em colonatos israelitas (ilegais à luz do direito internacional) na mesma Área C, que segundo os Acordos de Oslo está sob controlo total de Israel.

Em resposta à decisão israelita, o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayeh, afirmou esta quarta-feira, num comunicado citado pela agência Ma'an, que as áreas A, B e C já não existem porque Israel violou o Acordo Interino de Oslo, e «nós não precisamos de autorização da potência ocupante para construir as nossas casas no nosso território».

O primeiro-ministro palestino apontou que esta pequena autorização visa...

Desde o início da década passada, equipas do Ministério da Defesa [de Israel] têm vasculhado arquivos locais e removido documentos históricos para ocultar provas da Nakba. Há quatro anos, a historiadora Tamar Novick ficou chocada com um documento que encontrou na pasta de Yosef Waschitz, do Departamento Árabe do Partido Mapam, de esquerda, no arquivo Yad Yaari, em Givat Haviva. Este documento, que parecia descrever eventos ocorridos durante a guerra de 1948, começa assim: «Safsaf [antiga aldeia palestiniana perto de Safed] — 52 homens foram apanhados, amarrados uns aos outros, um buraco foi cavado e foram baleados. 10 estavam ainda a contorcer-se. As mulheres vieram, implorando por misericórdia. Foram encontrados corpos de 6 homens idosos. Havia 61 corpos. 3 casos de violação, um deles a leste de Safed de uma menina de 14 anos. 4 homens foram baleados e mortos. A um deles foram-lhe cortados os dedos com uma faca para tirar o anel.» O autor continua a descrever mais massacres, assaltos...

Israel convocou para interrogatório um menino palestino de quatro anos do bairro de Issawiya, em Jerusalém Oriental ocupada.

Muhammad Rabi’ Elayyan, de quatro anos, recebeu um mandado para ser interrogado na esquadra da polícia israelita da Rua Salah Eddin.

A polícia israelita alega que o menino atirou pedras contra veículos seus, mas não apresentou nenhuma prova do facto.

O pequeno Muhammad e o pai, Rabi’, dirigiram-se na manhã desta terça-feira à esquadra, acompanhados por vários residentes de Issawiya, que vinham protestar contra o interrogatório. O pai foi brevemente interrogado pela polícia israelita e depois libertado.

«Eles enviaram um mandado para convocar tanto o pai como o filho», disse o pai Elayyan, rejeitando notícias de que o mandado fora emitido só para si. «Hoje, quando fomos à esquadra, eles negaram que houvesse um mandado para o filho e que apenas o pai tinha sido convocado. Eles viram a atenção da comunicação social e que isto se ia tornar um escândalo para eles, e por...

Um palestino foi morto a tiro pelo exército de Israel durante um protesto semanal na Faixa de Gaza, informou o Ministério da Saúde do território sitiado.

Ahmed al-Qarra, de 23 anos, foi baleado no estômago durante uma manifestação junto à vedação com que Israel isola o pequeno território palestino. Al-Qarra, que sucumbiu aos ferimentos no hospital pouco antes da meia-noite de sexta-feira, foi a primeira vítima mortal desde Junho nas manifestações semanais da Grande Marcha do Retorno, que se realizam sem interrupção desde há 16 meses.

Cinquenta e seis palestinos foram feridos pelas forças israelitas, 38 dos quais por balas reais, e 22 dos feridos tinham menos de 17 anos.

A Grande Marcha do Retorno teve início em Março de 2018, exigindo o direito dos refugiados palestinos a regressarem aos lugares de onde foram expulsos, na Palestina histórica, na campanha de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas por ocasião da criação de Israel, em 1948.

Exige também o fim do bloqueio imposto há mais...

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou nesta quinta-feira a cessação de todos os acordos assinados com Israel, incluindo a coordenação de segurança. Abbas anunciou também a formação de uma comissão para aplicar esta decisão.

«Depois de todas as violações contra o nosso povo, anunciamos a cessação de todos os acordos assinados com Israel», escreveu Abbas no Twitter, acrescentando três horas depois: «Para confirmação: declaramos a cessação de todos os acordos assinados com Israel, incluindo a coordenação de segurança.»

Anúncios do mesmo teor já foram feitos anteriormente pela OLP e a Autoridade Palestina, mas não tiveram até agora tradução prática. Em Maio de 2018, o Conselho Nacional Palestino (instância suprema da OLP) decidiu suspender o reconhecimento do Estado ocupante, declarando que o período de transição estipulado nos acordos assinados em Oslo e Washington, com suas obrigações, já não existia. Além disso, o Conselho Central Palestino, nas suas duas últimas...

O MPPM protesta contra a perseguição a activistas da solidariedade com a causa do povo palestino, nomeadamente Angeles Maestro em Espanha e Khaled Barakat na Alemanha, aos quais manifesta a sua solidariedade.                                               

Angeles Maestro e outras duas activistas são acusadas pela Audiência Nacional espanhola de colaboração com «organização terrorista» por recolherem fundos para a reconstrução da Faixa de Gaza, após a agressão israelita de 2014, que entregaram a Leila Khaled, conhecida dirigente da FPLP. Recorde-se que Leila Khaled visitou Portugal em Novembro de 2014, a convite do MPPM, e teve reuniões na Assembleia da República com o Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Palestina e com os Grupos Parlamentares do PCP, PEV, PSD, BE e PS.

Khaled Barakat, escritor e activista palestino, é alvo na Alemanha de uma «interdição política» que o impede de participar em quaisquer actividades ou eventos políticos. Barakat está ainda ameaçado, tal como Charlotte...

Centenas de soldados israelitas invadiram esta segunda-feira a localidade palestina de Sur Baher, na Cisjordânia ocupada, perto de Jerusalém Oriental, para proceder à demolição de 10 prédios com cerca de 70 apartamentos.

Na madrugada de segunda-feira, as forças de ocupação israelitas entraram em Sur Baher e começaram a expulsar os moradores, preparando o terreno para buldózeres e escavadoras demolirem os prédios.

A maioria dos apartamentos estão ainda em construção, mas responsáveis da ONU informaram que no imediato 17 pessoas ficarão sem abrigo.

Israel alega que os 10 prédios ficam demasiado próximos da chamada «barreira de separação» e por isso representam um risco de segurança para as forças armadas israelitas que operam ao longo dela.

Sur Baher é atravessado pela «barreira de separação», e a parte agora alvo das demolições ficou do seu lado ocidental, a que se chama impropriamente «lado israelita», apesar de se localizar na Cisjordânia.

Os prédios encontram-se nas áreas A e B da...

Forças repressivas israelitas dispersaram dezenas de palestinos que protestavam contra a  planeada demolição por Israel de dezenas de casas no bairro de Sur Baher, na parte Jerusalém Oriental sob controlo da Autoridade Palestina.

Dezenas de palestinos reuniram-se no sábado em Sur Baher em solidariedade com os donos das casas ameaçadas de demolição.

As forças repressivas israelitas dispararam gás lacrimogéneo e granadas atordoantes para dispersar a manifestação, afirmaram testemunhas no local citadas pela agência Associated Press.

Sur Baher localiza-se no sudeste de Jerusalém Oriental, na Cisjordânia ocupada. O bairro está cortado ao meio pelo Muro ou barreira de separação, apesar de todo ele se encontrar já fora dos limites do município israelita de Jerusalém (que, ilegalmente, inclui também Jerusalém Oriental).

Uma parte de Sur Baher ficou do lado oeste («israelita»), ainda que legalmente faça parte, como todo o bairro, da «Área A» da Cisjordânia, que segundo os Acordos de Oslo está sob o...

Mais de 100 palestinos foram esta sexta-feira feridos na Faixa de Gaza pelas forças israelitas, que dispararam balas reais e de borracha contra os milhares de manifestantes que participavam na 67.a sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno, informou o Ministério da Saúde do território.

Cinquenta dos feridos foram atingidos por balas reais e 52 outros por balas de aço revestidas de borracha. Entre os feridos contam-se quatro paramédicos e dois jornalistas.

Dezenas de manifestantes também sofreram os efeitos da inalação do gás lacrimogéneo disparado pelas forças israelitas.

Segundo a agência palestina WAFA, mais de 300 palestinos foram mortos e cerca de 18 000 foram feridos pelas forças israelitas desde o início da Grande Marcha de Retorno, em 30 de Março de 2018. Os manifestantes exigem o fim do bloqueio israelita à Faixa de Gaza e o direito de retorno dos refugiados palestinos aos lugares de onde foram expulsos na campanha de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas em 1948...