Actualidade

Forças israelitas mataram ontem um palestino com deficiência mental durante uma manifestação da Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza, já na 40.a semana consecutiva.

O Ministério da Saúde de Gaza identificou o morto como Karam Mohammed Fayyad, de 26 anos. Observadores no local do Palestinian Center for Human Rights (PCHR) informaram que Fayyad foi atingido com uma bala na cabeça quando se encontrava a cerca de 150 metros da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.

Segundo o Centro Al Mezan de Direitos Humanos, as forças israelitas feriram outros 46 manifestantes, incluindo quatro crianças, duas mulheres, um jornalista e dois paramédicos.

Os soldados do exército sionista dispararam balas reais, balas de aço revestidas de borracha, além de bombas de gás de alta velocidade e granadas atordoantes, informa o Crescente Vermelho Palestino.

Israel aprovou a construção de 1451 novas casas em colonatos ilegais na Cisjordânia ocupada, informou o jornal israelita Haaretz. Foram apresentados planos para construir outras 837 unidades habitacionais para colonos, algumas em colonatos relativamente isolados.

A decisão foi tomada pelo Conselho Supremo de Planeamento da Administração Civil israelita, o órgão do Ministério da Defesa de Israel que governa a Cisjordânia ocupada (sob administração militar israelita desde 1967), planeia e organiza os seus colonatos e coordena com a Autoridade Palestina em questões de segurança.

Foi dada a aprovação final para construir 30 das 1451 unidades nos colonatos.

As unidades aprovadas serão construídas em 11 colonatos ilegais na Cisjordânia ocupada, adjacentes a Jerusalém Oriental e à Faixa de Gaza.

Em 27 de Dezembro de 2008, há dez anos, Israel lançou contra a população palestina indefesa da Faixa de Gaza a chamada operação «Chumbo Fundido».

Durante vinte e três dias o exército israelita — o mais poderoso do Médio Oriente — fustigou impiedosamente os palestinos da Faixa da Gaza. Quando a operação terminou, em 18 de Janeiro de 2009 — dois dias antes da tomada de posse de Barack Obama —, tinham-se registado mais de 1400 mortos palestinos – entre os quais 138 crianças – e enormes destruições. Um saldo sangrento que não pode ser classificado senão como prática de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Cinco formações políticas de esquerda palestinas anunciaram no domingo a constituição da Assembleia Nacional Democrática Palestina. 

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, anunciou no sábado que vai dissolver o Conselho Legislativo Palestino. «Recorremos ao Tribunal Constitucional e o tribunal decidiu dissolver o CLP e pediu eleições parlamentares no prazo de seis meses, e nós temos de executar essa decisão imediatamente», disse Abbas numa reunião da Organização de Libertação da Palestina em Ramala.

O CLP é o parlamento directamente eleito pelos palestinos que vivem nos territórios sob a alçada da Autoridade Palestina, ou seja, é o órgão legislativo do aparelho para-estatal instituído ao abrigo dos Acordos de Oslo de 1993.

A Lei Básica da Palestina (constituição) prevê a realização de eleições parlamentares de quatro em quatro anos, mas as últimas ocorreram em 2006, há mais de doze anos. Nessa altura o Hamas venceu por larga maioria. O Hamas tem 76 dos 132 lugares do CLP, ao passo que a Fatah tem 43, sendo os 13 restantes ocupados por deputados de esquerda e independentes.

Três palestinos, incluindo um adolescente, foram hoje mortos por forças israelitas durante manifestações na Faixa de Gaza.

Os soldados do exército de ocupação dispararam balas reais e balas de aço revestidas de borracha, bem como granadas de gás lacrimogéneo, contra os manifestantes que participavam na 39.a sexta-feira consecutiva dos protestos da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação com que Israel isola o território palestino.

O Ministério da Saúde de Gaza informou que os mortos são Mohammed al-Jahjouh, de 16 anos, Abdulaziz Abu Shree'a, de 28, e Maher Yassin, de 40.

Foram também feridos 47 manifestantes palestinos, incluindo quatro paramédicos e dois jornalistas. Num dos acampamentos da Grande Marcha do Retorno, uma ambulância foi atingida directamente por uma granada de gás lacrimogéneo israelita, sufocando os paramédicos que se encontravam no seu interior.

O Knesset (parlamento de Israel) aprovou ontem, em primeira leitura, um projecto de lei para desterrar as famílias de palestinos suspeitos de ataques a israelitas. Nesta primeira das três votações necessárias para se converter em lei, o projecto teve 69 votos a favor e 38 contra.

Se o projecto se converter em lei, o Comando Central do Exército israelita, responsável pelas unidades militares que asseguram a ocupação da Cisjordânia, poderá expulsar os familiares de palestinos acusados de executar ou estar implicados em ataques contra israelitas. Esses familiares seriam desterrados das suas localidades de residência para outras zonas da Cisjordânia, no prazo de uma semana após o ataque.

Dezenas de alunos de Hebron, na Cisjordânia ocupada, sofreram os efeitos da inalação de gás lacrimogéneo disparado por soldados israelitas no passado domingo, 16 de Dezembro.

O repugnante acto de brutalidade não provocada do exército de ocupação é relatado e está registado em vídeo pelo International Solidarity Movement. Rachel Corrie, morta em 2003 por um buldózer do exército israelita quando tentava impedir a demolição da casa de um palestino na Faixa de Gaza, pertencia a este grupo não violento de activistas pró-palestinos.

No domingo (um dia útil na Palestina), quatro soldados do exército de ocupação israelita entraram no bairro de Salaymeh, em Hebron, às 13h. Activistas do ISM estavam presentes no local desde as 12h30 e não testemunharam nenhum lançamento de pedras nem qualquer tipo de provocação.

Escolas de Hebron atacadas com gás lacrimogéneo. 16 Dezembro 2018
Escolas de Hebron atacadas com gás lacrimogéneo. 16 Dezembro 2018
Soldados do exército de ocupação disparam granadas atordoantes e gás lacrimogéneo contra escolas, Hebron, 16 Dezembro 2018
Soldados do exército de ocupação disparam granadas atordoantes e gás lacrimogéneo contra escolas, Hebron, 16 Dezembro 2018

O exército israelita demoliu uma residência familiar em retaliação pela morte de um sargento israelita. Trata-se de uma cruel e vergonhosa forma de punição colectiva.

Israel acusa Islam Abu Hmeid de ter atirado do telhado um bloco de mármore de 18 quilos que provocou a morte de um sargento israelita das forças especiais, durante uma incursão em Maio para efectuar detenções. O edifício de quatro pisos é propriedade de Latifa Abu Hmeid, mãe de Islam, e está localizado no campo de refugiados de Amari, perto da cidade de Ramala, na Cisjordânia ocupada.

Setecentos soldados israelitas invadiram o campo de Amari na madrugada de sábado, 15 de Dezembro, cercaram a casa e expulsaram do seu interior dezenas de jornalistas e activistas solidários que tentavam impedir a destruição. A casa foi depois demolida com uma explosão.

Destruição da casa da família Abu Hmeid, no campo de refugiados de Amari
Destruição da casa da família Abu Hmeid, no campo de refugiados de Amari

Um jovem palestino foi morto a tiro por forças israelitas na Cisjordânia ocupada na sexta-feira. Mahmoud Youssef Nakhleh, de 18 anos, morreu após ser atingido no estômago por tropas israelitas no campo de refugiados de al-Jalazun, perto de Ramala. As forças israelitas dispararam contra o jovem de muito perto, menos de 10 metros de distância.

Na sexta-feira registaram-se protestos generalizados, com  arremesso de pedras contra as forças israelitas, na Cisjordânia ocupada. Vive-se aqui um clima de tensão crescente após quatro palestinos e dois israelitas serem mortos num espaço de 48 horas. Segundo o Crescente Vermelho Palestino, pelo menos 57 palestinos ficaram feridos duarnte o dia de sexta-feira.

As forças israelitas lançaram uma onda de prisões em toda a Cisjordânia ocupada. Desde quinta-feira mais de 100 palestinos foram presos. Segundo uma fonte do Hamas, entre eles contam-se dezenas de simpatizantes do movimento, incluindo deputados.

Páginas

Subscreva Actualidade