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O preso palestino Samer Arbid foi hospitalizado em estado crítico em resultado da brutal tortura a que foi sujeito desde quarta-feira, informou este domingo a Addameer (Associação de Apoio e Direitos Humanos dos Presos).

Arbid, de 44 anos, foi preso por uma unidade especial das forças de ocupação israelitas na quarta-feira, 25 de Setembro. Durante a prisão, foi duramente espancado pelas forças israelitas. Foi depois levado para o centro de interrogatório de al-Mascobiyya, em Jerusalém.

Em comunicado divulgado no dia 28, o departamento de informações israelita afirma que foram usadas nos interrogatórios «técnicas extremas e excepcionais», um eufemismo que significa tortura.

Samir Arbid é acusado de ser membro da FPLP (Frente Popular de Libertação da Palestina) e de ter organizado um ataque perto do colonato israelita ilegal de Dolev, na Cisjordânia ocupada, de que resultou a morte de um colono israelita, em Agosto passado. O Shin Bet (serviço de segurança interno israelita) declarou no...

As forças israelitas mataram esta sexta-feira um palestino de 20 anos que participava na Grande Marcha do Retorno, junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.

Segundo informou o Ministério da Saúde de Gaza, Sahar Othman foi morto com um tiro no peito perto de Rafah, no Sul da Faixa de Gaza.

O Ministério informou ainda que cerca de 63 palestinos foram feridos pelas forças repressivas, 32 deles por fogo real. Segundo as autoridades palestinas, quatro dos feridos eram paramédicos voluntários que prestavam assistência no local aos manifestantes feridos.

Uma porta-voz do exército de Israel afirmou que as tropas sionistas não usaram fogo real e sim «medidas de controlo de tumultos», mas escusou-se a especificar quais fossem…

O protesto desta sexta-feira constitui a 76.ª manifestação semanal da Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza, que teve início em 30 de Março de 2018.

Os manifestantes reclamam o levantamento do cerco de Israel ao pequeno enclave costeiro, onde vivem dois milhões...

As forças israelitas detiveram no espaço de 24 horas, entre quarta e quinta-feira, 65 palestinos, informou em comunicado a Sociedade de Presos da Palestina (PPS).

As forças israelitas detiveram 56 palestinos, a maioria das cidades de Shweika e Zeita, no distrito de Tulkarm. Foram libertados algumas horas depois.

A PPS acrescentou que outros nove foram presos na manhã de quinta-feira em diferentes partes da Cisjordânia ocupada.

Além disso, as forças israelitas invadiram a vila de Abu Dis, a leste de Jerusalém, prendendo três palestinos, incluindo um ex-preso que passou 16 anos na cadeia.

Militares do exército de ocupação israelita realizaram rusgas semelhantes em Hebron e Halhoul, no Sul da Cisjordânia, detendo outros dois palestinos.

Do mesmo modo, uma importante força militar israelita irrompeu perto do campo de refugiados de al-Amari, na rua al-Quds Street e em Satah Marhaba, na cidade de al-Bireh, no centro da Cisjordânia, saqueando casas e interrogando dezenas de palestinos.

O ataque...

O campeonato nacional de clubes de futebol da Palestina foi cancelado esta quarta-feira por Israel negar as autorizações de viagem aos jogadores de Gaza que iriam defrontar os seus adversários na Cisjordânia ocupada.

Israel recusou-se a autorizar que jogadores do clube Khadamat Rafah de Gaza atravessasem as poucas dezenas de quilómetros do seu território para jogar com o FC Balata de Nablus, no centro da Cisjordânia.

Os dois milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza têm de solicitar autorização a Israel para viajarem para a Cisjordânia.

As autoridades israelitas não deram explicações públicas acerca da sua decisão.

Só receberam autorização de viagem 12 dos 35 elementos do clube de Gaza, dos quais apenas cinco eram jogadores, informou o clube.

A Taça da Palestina é reconhecida pela FIFA e deveria ter sido disputada esta quarta-feira na cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada, após já ter sido adiada em Julho passado.

Nessa altura, o COGAT, o órgão do Ministério da Defesa de Israel...

A Comissão de Assuntos dos Presos e ex-Presos palestinos informou que cerca de 100 presos palestinos nas prisões israelitas iniciaram uma greve de fome há vários dias, protestando contra a instalação de dispositivos inibidores de sinal que prejudicam a sua saúde.

O Comité informa num comunicado que o Serviço Prisional de Israel transferiu os presos em greve das cadeias de Ramon e Eshil, do campo de detenção do Negev e de várias outras prisões para as secções 1 e 3 da prisão de Nafha, no Sul de Israel.

Os presos exigem a remoção dos dispositivos inibidores de sinal e a instalação de telefones públicos nas prisões para poderem contactar as  suas famílias, conforme acordado em Abril passado, tendo entrado em greve de fome depois de falharem as negociações com o SPI.

O comunicado acrescenta que Israel está a sujeitar os presos a pressões psicológicas, para além de repetidas rusgas nas celas, para os forçar a pôr fim à greve sem qualquer negociação das suas reivindicações.

Dados da Addameer...

Em carta aberta intitulada «O direito ao boicote», centenas de autores de renome denunciaram a decisão da cidade alemã de Dortmund de retirar à escritora Kamila Shamsie um prémio literário por apoiar o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento, Sanções) pelos direitos do povo palestino.

A carta aberta, publicada esta segunda-feira na London Review of Books, é subscrita, entre outros, por Arundhati Roy, J.M. Coetzee, Noam Chomsky, Amit Chaudhuri, William Dalrymple, Yann Martel, Jeanette Winterson e Ben Okri, bem como pelos historiadores israelitas Avi Shlaim e Ilan Pappe.

Os seus autores afirmam-se «consternados» com a decisão de Dortmund de «punir» Kamila Shamsie «por defender os direitos humanos», retirando-lhe o prémio que lhe tinha sido atribuído alguns dias antes.

«Qual é o significado de um prémio literário», interroga a carta aberta, «que mina o direito de defender os direitos humanos, os princípios da liberdade de consciência e expressão e a liberdade de criticar? Sem isso, arte e...

A cidade alemã de Dortmund reverteu a sua decisão de conceder um prémio literário à romancista Kamila Shamsie por esta apoiar o movimento BDS de apoio ao povo palestino.

Em 10 de Setembro foi anunciado que a escritora britânico-paquistanesa recebera o Prémio Nelly Sachs.

Mas numa declaração publicada no passado dia 18, o painel de oito jurados anunciou que retirava o prémio à escritora por esta apoiar o movimento BDS.

«O posicionamento político de Shamsie de participar activamente no boicote cultural como parte da campanha da BDS contra o governo israelita está claramente em contradição com os objectivos estatutários e o espírito do Prémio Nelly Sachs», afirma o comunicado do júri.

O Prémio Nelly Sachs, no valor de 15 000 euros, visa distinguir um autor que defenda a tolerância, o respeito e a reconciliação entre os povos. Entre os vencedores precedentes contam-se Margaret Atwood, Rafik Schami, Christa Wolf e Milan Kundera. A poeta e dramaturga judia Nelly Sachs, galardoada com o Prémio...

As forças de ocupação israelitas assaltaram, na madrugada de ontem, quinta-feira, em Ramala, a sede da Addameer, uma organização que defende os direitos humanos dos presos palestinos, tendo roubado computadores, diverso material informático, livros e documentos.

Foi também assaltada a sede da União Geral de Trabalhadores do Sector de Serviços, tendo as forças de ocupação destruído mobiliário e roubado computadores e documentos. Os assaltantes feriram, com balas de borracha, cinco jovens palestinos que tentaram opor-se ao assalto e que tiveram de ser hospitalizados.

Segundo a agência WAFA, na noite de quinta-feira as forças israelitas ocuparam o centro de Ramala e assaltaram diversos edifícios e cafés. Isto, não obstante Ramala estar incluída na área A dos Acordos de Oslo que deveria se de inteira responsabilidade, civil e de segurança, da Autoridade Palestina.

A Addameer denuncia que este é o terceiro assalto de soldados israelitas à sua sede desde 2002. Ao longo dos anos, as autoridades...

As eleições legislativas em Israel de 17 de Setembro saldam-se por uma ligeira vantagem do partido Kahol Lavan sobre o Likud, com a Lista Conjunta de partidos não sionistas num destacado terceiro lugar. Aida Touma-Sliman, agora reeleita pela Lista Conjunta, afirmou em declarações à agência palestina WAFA que a coligação teve um bom resultado nas eleições, que constituíram um duro golpe para o presidente do partido Likud, Benjamin Netanyahu, e sua política de incitamento contra os cidadãos palestinos de Israel. Os resultados, quando estão contados 95% dos votos, indicam que o Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, deverá atingir 32 deputados, sendo ultrapassado pelo Kahol Lavan (Azul e Branco), liderado pelo antigo chefe de Estado-Maior das forças armadas Benny Gantz, que somará 33 deputados.  Abre-se agora um período de intensas negociações em que cada partido tentará reunir uma maioria dos 120 deputados. O Yisrael Beitenu (Israel Nossa Casa), de Avigdor Lieberman, antigo...

Há trinta e sete anos, em 1982, nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, perto de Beirute, teve lugar um dos capítulos mais sangrentos da história palestina.

Milhares de refugiados palestinos foram durante dois dias, no campo de refugiados de Chatila e no bairro de Sabra, alvo de uma matança levada a cabo pela milícia cristã da Falange, aliada de Israel, que tinha invadido o Líbano,

Soldados israelitas cercavam os campos para impedir que os refugiados saíssem, e durante a noite disparavam foguetes luminosos para ajudar a acção dos criminosos falangistas. Ao fim dos dois dias de massacre, Israel forneceu os buldózeres para cavar valas comuns.

Trinta e sete anos depois, os responsáveis continuam impunes. O então ministro da Defesa israelita Ariel Sharon, supremo comandante militar da invasão do Líbano, encontrava-se pessoalmente a poucas centenas de metros do local do crime. Apesar de a sua «responsabilidade pessoal» ter sido afirmada até por uma comissão de inquérito...