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As eleições legislativas israelitas de dia 9 de Abril deram a vitória ao partido Likud de Benjamin Netanyahu, que assim se encaminha para um quinto mandato como primeiro-ministro.

Nestas eleições, em que o centro de gravidade político se deslocou ainda mais para a direita, o Likud obteve 26,27% dos votos, o que constitui o seu melhor resultado desde as eleições de 2003, quando era liderado por Ariel Sharon.

Embora com os mesmos 35 deputados eleitos que a coligação Azul e Branco (Kahol Lavan) de Benny Gantz, ex-chefe das forças armadas de Israel, Netanyahu conta em princípio com o apoio de outros partidos que lhe permitirá chegar à necessária maioria de 61 assentos parlamentares no Knesset, de 120 deputados.

Cerca de 150 presos palestinos encarcerados em prisões israelitas iniciaram na tarde desta segunda-feira uma greve da fome por tempo indeterminado, após o fracasso das negociações com o Serviço Prisional de Israel (IPS) sobre uma série de reclamações dos presos.

Os representantes dos presos anunciaram que, após dias de conversações com o IPS na prisão de Rimon, não foram alcançados resultados, e portanto apelaram a uma greve da fome por tempo indeterminado, que também inclui a recusa de beber água.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste sábado que vai começar a estender a soberania israelita à Cisjordânia ocupada se for reeleito primeiro-ministro nas eleições de 9 de Abril.

Netanyahu prometeu, numa entrevista televisiva ao Canal 12 israelita, manter de modo permanente o controlo de segurança israelita na Cisjordânia e formalizar a governação israelita sobre os mais de 400 mil judeus israelitas que vivem nos colonatos da Cisjordânia (aos quais se somam cerca de 200 000 no território ocupado de Jerusalém Oriental), todos eles ilegais à luz do direito internacional.

Isto aplicar-se-ia não apenas aos grandes blocos de colonatos, mas também aos colonatos isolados, indicou ele: «Eu vou estender a soberania, mas não distingo entre os blocos de colonatos e os colonatos isolados, porque cada colonato é israelita e eu não o entregarei à soberania palestina.»

Milhares de palestinos da Faixa de Gaza participaram nesta sexta-feira nos protestos da Grande Marcha do Retorno. Trata-se da 53.ª semana de protestos semanais perto da vedação de 65km com que Israel isola o território.

Pelo menos 84 palestinos foram feridos pelas forças israelitas, cinco deles com gravidade, informou o Ministério da Saúde em Gaza.

Os soldados israelitas dispararam balas reais e balas de aço revestidas de borracha contra os manifestantes, que se reuniram em muitos acampamentos ao longo da vedação de isolamento.

Além disso, as forças israelitas usaram contra os manifestantes um novo e estranho gás lacrimogéneo vermelho, contendo substâncias químicas desconhecidas.

Numa carta aberta, 171 artistas suecos apelam ao boicote do Festival da Eurovisão 2019  previsto para Tel Aviv, em protesto contra os crimes de Israel contra o povo palestino.

Entre os subscritores encontram-se músicos e cantores, escritores, personalidades do teatro e cinema. A carta aberta foi também assinada por Per Gahrton, fundador do Partido Verde, e por dois anteriores participantes na Flotilha da Liberdade para Gaza, o jornalista Kajsa Ekis Ekman e o músico Dror Feiler, de origem israelita.

É o seguinte o texto da carta aberta, publicada no diário Aftonbladet:

«Nós, artistas e trabalhadores da cultura suecos  que assinamos este apelo não podemos ver em silêncio Israel usar o Festival Eurovisão da Canção para esconder os seus crimes contra o povo palestino.

Com o apoio de duas dezenas de organizações realizou-se hoje, no Cais do Sodré, em Lisboa, um acto público de protesto pela passagem do 70º aniversário da NATO, com distribuição de documentação informativa dos objectivos da iniciativa.

Falando em nome das organizações promotoras, Filipe Ferreira, do CPPC, recordou a génese da organização e a forma como, ao longo dos anos, os seus objectivos se têm afastado, cada vez mais, do seu proclamado propósito inicial, para se afirmar como uma aliança agressiva, responsável por guerras em vários pontos do globo, designadamente no Médio Oriente, e contribuindo para mais de metade das despesa militares mundiais.

Porque consideram que a NATO e os interesses que serve são a principal ameaça à paz e à segurança internacionais, as organizações reclamaram:

Soldados israelitas mataram um palestino e feriram outros três durante uma incursão num campo de refugiados na Cisjordânia ocupada na madrugada desta terça-feira.

A vítima mortal é Mohammad Ali Dar Adwan, de 23 anos, morador no campo de refugiados de Qalandiya, a sul de Ramala.

Forças da ocupação israelitas fortemente armadas invadiram o campo de refugiados, aparentemente para proceder a várias prisões, tendo provocado confrontos violentos que duraram várias horas.

Os soldados dispararam a curta distância sobre um veículo palestino que passava na rua Al-Matar, matando Adwan, o condutor. 

Artigo publicado na revista África 21 em Março de 2019

Quando a Arábia Saudita declarou guerra ao Qatar, em 2017, ninguém, e muito menos os dirigentes de Doha, acreditou nas razões invocadas por Riade para impor um bloqueio total – terrestre, marítimo e aéreo – ao pequeno emirado, também membro fundador do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) , parceiro e cúmplice da política externa dos sauditas em quase todos os domínios, da economia à propagação da doutrina wahabita, até 2011.

Cinco palestinos foram mortos e pelo menos outros 207 foram feridos, neste sábado, pelas forças israelitas que reprimiram os protestos da Grande Marcha do Retorno ao longo da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.

O Ministério da Saúde da Palestina em Gaza confirmou que as vítimas mortais foram atingidas por balas reais. O Ministério informou também que 207 manifestantes palestinos, incluindo 33 crianças e nove mulheres, sofreram ferimentos diversos. Entre eles, pelo menos 24 foram feridos por balas reais no pescoço ou na cabeça, o que comprova que as forças israelitas usaram força excessiva contra manifestantes desarmados.

Centenas de milhares de palestinos participaram nas manifestações, agitando bandeiras e entoando palavras de ordem enquanto se dirigiam para as zonas orientais da Faixa de Gaza, ao longo da vedação de isolamento.

O MPPM assinalou hoje o Dia da Terra com uma sessão muito participada, no auditório da Fundação José Saramago, em que foi exibido o filme de Maryse Gargour «A Terra Fala Árabe», seguido de um debate introduzido e moderado por Carlos Almeida, investigador na FLUL e Vice-Presidente do MPPM.

O Dia da Terra evoca os acontecimentos de 30 de Março de 1976 em que as forças repressivas israelitas mataram seis palestinos cidadãos de Israel que protestavam contra a expropriação de terras propriedade de palestinos, no Norte de Israel, para aí construir comunidades judaicas. Cerca de 100 pessoas ficaram feridas e centenas foram presas durante a greve geral e grandes manifestações de protesto que nesse dia ocorreram em diferentes localidades palestinas no território de Israel.

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