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O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta terça-feira que vai dar a um colonato nos Montes Golã o nome do presidente dos EUA, Donald Trump. Trata-se de um gesto de agradecimento ao presidente estado-unidense por reconhecer a soberania israelita sobre este território sírio que Israel ocupa desde 1967 em violação do direito internacional.

Netanyahu fez o anúncio numa declaração em vídeo durante uma visita a este território sírio ocupado.

«Estou aqui nos belos Montes Golã. Todos os israelitas ficaram profundamente comovidos quando o presidente Trump tomou a sua histórica decisão de reconhecer a soberania de Israel sobre os Montes Golã», afirmou.

«Portanto, depois do feriado da Páscoa, pretendo apresentar ao governo uma resolução pedindo uma nova comunidade nos Montes Golã com o nome do presidente Donald J. Trump», concluiu Netanyahu.

Foto de Mohammad Hmeid

Na quinta-feira passada, soldados israelitas dispararam sobre um adolescente palestino detido por suspeita de arremesso de pedras quando ele tentava fugir, apesar de o jovem estar vendado e algemado.

Segundo informa o diário israelita Haaretz, o incidente ocorreu perto da aldeia palestina de Tekoa, na Cisjordânia ocupada.

O jovem, de 15 anos, foi mantido detido no local mesmo depois de ferido a tiro com gravidade numa perna. No entanto, após confrontos entre os soldados israelitas e palestinos, estes conseguiram evacuar o ferido, que está a ser tratado numa clínica em Beit Jala, perto de Belém.

Amiúde, Israel é glorificado como a única democracia do Médio Oriente, um oásis democrático num deserto autoritário e ditatorial. Mas será isto verdade, ou será antes um mito?

Israel é, por norma, enquadrado como uma democracia de estilo ocidental, um regime parlamentar pluripartidário com a devida separação de poderes, onde há lugar à liberdade e igualdade de todos os seus cidadãos, sendo (calorosamente) acolhido pelos seus pares ocidentais.

As análises que elevam Israel ao estatuto democrático focam as características «genéticas» partilhadas com os regimes ocidentais com o intuito de evidenciar o seu suposto carácter democrático; contudo, teimam obstinadamente em esquecer ou ignorar a limpeza étnica em que assentou a criação do Estado em 1948.

A Assembleia da República aprovou nesta quarta-feira dois votos solidários com a causa do povo palestino, apresentados respectivamente pelo PCP e Bloco de Esquerda. O MPPM saúda e congratula-se com estas manifestações de solidariedade do parlamento português.

O grupo parlamentar comunista submeteu à votação o «Voto de Solidariedade para com os presos políticos palestinianos nas cadeias de Israel», assinalando o Dia do Preso Palestino, 17 de Abril.

No dia 17 de Abril, Dia Internacional de Solidariedade com os Presos Palestinos, reclamamos a libertação imediata dos combatentes da liberdade aprisionados nas cadeias israelitas.

Israel, que desde a sua fundação recorreu a uma brutal repressão para sufocar a resistência dos palestinos, ocupou em 1967 o que restava da Palestina histórica: a Cisjordânia (incluindo Jerusalém Oriental) e a Faixa de Gaza. Desde então, as directivas militares de Israel criminalizam qualquer forma de oposição à ocupação, e os sucessivos governos israelitas fizeram da detenção um instrumento central das suas políticas de repressão dos palestinos.

O número de palestinos que passaram pelo sistema penal israelita é estarrecedor: 10 000 presos desde 2015, 850 000 desde 1967 e um milhão desde 1948. Em Fevereiro de 2019, havia nas cadeias israelitas 5440 presos políticos palestinos, incluindo 493 a cumprir sentenças de mais de 20 anos de prisão e 540 condenados a prisão perpétua.

A greve da fome de várias centenas de presos políticos palestinos nas cadeias de Israel terminou nesta segunda-feira, após o Serviço Prisional de Israel (IPS) aceitar  instalar telefones fixos dentro das prisões e libertar os presos que  se encontravam em isolamento. O protesto durou oito dias. 

Qadri Abu Bakr, que dirige a Comissão Palestina dos Presos e ex-Presos, informou que as conversações entre os representantes dos presos e a administração penitenciária, que decorreram durante vários dias na prisão de Ramon, conduziram a um acordo no sentido de instalar telefones públicos nas prisões, permitindo que os presos possam comunicar com as suas famílias três vezes por semana.

Forças israelitas atacaram neste domingo alunos palestinos na cidade de Hebron, na Cisjordânia ocupada, disparando bombas de gás lacrimogéneo e granadas sonoras.

Segundo fontes locais, as forças israelitas atacaram fisicamente vários alunos que iam a caminho da escola, tentando até deter um deles, e dispararam bombas de gás lacrimogéneo contra pais que tentaram intervir.

Os soldados israelitas localizados nas proximidades da Escola Tareq Bin Ziad, na parte sul da cidade, dispararam numerosas bombas de gás lacrimogêneo dentro do complexo escolar, fazendo com que vários estudantes e professores sofressem de sufocação devido à inalação de gás.

A escola hoje atacada é uma das nove escolas palestinas localizadas na área H2 de Hebron. As crianças em idade escolar têm de passar por postos de controlo militares para terem acesso às suas escolas, e são frequentemente alvo de assédio e ataques pelas forças militares e pelos colonos israelitas.

Tropas israelitas mataram nesta sexta-feira um adolescente palestino que participava em protestos junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.

O jovem Mousa Abu Shlouf, de 15 anos de idade, foi atingido no abdómen por balas reais disparadas pelos soldados sionistas. É a primeira vítima mortal desde que os habitantes de Gaza entraram no segundo ano das manifestações semanais da Grande Marcha do Retorno, iniciadas em 30 de Março de 2018

A Grande Marcha do Retorno tem por objectivo exigir o direito dos refugiados palestinos e seus descendentes a regressarem às terras, na Palestina histórica, das quais foram expulsos em 1948, na campanha de limpeza étnica realizada pelas forças sionistas aquando da criação de Israel, e também o fim do criminoso bloqueio por Israel (com a colaboração do Egipto) à Faixa de Gaza, que dura há 12 anos.

«No próximo ano em Jerusalém.» Foi assim que acabou o passado Festival da Eurovisão em Lisboa. O cariz político do Festival da Eurovisão para 2019 acabava de ser reforçado.

Não que o mesmo já não fosse latente e comensurável, mas para todos aqueles que não se encontram familiarizados com a questão palestina, este foi um sinal de alerta, entre vários, para o intuito de Israel de utilizar a Eurovisão como um concurso próprio à legitimação, branqueamento e normalização das suas políticas.

Para entender por que razão reclamamos que Portugal não participe no Festival da Eurovisão no ano de 2019 há que enquadrar a questão histórica da Palestina, de forma a permitir-se ao passado iluminar o presente.

No século XIX a Palestina, então parte integrante do Império Otomano, testemunha um súbito interesse de colonos europeus que aí se instalam.

Dezenas de presos palestinos nas cadeias israelitas entraram no 5.º dia de greve da fome, que recebeu a designação de “al-Karama (dignidade) 2».

Mais presos se juntaram à greve da fome na quarta-feira, 10 de abril, elevando o número de grevistas da fome para mais de 400.

Segundo a Comissão de Assuntos dos Presos e ex-Presos, o Serviço Prisional de Israel começou ontem a transferir grevistas da fome das prisões de Negev e Ramon para celas de isolamento e para outras prisões.

Outros presos deveriam ter-se juntado hoje à greve da fome, e um grande número aderirá em 17 de Abril, Dia de Solidariedade com os Presos Palestinos.

Os principais dirigentes dos presos anunciaram na passada segunda-feira o fracasso das conversações com os serviços prisionais israelitas, após a rejeição das suas exigências, especialmente no que diz respeito ao uso de telefones.

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