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Israel atacou cerca de 100 locais na Faixa de Gaza cercada na noite de quinta para sexta-feira.

Nestas condições, a comissão organizadora da Grande Marcha do Retorno «apelou para o adiamento das marchas de hoje [sexta-feira] a título excepcional», guiada pelo «interesse público» e num esforço para manter a calma na Faixa de Gaza e evitar escaladas. É a primeira vez que as manifestações são interrompidas desde o seu início, há 51 semanas.

O exército sionista afirma ter actuado em resposta a dois rockets lançados sobre Tel Aviv a partir da Faixa de Gaza na noite anterior, o que não acontecia desde a agressão israelita de 2014 («operação Margem Protectora»).

Num relatório sobre direitos humanos divulgado esta quarta-feira, o Departamento de Estado dos EUA não se refere à Cisjordânia e aos Montes Golã e como territórios ocupados por Israel.

Em vez disso, usa a expressão «controlado por Israel», o que sinaliza uma viragem relativamente à anterior posição de Washington de recusar reconhecer a soberania de Israel sobre estas áreas, que ocupou e anexou unilateralmente.

Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou que o facto de os Estados Unidos abandonarem o termo «ocupação» não altera «o facto de que o território palestino ocupado desde 1967 e o Golã árabe ocupado são territórios sob ocupação israelita, de acordo com as resoluções da ONU e o direito internacional», acrescentando que se trata de «uma continuação da abordagem hostil da administração estado-unidense em relação ao nosso povo palestino».

Dois palestinos foram esta terça-feira mortos a tiro pelas forças israelitas na Cisjordânia ocupada.

Em Salfit, no Norte da Cisjordânia, Mohammad Shaheen, de 23 anos, ficou gravemente ferido após ser atingido no coração por uma bala disparada por soldados israelitas, vindo a falecer uma hora mais tarde, informou o Ministério da Saúde da Palestina.

O exército de ocupação abriu fogo sobre jovens palestinos que lançavam pedras após os soldados israelitas terem invadido a localidade.

O Crescente Vermelho palestino tratou 40 pessoas no local por ferimentos de balas de borracha e por inalação de gás lacrimogéneo.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, neste domingo nomeou oficialmente para primeiro-ministro Mohammad Shtayeh, membro do Comité Central da Fatah.

Shtayeh nasceu na aldeia de Tel, perto de Nablus, em 1958, licenciou-se na Universidade de Birzeit e doutorou-se em economia pela Universidade de Sussex, no Reino Unido. Foi também director do Conselho Económico Palestino para o Desenvolvimento e a Reconstrução (PECDAR) e ministro da Habitação e Construção. Foi eleito para o Comité Central da Fatah em 2009 e novamente em 2016. Participou nas negociações de paz intermediadas pelos EUA com Israel em 1991 e novamente em 2013-2014.

Pelo menos um palestino foi morto e 48 foram feridos nesta sexta-feira pelas forças israelitas que reprimiram os manifestantes da Grande Marcha do Retorno ao longo da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.

Segundo informa o Ministério da Saúde de Gaza, as forças da ocupação sionista disparam balas reais e balas revestidas de borracha contra os manifestantes. Tamer Khaled Arafat, de 23 anos, foi morto por uma bala real que o atingiu na cabeça. Também 24 manifestantes foram feridos por balas reais, enquanto muitos outros foram feridos por balas revestidas de borracha.

Quatro paramédicos foram directamente atingidos e feridos por bombas de gás lacrimogéneo ou granadas atordoantes, ao passo que dois jornalistas foram feridos por balas reais. Foram também feridos 15 menores e duas mulheres.

No dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, as mulheres palestinas continuam a contar-se entre as principais vítimas da ocupação israelita, que oprime o povo palestino e ocupa a sua terra, privando-o dos seus mais básicos direitos, em primeiro lugar os seus imprescritíveis direitos nacionais.

As mulheres palestinas que contribuem para a preservação da cultura e da identidade nacional, as mulheres que participam desde há anos nos protestos contra o Muro do Apartheid e os colonatos, as mulheres que acorrem numerosas à Grande Marcha do Retorno pelo fim do criminoso bloqueio da Faixa de Gaza, as mulheres que estão presas nas cadeias do regime sionista por se oporem à ocupação israelita, as mulheres que deram o seu sangue no caminho da liberdade — todas essas mulheres palestinas são credoras do respeito, da admiração e da solidariedade de todos quantos no mundo inteiro apoiam a justa causa nacional do povo palestino.

Um adolescente palestino de 15 anos foi morto por fogo israelita na noite de quarta para quinta-feira perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. Saif A-Din Abu Zaied foi atingido na cabeça por um atirador especial israelita e veio a morrer no hospital, informou um porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza.

Seis outros manifestantes foram feridos pelas forças israelitas e levados para o hospital.

O adolescente morto participava com outras dezenas de jovens naquilo que é conhecido como uma «unidade nocturna de confusão». Desde Fevereiro passado, jovens palestinos reúnem-se perto da vedação e queimam pneus, lançam papagaios de papel incendiários, accionam sirenes e lançam bombas sonoras, como forma de pressão para que Israel pare com a violência contra os residentes da Faixa de Gaza.

Duas crianças palestinas morreram na noite de terça-feira num incêndio em Hebron, na Cisjordânia ocupada, depois de as autoridades israelitas impedirem os bombeiros de chegar a tempo à casa em chamas.

O presidente da câmara de Hebron, Taysir Abu Sneina, responsabilizou o exército israelita pela morte das duas crianças, por os militares israelitas terem retido carros de bombeiros palestinos e ambulâncias do Crescente Vermelho  em duas barriras em ruas da cidade.

As duas crianças — uma delas de apenas 18 meses — morreram queimadas num incêndio na sua casa, no bairro de Al-Salaymeh, na cidade velha de Hebron, numa área da cidade que está sob controlo total de Israel e separada do resto da cidade ocupada por muitas barreiras militares.

Segundo o site informativo palestino Palestine Today, as crianças mortas são Wael Al-Rajabi, de quatro anos, e sua irmã Malik, de 18 meses.

Os Estados Unidos fecharam hoje oficialmente o seu consulado em Jerusalém, que é fundido na embaixada dos EUA em Israel. O consulado servia sobretudo palestinos, e durante décadas funcionou como principal canal de comunicação entre o governo estado-unidense e a direcção palestina.

Anteriormente o consulado reportava os assuntos palestinos directamente a Washington. Agora o seu pessoal foi integrado na embaixada dos EUA em Israel como «Unidade de Assuntos Palestinos», sob a autoridade do embaixador David Friedman, que é um feroz inimigo dos palestinos e desde há muito apoia e angaria  fundos para o movimento dos colonos israelitas na Cisjordânia.

O governo dos EUA reconheceu Jerusalém como capital de Israel em Dezembro de 2017 e transferiu a sua embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém em Maio de 2018.

Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista do Reino Unido, na oposição, reclamou na sexta-feira que o Reino Unido congele as vendas de armas a Israel e condene a matança de civis palestinos em Gaza.

Corbyn escreveu no Twitter: «A ONU diz que as mortes de manifestantes efectuadas por Israel em Gaza — incluindo crianças, paramédicos e jornalistas — podem constituir “crimes de guerra ou crimes contra a humanidade”.» E o líder trabalhista acrescenta: «O governo do Reino Unido deve inequivocamente condenar as mortes e congelar as vendas de armas a Israel.»

A declaração de Corbyn surge no dia seguinte a investigadores da ONU acusarem as forças israelitas de dispararem intencionalmente sobre civis palestinos que participavam nas manifestações da Grande Marcha do Retorno, na Faixa em Gaza, no que afirmam poder constituir crimes de guerra ou crimes contra a humanidade.

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