Israel vai demolir punitivamente as casas de três presos palestinos

As forças de ocupação israelitas notificaram nesta sexta-feira as famílias de três alegados atacantes palestinos da intenção de demolir as suas casas na Cisjordânia ocupada.

A Sociedade dos Presos Palestinos (PPS), citada pela agência WAFA, confirmou que as forças israelitas invadiram a casa da família de Mohammad Walid Hanatsheh, no centro da cidade de Ramala, e entregaram à família uma ordem militar de demolição da casa.

Também a família de Yazan Mghamas recebeu uma ordem militar de demolição da sua casa, entregue durante uma incursão das forças de ocupação em Birzeit, cidade vizinha de Ramala.

Mohammad Hanatsheh e Yazan Mghamas estão actualmente presos por Israel, porque em Agosto de 2019 alegadamente colaboraram, juntamente com Samer Arbid, na morte de um colono israelita perto do colonato ilegal de Dolev, perto da aldeia palestina de Ras Karkar.

Samer Arbid foi internado em estado crítico em finais de Setembro, tendo estado hospitalizado durante 45 dias, devido à brutal tortura a que foi sujeito.

O exército israelita entregou igualmente uma ordem de demolição à família de Mahmoud Atawneh, na localidade de Beit Kahel, perto de Hebron.

Mahmoud Atawneh, que está actualmente preso, é acusado de em Julho de 2019 ter esfaqueado um colono no bloco de colonatos de Gush Etzion, a sul de Belém.

Israel leva a cabo de forma sistemática a demolição punitiva das casas dos familiares de palestinos acusados de participarem em ataques contra israelitas — por simples decisão da administração militar da Cisjordânia ocupada, sem esperar por um julgamente e eventual condenação.

Este «meio de dissuasão», como é apresentando pelas autoridades de ocupação, evidentemente não é aplicado aos colonos israelitas envolvidos em ataques mortais contra palestinos; esses gozam de todas as protecções legais dos cidadãos de Israel, como se vivessem no território deste país.

Esta política monstruosa tem sido amplamente condenada por grupos defensores dos direitos humanos como uma punição colectiva, um crime de guerra e um crime contra a humanidade.

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