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Um voluntário de 17 anos do serviço de socorro médico palestino foi morto a tiro esta quarta-feira pelo exército israelita num campo de refugiados perto de Belém, na Cisjordânia ocupada.

Às primeiras horas da manhã, uma força israelita entrou no campo de refugiados de Dheisheh para realizar prisões, dando origem a confrontos, e os serviços locais da Sociedade de Socorro Médico Palestina (PMRS, Palestinian Medical Relief Society) foram chamados para cuidar dos feridos. Um dos socorristas, o adolescente Sajed Mizher, foi atingido por uma bala no estômago.

Quatro outros palestinos foram feridos em Deheisheh por balas reais disparadas pelas forças da ocupação israelita.

O jovem voluntário foi baleado enquanto tentava tratar um dos feridos provocados pelos tiros israelitas. Morreu dos seus ferimentos no hospital para onde foi transportado.

Durante o seu funeral, realizado na tarde de quarta-feira, manifestantes palestinos bloquearam a estrada e queimaram pneus na entrada norte de Belém. O...

Após os ataques israelitas de segunda-feira, a sala de operações conjuntas das facções da resistência em Gaza anunciou um acordo de cessar-fogo medidado pelo Egipto. Israel ainda não confirmou o cessar-fogo

A agência Ma'an noticiou que as forças israelitas dispararam mais de 100 mísseis em diferentes áreas da Faixa de Gaza. Os ataques, segundo fontes em Gaza, visaram instalações militares e de treino do Hamas e também edifícios civis. Foi atingido, nomeadamente, o escritório do dirigente do Hamas, Ismail Haniyeh. Ficaram feridos pelo menos oito palestinos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel em exercício, Yisrael Katz, declarou numa entrevista que a ofensiva de segunda-feira é a acção mais ampla empreendida em Gaza desde a agressão israelita de 2014 («Operação Margem Protectora»).

Israel fechou as passagens de Erez e Kerem Shalom para a Faixa de Gaza e enviou duas brigadas de infantaria e forças blindadas para o Sul e preparou-se para convocar milhares de reservistas. O...

Maria Vitória Vaz Pato, aderente do MPPM, sócia e ex-aluna da Sociedade Nacional de Belas Artes, dedicou a sua quarta Exposição de Pintura Solidária à causa da Palestina.

A exposição esteve patente ao público no átrio do edifício principal do Hospital Júlio de Matos entre 22 de Fevereiro e 8 de Março. Tanto a inauguração como o encerramento foram pretexto para se conviver e falar da questão palestina.

A artista esteve agora reunida com a Direcção Nacional do MPPM a quem fez a entrega do proveito da exposição e ainda a oferta de uma das telas expostas intitulada «Faixa de Gaza».

Em nome do MPPM, o vice-presidente Carlos Almeida agradeceu, não só a generosa contribuição para a actividade da nossa associação, como o ter proporcionado um espaço em que foi possível criar sensibilidade para a causa do povo palestino. 

Dois palestinos foram mortos esta sexta-feira por tiros israelitas durante os protestos da junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. Os mortos, baleados em incidentes separados, foram identificados como Nedal ‘Abdel Karim Ahmed Shatat, de 29 anos, e Jihad Munir Khaled Hararah, de 24.

Nesta 51.ª semana das manifestações desarmadas da  Grande Marcha do Retorno, as forças repressivas israelitas também feriram outros 181 palestinos, incluindo 53 menores, cinco mulheres, um paramédico e três jornalistas.

Os soldados israelitas encontravam-se posicionados deitados de bruços e em jipes militares ao longo da vedação, abrindo fogo e disparando bombas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes, que não representavam qualquer ameaça iminente ou perigo para a vida dos soldados.

Estas novas violações tiveram lugar apenas algumas horas depois de o Conselho de Direitos Humanos da ONU ter adoptado uma resolução condenando o «aparente uso intencional de força letal e outra força excessiva»...

* COMUNICADO 03/2019 *   O MPPM condena a declaração feita ontem, 21 de Março, pelo presidente Donald Trump de que «é tempo de os Estados Unidos reconhecerem inteiramente a soberania de Israel sobre os Montes Golã». Os Montes Golã, ocupados há 52 anos por Israel, são internacionalmente reconhecidos como parte do território da Síria, pelo que tal declaração viola grosseiramente a legalidade internacional, desde logo a Carta das Nações Unidas que no seu artigo 2.º refere a inadmissibilidade do uso da força contra a integridade territorial de qualquer Estado.

Na sequência da guerra de 1967 em que Israel ocupou os Montes Golã, além do Sinai egípcio e dos territórios palestinos de Jerusalém Oriental, Cisjordânia e Faixa de Gaza, a Resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU, de 22 de Novembro de 1967 sublinhou a «inadmissibilidade da aquisição do território pela guerra» e afirmou a necessidade da «Retirada das forças armadas de Israel dos territórios ocupados no recente conflito».

Posterior...

Forças israelitas mataram esta quarta-feira um palestino e feriram gravemente um outro num posto de controlo em Belém, informou o ministério da Saúde da Palestina em Ramala. O palestino morto foi identificado como Ahmed Jamal Mahmoud Manasrah, de 26 anos.

Na véspera, terça-feira, as forças israelitas mataram três palestinos e feriram mais de dez jovens na Cisjordânia ocupada.

Omar Abu Leila, de 19 anos, foi morto por soldados e polícias de fronteira israelitas numa casa onde procurara refúgio, na aldeia de Abwein (a norte de Ramala), que  foi invadida por forças israelitas com carros armados, cães, drones, escavadoras e equipas de filmagem. Leila era suspeito de matar um soldado israelita e um colono dois dias antes, perto do colonato ilegal de Ariel, na Cisjordânia ocupada.

Dois outros jovens, Raid Hamdan, de 21 anos, e Zaid Nouri, de 20, foram foram mortos a tiro por forças israelitas que escoltavam centenas de colonos judeus fanáticos que se dirigiam ao Túmulo de José na cidade de...

A exploração por Israel dos recursos naturais no território palestino ocupado desde 1967 para seu próprio uso viola directamente as suas responsabilidades legais como potência ocupante, afirmou esta segunda-feira um especialista independente da ONU.

O relator especial sobre a situação dos direitos humanos nos territórios palestinos ocupados, Michael Lynk, denunciou perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU o facto de as condutas de água de aldeias palestinas da região de Hebron terem sido destruídas pela segurança civil israelita, em violação do direito internacional.

«Com a destruição desta conduta de água nas colinas do Sul de Hebron, esses aldeões são forçados a comprar água cara de camiões-cisterna para as suas casas e animais», declarou Lynk, que Israel não autorizou a visitar os territórios palestinos ocupados desde que assumiu o cargo de Relator Especial, há três anos atrás.

Perante o Conselho de Direitos Humanos, Michael Lynk desenvolveu o tema principal do seu relatório, que...

A activista palestina Rasmea Odeh foi impedida de falar numa iniciativa em Berlim sobre as mulheres palestinas na luta pela libertação e será expulsa da Alemanha.

Após uma intensa campanha de jornalistas pró-israelitas, do embaixador de Israel e do embaixador dos Estados Unidos na Alemanha (conhecido pelas suas ligações a grupos de extrema direita), e em que participaram também apoiantes do partido de extrema-direita AfD (Alternativa para a Alemanha), as autoridades de Berlim declararam na noite desta sexta-feira, 15 de Março, que Rasmea Odeh estava  proibida de actividade política e que o seu visto seria cancelado, implicando a sua expulsão do país.

Rasmea Odeh deveria participar num evento a ter lugar num centro cultural do bairro de Kreuzberg, em Berlim. Nos dias anteriores ao evento a sala onde iria falar foi atacada e vandalizada e o pessoal recebeu telefonemas ameaçadores.

Israel não só não esconde como até se vangloria das suas actividades de pressão e ingerência. Gilad Erdan, o...

Israel atacou cerca de 100 locais na Faixa de Gaza cercada na noite de quinta para sexta-feira.

Nestas condições, a comissão organizadora da Grande Marcha do Retorno «apelou para o adiamento das marchas de hoje [sexta-feira] a título excepcional», guiada pelo «interesse público» e num esforço para manter a calma na Faixa de Gaza e evitar escaladas. É a primeira vez que as manifestações são interrompidas desde o seu início, há 51 semanas.

O exército sionista afirma ter actuado em resposta a dois rockets lançados sobre Tel Aviv a partir da Faixa de Gaza na noite anterior, o que não acontecia desde a agressão israelita de 2014 («operação Margem Protectora»).

Porém, as facções armadas na Faixa de Gaza — Hamas, Jihad Islâmica, Frente Popular para a Libertação da Palestina e Comités de Resistência Popular — negaram todas a responsabilidade pelo lançamento dos rockets. No momento dos disparos a direcção do Hamas estava aliás reunida com uma delegação egípcia para discutir uma trégua prolongada...

Num relatório sobre direitos humanos divulgado esta quarta-feira, o Departamento de Estado dos EUA não se refere à Cisjordânia e aos Montes Golã e como territórios ocupados por Israel.

Em vez disso, usa a expressão «controlado por Israel», o que sinaliza uma viragem relativamente à anterior posição de Washington de recusar reconhecer a soberania de Israel sobre estas áreas, que ocupou e anexou unilateralmente.

Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, declarou que o facto de os Estados Unidos abandonarem o termo «ocupação» não altera «o facto de que o território palestino ocupado desde 1967 e o Golã árabe ocupado são territórios sob ocupação israelita, de acordo com as resoluções da ONU e o direito internacional», acrescentando que se trata de «uma continuação da abordagem hostil da administração estado-unidense em relação ao nosso povo palestino».

O documento sugere também que a cidade de Jerusalém na sua totalidade faz parte de Israel, dizendo...