Forças israelitas matam manifestante palestino em Gaza

As forças israelitas mataram esta sexta-feira um palestino de 20 anos que participava na Grande Marcha do Retorno, junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.

Segundo informou o Ministério da Saúde de Gaza, Sahar Othman foi morto com um tiro no peito perto de Rafah, no Sul da Faixa de Gaza.

O Ministério informou ainda que cerca de 63 palestinos foram feridos pelas forças repressivas, 32 deles por fogo real. Segundo as autoridades palestinas, quatro dos feridos eram paramédicos voluntários que prestavam assistência no local aos manifestantes feridos.

Uma porta-voz do exército de Israel afirmou que as tropas sionistas não usaram fogo real e sim «medidas de controlo de tumultos», mas escusou-se a especificar quais fossem…

O protesto desta sexta-feira constitui a 76.ª manifestação semanal da Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza, que teve início em 30 de Março de 2018.

Os manifestantes reclamam o levantamento do cerco de Israel ao pequeno enclave costeiro, onde vivem dois milhões de pessoas em condições humanitárias dramáticas. Exigem também o direito dos refugiados palestinos a regressarem aos lugares de onde foram expulsos, na Palestina histórica, na campanha de limpeza étnica levada a cabo pelos sionistas por ocasião da criação de Israel, em 1948.

Segundo as autoridades de saúde locais, pelo menos 210 palestinos foram mortos pelas forças israelitas desde o início dos protestos. 

Dezenas de feridos em Kafr Qaddum em protestos contra colonatos

Também esta sexta-feira, dezenas de palestinos e activistas estrangeiros sofreram as consequências da inalação de gás lacrimogéneo disparado pelas forças de ocupação israelitas contra os manifestantes que participavam na manifestação semanal na aldeia Kafr Qaddum, no distrito de Qalqilya, na Cisjordânia ocupada.

As forças israelitas dispararam numerosos cartuchos de gás lacrimogêneo e balas de metal revestidas de borracha contra os manifestantes, ferindo dezenas deles.

Os palestinos de Kafr Qaddum vêm protestando semanalmente há anos contra a contínua expansão dos colonatos nas suas terras e exigindo a reabertura da estrada entre a povoação e a cidade de Nablus. 

Foto: AFP

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