Há 37 anos, o massacre de milhares de palestinos em Sabra e Chatila

Há trinta e sete anos, em 1982, nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, perto de Beirute, teve lugar um dos capítulos mais sangrentos da história palestina.

Milhares de refugiados palestinos foram durante dois dias, no campo de refugiados de Chatila e no bairro de Sabra, alvo de uma matança levada a cabo pela milícia cristã da Falange, aliada de Israel, que tinha invadido o Líbano,

Soldados israelitas cercavam os campos para impedir que os refugiados saíssem, e durante a noite disparavam foguetes luminosos para ajudar a acção dos criminosos falangistas. Ao fim dos dois dias de massacre, Israel forneceu os buldózeres para cavar valas comuns.

Trinta e sete anos depois, os responsáveis continuam impunes. O então ministro da Defesa israelita Ariel Sharon, supremo comandante militar da invasão do Líbano, encontrava-se pessoalmente a poucas centenas de metros do local do crime. Apesar de a sua «responsabilidade pessoal» ter sido afirmada até por uma comissão de inquérito israelita, não só não sofreu qualquer castigo como veio a ser primeiro-ministro de Israel.

O massacre de Sabra e Chatila é  um dos capítulos mais abomináveis da tragédia dos refugiados palestinos, mais uma consequência da limpeza étnica da Palestina levada a cabo pelos sionistas na Nakba de 1948 e novamente em 1967.

Trinta e sete depois, permanece como um sombrio alerta para a natureza criminosa do regime sionista de Israel e da permanente ameaça que constitui para a paz e os povos do Médio Oriente.

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