Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

Cidade de Gaza, 27 de Dezembro de 2008. É um sábado e pouco falta para o meio-dia. As crianças regressam da escola e as ruas estão repletas de pessoas. Poucos minutos mais tarde, mais de 200 estarão mortas e cerca de sete centenas estarão feridas. Israel acaba de desencadear o seu covarde ataque que baptiza de «Operação Chumbo Fundido». Dezenas de caças F-16, helicópteros Apache e veículos aéreos não tripulados bombardeiam, em simultâneo, mais de uma centena de locais em toda a Faixa de Gaza. Nos dias seguintes, continuam os bombardeamentos, culminando numa invasão terrestre em 3 de Janeiro de 2009. Quando termina a operação, em 18 de Janeiro, debaixo de forte pressão internacional e dois dias antes da tomada de posse de Barack Obama, deixa mais de 1400 mortos palestinos – entre os quais 138 crianças – e um enorme rasto de destruição que paralisa a vida de Gaza.

A história do povo palestino nos últimos 65 anos é uma história de diáspora.
Expulsos das suas casas e das suas terras, refugiados no estrangeiro e estrangeiros na sua pátria, são muitos milhões que anseiam voltar à sua terra natal, que conservam os títulos das suas terras e as chaves das suas casas.
Esta Folha Informativa n.º 8 descreve a limpeza étnica que Israel tem posto em prática sobre o povo palestino, desde o tenebroso Plano Dalet, de 1948, até à nefanda Lei Prawer-Begin, dos nossos dias, para dar lugar à consolidação do estado judaico racista de Israel

Nesta Folha Informativa evocamos os sentimentos contraditórios que a data de 29 de Novembro gera no povo palestino: desde a indignação por, em 1947, a ONU ter aprovado a resolução que atribuia à minoria judaica a maior parte do território histórico da Palestina, até à ténue esperança por, em 2012, a Palestina ter sido admitida na ONU com o estatuto de estado observador não membro.
Numa síntese necessariamente breve, percorremos os últimos 66 anos da história dramática do povo palestino.

Especialistas em radiação suíços confirmam que encontraram vestígios de polónio na roupa usada por Yasser Arafat: cresce a possibilidade de o líder palestino ter sido envenenado
Num relatório publicado, há poucos dias, pela revista médica britânica “The Lancet”, a equipa suíça apresenta dados científicos para suportar as declarações feitas, em 2012, à comunicação social, de que tinham encontrado polónio em pertences de Arafat.
Arafat morreu em França em 11 de Novembro de 2004, com a idade de 75 anos, mas os médicos não foram capazes de especificar a causa da morte já que, a pedido da viúva, não foi realizada autópsia.

Especula-se sobre a existência de armas nucleares – ou, pelo menos, a possibilidade de as fabricar – em outros países da região, mas há um silêncio pesado sobre o poderio nuclear de Israel.
Esta questão é o tema central da nossa Folha Informativa n.º 3. O texto que apresentamos é uma versão condensada de um bem documentado artigo elaborado por Frederico Gama Carvalho, físico nuclear e dirigente nacional do MPPM.
Ainda nesta Folha Informativa referimos as condições postas pela OLP para retomar as negociações com Israel e damos nota das reacções à recente decisão da União Europeia de excluir os colonatos judaicos dos acordos de cooperação com Israel.

O MPPM prossegue a publicação da sua Folha Informativa dedicada a abordar os problemas fulcrais da Questão Palestina.
A Folha Informativa n.º 2 tem como tema principal o chamado por Israel Muro da Separação.
Descrevemos, em texto, imagens e números, o que é o Muro da Apartheid e qual o seu impacte, tanto na vida quotidiana do povo palestino, como na concretização do Estado Palestino.
Damos, ainda, algumas notas de actualidade, com destaque para a recente publicação do Relatório Falk sobre a Situação dos Direitos Humanos nos Territórios Palestinos Ocupados desde 1967.

José Saramago faleceu há três anos. O MPPM evoca o seu dirigente e membro fundador recordando um dos muitos textos em que, de forma lúcida mas incisiva, analisava a questão palestina. Foi escrito em 22 de Janeiro de 2009. Podia ter sido hoje.
 
Israel e os seus derivados

A Folha Informativa n.º 1 tem como tema principal a Nakba, cujo 65.º aniversário foi evocado no dia 15 de Maio.
Recordamos os antecedentes da "Catástrofe" e o seu percurso até aos nossos dias.
Mostramos o que tem sido a crescente apropriação de território palestino por Israel e ilustramos, com números, a situação dramática em que se encontra hoje o povo palestino.
Damos, ainda, nota da actividade recente e de tomadas de posição do MPPM.

Sessão Nakba 65 anos
No dia 15 de Maio assinalou-se o 65.º aniversário da «Nakba», que em árabe quer dizer Catástrofe, e que marca o princípio da tragédia que se abateu sobre o Povo Palestino, perseguido, massacrado e expulso da sua terra pelos novos ocupantes judeus.
A independência do Estado de Israel, proclamada unilateralmente em 14 de Maio de 1948, significou para os palestinos o início da devastação da sua sociedade, a eclosão de um drama individual e colectivo que perdura até aos nossos dias. Repartido o seu território pelo novel Estado judaico (na parte consagrada pela Resolução 181 das Nações Unidas, de 29 de Novembro de 1947), pelo reino da Jordânia (a Cisjordânia) e pelo Egipto (a Faixa de Gaza), os palestinos tornaram-se exilados na sua própria pátria, com a maioria das terras confiscadas e os direitos cívicos reduzidos ou eliminados.
1. Em Março de 1976, as autoridades israelitas anunciaram a expropriação de grandes extensões de terras palestinas por “motivos de segurança” e para a construção de colonatos. No dia 30 desse mês, uma greve geral e grandes manifestações de protesto sacudiram as localidades palestinas em território do Estado de Israel. Na repressão sangrenta que se seguiu, seis palestinos foram mortos pelas autoridades de Israel e centenas foram presos ou feridos. Desde então, o dia 30 de Março ficou conhecido como o Dia da Terra, uma data que simboliza a luta do povo palestino pelo direito aos seus lares, às suas terras de cultivo, à sua Pátria.

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