Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

Zona Fechada (Closed Zone) é um pequeno filme de animação realizado em 2009 por Yori Goodman, o Director de Animação de A Valsa com Bashir, para a organização de direitos humanos Gisha - Legal Center for the Freedom of Movement.
Em menos de dois minutos, o realizador ilustra, de forma poderosa, o drama do milhão e meio de palestinos prisioneiros na sua própria terra num filme que mantém, ainda hoje, toda a sua actualidade.
Zona Fechada - Filme de animação realizado por Yori Goodman para Gisha
Zona Fechada - Filme de animação realizado por Yori Goodman para Gisha
A invasão militar israelita a Gaza, entre 27 de Dezembro de 2008 e 18 de Janeiro de 2009, desencadeou, a nível mundial, uma firme vontade no sentido de promover uma iniciativa conjunta de repúdio a essa invasão militar e ao cerco a Gaza que, hoje, ainda se mantêm.
O dia 27 de Dezembro de 2009 marcou o primeiro aniversário da invasão do exército israelita à Faixa de Gaza e embora os tanques israelitas tenham abandonado esse território a 18 de Janeiro de 2009, o cerco a Gaza permanece.
A nível mundial, um vasto conjunto de organizações (ONGs e outras), entidades regionais, e, também, figuras públicas de relevo (académicos, juristas, médicos, jornalistas, fotógrafos, artistas e estudantes), iniciaram e desenvolveram um trabalho articulado de preparação e organização da Marcha pela Liberdade de Gaza (Gaza Freedom March) e 31 de Dezembro de 2009 foi a data escolhida para a sua realização.
Entre 6 e 13 de Dezembro, centrada no Dia dos Direitos Humanos (10 de Dezembro), a EWASH Advocacy Task Force, representando mais de 30 organizações — ONG locais, ONG internacionais e Agências das Nações Unidas — que trabalham em Água, Saneamento e Higiene nos Territórios Palestinos Ocupados, promove uma campanha global de sensibilização pelo direito do povo palestino à água e ao saneamento básico. O MPPM, cumprindo o seu dever estatutário de informar sobre a questão palestina, associa-se a esta campanha consciente de que o problema da água, apesar de vital para os palestinos, merece muito pouca atenção dos meios de comunicação nacionais.
 
O direito à água e ao saneamento é uma questão crítica nos Territórios Palestinos Ocupados (TPO). A crise da água nos TPO tem sido recorrente ao longo de todo o período de ocupação:
 

«I Can't», uma criação da coreógrafa Sofia Silva, abriu a 2.ª Semana da Palestina em 21 de Novembro de 2009, no Fórum Romeu Correia, em Almada. Inês Tarouca interpretou a dança de forma notável, transmitindo, com grande contenção, a forte carga dramática imposta ao personagem.

No passado dia 4 de Novembro, a União Europeia assinou com o Estado de Israel um novo acordo comercial, envolvendo o comércio de produtos agrícolas, frescos e transformados, e piscatórios. Este acordo, que entrará em vigor em 1 de Janeiro de 2010, traduz um significativo avanço no sentido da liberalização do comércio mútuo, e da integração económica de ambos os mercados.
 
A decisão da União Europeia no sentido do incremento das relações comerciais com o Estado de Israel surge no momento preciso em que o Governo de Israel intensifica a sua política de colonização e exploração dos territórios palestinos ocupados, numa atitude de claro desafio à comunidade internacional e de frontal violação do direito e da legalidade internacional.
 
Na sequência da agressão israelita a Gaza, no inverno 2008-2009, foi constituída uma Coligação Internacional pelo Fim do Cerco Ilegal a Gaza que reúne pessoas de todas as crenças ou sem crença e se focaliza no respeito pelos direitos humanos em conformidade com o direito internacional.
Para assinalar o 1º aniversário da agressão israelita, a Coligação está a mobilizar a opinião pública internacional para organizar uma Marcha não violenta em conjunto com o povo de Gaza, no dia 31 de Dezembro, para reclamar o fim do bloqueio ilegal.
A Coligação concebe esta Marcha como parte de uma estratégia mais ampla para pôr fim, de forma não violenta, à ocupação israelita denunciando as suas flagrantes violações do direito internacional, tanto na demolição de casas e expansão dos colonatos, como no recolher obrigatório e na tortura.
O Movimento global BDS (Boicote – Desinvestimento – Sanções) é uma plataforma informal de activistas, grupos sociais e organizações que, a nível mundial, coordenam os seus esforços, em resposta ao Apelo lançado pela sociedade civil palestina, para pressionar Israel a cumprir com o Direito Internacional e a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Para proporcionar um espaço para informação, análise e permuta de ideias e de experiências para todos os participantes no Movimento, foi criado o website http://www.bdsmovement.net, gerido pelo Comité Nacional Palestino para o BDS.
1. O Apelo da Sociedade Civil Palestina
Em 5 de Junho de 1967, numa jogada de antecipação contra uma possível invasão árabe, Israel lançou uma fulminante ofensiva contra os estados vizinhos, o Egipto, a Síria e a Jordânia, apoderando-se não só dos territórios palestinos que eram administrados pelo Egipto (a Faixa de Gaza) e pela Jordânia (a Cisjordânia e Jerusalém Oriental), como de territórios próprios do Egipto (a Península do Sinai) e da Síria (os Montes Golan).
As tropas árabes, não só egípcias, jordanas e sírias, mas também marroquinas, argelinas, tunisinas, líbias, sudanesas, iraquianas e sauditas, pela falta de treino e de armamento e pelo efeito de surpresa do ataque israelita, foram rapidamente derrotadas e assinado um cessar-fogo no dia 10 de Junho.
Com a colaboração da respectiva Associação de Estudantes e o apoio da Direcção da Escola, o MPPM levou a cabo, no dia 27 de Maio de 2009, na Escola Superior de Comunicação Social, em Lisboa, um Encontro com os Jornalistas José Manuel Rosendo, da Antena 1 e RTP, e Patrícia Fonseca, da revista Visão.
Bruno Reizinho, da Associação de Estudantes, destacou o interesse da iniciativa para os todos quantos trabalham na Escola por permitir o acesso a informações que não fazem parte do conteúdo habitual dos noticiários. 
A Professora Filipa Subtil, que dirigiu a sessão e moderou o debate, também referiu a expectativa de que esta iniciativa possa contribuir para um melhor conhecimento de uma realidade que tem acompanhado todas as nossas vidas.
Numa organização conjunta do MPPM e da Cooperativa Alves Redol realizou-se, no dia 21 de Maio, nas instalações do Clube Vilafranquense, uma concorrida sessão pública em que foi evocada a vida e obra do poeta palestino Mahmud Darwich e se falou da história e da luta do povo da Palestina.
Arlindo Gouveia, Presidente da Cooperativa Alves Redol, enunciou os três objectivos que presidiram à realização desta sessão: cultural, informativo e de solidariedade com “o povo oprimido, humilhado e maltratado da Palestina”. Porque, afirmou, “Vila Franca tem tradição de solidariedade com os mais desfavorecidos, e a solidariedade também tem que ser internacionalista”.

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