Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

Em Abril de 2009, no rescaldo da agressão israelita contra Gaza, que causou a morte de mais de 1400 palestinos e a destruição de numerosas habitações, equipamentos sociais, empresas e infra-estruturas, o Conselho para os Direitos Humanos das Nações Unidas designou uma Missão de Averiguação ao Conflito de Gaza, que produziu um documento que ficou conhecido por "Relatório Goldstone".
Esta Missão foi composta pelo prestigiado juiz sul-africano Richard Goldstone, que presidiu, pela advogada Hina Jilani, do Supremo Tribunal do Paquistão, pela professora Christine Chinkin, da London School of Economics and Political Science, e pelo coronel irlandês aposentado Desmond Travers, que integrou várias missões dos capacetes azuis no Líbano e na antiga Jugoslávia e é um especialista em direito humanitário internacional.
Este é o texto integral do Relatório apresentado pela Missão e aprovado pelo Conselho para os Direitos Humanos da ONU.

O MPPM - Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente - promoveu a realização, no dia 16 de Maio de 2011, na Casa do Alentejo, em Lisboa, de uma sessão pública evocativa do 63.º Aniversário da Nakba.
A sessão foi presidida por Maria do Céu Guerra, Presidente do MPPM e intervieram ainda:
- Carlos Almeida - membro da Direcção Nacional do MPPM
- José Manuel Rosendo - jornalista da RTP
- Embaixador Mufeed Shami - Embaixador da Palestina em Portugal
Neste documento reunimos todas as intervenções apresentadas na Sessão.

Foi com sentida emoção que as muitas pessoas que se reuniram na Casa do Alentejo, em Lisboa, no passado dia 16 de Maio, a convite do MPPM, para assinalar o 63º aniversário da Nakba - a Catástrofe - reagiram às intervenções dos diferentes oradores.
Falou em primeiro lugar Maria do Céu Guerra, Presidente do MPPM, que descreveu o longo percurso do processo de ocupação da terra palestina pelos sionistas e consequente expulsão dos seus habitantes.
Fixando o seu início em 1897, na sequência do 1º Congresso Sionista realizado em Basileia, que estabeleceu como objectivo criar um lar para o povo judeu na Palestina, objectivo esse confirmado cinco anos mais tarde com a criação do Fundo Nacional Judeu para aquisição da terra da Palestina que deve ser entregue «desocupada dos seus habitantes árabes». Desde então, o povo palestino foi perseguido, expulso das suas terras, espoliado dos seus haveres, dizimado.
A Associação de Estudantes da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e o MPPM - Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente - promoveram uma sessão de solidariedade com o Povo da Palestina, evocativa do Dia da Terra, no dia 4 de Abril, pelas 15.30 horas, na sala 5.2 da Faculdade de Letras.
Intervieram Carlos Almeida, da Direcção Nacional do MPPM, e Nuno Coelho, designer e co-autor do livro "Uma Terra sem Gente para Gente sem Terra", que orientará uma workshop baseada no seu livro.
O MPPM e o Grupo Dramático e Recreativo Corações de Vale de Figueira promoveram um debate sobre a situação na Palestina orientado por Carlos Almeida, de Direcção Nacional do MPPM.
Foi exibido o filme "Muro de Ferro", do realizador palestino Mohammed Alatar, que foca o processo de construção dos colonatos judaicos em território palestino e a sua consolidção através da construção do Muro da Separação que afecta, de forma definitiva, a contiguidade do território palestino e a proximidade das populações. 
A sessão teve lugar no dia 26 de Fevereiro, na sede do GDRCVF, em Vale de Figueira, S. João da Talha.
MPPM na ES Passos Manuel
Dando continuidade a uma relação iniciada em Março de 2010, com a realização de uma workshop dinamizada por Nuno Coelho, co-autor do livro Uma Terra sem Gente para Gente sem Terra, o MPPM voltou à Escola Secundária Passos Manuel.
No passado dia 28 de Janeiro, Carlos Almeida e Teresa Palma Fernandes, da Direcção Nacional do MPPM, dinamizaram um encontro com alunos daquela escola com uma exposição sobre os fundamentos e o desenvolvimento histórico da causa nacional do povo palestino.
Este artigo foi publicado no jornal Público em 16 de Janeiro de 2011

1.Quando se fala da perseguição aos cristãos no Médio Oriente, não se tem em conta a situação especial na Palestina. O Conselho Ecuménico das Igrejas publicou, agora, um documento elaborado pelos cristãos e teólogos palestinos que, perante o drama do seu povo, perguntam: o que faz a comunidade internacional? Que fazem os chefes políticos na Palestina, em Israel e no mundo árabe? Que faz a Igreja? 1.

Nos limites deste espaço, o melhor é dar-lhes a palavra, porque o documento é, também, um convite às Igrejas: "vinde e vede", conhecer os factos e descobrir as gentes desta terra, palestinos e israelenses. Condenamos todas as formas de racismo, religioso ou étnico, incluindo o anti-semitismo e a islamofobia. Vamos aos factos.
Respondendo ao apelo de diversas organizações, entre as quais o MPPM, muita centenas de pessoas concentraram-se frente à Embaixada de Israel, em Lisboa, no dia 2 de Junho, para manifestar a sua indignação perante o vergonhoso ataque de Israel contra barcos que transportavam ajuda humanitária para Gaza. Entoando palavras de ordem como "Basta de Crimes!", "Fim ao Bloqueio a Gaza!", "Fim à Ocupação Israelita!" ou "Palestina Independente!", os manifestantes ouviram, ainda, intervenções dos representantes de algumas das organizações promotoras da concentração - Conselho Português para a Paz e Cooperação, Comité de Solidariedade com a Palestina, Colectivo Mumia Abu-Jamal, Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente e Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional.
Decorrido cerca de um ano da tomada de posse do governo de extrema-direita em Israel, liderado por Benjamin Netanyahu e Avigdor Lieberman, estão confirmadas as piores expectativas sobre o agravamento da repressão sobre o povo palestino, ao bloqueamento do processo negocial com vista a uma solução diplomática que ponha fim à ocupação, o respeito pelo direito e a legalidade internacional, e a agudização das tensões no Médio Oriente.
 
 Nuno Coelho na ES Passos Manuel
Nuno Coelho, licenciado em Design de Comunicação e Arte Gráfica e co-autor, com Adam Kershaw, do livro Uma Terra Sem Gente Para Gente Sem Terra, esteve três semanas na Cisjordânia onde se apercebeu de como o conflito israelo-árabe influenciava a vida quotidiana dos palestinos. Desenvolveu trabalho com crianças palestinas, no domínio das artes, e observou e viveu na realidade do dia-a-dia que considerou, por vezes, muito chocante.
Maria Eugénia Vaz é professora da disciplina de História da turma C do 12.º ano do Curso Científico-Humanístico: Línguas e Humanidades, da Escola Secundária Passos Manuel, sede do Agrupamento Baixa Chiado, em Lisboa, em cujo currículo são tratadas as "Alterações geoestratégicas, tensões políticas e transformações sócio-culturais no mundo actual: permanência de focos de tensão em regiões periféricas - O Médio Oriente e a questão israelo-palestina".

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