Rapaz palestino perde um olho depois de atingido pela polícia israelita com bala de ponta de esponja

Um rapaz palestino de 13 anos, de Jerusalém Oriental ocupada, perdeu um olho na noite de domingo, 9 de Julho, após ser atingido por uma bala de ponta de esponja disparada pela polícia israelita, informa o diário israelita Haaretz.
A família do adolescente, Nur Hamdan, declarou que ele foi atingido pela bala quando estava na varanda de um segundo andar. O jovem também sofreu fracturas da cavidade ocular e outras lesões faciais.
A polícia israelita entrou no bairro de Isawiyah, em Jerusalém Oriental ocupada, após uma briga entre vizinhos. Residentes palestinos começaram a atirar-lhes pedras, e em resposta a tropa usou «armas de controlo de multidões».
O tio de Nur disse o rapaz não participou nos acontecimentos; estava simplesmente na varanda ao lado da mãe e de um primo. «As crianças estavam a brincar na varanda, até que a minha esposa os chamou para dentro por causa da polícia», relatou. «Ele foi atingido quando se levantou para entrar.»
Segundo a Associação para os Direitos Civis em Israel (ACRI), há cerca de três anos a polícia israelita começou a usar um novo tipo de balas com ponta de esponja que são mais pesadas, duras e letais do que as balas anteriormente usadas. As novas balas já causaram dezenas de feridos graves e uma morte.
Segundo os regulamentos da polícia israelita, as balas com ponta de esponja nunca devem ser disparadas contra crianças; se usadas contra adultos, devem visar exclusivamente para as pernas. Também não podem ser usadas a menos de 50 a 60 metros do alvo.
No entanto, tem havido dezenas de casos em que pessoas perderam olhos ou sofreram outros ferimentos faciais devido ao uso destas balas. As autoridades israelitas não investigam devidamente nem responsabilizam os autores destes actos, o que dá às forças repressivas uma autorização tácita para causarem o máximo de danos com estas e outras armas, como gás lacrimogéneo e balas revestidas de borracha.
 
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