Israel avança planos para 2500 unidades habitacionais em colonatos ilegais na Margem Ocidental

As autoridades israelitas vão reunir-se na próxima semana para aprovar o avanço de pelo menos 2500 unidades habitacionais em colonatos na Margem Ocidental ocupada, informou na sexta-feira a ONG israelita Peace Now. O Alto Comité de Planeamento da Administração Civil israelita (órgão das forças armadas de Israel para a administração dos territórios palestinos ocupados) deverá aprovar 27 planos relativos a colonatos ilegais na Margem Ocidental.
Um dos planos deverá fazer avançar a criação de 102 unidades habitacionais em Amichai, o primeiro novo colonato oficialmente criado pelo governo israelita em 25 anos. Destinado aos colonos evacuados do posto avançado de Amona, ilegal segundo o próprio direito israelita, será duas vezes e meia maior do que o posto avançado demolido.
Outro dos planos em discussão será a legalização retroactiva do posto avançado ilegal de Kerem Rein. O jornal israelita Haaretz avança que o posto avançado poderia mesmo ser expandido.
Apesar de os postos avançados serem considerados ilegais mesmo pelo direito interno israelita, no início deste ano Israel aprovou a lei da Regularização, que permitiria a legalização retroactiva de dezenas de postos avançados.
A construção de colonatos iniciou-se após a ocupação por Israel em 1967 — há 50 anos! — da Margem Ocidental e em Jerusalém Oriental.
De acordo com números fornecidos pela ONU, actualmente pelo menos 570.000 colonos israelitas vivem em cerca de 130 colonatos e 100 postos avançados na Margem Ocidental e em Jerusalém Oriental ocupados. Como em Dezembro de 2016 reafirmou a resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU, à luz do direito internacional todos os colonatos e postos avançados são ilegais
 
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