Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

Assinala-se hoje o 68º aniversário de uma das maiores tragédias humanitárias do século XX: a expulsão de centenas de milhares de cidadãos árabes da Palestina das suas cidades, vilas e aldeias, das suas casas e terras, da sua pátria milenar. Este êxodo em massa foi imposto pela guerra, e através de métodos de inimaginável crueldade, pelos colonizadores sionistas, nos meses que precederam e se sucederam à fundação unilateral do Estado de Israel em 14 de Maio de 1948. Este desastre ficou conhecido pelos povos árabes como Nakba, a Catástrofe, e é recordado anualmente a 15 de Maio, o Dia da Nakba.

No dia 30 de Março o MPPM organizou, em Lisboa, com o apoio da Associação 25 de Abril, um Sessão Pública de Solidariedade com a Palestina. O evento teve lugar no Auditório da A25A.
O Coronel Vasco Lourenço, Presidente da A25A, deu as boas-vindas aos particpantes. Registaram-se intervenções de Hikmat Ajjuri, Embaixador da Palestina; Maria do Céu Guerra, Presidente do MPPM; Carlos Almeida, Vice-Presidente do MPPM.
No dia 31 de Março, numa organização conjunta do MPPM e do ISMAI – Instituto Superior da Maia / Curso de Ciências da Comunicação, houve um Debate sobre a situação na Palestina com moderação de Luís Humberto Marcos, Director do Museu de Imprensa; José António Gomes, Escritor; José Oliveira, da Direcção Nacional do MPPM. O debate teve lugar no Auditório do ISMAI em Castêlo da Maia.
Em 8 de Julho de 2014 – faz hoje um ano – Israel deu início a uma bárbara agressão contra a população palestina da Faixa de Gaza, que designou por “Operação Margem Protectora”, e que iria prolongar-se por 51 dias. O balanço é devastador, mas a crueza dos números não relata os traumas psicológicos das crianças e adultos, as vidas destroçadas dos sobreviventes, as dificuldades de reconstrução num território onde tudo o que entra ou sai é sujeito ao férreo controlo de quem provocou a destruição.
 
No dia 29 de Junho, as forças armadas de Israel interceptaram e aprisionaram, a 100 milhas náuticas da costa de Gaza, a traineira Manianne av Göteborg que liderava a Flotilha da Liberdade III e escoltaram-na para o porto militar isrelita de Ashdod.
A Marianne tinha passado por Lisboa entre 3 e 5 de Junho e dirigia-se a Gaza onde deveria ser oferecida a pescadores palestinos.
Além dos objectivos humanitários, a Flotilha da Liberdade III pretende chamar a atenção da comunidade internacional para a situação de catástrofe humanitária – reconhecida pela ONU – que se vive em Gaza, sujeita a um bloqueio por Israel e pelo Egipto que dura há 9 anos e que se agravou com a brutal agressão israelita do Verão passado em que foram mortos 2.251 palestinos e feridos mais de 11.000, além de ter sido destruído o que restava da base económica da região.
Comemora-se em 15 de Maio o aniversário da Nakba, que em árabe quer dizer Catástrofe, e que marca o princípio da tragédia que se abateu sobre o Povo Palestino, perseguido, massacrado e expulso da sua terra pelos novos ocupantes judeus.
O MPPM assinalou o 67.º aniversário da Nakba com uma Sessão de Solidariedade em que foi exibido o filme "A Terra Fala Árabe" e que contou com intervenções do Embaixador da Palestina, Dr. Hikmat Ajjuri, e de Jorge Cadima, dirigente do MPPM. A sessão teve lugar no Clube Estefânia, em Lisboa. no dia 15 de Maio, e foi dirigida por Miquelina Almeida, Vice-Presidente da Direcção do Clube Estefânia.
"A Terra Fala Árabe", da realizadora palestina Maryse Gargour, documenta as circunstãncias e os acontecimentos que levaram a implantação de um estado judaico na Palestina e à expulsão dos seus habitantes árabes.
Comemora-se em 15 de Maio de 2015 o 67º aniversário da NAKBA, que em árabe quer dizer Catástrofe, e que marca o princípio da tragédia que se abateu sobre o Povo Palestino, perseguido, massacrado e expulso da sua terra pelos novos ocupantes judeus.
A independência do Estado de Israel, proclamada unilateralmente em 14 de Maio de 1948, significou para os palestinos o início da devastação da sua sociedade, a eclosão de um drama individual e colectivo que perdura até aos nossos dias. Repartido o seu território pelo novel Estado judaico (na parte consagrada pela Resolução 181 das Nações Unidas, de 29 de Novembro de 1947), pelo reino da Jordânia (a Cisjordânia) e pelo Egipto (a Faixa de Gaza), os palestinos tornaram-se exilados na sua própria pátria, com a maioria das terras confiscadas e os direitos cívicos reduzidos ou eliminados.
No âmbito da comemoração do Ano Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino decretado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN), o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) e o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) realizaram, com o apoio da Câmara Municipal de Almada e da Inovinter,  um Seminário Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino no dia 29 de Novembro de 2014, no Fórum Municipal Romeu Correia, em Almada.
Neste documento reunimos os textos de todas as intervenções feitas neste Seminário:.
José Gonçalves – Almada estará sempre do lado do povo palestino porque Almada está do lado certo
Hikmat Ajjuri — Reconhecer o Estado da Palestina é reconhecer a solução dos «dois estados»
Maria do Céu Guerra — Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar!
O relatório anual dos Chefes de Missão dos países da UE representados em Jerusalém e Ramallah, referente a 2014, está a ser apreciado pelos Ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros mas alguns meios de informação tiveram acesso a ele e divulgam as suas linhas principais.
O relatório é particularmente contundente no que respeita à situação em Jerusalém, considerando que a cidade atingiu um ponto de radicalização e de violência que não eram vistos desde 2005 e responsabiliza por isso a sistemática construção de colonatos em zonas sensíveis, a tensão no complexo da Haram Al-Sharif / Monte do Templo, a violência exercida pela polícia e os despejos e demolições de habitações palestinas.
Em Março de 1976, as autoridades israelitas anunciaram a expropriação de grandes extensões de terras palestinas por “motivos de segurança” e para a construção de colonatos. No dia 30 desse mês, uma greve geral e grandes manifestações de protesto sacudiram as localidades palestinas em território do Estado de Israel. Na repressão sangrenta que se seguiu, seis palestinos foram mortos pelas autoridades de Israel e centenas foram presos ou feridos. Desde então, o dia 30 de Março ficou conhecido como o Dia da Terra, uma data que simboliza a luta do povo palestino pelo direito aos seus lares, às suas terras de cultivo, à sua Pátria.
O MPPM assinalou o Dia da Terra 2015, no dia 30 de Março, com uma Sessão Pública de Solidariedade com a Palestina, no Clube Estefânia, em Lisboa.

No Dia Internacional dos Direitos Humanos, neste Ano Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, soldados israelitas assassinaram o Ministro da Autoridade Palestina e dirigente da Fatah Ziad Abu Ein enquanto participava numa iniciativa não violenta assinalando a data. O Ministro Abu Ein era responsável pela pasta dos Colonatos e do Muro de Anexação.

A iniciativa, que decorria na aldeia palestina de Turmusaya, situada a noroeste de Ramallah – uma aldeia que está cercada por colonatos ilegais e que é vítima frequente da violência e do terror dos colonos – consistia na plantação de oliveiras, simbolizando a esperança na paz e na justiça. No decurso da iniciativa, o Ministro Abu Ein foi alvo de agressões, por soldados israelitas, que viriam a resultar na sua morte.

Páginas

Subscreva Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas