Julgamento de Ahed Tamimi novamente adiado

O início do julgamento militar de Ahed Tamimi foi adiado até 13 de Fevereiro.
Ahed Tamimi passou na prisão o dia dos seus 17 anos, a 31 de Janeiro, já que um juiz militar ordenou que ela ficasse presa até ao fim do julgamento.
A advogada de Ahed, Gaby Lasky, declarou ao jornal The Times of Israel que o julgamento, que deveria ter começado a 31 de Janeiro, foi duas vezes adiado porque a acusação militar não apresentou provas. «Sem esses materiais não posso me preparar adequadamente para o julgamento», afirmou.
A jovem foi presa em 19 de Dezembro, dias após se ter tornado viral um vídeo em que dava uma bofetada a um soldado israelita para tentar afastá-lo do pátio da sua casa em Nabi Saleh, na Margem Ocidental ocupada. Pouco antes, um seu primo de 15 anos tinha sido atingido na cabeça com uma bala de borracha pelas forças de ocupação.
Tanto a mãe de Ahed, Nariman, como a sua prima Nur, de 20 anos, também foram presas. Nur foi solta sob fiança em 5 de Janeiro, mas Nariman permanece sob prisão.
Ahed Tamimi tem sido objecto em todo o mundo de manifestações de apoio que reclamam a sua libertação e a de todos os mais de 300 menores palestinos presos nas cadeias de Israel.
O B'Tselem (Centro de Informação Israelita para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados) recordou recentemente num comunicado: «Neste sistema, os juízes e procuradores são sempre militares, os réus são sempre palestinos e a taxa de condenações é de quase 100%. Este chamado sistema judicial é um dos mecanismos mais agressivos empregados no regime de ocupação de Israel. O seu objectivo não é servir a verdade e a justiça, mas sim preservar o controlo de Israel sobre o povo palestino. Isto é verdade em relação à a família Tamimi — e a milhares de outros.»
 
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