Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

Artigo publicado em Orient XXI em 19 de Julho de 2018 Esta declaração, lançada por professores da universidade norte-americana de Princeton e assinada por investigadores dos dois lados do Atlântico,  pede uma ruptura com a política de Donald Trump de apoio incondicional a Israel e à região para entrar no caminho da desnuclearização, o que implica que Telavive assine o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. O Médio Oriente está em agitação agora, possivelmente novamente à beira de uma grande guerra que poderia arrastar os Estados Unidos e a Rússia. O presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo nuclear de seis nações com o Irão, conhecido como Joint Comprehensive Plan of Action (Plano de Acção Integral Conjunto) ou JCPOA. Embora alguns de seus conselheiros o tenham aconselhado a não sair do acordo, ele trouxe para o seu gabinete conselheiros que são conhecidos por serem intransigentes em relação ao Médio Oriente e preferirem a mudança de regimes à reforma dos...

O Conselho Central Palestino (CCP), o segundo órgão mais importante da OLP — depois do Conselho Nacional Palestino —, afirmou na passada sexta-feira, 17 de Agosto, a sua forte rejeição do chamado «acordo do século», sublinhando que irá combatê-lo com todos os meios disponíveis. , Segundo relata a agência noticiosa oficial palestina Wafa, o Conselho considerou também que o governo estado-unidense é um parceiro do governo de ocupação israelita e que faz parte do problema e não da solução.
No comunicado final da sua 29.ª sessão ordinária, realizada na sede presidencial em Ramallah e presidida por Mahmoud Abbas, o Conselho Central sublinhou a continuação do corte de relações políticas com o governo dos EUA até que ele retire as suas decisões ilegais sobre Jerusalém, os refugiados e os colonatos.
Também sublinhou que a relação entre a Palestina e o governo de Israel como potência ocupante é uma relação baseada no conflito entre o povo palestino e seu Estado ocupado e a potência ocupante.
O...

Israel rejeitou um relatório apresentado na sexta-feira, 17 de Agosto, pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, delineando opções para fortalecer a protecção dos palestinos nos territórios ocupados por Israel.
O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, respondeu que «a única protecção que o povo palestino precisa é dos seus próprios dirigentes».
Guterres apresentou as suas propostas num relatório de 14 páginas, preparado a pedido da Assembleia Geral das Nações Unidas, na sequência da matança de palestinos pelas forças israelitas na Faixa de Gaza, que desde 30 de março, dia do início da «Grande Marcha de Retorno», se salda já em 171 mortos.
A Assembleia Geral pediu o relatório numa resolução adoptada em Junho — por 120 votos a favor, 8 contra e 45 abstenções — que condenava Israel por força excessiva contra os palestinos. A ONU tinha solicitado propostas para garantir «a segurança, a protecção e o bem-estar da população civil palestina sob a ocupação israelita, incluindo...

Dois palestinos foram mortos a tiro e dezenas foram feridos pelas forças armadas israelitas, que abriram fogo contra os manifestantes desarmados que participavam nos protestos da Grande Marcha do Retorno.
O Ministério da Saúde de Gaza anunciou que os mortos são Kareem Abu Fatayer, de 30 anos, e Sa'di Muammar, de 26, e que 270 manifestantes ficaram feridos, 60 dos quais por balas reais.
Cerca de 20 mil pessoas participaram nos protestos, na 21.ª sexta-feira consecutiva, que ocorreram a várias centenas de metros da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.
A Grande Marcha do Retorno exige o levantamento do bloqueio israelita à Faixa de Gaza, que dura há doze anos, e o direito de os refugiados e seus descendentes (que constituem três quartos da população do enclave) poderem retornar às terras de onde as forças sionistas os expulsaram, no quadro da limpeza étnica que acompanhou a criação do Estado de Israel, em 1948.
Desde o início dos protestos da Grande Marcha do Retorno, na Faixa...

Israel não autoriza uma mãe de Gaza a acompanhar o filho de 3 anos a um hospital da cidade de Nablus, na Cisjordânia ocupada, para tratamentos de cancro, relata o jornal israelita Haaretz.O Shin Bet (serviço de segurança interno israelita) invoca como razão que ela é parente em primeiro grau de um membro do Hamas, não podendo portanto sair da Faixa de Gaza. Inicialmente o pequeno Loay al-Khodari — que sofre de um sarcoma dos tecidos moles — foi levado pela tia, mas mais tarde esta ficou impedida pelo seu próprio estado de saúde. O menino perdeu dois tratamentos, em Junho e Julho, por não ter sido possível encontrar outro parente que o pudesse levar. A mãe, desesperada, recorreu a um apelo no Facebook, e uma mulher que não é familiar ofereceu-se para levar o menino aos tratamentos e foi autorizada a sair de Gaza.Não se trata de um caso isolado. Tem havido um aumento acentuado de casos em que Israel recusa autorizações de saída devido a «parentesco com uma pessoa do Hamas». No final de...

Dez toneladas de cartas e pacotes, que durante anos Israel impediu de entrar na Cisjordânia ocupada, foram finalmente entregues. Alguns dos artigos têm oito anos.
O correio, que vai desde 2010 até este ano, foi impedido por Israel de entrar na Cisjordânia através da Jordânia. Foi agora autorizada a sua entrada ao abrigo de um acordo único, informaram as autoridades palestinas.
Os artigos retidos e agora entregues vão desde simples cartas até medicamentos e mesmo cadeiras de rodas para deficientes físicos.
O ministro das Telecomunicações palestino, Allam Mousa, acusou Israel de ter bloqueado a entrega e de atrasar a aplicação de um acordo de 2016 que permitiria a recepção de artigos postais directamente pelos correios palestinos.
Israel controla tudo o que entra e sai dos territórios palestinos ocupados, e são os correios de Israel que separam o correio destinado à Cisjordânia e à Faixa de Gaza. É frequente a proibição de entrada de artigos, invocando «motivos de segurança».
Esta...

O ataque que em 2014 matou quatro crianças palestinas que brincavam na praia em Gaza foi cometido por um drone israelita armado, revelou o site noticioso The Intercept, com base num relatório da polícia militar israelita. O relatório, que era confidencial e esteve oculto do público até agora, confirma que os quatro rapazinhos foram visados por um drone armado que os confundiu com combatentes do Hamas. Os quatro rapazinhos palestinos — os primos Ismayil Bahar, de 9 anos, Aed Bahar, de 10, Zacharia Baha, de 10, e Muhammed Bahar, de 11 — foram mortos em 16 de Julho de 2014. O relatório revelado pelo The Intercept inclui depoimentos de operadores de drones, comandantes e agentes de informações israelitas que participaram no ataque. Segundo o relatório, uma figura foi vista a entrar num contentor que tinha sido alvo de um ataque israelita no dia anterior. Os militares israelitas atacaram então o contentor com um drone armado, que matou a primeira criança. Foi depois lançado um segundo...

Dois palestinos foram mortos e 307 foram feridos esta sexta-feira pelas forças armadas israelitas perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, segundo informações do Ministério da Saúde de Gaza.Os dois mortos palestinos, vítimas de balas reais, são o paramédico voluntário Abdullah Al-Qatati, de 26 anos, e Saeed Aloul, de 55 anos. Em Junho, uma outra paramédica voluntária, a jovem Razan al-Najjar, foi morta a tiro enquanto tratava palestinos feridos pelas forças israelitas. Dos feridos, 131 foram levados para os hospitais, tendo 85 sido feridos por fogo real. Cinco estão atualmente em estado grave. Entre os feridos também se encontram mais cinco paramédicos e dois repórteres.Milhares de manifestantes reuniram-se por volta das 14h00 em cinco locais ao longo da vedação, na 20.ª semana consecutiva dos protestos da Grande Marcha do Retorno. Os protestos de hoje ocorreram após dois dias de aéreos e de artilharia israelitas contra o enclave palestino sitiado, a que forças da...

Nas últimas 24 horas as forças israelitas agudizaram a sua agressão contra a Faixa de Gaza cercada.
Segundo fontes militares israelitas, as forças armadas do Estado sionista atingiram 150 locais no território costeiro palestino, afirmando que se tratou de alvos ligados ao Hamas.
Um dos alvos atingidos foi um edifício de cinco andares no campo de refugiados de al-Shati, na cidade de Gaza. Ficaram feridos 18 palestinos. Israel alegou que o prédio era usado pelas forças de segurança interna do Hamas, mas na realidade o prédio abrigava o Centro Cultural al-Meshaal e também uma biblioteca e serviços destinados às mulheres egípcias rsidentes em Gaza.
Pelo menos três palestinos, incluindo uma mulher grávida e o seu filho de 18 meses, foram mortos pelos ataques aéreos e de artilharia israelitas.
A escalada iniciou-se na passada terça-feira, quando dois militares das Brigadas Ezzedine al-Qassam (ramo armado do movimeto Hamas) foram mortos por tiros de tanque de Israel. As próprias forças...

A Marinha israelita capturou na madrugada de sábado o veleiro sueco Freedom (Liberdade), o segundo barco da Flotilha da Liberdade que procura romper o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza. Transportando ajuda humanitária, o Freedom foi apresado quando se encontrava a cerca de 40 milhas náuticas (74 km) da costa do território palestino. Os 12 ocupantes da embarcação foram levados para o porto israelita de Ashdod, prevendo-se que sejam posteriormente deportados. Já no domingo passado a Marinha israelita tinha apresado, a 50 milhas náuticas do enclave, um outro barco da Flotilha da Liberdade, o Al Awda (O Retorno), de bandeira norueguesa, a bordo do qual viajavam 22 pessoas. As forças armadas de Israel afirmam que actuaram de acordo com o direito internacional, mas as águas territoriais estendem-se apenas até às 12 milhas náuticas, mais uma zona de inspecção contígua equivalente. Ou seja, tratou-se  de facto de um acto de pirataria pondo em causa a liberdade de navegação.As...