Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

A aldeia beduína de al-Araqib, na região do Negev/Naqab (Sul de Israel), foi na manhã de hoje novamente demolida por escavadoras israelitas. Trata-se da 130.ª vez que a aldeia é demolida desde 27 de Julho de 2010, sob o pretexto de que está construída numa terra que é «propriedade estatal» israelita.
No entanto, crónicas e documentos históricos provam que a aldeia foi construída durante a época otomana em terras compradas nessa época pelos moradores da aldeia.
O exército israelita forçou os habitantes da aldeia a abandonarem as suas tendas e barracas, deixando-os sem tecto. Foram demolidas todas as estruturas residenciais e agrícolas da aldeia.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, advertiu a Casa Branca contra as «alternativas e ilusões» que visam impedir a criação de um Estado palestino. 
Abbas reagia a uma entrevista hoje publicada de Jared Kushner, assessor do presidente Donald Trump, ao jornal palestino Al Quds, na qual ameaçava que o «acordo de paz» anunciado pelos EUA seria publicado com ou sem a participação dos palestinos. «Se o presidente Abbas estiver pronto para voltar à mesa de negociações, então estamos prontos para participar na discussão, mas se não for o caso, vamos tornar público o plano», que estaria pronto em breve, afirmou Kushner, acrescentando que Abbas «teme que publiquemos o nosso plano de paz e o povo palestino realmente goste dele». 
A entrada do veleiro Freedom estava prevista para a noite de ontem, mas à última hora surgiu a proibição da Marina de Cascais que pretendia ainda a saída do Al-Awda. Foram precisas doze horas de negociações, com avanços e recuos, para que, finalmente, as duas embarcações se juntassem. Mais uma vez, a força da solidariedade derrotou o braço longo do sionismo.
Membros da tripulação, com representantes das organizações que acolhem a Flotilha da Liberdade em Portugal e o vice-presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Palestina, deputado Ivan Gonçalves vão estar hoje às 18.30 horas, na Associação José Afonso, Rua de São Bento, 170, em Lisboa, para uma sessão pública que contará com a actuação do Coro da Achada.
O presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, recebeu hoje de manhã os membros da Flotilha da Liberdade Zohar Chamberlain Regev, israelita, coordenadora da Flotilha; Awni Farhat, palestino, natural de Gaza; e Carlos Ponte, médico de Oviedo, Espanha. Acompanharam-nos, em representação das organizações que acolhem a Flotilha em Portugal, Carlos Almeida, do MPPM, e Natasha Ribeiro, do GAP.
 
 
O navio Al-Awda (O Regresso) que, com o veleiro Freedom (Liberdade), integra a Flotilha da Liberdade 2018 — Rumo a Gaza, atracou hoje na Marina de Cascais. Todavia, quem ali se deslocou para saudar a tripulação, à semelhança do que tem sido feito em todos os outros portos da Europa por onde tem passado, foi impedido de o fazer, tendo que se reunir no exterior da Marina. Também os jornalistas foram impedidos de colher fotografias da embarcação. A situação é tanto mais absurda quanto a Vila de Cascais é geminada com Gaza!
Os barcos Freedom (Liberdade) e Al-Awda (O Retorno), que integram a Flotilha da Liberdade 2018, vão ser acolhidos na Marina de Cascais amanhã, 19 de Junho, às 17h. A Flotilha da Liberdade pretende navegar até Gaza para romper o desumano bloqueio a que Israel sujeita o pequeno território palestino.
Até dia 22, realizam-se na zona de Lisboa uma série de acontecimentos [https://www.facebook.com/MPPM.Movimento.Palestina/photos/a.2161335350730... animados pelos membros da Flotilha e várias organizações portuguesas, incluindo o MPPM, para exigir o fim do bloqueio à Faixa de Gaza e reclamar o direito a um futuro justo para a Palestina.
Flotilha da Liberdade impedida de atracar em Paris
Flotilha da Liberdade impedida de atracar em Paris
As autoridades israelitas renovaram pela terceira vez consecutiva a detenção administrativa de Khalida Jarrar, dirigente da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), deputada ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento), onde encabeça o comité de presos, e representante palestina no Conselho da Europa.
A renovação da detenção administrativa ocorre duas semanas antes da data em que Khalida Jarrar deveria ser libertada. Presa em 2 de Julho de 2017, a sua detenção foi renovada por seis meses no final de Dezembro de 2017, devendo terminar em 30 de Junho de 2018. Anteriormente já tinha sido detida em 2015, passando 14 meses nas prisões israelitas.
A Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou ontem, 13 de Junho, uma resolução condenando Israel pelas mortes de civis palestinos na Faixa de Gaza sitiada. Trata-se de uma pesada derrota diplomática para Israel e o seu principal aliado, os Estados Unidos.
A resolução, apresentada pela Argélia e pela Turquia em nome dos países árabes e muçulmanos, obteve uma esmagadora maioria dos 193 membros da ONU, com 120 votos a favor, apenas 8 votos contra ( Estados Unidos, Israel, Austrália, Ilhas Marshall, Micronésia, Nauru, Ilhas Salomão e Togo) e 45 abstenções. Portugal votou favoravelmente.
No próximo dia 19 de Junho vai entrar em vigor uma nova ordem militar israelita que fará avançar ainda mais o projecto de colonização e anexação da Cisjordânia ocupada, procurando esvaziar de palestinos a área C da Cisjordânia, que cobre 60% da sua superfície. 
A Ordem 1797 revoga na prática o direito jordano até agora vigente em toda a Cisjordânia. Além disso, a ordem aumenta o poder da Administração Civil (organismo do Ministério da Defesa de Israel que administra as questões civis na Cisjordânia ocupada) e afasta os tribunais do processo, eliminando assim o direito a uma audiência e a um recurso.
A Ordem 1797 tem por objecto a demolição de novas construções e foi emitida pelo Coordenador das Actividades Governamentais nos Territórios Ocupados (COGAT), organismo sob o controlo directo do Ministério da Defesa de Israel. 
Uma pequena frota de 4 barcos dirige-se à Faixa de Gaza para tentar quebrar o bloqueio ilegal que Israel lhe impõe há mais de uma década e para reclamar o direito a um futuro justo para a Palestina. Os barcos fazem escala em diferentes portos europeus, estando prevista a chegada de um deles à Marina de Cascais no próximo dia 19 de Junho.
O Hurriyah (Liberdade), um dos barcos, que partiu da Suécia rumo à Palestina, deixou o porto britânico de Brighton na passada sexta-feira. A tripulação de flotilha e activistas locais realizaram várias actividades em Brighton durante três dias para informar sobre o desumano bloqueio a Gaza. O Hurriyah dirigiu-se depois para o porto francês de La Rochelle.

Páginas

Subscreva Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas