Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

Um cessar-fogo foi alcançado na Faixa de Gaza este sábado após uma vaga de dezenas ataques aéreos e terrestres israelitas na sexta-feira.
Os ataques israelitas ocorreram após um militar israelita ter sido atingido mortalmente perto da vedação que isola a Faixa de Gaza. Trata-se do primeiro militar israelita a ser morto em torno do pequeno enclave palestino desde a agressão israelita de 2014.
Na sexta-feira quatro palestinos foram mortos pelos ataques israelitas, enquanto mais de 200 pessoas ficaram feridas em mais uma jornada de protestos integrada na Grande Marcha do Retorno.
O cessar-fogo foi quebrado logo no próprio sábado, quando tanques de Israel atingiram um ponto de observação do Hamas a leste da Cidade de Gaza, causando um incêndio e destruindo o local. Este novo ataque israelita a Gaza terá acontecido depois de um grupo de palestinos ter franqueado a vedação que isola a Faixa de Gaza e sabotado um posto israelita, voltando depois para Gaza.
Os ataques israelitas de sexta...

O MPPM denuncia a excepcional gravidade da lei «Israel como Estado-Nação do Povo Judeu», aprovada pelo parlamento israelita (Knesset) na madrugada de 19 de Julho. Esta «lei básica», ou seja, de natureza constitucional, confirma o carácter confessional e segregacionista do Estado de Israel, sublinhando a desigualdade dos cidadãos árabes palestinos relativamente aos cidadãos judeus. A lei prescreve que «o Estado de Israel é o lar nacional do povo judeu» e que «o direito de exercer a autodeterminação nacional no Estado de Israel é exclusivo do povo judeu». O conjunto dos judeus do mundo inteiro, mesmo não residindo em Israel nem sendo cidadãos deste país, goza assim de direitos que são negados aos cerca de 20% da população do país – nas fronteiras do armistício de 1949 – que são os seus cidadãos árabes palestinos, ou seja, os descendentes da parte da população originária palestina que não foi expulsa em 1948. Além disso, a lei define que «a língua do Estado é o hebraico», retirando à...

Sujeito ao bloqueio israelita (com a colaboração do Egipto) desde 2007, o pequeno território palestino, onde dois milhões de pessoas vivem em apenas 365 km2, atravessa uma crise humanitária cada vez mais profunda. Quase 80% da população é forçada a contar com a assistência humanitária para cobrir suas necessidades básicas, incluindo alimentos, e a taxa de desemprego é de 49%. Os ataques aéreos e o encerramento do posto de passagem são uma retaliação, afirma Israel, pelos papagaios-de-papel que provocaram incêndios em algumas áreas de Israel adjacentes a Gaza, sem, no entanto, causarem quaisquer vítimas. Argumento risível, tão grande é a desproporção de meios relativamente ao sofisticado armamento que Israel não hesita em empregar. Esta punição colectiva, aplicada a toda a população da Faixa de Gaza, constitui um crime de guerra à luz do direito humanitário internacional e é interdita nomeadamente pela IV Convenção de Genebra. Os crimes de Israel contra a população palestina da Faixa de...

Neste dia em que França e Croácia disputaram a final do Campeonato do Mundo de Futebol, imagine-se que Kylian Mbappé, o influente jogador francês, tinha sido atingido numa perna ao regressar a casa depois de um treino.Ou que Luka Modric, o mais talentoso jogador croata, tinha sido detido e encarcerado sem acusação enquanto viajava para se juntar à sua equipa.Estes cenários imaginados, replicam as histórias de Jawhar Nasser Jawhar e Mahmoud Sarsak, dois futebolistas palestinos cujas carreiras foram cortadas cerce pela ocupação israelita.Esta infografia de «Visualizing Palestine» ilustra os casos destes e outros futebolistas palestinos afectados pelas violações de direitos humanos praticadas por Israel. «Visualizing Palestine» disponibiliza um ficheiro com informações relativas a violações de direitos humanos documentadas cometidas sobre 56 jogadores palestinos aqui.

Israel lançou neste sábado os seus maiores ataques aéreos contra a Faixa de Gaza desde a guerra de 2014. Segundo o diário israelita Haaretz, os militares do Estado sionista atingiram mais de 40 alvos do Hamas em toda a Faixa de Gaza no espaço de 24 horas.
Foram mortos dois rapazes palestinos, de 15 e 16 anos, ficando feridas outras 12 pessoas, quando aviões militares israelitas bombardearam um prédio vazio na cidade de Gaza na noite de sábado.
«As forças armadas israelitas desferiram o golpe mais forte contra o Hamas desde [a guerra de Gaza em 2014] e vamos aumentar a intensidade dos nossos ataques conforme necessário», declarou Netanyahu num vídeo.
Em resposta, na madrugada de sábado a resistência palestina disparou mais de 190 rockets e morteiros contra postos militares e povoações israelitas em redor da Faixa de Gaza, 37 dos quais foram interceptados pelo sistema de defesa antimísseis israelita Iron Dome.
O Hamas sublinhou a resposta imediata e forte da resistência palestina aos...

As forças israelitas mataram hoje, sexta-feira, um adolescente palestino na Faixa de Gaza, quando participava numa manifestação desarmada da Grande Marcha do Retorno, que se iniciou há mais de 100 dias.
O Ministério da Saúde de Gaza identificou o rapaz assassinado como Othman Rami Heles, de 15 anos, acrescentando que ele tinha sido morto a tiro por atiradores especiais israelitas que guardam a vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.
Segundo o ministério, às 19h locais registavam-se ainda 68 manifestantes feridos pelas forças israelitas, que dispararam balas reais e granadas de gás lacrimogéneo.
Cerca de 30.000 manifestantes terão participado nos protestos, que se realizaram em cinco locais ao longo da vedação de isolamento da Faixa de Gaza. As manifestações de hoje tiveram lugar sob o signo da solidariedade com os habitantes de Khan al-Ahmar, uma aldeia beduína da Cisjordânia que Israel quer demolir totalmente.
O jovem Othman Rami Heles é o 138.º palestino morto pelas forças...

O MPPM condena a anunciada intenção de Israel de expulsar a comunidade palestina beduína de Khan al-Ahmar e demolir as suas estruturas, transferindo compulsivamente os seus habitantes.

A acção israelita configura uma flagrante e grosseira violação do direito internacional, nomeadamente da IV Convenção de Genebra, que proíbe a transferência forçada da população civil de um território ocupado.

A destruição de Khan al-Ahmar faz parte de um quadro mais vasto. Por um lado, trata-se de uma das comunidades palestinas que Israel quer expulsar do chamado Corredor E1, o qual permitiria estabelecer uma continuidade territorial entre Jerusalém e Ma’ale Adumim, o maior dos colonatos israelitas ilegais na Cisjordânia ocupada, com 40.000 habitantes.

Insere-se também no alargamento da colonização israelita, anexando a Jerusalém os colonatos adjacentes de Ma'ale Adumim, Givat Zeev, Beitar Illit e Gush Etzion, o que de um dia para o outro consolidaria a «judaização» da cidade e isolaria Jerusalém...

Um manifestante palestino foi morto e pelo menos 396 pessoas foram feridas pelas forças israelitas que atacaram os participantes na 15.ª sexta-feira consecutiva dos protestos não violentos da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação de arame farpado com que Israel isola a Faixa de Gaza.
Mohammad Jamal Abu Halima, de 22 anos, foi morto por fogo de artilharia que visou a multidão de manifestantes.
Segundo fontes médicas, pelo menos 396 manifestantes palestinos foram feridos por balas reais ou sofreram sufocações devido à inalação de gás lacrimogéneo. Foram internadas em hospitais 119 pessoas, incluindo 57 casos de ferimentos por balas. Registaram-se também feridos entre o pessoal de saúde e jornalistas.
«As manifestações serão não violentas, com o objectivo de romper o cerco injusto de Israel e cancelar o acordo do século do presidente dos EUA, Donald Trump», sublinhou a comissão organizadora da Grande Marcha do Regresso no apelo para a manifestação. «Dar continuidade às manifestações...

Milhares de mulheres palestinas manifestaram-se na tarde da passada de terça-feira perto da vedação que isola a Faixa de Gaza cercada de Israel, reclamando o direito ao retorno dos refugiados palestinos. Pelo menos 134 mulheres foram feridas por balas reais e gás lacrimogéneo disparados pelas forças israelitas. O Ministério da Saúde de Gaza informou que entre os feridos se encontravam trabalhadores da comunicação social que cobriam o acontecimento. Tratou-se da primeira manifestação de massas de mulheres na Faixa de Gaza desde que em 30 de Março se iniciaram no pequeno território palestino os protestos populares da Grande Marcha do Retorno, exigindo o direito de regresso dos refugiados e seus descendentes aos locais de onde foram expulsos em 1948, durante a violenta campanha sionista de limpeza étnica que acompanhou a criação e de Israel e que se traduziu pela expulsão de mais de 750 000 palestinos. Os protestos visam também o bloqueio a que há mais de uma década a Faixa de Gaza é...

Dezenas de palestinos, acompanhados por activistas dos direitos humanos israelitas e internacionais, protestaram hoje em Khan al-Ahmar e nas suas redondezas, enquanto forças israelitas começavam os preparativos para destruir a aldeia beduína, na Cisjordânia ocupada, apesar dos apelos internacionais para a não concretização do plano.Moradores e activistas agitaram bandeiras palestinas e subiram às escavadoras, tentando impedir a demolição. O Crescente Vermelho palestino informou que 35 pessoas ficaram feridas e quatro foram levadas para o hospital.A organização israelita B'Tselem (Centro de Informação para os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados) relatou que foram presas nove pessoas.Os incidentes de hoje surgem depois de representantes da Administração Civil de Israel (órgão do Ministério da Defesa israelita encarregado da administração dos territórios palestinos ocupados) terem na noite de ontem afixado avisos alertando os habitantes da aldeia para a sua expulsão iminente. Na...