Dezenas de palestinos presos em Jerusalém Oriental ocupada

A polícia militar de Israel prendeu na segunda-feira dezenas de palestinos em Jerusalém Oriental ocupada, numa operação contra membros do movimento Fatah e forças de segurança da Autoridade Palestina (AP).

Forças israelitas prenderam 32 palestinos, após invadirem as suas casas, e apreenderam dinheiro, documentos, fotografias, credenciais, fardas e munições fornecidas pela polícia palestina.

Os detidos são acusados de fazerem parte das forças de segurança da AP.

A presença da Autoridade Palestina em Jerusalém não é nova, e é bem conhecido que há moradores da cidade que trabalham nas forças de segurança da AP. No território da Cisjordânia existe um governorado (distrito) de Jerusalém, uma parte do qual está incluída no município israelita de Jerusalém.

A vaga de prisões faz parte das tentativas de Israel para controlar totalmente Jerusalém Oriental, que Israel anexou ilegalmente em 1980 e que o direito internacional considera um território ocupado. As autoridades israelitas na cidade queriam cortar quaisquer laços entre a Autoridade Palestina e Jerusalém Oriental.

As prisões de hoje ocorrem depois de no sábado a polícia israelita prender Adnan Ghaith, o governador palestino do governorado de Jerusalém, pela segunda vez nos últimos meses, o que provocou protestos de cidadãos palestinos na rua Salah al-Din, em Jerusalém Oriental. 

Segundo a comunicação social israelita, as autoridades sionistas estão a investigar o governador palestino devido à detenção pela AP, em Outubro, de um homem acusado de participar na venda de propriedades em Jerusalém Oriental a um colono judeu. As vendas aos colonos israelitas são consideradas uma traição pelos palestinos, já que contribuem para a judaização de Jerusalém e para a correspondente limpeza étnica da população palestina.

Neste momento Israel prossegue essa limpeza étnica, ampliando grandemente a área do município israelita de Jerusalém, de modo a abarcar zonas de povoamento palestino, cujos habitantes se prevê expulsar. A cidade que os palestinos reivindicam como capital do seu futuro Estado independente ficará assim inteiramente judaizada e separada do resto do território palestino.

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