Artistas portugueses contra a realização do Festival da Eurovisão em Israel

«Eurovisão não combina com apartheid!», dizem vários artistas portugueses em carta aberta dirigida à RTP. Os signatários apelam ao boicote da participação de Portugal no Festival da Eurovisão da Canção, que vai decorrer em Israel em 2019, sendo a RTP a responsável pela escolha do representante português.

Entre os artistas signatários contam-se a escritora Alexandra Lucas Coelho, a artista plástica Joana Villaverde, a cantora Francisca Cortesão, os actores João Grosso, Maria do Céu Guerra e Manuela de Freitas, a pintora Teresa Dias Coelho, a cineasta Susana Sousa Dias e o fotógrafo Nuno Lobito, e também o músico José Mário Branco e o director artístico do Teatro Nacional D. Maria II, Tiago Rodrigues.

«Israel declarou-se efectivamente um Estado de apartheid ao adoptar este ano a “Lei do Estado-Nação Judeu”. Aos seus cidadãos palestinianos é agora negada constitucionalmente a igualdade de direitos», afirmam os artistas signatários, que prosseguem: «não queremos tornar-nos cúmplices das violações dos direitos humanos do povo palestiniano. Queremos antes chamar a atenção do mundo para a colonização, que a cada ano se torna mais violenta».

A concluir, a carta aberta pede à RTP «que aja dentro da EBU-União Europeia de Radiodifusão para que o festival seja transferido para um país onde crimes de guerra –incluindo assassinatos de jornalistas – não são cometidos e, caso contrário, se retire completamente do Festival de 2019».

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