Um palestino foi morto e pelo menos 30 outros foram feridos este sábado na aldeia de Al-Mughayyir, perto de Ramala, na Cisjordânia ocupada.
O responsável pelos tiros fatais é um colono do posto avançado de Adei Ad, acreditam as forças armadas israelitas, segundo noticia o jornal Haaretz. Um porta-voz do próprio posto avançado confirma que os colonos dispararam balas reais.
Os colonatos israelitas no território palestino ocupado dispõem, com a bênção das autoridades militares sionistas, de «equipas de segurança», na realidade milícias armadas praticamente sem controlo. Os postos avançados são colonatos criados sem aprovação oficial do governo israelita e considerados ilegais pelo direito israelita (todos e cada um dos colonatos israelitas nos territórios palestinos ocupados são considerados ilegais pelo direito internacional), mas que apesar disso beneficiam das infra-estruturas e da protecção militar do Estado sionista. São habitados por colonos extremistas, responsáveis por numerosos...
Um adolescente palestino de 16 anos foi morto por fogo israelita durante protestos na Cisjordânia ocupada esta sexta-feira, informou o Ministério da Saúde palestino. Soldados isreaelitas estacionados numa torre de observação militar dispararam fogo real, matando o jovem Ayman Hamed com um tiro no peito e ferindo um outro jovem, durante um protesto perto da aldeia de Silwad, a norte de Ramala.
Por outro lado, o Ministério da Saúde de Gaza informou que um palestino de 25 anos, Ehab Attallah Hussein Abed, foi morto com um tiro no peito por um atirador de elite das forças israelitas, registando-se 22 feridos, incluindo um paramédico e um jornalista. Milhares de pessoas participaram hoje, perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza, na 44.ª sexta-feira consecutiva das manifestações da Grande Marcha do Retorno.
Os manifestantes da Grande Marcha do Retorno exigem o direito dos refugiados palestinos a regressarem às terras, na Palestina histórica, das quais foram expulsos em 1948, na...
«Não há região do Mundo onde a Paz e os Direitos Humanos estejam mais ameaçados que no Médio Oriente», afirmou Jorge Cadima na sessão realizada na Casa do Alentejo, em Lisboa, por iniciativa das organizações e entidades promotoras do Encontro pela Paz (Loures, 20 de Outubro de 2018) no quadro do 70º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Jorge Cadima, que falava em representação do MPPM, fundamentou a sua afirmação ilustrando-a com algumas notícias recentes:
- Um relatório do OCHA (Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários) divulgado no final de Dezembro passado revelava que um total de 295 palestinos foram mortos e mais de 29 000 foram feridos em 2018 pelas forças israelitas. Num outro relatório divulgado na mesma altura, a Comissão dos Presos Palestinos informava que em 2018 Israel deteve 6489 palestinos, incluindo 1063 crianças, 140 mulheres, seis parlamentares e 38 jornalistas, e emitiu também 988 ordens de detenção administrativa.
Nos últimos dois dias, forças do Serviço Prisonal de Israel invadiram a prisão de Ofer, perto da cidade de Ramala, na Cisjordânia ocupada, e atacaram os presos palestinos aí encarcerados.
As forças repressivas israelitas usaram balas de aço revestidas de borracha, bombas de gás lacrimogéneo, cães militares e bombas sonoras contra os presos. Foram também totalmente queimadas três celas.
Cerca de 150 presos foram feridos durante o ataque, incluindo pelo menos seis com ossos partidos e cerca de 40 outros que sofreram ferimentos na cabeça.
A maioria dos ferimentos foram causados por balas de aço revestidas de borracha, refere a Sociedade dos Presos Palestinos (PPS), e muitos dos presos foram transferidos para hospitais. Cerca de 20 permanecem hospitalizados.
Posteriormente várias unidades militares israelitas invadiram duas outras prisões, a prisão de Nafha na região de Negev/Naqab, no Sul de Israel, e a prisão de Gilboa, no Norte.
Trata-se do maior ataque aos presos palestinos em mais de uma...
O Ministério da Saúde na Faixa de Gaza alertou hoje para um desastre humanitário e sanitário sem precedentes neste território palestino depois de sete hospitais, incluindo dois hospitais pediátricos, terem sido forçados a suspender serviços por causa da falta de electricidade.
Mohammed Salmiya, que é chefe do Hospital Infantil al-Rantisi, declarou numa conferência de imprensa: «Pela primeira vez desde que Israel impôs o bloqueio à Faixa de Gaza, já não conseguimos fazer esforços suplementares para fazer funcionar os geradores eléctricos durante mais horas. … Temos no hospital de Al-Rantisi um departamento de diálise de 24 horas e um departamento para doentes com cancro. O tempo agora está frio e há ventos fortes. Não podemos manter o aquecimento ou outros serviços relacionados quando a corrente eléctrica pára. Estamos em risco de perder muitas vidas. Estamos a enfrentar uma grande crise.»
Ashraf al-Qedra, porta-voz do Ministério da Saúde, afirmou por sua vez: «Estamos a falar de centenas...
Milhares de palestinos participaram hoje na 43.ª sexta-feira consecutiva das manifestações da Grande Marcha do Retorno, junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. Pelo menos 30 manifestantes foram feridos por tiros do exército israelita, informa o Ministério da Saúde de Gaza.
O ministério acrescenta que dois jornalistas e três paramédicos também ficaram feridos ao serem atingidos por bombas de gás lacrimogéneo.
Desde o início da Grande Marcha do Retorno, em 30 de Março de 2018, o exército sionista já matou 258 palestinos e feriu 26 000, dos quais 500 se encontram em estado crítico, segundo dados do Palestinian Information Center.
Os manifestantes da Grande Marcha do Retorno exigem o direito dos refugiados palestinos de regressarem às terras, na Palestina histórica, das quais qual foram expulsos em 1948 na grande campanha de limpeza étnica levada a cabo pelas forças sionistas por ocasião da criação de Israel.
Exigem também o fim do bloqueio por Israel (com a colaboração do...
A Autoridade Palestina reagiu a notícias acerca do conteúdo do chamado «acordo do século» dos EUA declarando que «qualquer plano de paz que não inclua um Estado palestino independente com Jerusalém Oriental como capital nas fronteiras de 1967 está destinado a falhar».
O porta-voz da presidência da AP, Nabil Abu Rudaineh, reiterou que qualquer solução visando uma paz justa e duradoura «tem de basear-se nas resoluções internacionais e no princípio da solução de dois Estados».
Segundo anunciou na quarta-feira a estação televisiva israelita Reshet 13, citando uma fonte que teria sido informada por um alto funcionário dos EUA, o «plano de paz» do presidente Donald Trump proporia um Estado palestino em 85% a 90% da Cisjordânia ocupada, com capital em Jerusalém Oriental, mas sem incluir os seus locais sagrados.
Segundo o canal israelita, o plano contemplaria a anexação por Israel dos blocos de colonatos judaicos (todos eles considerados ilegais pelo direito internacional) na Cisjordânia. Os...
Os tribunais militares de Israel impuseram multas no valor de 60 milhões de shekels (14 milhões de euros) aos palestinos da Cisjordânia ocupada entre 2015 e 2017.
O jornal israelita Haaretz, que publicou a notícia, diz não se tratar de um caso excepcional. Com efeito, em 2011 as multas totais impostas aos palestinos pelos tribunais militares israelitas — a Cisjordânia está submetida a regime militar desde que foi ocupada por Israel, em 1967 — atingiram cerca de 13 milhões de shekels (3 milhões de euros), de acordo com números obtidos pelo jornal.
O Haaretz ilustra com alguns exemplos a arbitrariedade das multas — um instrumento repressivo da ocupação israelita muito penalizante para a população palestina, na sua generalidade com rendimentos muito baixos: o salário mínimo na área administrada pela Autoridade palestina é de 345 euros, mas muita gente nem isso recebe.
Um residente de Beit Ummar foi condenado em Dezembro de 2018 por atirar uma pedra contra as forças de ocupação israelitas de...
O MPPM — Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente saúda e associa-se à Semana Internacional pela Liberdade de Ahmad Sa’adat, que decorre entre 15 de 22 de Janeiro. Ahmad Sa’adat, que é deputado ao Conselho Legislativo Palestino (parlamento), foi condenado a 30 anos de prisão em Dezembro de 2008 por um tribunal militar israelita, acusado de dirigir uma «organização terrorista ilegal», ou seja, por ser um dirigente da resistência palestina à ocupação e repressão sionistas — secretário-geral da Frente Popular para a Libertação da Palestina — eleito após o secretário-geral anterior ter sido assassinado por Israel. Mesmo dentro das prisões Ahmad Sa’adat prosseguiu a luta, participando em todas as greves da fome, protestos e lutas do movimento dos presos políticos palestinos. Esteve sujeito a mais de três anos de prisão solitária, até que em 2012 uma greve da fome maciça obteve o seu retorno ao regime prisional geral. Ahmad Sa’adat e outros destacados...
Soldados israelitas mataram hoje uma mulher palestina — a primeira vítima do ano — durante protestos perto da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza. Pelo menos outras 25 pessoas foram feridas, incluindo um jornalista e um paramédico, durante a 42.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno.
Amal al-Taramsi, de 43 anos, foi baleada na cabeça pelas forças israelitas, que usaram fogo real e balas de aço revestidas de borracha para reprimir os manifestantes.
Uma testemunha ocular citada pelo jornal britânico The Independent afirmou que Amal al-Taramsi se encontrava a cerca de 150 metros da vedação quando foi baleada: «Ela recebeu uma bandeira de um jovem, e antes de se mexer soaram três tiros... Ela caiu.»
Cerca de 12 000 pessoas participaram no protesto desta sexta-feira, que decorreu sob o lema «A nossa firmeza quebrará o cerco».
Também hoje, tanques israelitas estacionados perto da vedação que encerra a Faixa de Gaza bombardearam dois postos da resistência palestina. Não há...