Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

O Comité Executivo da OLP denuncia, em comunicado hoje publicado, a inauguração de um túnel escavado sob o bairro palestino de Silwan, em Jerusalém Oriental ocupada, com a participação de altos responsáveis dos EUA.

A escavação é promovida pela «Fundação Cidade de David», organização sionista que visa a colonização judaica em Jerusalém Oriental ocupada.

Na pomposa inauguração participaram o embaixador dos EUA, David Friedman, e o enviado especial de Trump para o Médio Oriente, Jason Greenblatt. Ambos são apoiantes abertos e entusiastas da direita israelita e do projecto dos colonatos.

O Comité Executivo da OLP considera que a sua participação constitui «conivência criminosa no cometimento de um crime de guerra».

«Tais ações incendiárias são uma provocação directa e um ataque ao status quo histórico na cidade; são também uma violação dos direitos dos palestinos e do direito internacional», prossegue o comunicado. «A administração dos EUA emparceirou com as organizações fundamentalistas dos...

Pelo segundo dia consecutivo, esta sexta-feira o bairro de  Issawiya, em Jerusalém Oriental ocupada, ergueu-se em revolta contra o assassínio de um jovem pelas forças repressivas israelitas.

Na quinta-feira, Mohammed Samir Obaid, de 20 anos, foi baleado no peito e no coração pela polícia israelita durante um protesto, vindo a sucumbir aos ferimentos no início da sexta-feira.

A polícia israelita afirma que os seus agentes dispararam depois de Obaid lhes ter atirado petardos, o que é desmentido por testemunhas no local, que negam terem sido lançados quaisquer petardos. Pelo contrário,
um soldado que se encontrava a 10 metros de Obaid pegou na arma e correu atrás do jovem, antes de disparar contra ele.

As forças israelitas apossaram-se do corpo do jovem e recusam-se a devolvê-lo à família.

Durante a adolescência Obaid passou quatro anos nas prisões israelitas pelas suas actividades contra a ocupação. O seu pai e irmã também são antigos presos políticos.

Nesta sexta-feira o campo de refugiados...

Milhares de palestinos protestaram nesta terça-feira na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza cercada contra o lançamento do «plano de paz» do governo dos EUA para o Médio Oriente. Cerca de 3000 pessoas manifestaram-se em Nablus, no norte da Cisjordânia, registando-se também manifestações em Ramala e Hebron. Na Faixa de Gaza foi convocada uma greve geral e a maioria das lojas e restaurantes fecharam. Numa conferência de dois dias no Barém, iniciada na terça-feira, os EUA propõem-se apresentar um conjunto de propostas económicas, alegadamente com o objectivo de abrir caminho para um processo de paz entre israelenses e palestinos. A apresentação da parte política do plano vem a ser sucessivamente adiada, estando agora anunciada para depois das eleições israelitas de Setembro. Contudo, está posta de parte a hipótese de os planos estado-unidenses contemplarem uma solução justa para a questão israelo-palestina. Em entrevista concedida à estação televisiva Al-Jazeera, Jared Kushner...

Pelo menos 79 palestinos foram feridos pelas forças israelitas, que mais uma vez abriram fogo contra os manifestantes desarmados que participavam na 63.ª sexta-feira consecutiva dos protestos da Grande Marcha de Retorno, ao longo da vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.

Segundo o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, entre os feridos encontram-se também paramédicos que prestavam assistência aos manifestantes.

As manifestações têm-se realizado semanalmente desde 30 de Março do ano passado, exigindo o fim do bloqueio à Faixa de Gaza, que dura desde 2007, e o direito dos refugiados palestinos de retornarem às suas casas, que foram forçados a abandonar durante a campanha de limpeza étnica que acompanhou a criação de Israel, em 1948.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, desde o início dos protestos as tropas israelitas já mataram pelo menos 305 palestinos e feriram mais de 17 mil pessoas.

Investigadores independentes da ONU divulgaram em Março passado um relatório segundo o qual...

Por ocasião do Dia Mundial dos Refugiados, que em 20 de Junho se assinala em todo o mundo por iniciativa da ONU, o MPPM manifesta a sua particular preocupação com as ameaças que a política do governo dos Estados Unidos faz pesar sobre o destino dos refugiados palestinos. Ao mesmo tempo, o MPPM chama a atenção para a centralidade da questão dos refugiados na actual situação internacional e exprime a sua solidariedade com os refugiados do mundo inteiro e em particular com os milhões de refugiados do Médio Oriente.

O drama dos milhões de refugiados exige que se busque as causas profundas da sua situação. Nomeadamente no caso do Médio Oriente, elas estão indissoluvelmente ligadas à acção das potências ocidentais que, no fito de manter a sua hegemonia na região, fomentaram e continuam a apoiar guerras de ingerência e destruição como as do Afeganistão, Iraque, Síria, Líbia e Iémen.

Neste contexto, merecem particular referência os refugiados palestinos: trata-se do mais antigo caso de...

Este Verão marca um aniversário importante, mas muitas vezes negligenciado, na história da Faixa de Gaza. Há trinta anos, em Junho de 1989, Israel impôs pela primeira vez um sistema de cartão magnético para restringir a saída de residentes palestinos. A quem tivesse sido negado um cartão seria impedida a saída.

Embora o bloqueio de Israel a Gaza seja frequentemente visto como uma resposta à ascensão do Hamas ao poder em 2006-2007, o isolamento do enclave remonta a três décadas atrás e, para muitos analistas, essa perspectiva histórica é essencial para entender os desenvolvimentos actuais.

«Eu acho que é extremamente importante olhar para o contexto mais amplo para entender o que está a acontecer hoje em Gaza», disse Tania Hary, directora executiva da ONG israelita de direitos humanos Gisha, à Al Jazeera.

«A maioria das pessoas acredita erroneamente que o que está a acontecer é o resultado de o Hamas estar no poder e que, conquanto a crise humanitária seja um efeito colateral “infeliz”...

O Supremo Tribunal de Israel deu luz verde à demolição de 13 prédios de apartamentos situados em Jerusalém Oriental, numa zona da «Área A» da Cisjordânia ocupada, teoricamente sob controlo da Autoridade Palestina. Os palestinos consideram que esta decisão estabelece um precedente que permitirá a demolição de milhares de edifícios na Cisjordânia. Os prédios situam-se em Wadi Hummus, que se localiza na extremidade de Sur Baher, no sudeste de Jerusalém. Este bairro, segundo o jornal israelita Haaretz, foi desmembrado do resto da aldeia pelo chamado Muro de Separação e ficou do «lado israelita», mas localiza-se para além das fronteiras do município israelita de Jerusalém (que, ilegalmente, inclui também Jerusalém Oriental), na Cisjordânia ocupada. A maior parte do bairro faz parte da «Área A», que segundo os Acordos de Oslo está sob o controlo administrativo e de segurança da Autoridade Palestina (AP). As licenças de construção foram emitidas pelo ministério do planeamento da Autoridade...

Uma equipa médica estado-unidense conseguiu retirar uma bala da cabeça de uma menina palestina de 7 meses, baleada há três semanas. A menina, que estava ao colo da mãe, foi atingida quando os soldados israelitas abriram fogo perto da sua casa, na aldeia de Al-Mazraa, a norte de Ramala, na Cisjordânia ocupada.

Após três semanas nos cuidados intensivos, a menina foi submetida a uma complexa operação de duas horas, realizada no Hospital de Rafidia, em Nablus, na Cisjordânia ocupada. A operação foi coroada de êxito e a menina pôde sair do hospital.

A equipa de voluntários estado-unidenses, especializada em neurocirurgia, é composta por dois médicos e duas enfermeiras e foi enviada pela ONG Palestine Children’s Relief Fund. É uma das equipas médicas internacionais que visitam regularmente os territórios palestinos, em cooperação com o Ministério da Saúde, para realizar cirurgias difíceis e outros actos médicos.

O Ministério da Saúde palestino acolhe mais de 150 equipas médicas de vários países...

A Associação de Futebol de Israel tem entre os seus membros seis equipas de futebol dos colonatos ilegais construídos em território palestino ocupado pela violência. A FIFA recusa impor-lhe a sua norma que proíbe a organização de jogos em território ocupado. Entretanto, a Puma assumiu o patrocínio da Associação de Futebol de Israel quando a Adidas se retirou sob pressão da opinião pública internacional.

Os colonatos são ilegais pelo direito internacional

Desde que, em 1967, Israel ocupou militarmente a Cisjordânia (além da Faixa de Gaza, de Jerusalém Oriental e dos Montes Golã sírios), tem desenvolvido uma política de facto consumado nos territórios ocupados, nomeadamente, através da construção de colonatos. Os colonatos são ilegais à luz do direito internacional humanitário (IV Convenção de Genebra) que proíbe uma potência ocupante de alterar demograficamente o território ocupado ou de aí efectuar construções permanentes.

Em 23 de Dezembro de 2016 o Conselho de Segurança da ONU aprovou...

As autoridades israelitas estão a avançar com planos para demolir um bairro palestino inteiro em Jerusalém Oriental ocupada, deixando 550 pessoa sem abrigo, informa o B'Tselem (Centro Israelita de Informação sobre os Direitos Humanos nos Territórios Ocupados).

No bairro de Wadi Yasul, localizado entre os bairros de Abu Tur e Silwan, residem 72 famílias palestinas.

Segundo o B'Tselem, o município israelita de Jerusalém (que também abrange a parte oriental, ocupada, da cidade) «emitiu ordens de demolição para todas as casas do bairro, de modo que todas as famílias daí estão sob ameaça de expulsão».

No final de Abril, «a câmara municipal já executou duas das ordens de demolição e desalojou duas das famílias».

Wadi Yasul, observa o B'Tselem, «é adjacente a uma floresta, também localizada em terrenos privados que foram expropriados aos seus proprietários palestinos em 1970».

Em 1977, as autoridades de ocupação israelitas «classificaram a floresta e a área onde mais tarde se criou Wadi Yasul como...