A greve da fome de várias centenas de presos políticos palestinos nas cadeias de Israel terminou nesta segunda-feira, após o Serviço Prisional de Israel (IPS) aceitar instalar telefones fixos dentro das prisões e libertar os presos que se encontravam em isolamento. O protesto durou oito dias.
Qadri Abu Bakr, que dirige a Comissão Palestina dos Presos e ex-Presos, informou que as conversações entre os representantes dos presos e a administração penitenciária, que decorreram durante vários dias na prisão de Ramon, conduziram a um acordo no sentido de instalar telefones públicos nas prisões, permitindo que os presos possam comunicar com as suas famílias três vezes por semana.
A questão das comunicações telefónicas com as famílias é particularmente importante para os presos, muitos deles condenados a longas penas, já que as visitas de familiares são dificultadas. Em primeiro lugar, são necessárias autorizações para entrar em Israel, onde a maioria dos presos palestinos estão encarcerados...
Forças israelitas atacaram neste domingo alunos palestinos na cidade de Hebron, na Cisjordânia ocupada, disparando bombas de gás lacrimogéneo e granadas sonoras.
Segundo fontes locais, as forças israelitas atacaram fisicamente vários alunos que iam a caminho da escola, tentando até deter um deles, e dispararam bombas de gás lacrimogéneo contra pais que tentaram intervir.
Os soldados israelitas localizados nas proximidades da Escola Tareq Bin Ziad, na parte sul da cidade, dispararam numerosas bombas de gás lacrimogêneo dentro do complexo escolar, fazendo com que vários estudantes e professores sofressem de sufocação devido à inalação de gás.
A escola hoje atacada é uma das nove escolas palestinas localizadas na área H2 de Hebron. As crianças em idade escolar têm de passar por postos de controlo militares para terem acesso às suas escolas, e são frequentemente alvo de assédio e ataques pelas forças militares e pelos colonos israelitas.
A cidade de Hebron está dividida em duas áreas: H1, a...
Tropas israelitas mataram nesta sexta-feira um adolescente palestino que participava em protestos junto à vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.
O jovem Mousa Abu Shlouf, de 15 anos de idade, foi atingido no abdómen por balas reais disparadas pelos soldados sionistas. É a primeira vítima mortal desde que os habitantes de Gaza entraram no segundo ano das manifestações semanais da Grande Marcha do Retorno, iniciadas em 30 de Março de 2018
A Grande Marcha do Retorno tem por objectivo exigir o direito dos refugiados palestinos e seus descendentes a regressarem às terras, na Palestina histórica, das quais foram expulsos em 1948, na campanha de limpeza étnica realizada pelas forças sionistas aquando da criação de Israel, e também o fim do criminoso bloqueio por Israel (com a colaboração do Egipto) à Faixa de Gaza, que dura há 12 anos.
Nas manifestações desta sexta-feira, que contaram com milhares de participantes, pelo menos 66 outros palestinos, incluindo quatro membros dos serviços de...
Desde a vitória de Israel na edição passada do Festival Eurovisão da Canção, têm-se multiplicado, tanto em Portugal como um pouco por todo o mundo, os apelos à não participação na final da edição deste ano que se realiza em Telavive – gorada a manobra provocatória de Israel de pretender realizar a final em Jerusalém – entre 14 e 18 de Maio próximo.
Fundamentávamos o nosso apelo no facto de Israel ser um Estado à margem do Direito Internacional. Porque consideramos que, para Israel, «a participação no Festival é uma operação inserida numa estratégia mais ampla destinada a obter...
«No próximo ano em Jerusalém.» Foi assim que acabou o passado Festival da Eurovisão em Lisboa. O cariz político do Festival da Eurovisão para 2019 acabava de ser reforçado.
Não que o mesmo já não fosse latente e comensurável, mas para todos aqueles que não se encontram familiarizados com a questão palestina, este foi um sinal de alerta, entre vários, para o intuito de Israel de utilizar a Eurovisão como um concurso próprio à legitimação, branqueamento e normalização das suas políticas.
Para entender por que razão reclamamos que Portugal não participe no Festival da Eurovisão no ano de 2019 há que enquadrar a questão histórica da Palestina, de forma a permitir-se ao passado iluminar o presente.
No século XIX a Palestina, então parte integrante do Império Otomano, testemunha um súbito interesse de colonos europeus que aí se instalam.
Este movimento colonialista tem a sua origem na resposta de grupos judaicos a movimentos anti-semitas, no interior do continente europeu, desencadeando tal uma...
As eleições legislativas israelitas de dia 9 de Abril deram a vitória ao partido Likud de Benjamin Netanyahu, que assim se encaminha para um quinto mandato como primeiro-ministro.
Nestas eleições, em que o centro de gravidade político se deslocou ainda mais para a direita, o Likud obteve 26,27% dos votos, o que constitui o seu melhor resultado desde as eleições de 2003, quando era liderado por Ariel Sharon.
Embora com os mesmos 35 deputados eleitos que a coligação Azul e Branco (Kahol Lavan) de Benny Gantz, ex-chefe das forças armadas de Israel, Netanyahu conta em princípio com o apoio de outros partidos que lhe permitirá chegar à necessária maioria de 61 assentos parlamentares no Knesset, de 120 deputados.
Netanyahu antecipou as eleições para enfrentar em melhor posição as três acusações de corrupção de que é alvo. E a sua aposta está em vias de ser ganha: Bezalel Smotrich, líder da extremista União dos Partidos de Direita, anunciou já que planeia propor legislação que lhe dará imunidade...
Cerca de 150 presos palestinos encarcerados em prisões israelitas iniciaram na tarde desta segunda-feira uma greve da fome por tempo indeterminado, após o fracasso das negociações com o Serviço Prisional de Israel (IPS) sobre uma série de reclamações dos presos.
Os representantes dos presos anunciaram que, após dias de conversações com o IPS na prisão de Rimon, não foram alcançados resultados, e portanto apelaram a uma greve da fome por tempo indeterminado, que também inclui a recusa de beber água.
Os presos exigiam, nomeadamente: a remoção pelo IPS de todos os dispositivos de interferência de comunicações recentemente instalados em algumas prisões, devido ao seu impacto na saúde dos presos; a autorização de visitas às famílias dos presos de Gaza; a instalação de telefones públicos nas prisões (contrariamente aos presos de delito comum, os presos políticos palestinos estão proibidos de usar telefones públicos); o fim do isolamento dos presos punidos após os recentes protestos nas prisões...
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste sábado que vai começar a estender a soberania israelita à Cisjordânia ocupada se for reeleito primeiro-ministro nas eleições de 9 de Abril.
Netanyahu prometeu, numa entrevista televisiva ao Canal 12 israelita, manter de modo permanente o controlo de segurança israelita na Cisjordânia e formalizar a governação israelita sobre os mais de 400 mil judeus israelitas que vivem nos colonatos da Cisjordânia (aos quais se somam cerca de 200 000 no território ocupado de Jerusalém Oriental), todos eles ilegais à luz do direito internacional.
Isto aplicar-se-ia não apenas aos grandes blocos de colonatos, mas também aos colonatos isolados, indicou ele: «Eu vou estender a soberania, mas não distingo entre os blocos de colonatos e os colonatos isolados, porque cada colonato é israelita e eu não o entregarei à soberania palestina.»
«Não vou dividir Jerusalém, não vou evacuar nenhuma comunidade e vou assegurar-me de que controlaremos o...
Milhares de palestinos da Faixa de Gaza participaram nesta sexta-feira nos protestos da Grande Marcha do Retorno. Trata-se da 53.ª semana de protestos semanais perto da vedação de 65km com que Israel isola o território.
Pelo menos 84 palestinos foram feridos pelas forças israelitas, cinco deles com gravidade, informou o Ministério da Saúde em Gaza.
Os soldados israelitas dispararam balas reais e balas de aço revestidas de borracha contra os manifestantes, que se reuniram em muitos acampamentos ao longo da vedação de isolamento.
Além disso, as forças israelitas usaram contra os manifestantes um novo e estranho gás lacrimogéneo vermelho, contendo substâncias químicas desconhecidas.
Nas manifestações do sábado da semana passada, que marcaram um ano da Grande Marcha do Retorno — iniciada em 30 de Março de 2018, para coincidir com o Dia da Terra palestina — as forças repressivas israelitas mataram cinco palestinos, incluindo três jovens de 17 anos. Segundo a organização Save the Children, eleva...
Soldados israelitas mataram um palestino e feriram outros três durante uma incursão num campo de refugiados na Cisjordânia ocupada na madrugada desta terça-feira.
A vítima mortal é Mohammad Ali Dar Adwan, de 23 anos, morador no campo de refugiados de Qalandiya, a sul de Ramala.
Forças da ocupação israelitas fortemente armadas invadiram o campo de refugiados, aparentemente para proceder a várias prisões, tendo provocado confrontos violentos que duraram várias horas.
Os soldados dispararam a curta distância sobre um veículo palestino que passava na rua Al-Matar, matando Adwan, o condutor.
«A vítima foi baleada mais de 10 vezes pelas forças israelitas, que o deixaram a sangrar até a morte», informou o Ministério da Saúde da Palestina. As âmbulâncias foram impedidas de entrar no campo de refugiados.
Israel ocupa desde 1967 a Cisjordânia e Jerusalém Oriental. Nestes territórios ocupados vivem mais de 600 000 judeus israelitas, em colonatos que o direito internacional considera ilegais.