Gaza

Na sequência da agressão israelita a Gaza, no inverno 2008-2009, foi constituída uma Coligação Internacional pelo Fim do Cerco Ilegal a Gaza que reúne pessoas de todas as crenças ou sem crença e se focaliza no respeito pelos direitos humanos em conformidade com o direito internacional.
Para assinalar o 1º aniversário da agressão israelita, a Coligação está a mobilizar a opinião pública internacional para organizar uma Marcha não violenta em conjunto com o povo de Gaza, no dia 31 de Dezembro, para reclamar o fim do bloqueio ilegal.
A Coligação concebe esta Marcha como parte de uma estratégia mais ampla para pôr fim, de forma não violenta, à ocupação israelita denunciando as suas flagrantes violações do direito internacional, tanto na demolição de casas e expansão dos colonatos, como no recolher obrigatório e na tortura.

O MPPM promoveu a realização, no dia 14 de Fevereiro de 2009, de um Seminário Internacional subordinado ao tema “A Catástrofe Humanitária em Gaza e os Crescentes Perigos da Actual Situação nos Territórios Palestinos e na Região”. Depois da brutal agressão de Israel a Gaza, em que semeou a morte e a destruição, as pessoas amantes da paz e da solidariedade entre os povos questionam-se sobre as formas possíveis de prestar apoio aos palestinos, sobre a viabilidade de assegurar a sua sobrevivência enquanto povo e sobre meios para garantir o seu direito a um futuro independente e em paz.
Este Seminário procurou dar resposta a estas questões contando com o seguinte painel de oradores:
- Michael Kingsley – Director Executivo da UNRWA (Agência das Nações Unidas para Apoio aos Refugiados Palestinos no Médio Oriente), baseado em Gaza.

O MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente – organiza, na próxima 3ª Feira, 14 de Abril, a partir das 21 horas, no Teatro Cinearte / A Barraca (Largo de Santos, 2, em Lisboa), um Colóquio subordinado ao tema «A Palestina na Primeira Pessoa: A situação em Gaza e nos outros Territórios Palestinos relatada por quem a conhece e viveu de perto».
 
Não obstante a cobertura noticiosa feita do ataque de Israel à Faixa de Gaza, há pormenores que ficaram por referir, há perguntas que ficaram por responder, há impressões pessoais que nunca foram transmitidas.
 
Os jornalistas JOSÉ MANUEL ROSENDO (Antena 1), LUMENA RAPOSO (Diário de Notícias) e PATRÍCIA FONSECA (Visão), trazem-nos o testemunho da sua vivência da tragédia e ilustrarão as suas exposições com documentos fotográficos colhidos no local.
 

Perante a violência do ataque israelita a Gaza, gerou-se, por todo o Mundo, um movimento de repulsa e indignação.
Em Portugal, o MPPM tornou pública a sua posição numa declaração subscrita pelo Presidente da Assembleia-Geral, José Saramago, pelos Co-Presidentes Isabel Allegro Magalhães e Mário Ruivo e pelo Coordenador, Silas Cerqueira.
No dia 7 de Janeiro, o MPPM promoveu uma Sessão Pública de Informação e Debate, na sede da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto, presidida por Mário Ruivo, em que se registaram importantes intervenções de Carlos Almeida, investigador científico, e José Manuel Goulão, jornalista – ambos membros da Direcção Nacional do MPPM - a que se seguiu um debate vivo e participado.
No dia 8 de Janeiro, por convocação da CGTP-IN, CPPC, MDM, MPPM, TMI e Comité Palestina, a que aderiram mais de uma centena de outras organizações, realizou-se uma concentração de protesto junto à Embaixada de Israel, em Lisboa.

 1. A luta do povo da Palestina é única na história humana recente. Há mais de sessenta anos refugiado na sua própria terra, forçado ao exílio, ao isolamento e à privação, nenhum outro povo foi privado, durante a história recente e de forma tão prolongada e radical, do reconhecimento internacional do seu direito à dignidade, à justiça e ao seu próprio estado. O conflito israelo-palestino não é linear nem simétrico, opõe um ocupante e um ocupado, uma potência que oprime e explora, e um povo que é reprimido e reclama o seu direito à autodeterminação e à independência, dentro das fronteiras de um estado soberano e viável. O reconhecimento pleno dos direitos nacionais do povo palestino, o direito à criação de um estado nos territórios ocupados por Israel desde 1967, é um direito inalienável, inscrito na Carta das Nações Unidas e na Declaração Universal dos Direitos dos Homem.
Minhas Senhoras e meus Senhores, Caros Amigos,
Obrigado por me terem convidado para participar no vosso Seminário.
Não é anti-semitismo denunciar a guerra iniciada por Israel contra Gaza e a Palestina, denunciar os crimes de guerra e crimes contra a Humanidade cometidos durante um mês em Gaza.
Não é anti-semitismo denunciar o Muro da separação, a colonização, a ocupação militar, as destruições maciças causadas por Israel na Palestina.
Como também não é, na Cisjordânia e em Gaza, anti-semitismo ou anti-americanismo denunciar a cumplicidade da União Europeia e dos seus Estados-membros e a cumplicidade dos Estados Unidos que garantem a impunidade de que goza Israel na perpetuação da agressão e da injustiça feitos ao povo palestino, privado dos seus direitos fundamentais há 61 anos. Foi isto a Nakba – a Catástrofe.
Começarei por reparar duas involuntárias falhas de protocolo. Primeiro, o nosso convidado da UNWRA, Director Executivo da UNWRA chama-se Michael Kingsley Nyinah, porque ele é ganês e o seu nome ganês é Nyinah e de outro modo podia-se pensar que ele seria britânico ou de outra nacionalidade. Não é ofensa nenhuma ser britânico, mas devemos respeitar a realidade. Por outro lado, queria saudar a presença aqui, pelo que vejo, de vários embaixadores ou representantes de embaixadas. Temos muito gosto na vossa presença e desejaremos manter boas relações para o futuro nesta causa comum que é a causa da Palestina e da Paz no Médio Oriente que dá nome ao nosso Movimento.
Boa tarde senhoras e senhores, meus amigos
Não é fácil para mim falar aqui: eu nunca estive na Palestina e não sou um especialista. Estão aqui, pelo menos, três especialistas, não é, a começar pelo Silas Cerqueira, o Pierre Galand - o velho amigo - e Michael Kingsley.
Mas eu estive recentemente no Líbano e vou falar um pouco sobre problemas globais da região.
Do Fórum Internacional em que eu participei, escrevi dois artigos que foram divulgados em Portugal, no Brasil e em várias webs - não no resto da imprensa portuguesa – em que procurei sintetizar o que vi e o que senti em Beirute. Tive oportunidade, também, de dar um salto, de estar dois dias em Damasco. Do que vi e senti, evidentemente, quase nada correspondeu àquilo que esperava. Quando nós vamos a qualquer lado temos uma ideia do que é que vai ser e foi quase tudo muito diferente.
É com muita honra que aqui estou, pedindo antecipadamente desculpa pois, mal termine este primeiro painel, vou ter que me ausentar. Mas não quis deixar de estar aqui hoje para dar um testemunho de solidariedade e para fazer alguma análise e algum apelo.
Seminário Gaza 2009
Promovido pelo MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente, realizou-se no passado dia 14 de Fevereiro, no Hotel Holiday Inn, em Lisboa, um «Seminário Internacional sobre a Catástrofe Humanitária em Gaza e os Perigos da Actual Situação na Região».
Depois da brutal agressão de Israel a Gaza, em que semeou a morte e a destruição, as pessoas amantes da paz e da solidariedade entre os povos questionam-se sobre as formas possíveis de prestar apoio aos palestinos, sobre a viabilidade de assegurar a sua sobrevivência enquanto povo e sobre meios para garantir o seu direito a um futuro independente e em paz. Este Seminário procurou dar resposta a estas questões contando com o seguinte painel de oradores:
- Michael Kingsley – Director Executivo da UNRWA (Agência das Nações Unidas para Apoio aos Refugiados Palestinos no Médio Oriente), baseado em Gaza.

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