Gaza

Mais de 200 palestinos ficaram ontem feridos na Margem Ocidental ocupada e na Faixa de Gaza cercada, em resultado da repressão das forças de ocupação israelitas aos protestos, pela quarta semana consecutiva, contra a declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
Segundo o Crescente Vermelho palestino, mais de 130 palestinos ficaram feridos em confrontos com as forças israelitas na Margem Ocidental: 4 atingidos com balas reais e 45 com balas de metal revestidas de borracha, enquanto 77 foram vítimas da inalação de gás lacrimogéneo.
Na Faixa de Gaza, mais de 50 palestinos foram feridos, a maioria deles com balas reais.
Os confrontos ocorreram após as preces de sexta-feira, em resposta ao apelo de várias facções palestinas para um dia de raiva em resposta à decisão ilegal e unilateral dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e de para aí transferir a sua embaixada.
Dois palestinos foram mortos a tiro e outras cerca de 70 pessoas foram feridas por balas reais disparadas pelas forças israelitas junto à barreira que isola a Faixa de Gaza de Israel, durante protestos contra a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel, informou o Ministério da Saúde palestino.
Após as preces de sexta-feira, tinha-se realizado um protesto perto da barreira que cerca a Faixa de Gaza, e soldados israelitas abriram fogo contra os manifestantes com balas reais, gás lacrimogéneo e granadas de atordoamento.
Ao mesmo tempo, ocorreram confrontos em Belém, Hebron, Nablus, Ramala e outras zonas da Margem Ocidental. Em Jerusalém Oriental, após as preces de sexta-feira na mesquita de Al-Aqsa houve uma marcha em direcção à porta de Damasco, interrompida pelos soldados israelitas.
A Autoridade Palestina (AP) assumiu oficialmente hoje (1 de Novembro) o controlo administrativo das passagens de fronteira da Faixa de Gaza cercada, como parte da transferência de poder que está em curso do Hamas para o governo de unidade palestino, dominado pela Fatah.
O Hamas, que controla a Faixa de Gaza cercada desde 2007, concordou em retirar-se da governação deste território em nome da unidade nacional. A Autoridade Palestina deve assumir o controlo total da Faixa de Gaza até 1 de Dezembro.
Durante a cerimónia de entrega do controlo na passagem de Rafah, entre Gaza e o Egipto, foram tocados os hinos nacionais palestino e egípcio. Viam-se lado a lado bandeiras palestinas e egípcias e grandes fotos do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e do presidente egípcio Abd al-Fattah al-Sissi.
Sete palestinos foram mortos e outros 12 ficaram feridos ontem, 30 de Outubro, quando forças israelitas fizeram explodir um túnel entre o Sul da Faixa de Gaza e Israel, noticiam fontes palestinas e israelitas.
O Ministério da Saúde palestino declarou oficialmente a morte de sete palestinos, todos combatentes dos ramos armados dos movimentos Hamas e Jihad Islâmica em Gaza.
Após a explosão, a comunicação social israelita relatou que o Exército de Israel realizara uma «detonação controlada» na área perto da Faixa de Gaza, dizendo que a actividade foi pré-planeada.
O site israelita Ynet News disse que o túnel ainda não estava operacional. Porém, após matar sete palestinos e ferir outros doze, o porta-voz do Exército israelita teve a ousadia de declarar, segundo o jornal israelita Haaretz, que «Israel não procura uma escalada e não tem interesse num conflito militar em Gaza».
Rami Hamdallah, primeiro-ministro da Autoridade Palestina (AP), chegou hoje, 2 de Outubro, à Faixa de Gaza para realizar reuniões oficiais sobre a reconciliação nacional entre a Fatah e o Hamas, ao fim de dez anos de divisão.
A Autoridade Palestina é liderada pela Fatah, ao passo que a Faixa de Gaza é de facto dirigida pelo Hamas.
Hamdallah deve presidir amanhã em Gaza à reunião semanal do governo da AP, após a qual este assumirá as suas funções oficiais como governo responsável pelo pequeno território costeiro. Depois da visita, delegações dos dois lados deverão dirigir-se ir ao Cairo para prosseguir as discussões de reconciliação.
O Hamas (Movimento Islâmico de Resistência), anunciou hoje, 17 de Setembro, que dissolveu o comité administrativo na Faixa de Gaza. Numa breve nota de imprensa, o Hamas apelou ao governo da Autoridade Palestina, dirigido por Rami al-Hamdallah, para que fosse imediatamente para Gaza e assumisse as suas responsabilidades.
O Hamas declarou também que aceitava a realização de eleições gerais palestinas e anunciou a sua disponibilidade para responder ao convite egípcio para um diálogo com o movimento Fatah para executar o acordo do Cairo de 2011 e seus anexos, como prelúdio para a formação de um governo de unidade nacional com a participação de outras facções.
O movimento islâmico declarou que as suas decisões foram tomadas em resposta aos esforços egípcios para acabar com a divisão palestina.
Foi uma viagem de apenas 80 quilómetros, mas para o grupo de crianças palestinas da Faixa de Gaza que visitaram Jerusalém Oriental no passado domingo, 20 de Agosto, foi como viajar para um mundo distante. Foi a primeira vez que as 91 crianças, com idades entre os 8 e os 14 anos, puderam visitar Jerusalém.
Estando Gaza fisicamente desligada da Margem Ocidental, é a primeira vez que a maioria das crianças vê o resto dos territórios palestinos: só 7 é que já alguma vez tinham saído da Faixa de Gaza. No caso de algumas das crianças, será também a primeira vez que poderão encontrar-se com parentes que aí residem.
Organizada pela UNRWA (Agência de Obras Públicas e Socorro das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Próximo Oriente), a viagem faz parte de um programa de intercâmbio de Verão entre crianças palestinas de Gaza e da Margem Ocidental ocupada, «para cada grupo ver a outra parte da Palestina».
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR) expressou ontem, 11 de Agosto, «preocupação» com a situação cada vez mais grave na Faixa de Gaza sitiada.
A crise política em Gaza está a privar os seus dois milhões de habitantes de electricidade, cuidados de saúde vitais e água limpa durante este Verão de temperaturas sufocantes, afirmou o OHCHR.
«Estamos profundamente preocupados com a constante deterioração das condições humanitárias e de protecção dos direitos humanos em Gaza», afirmou a porta-voz de direitos humanos da ONU, Ravina Shamdasani, em entrevista colectiva em Genebra. «Israel, o Estado da Palestina e as autoridades de Gaza não estão a cumprir as suas obrigações de promover e proteger os direitos dos habitantes de Gaza. Israel, como potência ocupante, tem responsabilidade à luz do direito internacional humanitário de garantir o bem-estar da população.»
Procurando alcançar a reconciliação nacional entre Hamas e Fatah, facções palestinas rivais, e aliviar uma gravíssima crise humanitária na Faixa de Gaza, o Hamas (Movimento Islâmico de Resistência) anunciou hoje, 3 de Agosto, que está pronto a pôr fim à comissão administrativa em Gaza caso a Autoridade Palestina (AP), liderada pela Fatah, acabe com todas as medidas punitivas impostas nos últimos meses. A notícia é avançada pela agência palestina Ma'an.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, reuniu-se ontem, 1 de Agosto, com uma delegação do Hamas dirigida por Nasser Al-Din Al-Shaer, em Ramala, na Margem Ocidental ocupada.
Numa entrevista à Quds Press, o chefe da delegação do Hamas afirmou que foram abordadas várias questões, incluindo Jerusalém e a divisão política, e discutidas maneiras de aproveitar a recente vitória na oposição às medidas israelitas em Jerusalém Oriental ocupada. Nasser Al-Din Al-Shaer apelou à elaboração de programas políticos para alcançar a unidade nacional e acabar com o estado de fragmentação na cena palestina.
Por seu lado, Abbas expressou a esperança em mais medidas para acabar com a divisão e restaurar a coesão nacional.

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