O navio Al-Awda (O Regresso) que, com o veleiro Freedom (Liberdade), integra a Flotilha da Liberdade 2018 — Rumo a Gaza, atracou hoje na Marina de Cascais. Todavia, quem ali se deslocou para saudar a tripulação, à semelhança do que tem sido feito em todos os outros portos da Europa por onde tem passado, foi impedido de o fazer, tendo que se reunir no exterior da Marina. Também os jornalistas foram impedidos de colher fotografias da embarcação. A situação é tanto mais absurda quanto a Vila de Cascais é geminada com Gaza!
Os barcos Freedom (Liberdade) e Al-Awda (O Retorno), que integram a Flotilha da Liberdade 2018, vão ser acolhidos na Marina de Cascais amanhã, 19 de Junho, às 17h. A Flotilha da Liberdade pretende navegar até Gaza para romper o desumano bloqueio a que Israel sujeita o pequeno território palestino.
Até dia 22, realizam-se na zona de Lisboa uma série de acontecimentos [https://www.facebook.com/MPPM.Movimento.Palestina/photos/a.2161335350730... animados pelos membros da Flotilha e várias organizações portuguesas, incluindo o MPPM, para exigir o fim do bloqueio à Faixa de Gaza e reclamar o direito a um futuro justo para a Palestina.
Flotilha da Liberdade impedida de atracar em Paris
A Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou ontem, 13 de Junho, uma resolução condenando Israel pelas mortes de civis palestinos na Faixa de Gaza sitiada. Trata-se de uma pesada derrota diplomática para Israel e o seu principal aliado, os Estados Unidos.
A resolução, apresentada pela Argélia e pela Turquia em nome dos países árabes e muçulmanos, obteve uma esmagadora maioria dos 193 membros da ONU, com 120 votos a favor, apenas 8 votos contra ( Estados Unidos, Israel, Austrália, Ilhas Marshall, Micronésia, Nauru, Ilhas Salomão e Togo) e 45 abstenções. Portugal votou favoravelmente.
Uma pequena frota de 4 barcos dirige-se à Faixa de Gaza para tentar quebrar o bloqueio ilegal que Israel lhe impõe há mais de uma década e para reclamar o direito a um futuro justo para a Palestina. Os barcos fazem escala em diferentes portos europeus, estando prevista a chegada de um deles à Marina de Cascais no próximo dia 19 de Junho.
O Hurriyah (Liberdade), um dos barcos, que partiu da Suécia rumo à Palestina, deixou o porto britânico de Brighton na passada sexta-feira. A tripulação de flotilha e activistas locais realizaram várias actividades em Brighton durante três dias para informar sobre o desumano bloqueio a Gaza. O Hurriyah dirigiu-se depois para o porto francês de La Rochelle.
Realizaram-se hoje manifestações de massas pela 11.ª sexta-feira consecutiva, como parte da Grande Marcha do Retorno, ao longo da vedação construída por Israel para isolar a Faixa de Gaza.
Segundo o Ministério da Saúde em Gaza (dados das 20h locais) as forças israelitas mataram quatro palestinos, incluindo um rapaz de 15 anos, e feriram 618 manifestantes.
O número das vítimas de hoje é o maior desde as manifestações de 14 de Maio, em que mais de 60 palestinos foram mortos e 2000 feridos pelas forças do regime sionista, o maior número de vítimas na Faixa de Gaza num único dia desde a agressão israelita de 2014contra o pequeno enclave palestino.
Entre os feridos de hoje contam-se cinco jornalistas, incluindo o fotógrafo Mohammed Abed al-Baba, da Agence France-Presse, atingido a tiro apesar de claramente identificado com um colete e capacete de imprensa .
Drones e aviões israelitas atacaram hoje, 29 de Maio, mais de 30 alvos no interior da Faixa de Gaza cercada.
O porta-voz do exército israelita, Jonathan Conricus, declarou que as forças do regime sionista tinham realizado «um importante ataque aéreo» em que foram atingidos mais de 30 alvos, incluindo «um túnel e diferentes componentes da infra-estrutura militar pertencentes ao Hamas e à Jihad Islâmica Palestina». Segundo fontes locais, não se registaram feridos.
Os ataques, segundo o militar israelita, ocorreram em resposta o disparo de uma série de rockets e morteiros contra o Sul de Israel a partir da Faixa de Gaza, a maioria dos quais foram interceptados pelo sistema de defesa israelita Cúpula de Ferro.
Ter-se-á tratado do incidente mais vasto entre os dois lados desde a agressão israelita de 2014 contra Gaza.
Contando novamente com o apoio do Centro InterculturaCidades, o MPPM organizou um segundo jantar de apoio à Flotilha da Liberdade que passa em Lisboa neste mês de Junho.
Mais de três dezenas de pessoas participaram no evento que se iniciou com a exibição do documentário «Miko Peled - O Filho do General» seguido de um animado debate moderado por Carlos Carvalho.
O jantar teve uma ementa de inspiração palestina e a noite terminou com um concerto pelo cantor turco Gülami Yesildal acompanhado a saz, um instrumento de cordas
Vinte e um palestinos cidadãos de Israel que protestavam contra o massacre de manifestantes palestinos desarmados na Faixa de Gaza foram presos na sexta-feira, 18 de Maio, na cidade de Haifa, no Norte de Israel. Centenas de pessoas participaram numa manifestação na cidade.
Os manifestantes entoaram palavras de ordem em árabe enquanto desfilavam, alguns deles empunhando bandeiras palestinas.
Os organizadores da manifestação, um grupo de jovens activistas, difundiram o apelo ao protesto pelas redes sociais. Segundo os organizadores, antes do protesto alguns activistas foram «aconselhados» a não participar.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU (UNHRC) votou sexta-feira favoravelmente uma investigação sobre a matança de manifestantes desarmados por Israel na Faixa de Gaza cercada e acusou Israel de uso excessivo da força.
A resolução foi apoiada por 29 países; 2 países votaram contra (EUA e Austrália) e 14 abstiveram-se.
O UNHRC exortou Israel, como potência ocupante, a suspender o bloqueio à Faixa de Gaza, que descreveu como uma punição colectiva dos civis palestinos, e a abrir imediata e incondicionalmente todas on pontos de passagem entre o território palestino e Israel e a permitir a entrada de pessoas, bens e ajuda humanitária.
A resolução do UNHRC prevê o envio imediato de uma comissão de inquérito independente para investigar todas as violações cometidas contra os protestos em Gaza, no quadro da Grande Marcha do Retorno, que começaram em 30 de Março.
Mais de mil crianças foram feridas desde 30 de Março pela repressão das forças de ocupação israelitas contra os participantes na Grande Marcha do Retorno na Faixa de Gaza cercada, segundo um comunicado da UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância).
A UNICEF afirma que «muitos dos ferimentos são graves e potencialmente provocam alterações da vida, incluindo amputações».
O comunicado acrescenta que a intensificação da violência em Gaza também agravou a situação das crianças, «cujas vidas já são insuportavelmente difíceis há muitos anos».
A UNICEF informa que as instalações de saúde na Faixa de Gaza estão «a entrar em colapso devido à pressão» de tratar as vítimas adicionais. O sistema de saúde já estava enfraquecido devido à escassez de combustível, medicamentos e equipamentos.