O Ministério da Defesa de Israel anunciou que vai proibir a entrada de gás de cozinha e combustíveis líquido na Faixa de Gaza através da passagem de Kerem Shalom/Karam Abu Salem, a única passagem de mercadorias para o território palestino. A medida vigora desde amanhã, 2 de Agosto, por período indefinido.
Avigdor Lieberman, o ministro da Defesa israelita, declarou que a decisão «foi tomada em vista da continuação do terror com balões incendiários e da fricção ao longo da vedação» com que Israel isola a Faixa de Gaza do mundo exterior.
Israel tem intensificado nos últimos tempos as medidas de bloqueio, na realidade uma gigantesca punição colectiva, em retaliação pelo prosseguimento dos protestos no pequeno território palestino.
Em 29 de Julho a embarcação Al Awda (O Retorno), com bandeira norueguesa, foi apresado pela marinha israelita em águas internacionais, a cerca de 50 milhas náuticas de Gaza. Posteriormente foi levado para o porto israelita de Ashod, sendo presas as 22 pessoas (8 tripulantes e 14 passageiros) de 16 nacionalidades que seguiam a bordo.
Parte da Flotilha da Liberdade que tenta romper o bloqueio ilegal a que Israel submete da Faixa de Gaza desde há doze anos, o Al Awda, um antigo barco de pesca da Noruega, transportava medicamentos e destinava-se a ser oferecido aos pescadores palestinos em Gaza.
Um outro barco da Flotilha, o Freedom, com bandeira sueca, que também transporta material médico e leva a bordo pessoas de várias nacionalidades, continua a dirigir-se para Gaza, sendo de temer que seja alvo de idêntico acto de violência por parte de Israel.
As forças israelitas atacaram hoje, domingo, um dos barcos da Flotilha da Liberdade, quando se encontrava a 60 milhas náuticas das costas da Faixa de Gaza cercada. O «Al-Awda» (O Retorno) foi apresado pela Marinha de Israel e levado para o porto de Ashdod, no Sul de Israel.
O barco levava a bordo 22 pessoas de 16 países e transportava medicamentos destinados aos hospitais de Gaza.
Um outro barco da Flotiha da Liberdade, o «Hurriyah» (Liberdade), continua a navegar em direcção a Gaza, aonde está previsto que chegue nos próximos dias.
Ambos os barcos estiveram entre 19 e 22 de Junho em Lisboa, tendo os seus tripulantes participado em várias actividades de solidariedade promovidas por organizações portuguesas, entre elas o MPPM.
Em 2010 forças israelitas atacaram em águas internacionais um navio da Flotilha da Liberdade, o «Mavi Marmara», e mataram dez activistas que seguiam a bordo.
Está iminente a chegada a águas palestinas dos quatro barcos que compõem a Flotilha da Liberdade, que se encontram a uma centena de milhas da Faixa de Gaza, sujeita um bloqueio ilegal por Israel há mais de 11 anos.
Dois dos barcos da Flotilha da Liberdade, o «Freedom» (Liberdade) e o «Al-Awda» (O Retorno), estiveram entre 19 e 22 de Junho em Lisboa, tendo os seus tripulantes participado em várias actividades de solidariedade promovidas por organizações portuguesas, entre elas o MPPM.
Na Faixa de Gaza cercada, dois milhões de pessoas vivem em condições sanitárias, médicas e humanas terríveis num território de apenas 365 km2.
Dois palestinos, incluindo um rapaz de 14 anos, foram hoje mortos e 246 feridos pelas forças israelitas, que abriram fogo contra os manifestantes desarmados que participavam na 18.ª sexta-feira consecutiva da Grande Marcha do Retorno, na Faixa de Gaza cercada.
O Ministério da Saúde de Gaza informou que os mortos são Majdi al-Satari, de 14 anos, e Ghazi Abu Mustafa, de 43. Ambos foram atingidos na cabeça com balas reais. Entre os feridos contam-se 19 menores, 6 paramédicos e um jornalista.
Segundo fontes israelitas, nos protestos de hoje terão participado 7000 palestinos.
Três palestinos foram mortos na Faixa de Gaza na quarta-feira em ataques israelitas maciços com fogo de artilharia e de tanques.
O Exército israelita declarou que realizou ataques de artilharia contra sete alvos militares do Hamas, alegadamente em retaliação por soldados seus postados no exterior da vedação que isola o território palestino terem sido alvejados, causando um ferido ligeiro. Segundo o jornal «Haaretz», o Exército de Israel pensa que os responsáveis pelo ataque de franco-atiradores contra os soldados israelitas perto da vedação que isola a Faixa de Gaza são grupos armados não ligados ao Hamas.
Algumas fontes da comunicação social israelita afirmaram que o lado palestino disparou primeiro, mas vídeos colocados em directo por palestinos no Twitter e no Facebook mostram que os ataques israelitas com drones precederam os tiros palestinos.
Um cessar-fogo foi alcançado na Faixa de Gaza este sábado após uma vaga de dezenas ataques aéreos e terrestres israelitas na sexta-feira.
Os ataques israelitas ocorreram após um militar israelita ter sido atingido mortalmente perto da vedação que isola a Faixa de Gaza. Trata-se do primeiro militar israelita a ser morto em torno do pequeno enclave palestino desde a agressão israelita de 2014.
Na sexta-feira quatro palestinos foram mortos pelos ataques israelitas, enquanto mais de 200 pessoas ficaram feridas em mais uma jornada de protestos integrada na Grande Marcha do Retorno.
O cessar-fogo foi quebrado logo no próprio sábado, quando tanques de Israel atingiram um ponto de observação do Hamas a leste da Cidade de Gaza, causando um incêndio e destruindo o local. Este novo ataque israelita a Gaza terá acontecido depois de um grupo de palestinos ter franqueado a vedação que isola a Faixa de Gaza e sabotado um posto israelita, voltando depois para Gaza.
Sujeito ao bloqueio israelita (com a colaboração do Egipto) desde 2007, o pequeno território palestino, onde dois milhões de pessoas vivem em apenas 365 km2, atravessa uma crise humanitária cada vez mais profunda. Quase 80% da população é forçada a contar com a assistência humanitária para cobrir suas necessidades básicas, incluindo alimentos, e a taxa de desemprego é de 49%.
Os ataques aéreos e o encerramento do posto de passagem são uma retaliação, afirma Israel, pelos papagaios-de-papel que provocaram incêndios em algumas áreas de Israel adjacentes a Gaza, sem, no entanto, causarem quaisquer vítimas. Argumento risível, tão grande é a desproporção de meios relativamente ao sofisticado armamento que Israel não hesita em empregar.
Esta punição colectiva, aplicada a toda a população da Faixa de Gaza, constitui um crime de guerra à luz do direito humanitário internacional e é interdita nomeadamente pela IV Convenção de Genebra.
Israel lançou neste sábado os seus maiores ataques aéreos contra a Faixa de Gaza desde a guerra de 2014. Segundo o diário israelita Haaretz, os militares do Estado sionista atingiram mais de 40 alvos do Hamas em toda a Faixa de Gaza no espaço de 24 horas.
Foram mortos dois rapazes palestinos, de 15 e 16 anos, ficando feridas outras 12 pessoas, quando aviões militares israelitas bombardearam um prédio vazio na cidade de Gaza na noite de sábado.
«As forças armadas israelitas desferiram o golpe mais forte contra o Hamas desde [a guerra de Gaza em 2014] e vamos aumentar a intensidade dos nossos ataques conforme necessário», declarou Netanyahu num vídeo.
Em resposta, na madrugada de sábado a resistência palestina disparou mais de 190 rockets e morteiros contra postos militares e povoações israelitas em redor da Faixa de Gaza, 37 dos quais foram interceptados pelo sistema de defesa antimísseis israelita Iron Dome.
As forças israelitas mataram hoje, sexta-feira, um adolescente palestino na Faixa de Gaza, quando participava numa manifestação desarmada da Grande Marcha do Retorno, que se iniciou há mais de 100 dias.
O Ministério da Saúde de Gaza identificou o rapaz assassinado como Othman Rami Heles, de 15 anos, acrescentando que ele tinha sido morto a tiro por atiradores especiais israelitas que guardam a vedação com que Israel isola a Faixa de Gaza.
Segundo o ministério, às 19h locais registavam-se ainda 68 manifestantes feridos pelas forças israelitas, que dispararam balas reais e granadas de gás lacrimogéneo.
Cerca de 30.000 manifestantes terão participado nos protestos, que se realizaram em cinco locais ao longo da vedação de isolamento da Faixa de Gaza. As manifestações de hoje tiveram lugar sob o signo da solidariedade com os habitantes de Khan al-Ahmar, uma aldeia beduína da Cisjordânia que Israel quer demolir totalmente.