Gaza

Realizou-se hoje uma greve geral em cidades e aldeias palestinas de Israel para protestar contra a matança brutal por militares israelitas de manifestantes palestinos desarmados na zona de limite da Faixa de Gaza cercada com Israel.
O Alto Comité de Acompanhamento dos Cidadãos Árabes de Israel, organismo que representa os palestinos cidadãos de Israel, convocou para quarta-feira, 16 de Maio, uma greve geral, incluindo escolas e empresas, nas comunidades árabes de todo o país, em solidariedade com o povo de Gaza e protestando contra o massacre.
O Comité exortou a comunidade internacional a erguer a voz pelos palestinos e a tomar uma posição firme contra o terrorismo de Israel, levado a cabo sob o escudo dos EUA.

O MPPM apoia a Flotilha da Liberdade (Freedom Flotilla) - Rumo a Gaza, (2018), que passará por Portugal, neste Verão. Com o apoio do Centro InterculturaCidades, o MPPM organizou um primeiro jantar palestino de apoio a esta iniciativa e de angariação de fundos que serão destinados a suprir algumas necessidades da tripulação. Haverá um segundo jantar no próximo dia 25 de Maio.
A anteceder o jantar, houve a exibição de dois documentários («The Documentary Israel does not want you to see - Occupation 101 - Part 3 of 9» e «Bilin - the struggle against the annexation wall») a que se seguiu um debate moderado por Adel Sidarus.
Para o jantar houve Hummus (pasta de grão com tahine e coentros), para entrada, Makluba (é uma espécie de paella, confeccionado em camadas com frango, arroz basmati, beringela e couve flor assada, tomate e cebola) para prato principal e Harissa palestino (bolo de semolina com amêndoa) para sobremesa.
Um palestino foi hoje morto e 700 foram feridos pelas forças de ocupação israelitas durante a repressão dos protestos de sexta-feira ao longo da fronteira da Faixa de Gaza com Israel. Milhares de habitantes do pequeno enclave palestino cercado manifestaram-se na sétima semana consecutiva da Grande Marcha do Retorno.
A mais recente vítima da brutal repressão israelita dos manifestantes desarmados foi Jabir Abu Mustafa, de 40 anos. 
O número de  palestinos feridos com balas reais eleva-se a 143. Outros foram feridos por balas com ponta de borracha e sofreram inalação de gás, havendo um total de 305 evacuados para hospitais.
Um palestino de 16 anos de idade sofreu um grave ferimento na cabeça provocado por fogo real. Segundo o Crescente Vermelho Palestino, foram feridos pelo menos dois jornalistas, um dos quais foi identificado como Yasser Qudah, que usava um colete claramente marcado com a palavra «Press».
A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou um Voto de condenação do massacre de palestinianos pelas autoridades israelitas, apresentado pelos deputados municipais Cláudia Madeira e Sobreda Antunes, do Partido Ecologista Os Verdes. O MPPM saúda esta manifestação de repúdio da violenta e brutal repressão de manifestações pacíficas por Israel, e simultaneamente de solidariedade com a causa do povo palestino. É o seguinte o texto integral do Voto, aprovado na reunião da AML de 24 de Abril:
 
VOTO DE CONDENAÇÃO
Massacre de palestinianos pelas autoridades israelitas
No Dia da Terra, 30 de Março, o povo palestiniano evoca o dia  em  que  forças israelitas mataram seis palestinianos durante protestos contra o confisco de terras, em 1976, assinalando-se este ano o seu 42.o aniversário.

As tropas israelitas mataram hoje três palestinos junto à fronteira com a Faixa de Gaza cercada, em mais um episódio da sangrenta repressão pelo regime sionista de um protesto contra a ocupação e pelo direito de retorno dos refugiados.
Segundo um comunicado das forças armadas israelitas, soldados de Israel abriram fogo contra quatro manifestantes palestinos a leste de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, alegadamente porque os jovens palestinos pretendiam «atravessar a barreira de segurança» em direcção a Israel.
O Ministério da Saúde de Gaza confirmou os disparos mortais, identificando duas das vítimas como Abdel Rahman Qudeih, de 23 anos, e Mohammed Abu Rayda, de 20.
Aumentou assim para 52 o número de mortos de manifestantes palestinos vítimas do fogo real das forças israelitas desde o início dos protestos na fronteira da Faixa de Gaza, em 30 de Março.

O Ministério da Saúde de Gaza informou, num balanço às 20h00 locais, que durante as manifestações da Grande Marcha de Retorno ao longo da fronteira da Faixa de Gaza cercada com Israel, mais de 1140 pessoas necessitaram de cuidados médicos, incluindo pelo menos 149 menores e 78 mulheres. Entre os feridos, 83 foram vítimas de balas reais. Três dos feridos estão em estado crítico.
É a primeira sexta-feira desde o início dos protestos em que nenhum palestino foi morto por forças israelitas.
Milhares de palestinos começaram desde as primeiras horas da manhã a manifestar-se nos cinco campos erguidos ao longo da fronteira leste de Gaza. Tratou-se da sexta semana consecutiva dos protestos da «Grande Marcha do Retorno», em que milhares de palestinos manifestam de forma pacífica o seu apoio ao direito colectivo dos refugiados de retornarem às suas terras de origem no território que hoje é Israel. Setenta por cento dos habitantes de Gaza são refugiados ou seus descendentes.

Pelo menos 49 palestinos foram mortos e mais de 6000 foram feridos a tiro pelas forças israelitas desde o lançamento da Grande Marcha de Retorno na Faixa de Gaza cercada, em 30 de Março.
O pesado balanço da sangrenta repressão das manifestações pacíficas por Israel foi dado a conhecer pelo Ministério da Saúde de Gaza, que informou que os seus hospitais receberam os corpos de 44 mortos, cinco dos quais menores, assinalando ao mesmo tempo que as forças de ocupação israelitas retêm os corpos de cinco palestinos mortos a tiro perto da cerca da fronteira.
Ashraf al-Qedra, porta-voz do ministério, declarou que até agora foram feridos 6793 palestinos, incluindo 701 menores e 225 mulheres. Dos feridos tratados nos hospitais de Gaza, 160 são feridos graves, 1944 moderados e 1899 ligeiros;

As forças israelitas mataram hoje 3 palestinos e feriram pelo menos 833, enquanto milhares de pessoas participavam pela quinta semana consecutiva na «Grande Marcha do Retorno» ao longo da fronteira entre a Faixa de Gaza cercada e Israel, informou o Ministério da Saúde da Palestina.
Entre os feridos, dos quais pelo menos 174 por balas reais, contam-se quatro funcionários dos serviços de saúde e seis jornalistas.
A comissão organizadora dos protestos declarou que a manifestação desta semana seria dedicada à «juventude rebelde», para homenagear os milhares de jovens todas as semanas têm vindo protestar ao longo da vedação da fronteira. As manifestações continuam a ter o carácter de protesto de massas não violento.
Desde 30 de Março, data do início da «Grande Marcha do Retorno», 42 palestinos foram mortos e 5511 ficaram feridos pela repressão dos protestos, informou na terça-feira o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).

O jornalista palestino Ahmed Abu Hussein sucumbiu ontem aos ferimentos infligidos por um atirador de elite do exército israelita enquanto cobria as manifestações da «Grande Marcha do Retorno» na Faixa de Gaza cercada.
Ao seu funeral, realizado hoje, 26 de Abril, acorreram centenas de palestinos.
O jornalista foi atingido a tiro na sexta-feira 13 de Abril, vindo a falecer no dia 25 de Abril num hospital israelita, informa o Ministério da Saúde de Gaza.
Abu Hussein foi alvejado por atiradores especiais israelitas, apesar de estar a uma distância de 350 metros da vedação de separação entre a Faixa de Gaza e Israel — superior portanto à distância de 300 metros estabelecida pelo exército de ocupação. Além disso, um vídeo amador mostra que quando foi baleado o jornalista usava um colete de protecção com a palavra «Press» e um capacete marcado com as letras «TV».

A repressão israelita sobre as manifestações da Grande Marcha do Retorno, na Faixa de Gaza cercada, tem sido de uma violência extrema. Os ferimentos por fogo real infligidos a mais de 1700 palestinos no mês passado foram invulgarmente graves, afirmam médicos palestinos e estrangeiros citados por Amira Hass num artigo do diário israelita Haaretz.
Os soldados israelitas mataram 40 palestinos (número fornecido a 23 de Abril pelo Ministério da Saúde de Gaza) e feriram cerca de 5000, 36% dos quais por balas reais, desde 30 de Março, dia do início das manifestações exigindo o direito do retorno às suas casas e terras dos refugiados causados pela limpeza étnica levada a cabo por Israel, 
Médicos do Hospital Shifa de Gaza, citados pela organização Medical Aid for Palestine, com sede em Londres, afirmaram que não viam ferimentos tão graves desde a «Operação Margem Protectora», a guerra lançada por Israel contra a população de Gaza em 2014. 

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