Gaza

Pelo menos 49 palestinos foram mortos e mais de 6000 foram feridos a tiro pelas forças israelitas desde o lançamento da Grande Marcha de Retorno na Faixa de Gaza cercada, em 30 de Março.
O pesado balanço da sangrenta repressão das manifestações pacíficas por Israel foi dado a conhecer pelo Ministério da Saúde de Gaza, que informou que os seus hospitais receberam os corpos de 44 mortos, cinco dos quais menores, assinalando ao mesmo tempo que as forças de ocupação israelitas retêm os corpos de cinco palestinos mortos a tiro perto da cerca da fronteira.
Ashraf al-Qedra, porta-voz do ministério, declarou que até agora foram feridos 6793 palestinos, incluindo 701 menores e 225 mulheres. Dos feridos tratados nos hospitais de Gaza, 160 são feridos graves, 1944 moderados e 1899 ligeiros;

As forças israelitas mataram hoje 3 palestinos e feriram pelo menos 833, enquanto milhares de pessoas participavam pela quinta semana consecutiva na «Grande Marcha do Retorno» ao longo da fronteira entre a Faixa de Gaza cercada e Israel, informou o Ministério da Saúde da Palestina.
Entre os feridos, dos quais pelo menos 174 por balas reais, contam-se quatro funcionários dos serviços de saúde e seis jornalistas.
A comissão organizadora dos protestos declarou que a manifestação desta semana seria dedicada à «juventude rebelde», para homenagear os milhares de jovens todas as semanas têm vindo protestar ao longo da vedação da fronteira. As manifestações continuam a ter o carácter de protesto de massas não violento.
Desde 30 de Março, data do início da «Grande Marcha do Retorno», 42 palestinos foram mortos e 5511 ficaram feridos pela repressão dos protestos, informou na terça-feira o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).

O jornalista palestino Ahmed Abu Hussein sucumbiu ontem aos ferimentos infligidos por um atirador de elite do exército israelita enquanto cobria as manifestações da «Grande Marcha do Retorno» na Faixa de Gaza cercada.
Ao seu funeral, realizado hoje, 26 de Abril, acorreram centenas de palestinos.
O jornalista foi atingido a tiro na sexta-feira 13 de Abril, vindo a falecer no dia 25 de Abril num hospital israelita, informa o Ministério da Saúde de Gaza.
Abu Hussein foi alvejado por atiradores especiais israelitas, apesar de estar a uma distância de 350 metros da vedação de separação entre a Faixa de Gaza e Israel — superior portanto à distância de 300 metros estabelecida pelo exército de ocupação. Além disso, um vídeo amador mostra que quando foi baleado o jornalista usava um colete de protecção com a palavra «Press» e um capacete marcado com as letras «TV».

A repressão israelita sobre as manifestações da Grande Marcha do Retorno, na Faixa de Gaza cercada, tem sido de uma violência extrema. Os ferimentos por fogo real infligidos a mais de 1700 palestinos no mês passado foram invulgarmente graves, afirmam médicos palestinos e estrangeiros citados por Amira Hass num artigo do diário israelita Haaretz.
Os soldados israelitas mataram 40 palestinos (número fornecido a 23 de Abril pelo Ministério da Saúde de Gaza) e feriram cerca de 5000, 36% dos quais por balas reais, desde 30 de Março, dia do início das manifestações exigindo o direito do retorno às suas casas e terras dos refugiados causados pela limpeza étnica levada a cabo por Israel, 
Médicos do Hospital Shifa de Gaza, citados pela organização Medical Aid for Palestine, com sede em Londres, afirmaram que não viam ferimentos tão graves desde a «Operação Margem Protectora», a guerra lançada por Israel contra a população de Gaza em 2014. 
A Coligação da Flotilha da Liberdade anunciou hoje que o navio Al-Awda (O Retorno) deve partir da Noruega rumo a Gaza no dia 15 de Maio para marcar o 70.º aniversário da Nakba («catástrofe») de 1948.
A embarcação, juntamente com cinco outras, navegará no quadro de uma nova campanha para romper o cerco a Gaza, que será lançada do Norte da Europa sob o lema «por um futuro justo para os palestinos».
A nova campanha pretende elevar o conhecimento público sobre o sofrimento do povo palestino de Gaza, submetido há mais de uma década a um bloqueio injusto e desumano por Israel. 
Segundo dados do final de 2016 do Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), 1,3 milhões de habitantes de Gaza dependiam da ajuda internacional para sobreviver e quase metade das famílias de Gaza não tinha acesso seguro a alimentos.

Manifestações de massas tiveram lugar hoje, 20 de Abril, ao longo da vedação fronteiriça entre a Faixa de Gaza e Israel, pela quarta sexta-feira consecutiva, como parte da «Grande Marcha do Retorno», que teve início em 30 de Março e deve continuar até 15 de Maio.
Segundo informações do Ministério da Saúde em Gaza, às 19h locais as vítimas da repressão das forças israelitas totalizavam quatro mortos palestinos, incluindo um menor, e 729 feridos, incluindo 45 menores. Entre as 305 pessoas hospitalizadas (42 % dos feridos), 156 tinham sido atingidas por balas reais, indicou ainda o Ministério da Saúde. Os prestadores de cuidados de saúde debatem-se com a escassez de recursos para enfrentar o afluxo maciço de vítimas.

Artigo publicado no jornal israelita Haaretz em 3 de Abril de 2018
 
Na Faixa de Gaza, Israel mostra-se no seu pior. Esta afirmação não diminui de forma nenhuma a maldade, tanto deliberada como acidental, que caracteriza a sua política em relação aos outros palestinos — em Israel e na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental. Também não diminui os horrores dos seus ataques de vingança (também conhecidos por operações de represália) na Cisjordânia antes de 1967 ou dos seus ataques contra civis no Líbano.
No entanto, em Gaza, Israel supera a sua maldade habitual. Aí em particular faz com que soldados, comandantes, burocratas e civis exibam comportamentos e traços de carácter que em qualquer outro contexto seriam considerados sádicos e criminosos ou, na melhor das hipóteses, inadequados a uma sociedade civilizada.

As forças de ocupação israelitas mataram um palestino e feriram 968 outros durante durante a repressão dos protestos da Grande Marcha do Retorno ocorridos hoje, 13 de Abril, na Faixa de Gaza cercada.
Os soldados israelitas dispararam tiros e granadas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes, causando a morte de Islam Herzallah, de 28 anos. Entre os feridos incluem-se 17 jornalistas e equipas médicas. Dos 968 palestinos feridos, 419 foram evacuados para o hospital, sendo 233 vítimas de balas reais e 13 de balas de borracha.
Nas duas anteriores semanas de protestos quase 1300 palestinos já tinham sido feridos a tiro por soldados israelitas, segundo uma contagem realizada pelo Ministério da Saúde de Gaza. Outros 1554 foram tratados devido à inalação de gás lacrimogéneo ou ferimentos por balas de aço revestidas de borracha. Além disso, 34 palestinos foram mortos durante este período.

Dois palestinos alvejados pelas forças israelitas na Faixa de Gaza ocupada sofreram a amputação de uma das pernas porque as autoridades de Israel negaram a sua transferência para um hospital da Cisjordânia.
As autoridades israelitas referiram explicitamente a participação dos dois jovens nos recentes protestos da Grande Marcha do Retorno como a razão pela qual o pedido foi rejeitado.
Segundo um comunicado do Adalah (Centro Jurídico pelos Direitos da Minoria Árabe em Israel), Yousef Karnaz, de 20 anos, e Mohammad Al-'Ajouri, de 17, foram feridos a tiro por atiradores de elite israelitas em 30 de Março, o primeiro dia da Grande Marcha do Retorno.
O Hospital Shifa de Gaza, «que não tinha meios para salvar as pernas dos feridos», encaminhou-os para o Hospital Al Istishari, em Ramala, no dia 1 de Abril, e no mesmo dia foi entregue aos militares israelitas um pedido de saída de Gaza e transferência para Ramala.

Na manhã de hoje, sábado, morreram dois palestinos, incluindo um fotojornalista, devido aos ferimentos sofridos durante os protestos de sexta-feira na Faixa de Gaza cercada, elevando assim para 10 o número de palestinos mortos por forças israelita.
O fotojornalista Yaser Murtaja, que foi baleado no peito quando cobria uma manifestação a leste da cidade de Gaza, embora vestisse um colete marcado com a palavra «Press», sucumbiu aos ferimentos esta manhã.
Foi a segunda sexta-feira consecutiva dos protestos em massa conhecida como a «Grande Marcha do Retorno", contando com a participação de dezenas de milhares de pessoas.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, registaram-se 1354 feridos, 491 dos quais por balas. Trinta e três dos feridos por tiros estão em estado crítico.

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