Prossegue agressão israelita a Gaza, 3 mortos, destruída televisão Al-Aqsa

Prosseguindo a sua agressão, o exército israelita efectuou hoje pelo menos 70 ataques na Faixa de Gaza, levados a cabo por aviões, helicópteros e tiros de tanques. Pelo menos três palestinos foram mortos e nove feridos.

Foram nomeadamente visadas concentrações de milhares de pessoas palestinos que protestavam contra a morte de sete palestinos ontem, na sequência da incursão de uma unidade das forças especiais sionistas, deslocando-se num automóvel civil e actuando sob disfarce. Na troca de tiros foi morto também um tenente-coronel israelita.

O exército israelita bombardeou o prédio da estação de televisão Al-Aqsa, ligada ao Hamas, na cidade de Gaza. O prédio ficou completamente destruído, tendo também sido danificadas outras estruturas próximas. Nos últimos 14 anos, é a quarta vez que o prédio é atacado por Israel.

Os ataques aéreos israelitas também atingiram casas pertencentes a activistas do Hamas em Rafah e Khan Younis e atingiram um hotel na cidade de Gaza usado pelo governo do Hamas para a sua agência de segurança interna.

Do lado palestino, durante o dia de hoje foram disparados centenas de rockets em direcção ao território de Israel. Segundo o jornal Haaretz, 60 dos 300 rockets disparados foram interceptados pelo sistema de defesa anti-aérea israelita Iron Dome (Cúpula de Ferro). Um autocarro israelita foi atingido por um míssil antitanque, ficando ferido com gravidade um soldado.

A Câmara Conjunta das facções da resistência palestina declarou que os rockets foram disparados contra o Sul de Israel em resposta à morte de sete palestinos, incluindo um comandante do Hamas, vítimas da incursão israelita de domingo à noite. As facções palestinas advertiram que se a «agressividade continuar em resposta ao ataque com rockets — que foi uma resposta ao ataque de ontem em Khan Younis —, as facções palestinas aumentarão o fogo de rockets e o alcance em Israel».

Saeb Erekat, secretário-geral do Comité Executivo da Organização de Libertação da Palestina, afirmou que Israel é responsável pelos ataques em Gaza, assim como pela deterioração da situação no território. «Reiteramos a nossa reclamação de protecção internacional. Exortamos a comunidade internacional a fazer todo o necessário para impedir um novo massacre em Gaza», declarou.

Por seu lado, o enviado estado-unidense Jason Greenblatt afirmou o apoio dos EUA ao Estado sionista: «Estamos com Israel, que se defende contra estes ataques.»

A presente escalada de agressão de Israel ocorre após meses de violenta repressão pelas forças sionistas dos manifestantes desarmados que participam na Grande Marcha do Retorno, iniciada em 30 de Março. O número de vítimas do massacre ultrapassa já os 221 mortos e os 24 000 feridos.

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