Gaza

O Exército israelita enviou para a fronteira de Gaza 100 atiradores de elite com autorização para usar munições reais, como parte dos preparativos para reprimir as manifestações palestinas planeadas a partir da próxima sexta-feira.Os organizadores afirmaram esperar que milhares de pessoas de Gaza, incluindo famílias inteiras, respondam ao apelo para se reunirem em tendas em cinco locais ao longo da fronteira entre o território sitiado e Israel, num protesto de seis semanas pelo direito de retorno dos refugiados palestinos, vítimas da limpeza étnica efectuada por Israel em 1948.Segundo os organizadores, a marcha permanecerá a 700 metros da vedação fronteiriça com Israel para evitar atritos com as forças israelitas. Um membro do comité organizador declarou ao jornal israelita Haaretz que o objectivo é apresentar o caso dos palestinos ao mundo e não envolver-se em confrontos com o exército israelita.Mas o chefe do Estado-Maior do Exército israelita, tenente-general Gadi Eizenkot, afirmou...

Rachel Corrie, activista estado-unidense solidária com a causa palestina, foi morta em 2003 por um buldózer do exército israelita que se preparava para demolir a casa de um palestino na Faixa de Gaza. Tinha 23 anos. Hoje é o 15.º aniversário da sua morte.Nascida em 10 de Abril de 1979, Rachel foi para a Faixa de Gaza em 2003 como voluntária do International Solidarity Movement, um grupo não violento de activistas pró-palestinos.Em 16 de Março de 2003, na cidade de Rafah, no Sul da Faixa de Gaza, Rachel colocou-se diante de um buldózer israelita na esperança de impedir que demolisse a casa de uma família palestina. Rachel pensava que a sua aparência estrangeira e cabelo loiro dissuadiriam o buldózer. Porém, embora estivesse a usar um megafone e envergasse um colete cor de laranja fluorescente que a tornava claramente visível, foi esmagada pelo buldózer.Na Faixa de Gaza a notícia do seu assassínio foi recebida com tristeza e horror, e o funeral da jovem activista foi uma maciça...

A coluna em que se deslocava o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Rami Hamdallah, foi hoje atingida por uma explosão na Faixa de Gaza cercada. A explosão provocou vários feridos ligeiros.O engenho explosivo, que estaria enterrado a dois metros de profundidade, detonou pouco depois de a coluna de carros, em que seguia também o chefe do Serviço Geral de Inteligência da Autoridade Palestina (AP), Majid Faraj, entrar na Faixa de Gaza através o posto de Erez, controlado por Israel. Nem Hamdallah nem Faraj ficaram feridos.Apesar do atentado, Hamdallah continuou o seu programa na Faixa de Gaza, onde ia inaugurar uma central de dessalinização de água.A Faixa de Gaza, sujeita a um bloqueio por Israel há mais de dez anos, encontra-se em condições humanitárias gravíssimas. A situação é agravada pelas divisões entre a Autoridade Palestina, dirigida pela Fatah e governando a Cisjordânia, e o Hamas, que domina na Faixa de Gaza. O processo de reconciliação iniciado em Outubro passado sob a...

Um agricultor palestino morreu hoje no Sul da Faixa de Gaza depois de ser gravemente ferido a tiro por soldados israelitas, que o alvejaram quando trabalhava no seu terreno.O Ministério da Saúde palestino informou que Mohammed Ata Abu Jame, de 59 anos, foi atingido nas costas pelos soldados israelitas enquanto trabalhava a terra. Transportado para o Hospital Nasser, em Khan Younis, veio a morrer devido aos seus ferimentos.Segundo o exército de Israel, citado pelo jornal Haaretz, o homem entrou numa zona-tampão e aproximou-se da cerca da fronteira de Gaza com Israel, tendo sido baleado porque as forças do exército temiam que ele tentasse atravessar.Testemunhas oculares palestinas afirmaram que o agricultor estava sozinho e não havia confrontos na área quando foi alvejado pelos soldados israelitas estacionados numa torre de observação.Israel impôs uma zona-tampão de 300 metros no interior da Faixa de Gaza ao longo da fronteira comum, impedindo os palestinos de chegarem às suas terras...

As autoridades de ocupação israelitas impedem a entrega do corpo de um pescador palestino morto no domingo, 25 de Fevereiro, enquanto pescava ao largo da Faixa de Gaza cercada.No domingo, a marinha da ocupação israelita matou a tiro o pescador palestino Ismail Saleh Abu Reyala, de 18 anos, ao largo da Faixa de Gaza.O jovem navegava a bordo de um barco de pesca, acompanhado por Mahmoud Adel Abu Reyala, que foi ferido com uma bala no peito, e Ahed Abu Ali, quando o barco foi atacado depois de alegadamente «se desviar da zona de pesca designada», segundo o exército de Israel. Porém, o sindicato dos pescadores de Gaza afirma que o barco de Abu Reyala foi alvejado quando regressava à costa e que os pescadores não violaram os limites da zona de pesca.O barco foi apreendido pelas forças israelitas. Os dois sobreviventes foram libertados após algumas horas de detenção, enquanto o corpo de Reyala foi retido pelas autoridades de ocupação israelitas.Como parte do bloqueio de Israel ao pequeno...

Israel prosseguiu os seus ataques contra a Faixa de Gaza durante a noite de sábado para domingo. As forças armadas israelitas realizaram doze novos ataques, que vêm somar-se aos seis registados anteriormente, visando alvos das forças de resistência palestinas.Dois adolescentes palestinos foram mortos num dos ataques aéreos, a leste da cidade de Rafah, anunciou o Ministério da Saúde de Gaza. As vítimas são Salim Sabah, de 17 anos, e Abdullah Abu Sheyha, também de 17 anos.O ministro da Defesa israelita, Avigdor Lieberman, responsabilizou o Comité de Resistência Popular de Gaza pela explosão junto à vedação de fronteira que provocou ferimentos em quatro soldados israelitas na tarde de sábado. Foi o maior número de israelitas feridos num único ataque desde a guerra contra Gaza em 2014, segundo a comunicação social de Israel. «Até os eliminarmos, as contas continuam por saldar. Levará dois dias, uma semana ou duas semanas», ameaçou Lieberman.Entretanto, as Brigadas Izz Ad-Din Al-Qassam, a...

Israel voltou hoje a lançar uma agressão contra a Faixa de Gaza. Tratou-se, segundo as próprias forças armadas israelitas, de um «ataque em larga escala», em que terão sido atingidos seis alvos do Hamas.Horas antes, quatro soldados israelitas ficaram feridos quando um engenho explodiu perto deles, junto à vedação na fronteira com o Sul da Faixa de Gaza. Segundo a comunicação social israelita, foi o maior número de israelitas feridos num único ataque desde a guerra contra Gaza em 2014.O responsável da explosão, afirmaram os militares israelitas, citados pelo jornal Haaretz, foi o Comité de Resistência Popular de Gaza, que durante a manifestação de sexta-feira teria pendurado uma bandeira na vedação para atrair os soldados.O comité, formado por militantes de diferentes facções armadas de resistência, declarou que a «operação heróica a leste de Khan Younis ocorre no contexto da resposta palestina às incursões [contra a Faixa de Gaza] do inimigo».Israel tem repetidamente declarado que...

Artigo publicado em Orient XXI em 5 de Fevereiro de 2018 Submetidos a um bloqueio israelita com mais de dez anos, milhões de palestinos encerrados em Gaza vivem uma situação dramática que, no entanto, não suscita nenhuma indignação da «comunidade internacional». E os próximos meses podem ser ainda piores.Na manhã de 22 de Janeiro de 2018 as portas das lojas da Faixa de Gaza permaneceram obstinadamente fechadas, e à tarde os punhos irados de centenas dos seus habitantes ergueram-se em sinal de derradeiro protesto contra a situação económica do território, já exausto. Esta greve seria seguida três dias depois por um novo dia de mobilização, na sequência da decisão dos Estados Unidos de congelar 65 milhões de dólares do orçamento anual atribuído à Agência de Socorro e Trabalhos das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, United Nations Relief and Works Agency for Palestine Refugees in the Near East). A 29 de Janeiro o guião repete-se, e desta vez as ruas...

A única central eléctrica da Faixa de Gaza deixou de funcionar por causa da falta de combustível, num contexto de agravamento das condições humanitárias no pequeno território palestino cercado.Mohammed Thabet, porta-voz da Empresa de Electricidade de Gaza, declarou que a central eléctrica parou de funcionar à meia-noite por falta de combustível. «A Faixa de Gaza precisa de cerca de 500 megawatts por dia. Temos um défice energético de 380 megawatts», afirmou.A paragem da central, que produz cerca de 20 megawatts por dia com combustível importado do Egipto, vem agravar uma já crítica falta de energia. Os dois milhões de habitantes de Gaza só têm cerca de quatro horas de electricidade por dia, produzida por esta central e também proveniente de Israel e do Egipto.Nas últimas semanas, 3 hospitais e 16 centros médicos deixaram de prestar serviços essenciais devido à escassez de combustível. O combustível para os geradores hospitalares também atingiu níveis críticos.A central eléctrica já foi...

Escolas, clínicas e centros de distribuição de alimentos na Faixa de Gaza cercada estiveram hoje fechados devido a uma greve dos 13.000 empregados da UNRWA, a agência das Nações Unidas de assistência aos refugiados palestinos no Próximo Oriente.Os empregados palestinos estão indignados com a decisão dos EUA de reduzir a sua contribuição anual para o funcionamento da UNRWA, que tem 278 escolas em Gaza, frequentadas por cerca de 300.000 alunos.Os serviços da UNRWA abrangem o ensino primário e profissional, cuidados de saúde primários, serviços sociais, infra-estruturas e melhoria dos campos, microfinanças e ajuda de emergência, incluindo em situações de conflito armado. A assistência da UNRWA é fundamental para a sobrevivência de cerca de 1,5 milhões de refugiados palestinos (de um total de 5 milhões) que vivem em 58 campos de refugiados nos territórios palestinos ocupados da Faixa de Gaza e Margem Ocidental (incluindo Jerusalém Oriental), e ainda no Líbano, Jordânia e Síria.A UNRWA é...