Um morto e quase mil palestinos feridos por repressão israelita na Faixa de Gaza
As forças de ocupação israelitas mataram um palestino e feriram 968 outros durante durante a repressão dos protestos da Grande Marcha do Retorno ocorridos hoje, 13 de Abril, na Faixa de Gaza cercada.
Os soldados israelitas dispararam tiros e granadas de gás lacrimogéneo contra os manifestantes, causando a morte de Islam Herzallah, de 28 anos. Entre os feridos incluem-se 17 jornalistas e equipas médicas. Dos 968 palestinos feridos, 419 foram evacuados para o hospital, sendo 233 vítimas de balas reais e 13 de balas de borracha.
Nas duas anteriores semanas de protestos quase 1300 palestinos já tinham sido feridos a tiro por soldados israelitas, segundo uma contagem realizada pelo Ministério da Saúde de Gaza. Outros 1554 foram tratados devido à inalação de gás lacrimogéneo ou ferimentos por balas de aço revestidas de borracha. Além disso, 34 palestinos foram mortos durante este período.
Durante os protestos, que se realizaram pela terceira semana consecutiva, os manifestantes ergueram bandeiras da Palestina, incluindo uma grande bandeira içada num mastro de 25 metros de altura perto da cidade de Rafah.
Protestos semelhantes ocorreram em muitos locais da Cisjordânia ocupada, nomeadamente em Ramala, Qalqilia e Hebron. Registaram-se casos de sufocamento como resultado do lançamento de gás lacrimogéneo pelas forças da ocupação israelita.
A duração prevista do protesto é de seis semanas, tendo começado em 30 de Março, a coincidir com o Dia da Terra Palestina, e devendo prolongar-se até ao dia 15 de Maio — o 70.º aniversário da Nakba (Catástrofe) palestina, em que mais de 750 000 palestinos foram expulsos das suas terras durante a limpeza étnica levada a cabo pelas forças sonistas em 1948, antes e depois da formação do Estado de Israel.