83 palestinos feridos por fogo de forças israelitas em sexta-feira de protestos em Gaza

O Ministério da Saúde de Gaza informou, num balanço às 20h00 locais, que durante as manifestações da Grande Marcha de Retorno ao longo da fronteira da Faixa de Gaza cercada com Israel, mais de 1140 pessoas necessitaram de cuidados médicos, incluindo pelo menos 149 menores e 78 mulheres. Entre os feridos, 83 foram vítimas de balas reais. Três dos feridos estão em estado crítico.
É a primeira sexta-feira desde o início dos protestos em que nenhum palestino foi morto por forças israelitas.
Milhares de palestinos começaram desde as primeiras horas da manhã a manifestar-se nos cinco campos erguidos ao longo da fronteira leste de Gaza. Tratou-se da sexta semana consecutiva dos protestos da «Grande Marcha do Retorno», em que milhares de palestinos manifestam de forma pacífica o seu apoio ao direito colectivo dos refugiados de retornarem às suas terras de origem no território que hoje é Israel. Setenta por cento dos habitantes de Gaza são refugiados ou seus descendentes.
O Comité Nacional Supremo da Grande Marcha do Retorno decidiu nomear esta jornada «Sexta-feira dos Trabalhadores Palestinos», para marcar o 1.º de Maio e homenagear os trabalhadores palestinos, que desempenham um papel significativo na luta nacional contra a ocupação.
Desde o início da Grande Marcha do Retorno, 50 palestinos foram mortos e mais de 7000 ficaram feridos em resultado da violência da repressão dos manifestantes desarmados por parte de Israel.
As manifestações fazem parte de um protesto que culminará em 15 de Maio, dia que marcará o 70.º aniversário de Israel e simultaneamente o 70.º aniversário da Nakba («Catástrofe»), a limpeza étnica realizada pelas forças sionistas e que resultou na expulsão de 750 000 palestinos em 1948.

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