Ocupação, Colonização e Apartheid Israelitas

Um palestino foi morto na manhã de hoje, 5 de Abril, depois de ser alvejado por um drone israelita a leste da cidade de Gaza. Fontes médicas do Hospital Shifa afirmaram que o corpo foi encontado por paramédicos do Crescente Vermelho.
O corpo não pôde ser imediatamente identificado, por ter ficado despedaçado pelo míssil.
Um outro palestino morreu hoje devido aos ferimentos sofridos na sexta-feira passada. Eleva-se assim para 19 o número de palestinos mortos em Gaza desde 30 de Março.
Nesse dia o exército israelita reprimiu brutalmente os participantes na Grande Marcha do Retorno, que se iniciava simbolicamente no Dia da Terra palestina. Foram mortos 16 palestinos e ficaram feridos mais de 1400, muitos dos quais se encontram em estado crítico.
Entretanto, o Ministério da Saúde palestino em Gaza pediu assistência internacional urgente para enfrentar a situação de emergência nos hospitais da Faixa de Gaza.
«Devido ao grande número de vítimas, o Ministério precisa urgentemente de mais...

Um palestino sucumbiu hoje aos seus ferimentos, três dias depois de ser atingido por atiradores de elite israelitas quando participava numa manifestação não violenta na Faixa de Gaza. O número de mortos sobe assim para 18.
Fontes médicas informaram que Faris al-Raqib, de 29 anos, sucumbiu aos graves ferimentos que sofreu ao ser atingido a tiro no estômago, enquanto participava juntamente com dezenas de milhares de outros palestinos na Grande Marcha do Retorno, junto à fronteira de Gaza com Israel.
Além dos 18 palestinos mortos, cerca de 1500 ficaram feridos, muitos dos quais permanecem hospitalizados.
A União Europeia e o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelaram a um inquérito independente, prontamente rejeitado pelo governo israelita pela voz do ministro da Defesa, Avigdor Lieberman.
Na sexta-feira, 30 de Março, dezenas de milhares de palestinos deram início na Faixa de Gaza cercada à Grande Marcha do Retorno, para exigir o direito de regressar às aldeias e cidades de onde...

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, elogiou as forças repressivas de Israel após o assassínio de 17 palestinos na Faixa de Gaza, a maior matança desde a guerra de agressão contra este território palestino em 2014.«Parabéns aos nossos soldados», disse Netanyahu. Numa declaração publicada hoje, sábado 31 de Março, agradeceu às suas tropas por «guardarem as fronteiras do país».Ontem, além dos 17 mortos, mais de 1500 pessoas ficaram feridas, segundo o Ministério da Saúde da Palestina. As forças israelitas dispararam balas reais e balas de aço revestidas de borracha e usaram gás lacrimogéneo contra os manifestantes.O grupo palestino de direitos humanos Adalah afirmou que o exército israelita assumiu «acidentalmente» a responsabilidade pelos ataques aos manifestantes palestinos num post de sua página oficial no Twitter, posteriormente apagado. «Ontem vimos 30.000 pessoas; chegámos preparados e com reforços precisos. Nada foi realizado sem controlo; tudo foi preciso e medido, e...

Os palestinos de todo o mundo comemoram o dia 30 de Março como Dia da Terra. Nesse dia, em 1976, forças repressivas israelitas mataram seis palestinos cidadãos de Israel que protestavam contra a expropriação de terras propriedade de palestinos, no Norte de Israel, para aí construir comunidades judaicas.

Cerca de 100 outras pessoas ficaram feridas e centenas foram presas durante a greve geral e grandes manifestações de protesto que nesse dia ocorreram em diferentes localidades palestinas no território do Estado de Israel. O Dia da Terra simboliza a determinação do povo palestino de preservar a sua história, o seu apego à sua terra como elemento essencial da sua identidade e da sua própria existência como povo na sua pátria.

Mas o Dia da Terra é, este ano, marcado pela grande acção de protesto pacífica intitulada «Grande Marcha do Regresso». Com início simbolicamente ligado ao Dia da Terra, o protesto deve estender-se até 15 de Maio, o dia que os palestinos designam por Dia da «Nakba...

«The Nakba — From 1948 to Today» é um artigo escrito por Ben White especialmente para a Palestine Solidarity Campaign, e publicado na página daquela organização em 29 de Abril de 2016. O que é a Nakba?A Nakba («catástrofe» em árabe) refere-se à limpeza étnica dos palestinos e à destruição de comunidades palestinas que ocorreram com a criação do Estado de Israel em 1948.Cerca de 85% a 90% dos palestinos que viviam no que se tornou Israel foram expulsos (cerca de 700 a 800 mil) [1]. Quatro em cada cinco cidades e aldeias palestinas foram destruídas ou repovoadas por israelitas judeus [2]. Em cidades como Haifa e Acre, os bairros palestinos foram esvaziados e repovoados.A expulsão de palestinos já estava bastante adiantada aquando da declaração unilateral de independência de Israel. Entre 30 de Março e 15 de Maio, cerca de 200 aldeias palestinas foram, nas palavras do historiador israelita Ilan Pappe, «ocupadas e os seus habitantes expulsos» [3]. Assim, antes mesmo do início da guerra...

Relatório publicado por Defense for Children International – Palestine (DCIP), uma secção nacional da organização Defense for Children International (DCI). Ramala, 18 de Janeiro de 2018 — O ano passado marcou 50 anos da ocupação militar israelita, sem sinais de redução da vulnerabilidade dos menores palestinos a ferimentos e prisões militares abusivas na Cisjordânia. A rápida degradação das condições de vida na Faixa de Gaza pôs em perigo os direitos humanos mais básicos, tornando-se as crianças danos colaterais num impasse político interno palestino.O abuso de armas de controlo de multidões pelas forças israelitas causou ferimentos graves e permanentes a alguns menores, enquanto outros sofreram maus-tratos, num contexto de altas taxas de detenção pelos militares. Uma crise da electricidade na Faixa de Gaza provocou o mais severo agravamento da crise humanitária em curso desde que Israel impôs um bloqueio militar há uma década, com fortes repercussões nos direitos dos menores a água...

O Exército israelita enviou para a fronteira de Gaza 100 atiradores de elite com autorização para usar munições reais, como parte dos preparativos para reprimir as manifestações palestinas planeadas a partir da próxima sexta-feira.Os organizadores afirmaram esperar que milhares de pessoas de Gaza, incluindo famílias inteiras, respondam ao apelo para se reunirem em tendas em cinco locais ao longo da fronteira entre o território sitiado e Israel, num protesto de seis semanas pelo direito de retorno dos refugiados palestinos, vítimas da limpeza étnica efectuada por Israel em 1948.Segundo os organizadores, a marcha permanecerá a 700 metros da vedação fronteiriça com Israel para evitar atritos com as forças israelitas. Um membro do comité organizador declarou ao jornal israelita Haaretz que o objectivo é apresentar o caso dos palestinos ao mundo e não envolver-se em confrontos com o exército israelita.Mas o chefe do Estado-Maior do Exército israelita, tenente-general Gadi Eizenkot, afirmou...

O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas adoptou várias resoluções sobre Israel e a sua ocupação ilegal da Cisjordânia, Jerusalém Oriental e Montes de Golã, e também sobre as violações dos direitos humanos dos palestinos, durante a sua 37.ª sessão, que terminou na passada sexta-feira, 23 de Março.Uma das resoluções pede à comunidade internacional um embargo da venda de armas a Israel, fazendo-se eco das campanhas internacionais a favor de um embargo da venda de armas a Israel desde o seu último ataque contra a Faixa de Gaza, em 2014.Outras resoluções apelam a Israel a que se retire dos Montes Golã ocupados, tomados à Síria após a guerra de 1967, regresse às fronteiras anteriores a 1967 e suspenda a construção de colonatos na Cisjordânia. A última resolução condena Israel pelas suas violações dos direitos humanos dos palestinos que vivem sob a ocupação.Embora as resoluções sejam sobretudo simbólicas, já que a ONU não possui um mecanismo para impor a sua aplicação, representam um...

No dia Dia Mundial da Água, 22 de Março, Israel continua a negar ao povo palestino o direito à água.Contrariamente ao que se quer fazer crer, a falta de água nos territórios palestinos ocupados não é devida a um problema climático ou técnico, mas sim a um problema político.Na guerra de 1967 Israel apossou-se de todos os recursos hídricos dos Montes Golã e da Cisjordânia recém-ocupados, cumprindo assim o objectivo que já em 1919 era afirmado pela delegação sionista à Conferência de Paz de Paris. Israel mantém ainda hoje o controlo exclusivo sobre todos os recursos hídricos existentes entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo, com excepção da pequena parte do aquífero costeiro existente sob a Faixa de Gaza, e utiliza a água segundo as suas conveniências, ignorando as necessidades dos palestinos.Ao abrigo dos Acordos de Oslo, assinados entre palestinos e Israel nos anos 1990, Israel manteve o controlo dos recursos hídricos na Cisjordânia. A água é uma das questões que deveriam ser reguladas...

O tribunal militar israelita de Ofer, na Cisjordânia ocupada, condenou hoje Ahed Tamimi a oito meses de prisão e uma multa de 5000 shekels (1370 euros) e sua mãe, Nariman, também a oito meses de prisão e uma multa de 6000 shekels (1400 euros), após um acordo entre a sua advogada e a procuradoria militar.Ahed Tamimi — uma das 356 crianças e adolescentes palestinos actualmente nas cadeias israelitas — foi presa em 19 de Dezembro pelas forças de ocupação quando tinha apenas 16 anos (completou, entretanto, 17 anos). Foi acusada de esbofetear um soldado israelita que invadiu a casa da sua família na aldeia de Nabi Saleh, perto de Ramala. Pouco antes deste episódio, o seu primo Mohammed, de 15 anos, tinha sido baleado na cabeça por soldados israelitas, ficando em estado muito grave. A mãe, Nariman, foi presa no mesmo dia por filmar o incidente e colocar o vídeo na internet, sendo por isso acusada de «incitamento».A sessão de hoje, tal como todo o processo, decorreu à porta fechada. O...