Médio Oriente

Tendo presente o papel devastador que a NATO assumiu com as suas intervenções contra países soberanos, nomeadamente no Médio Oriente, e quando, em Bruxelas se reúne mais uma cimeira daquela organização, o MPPM respondeu, com outras organizações, ao apelo lançado pelo CPPC para denunciar o carácter belicista da NATO, participando no acto público hoje realizado, em Lisboa, com um desfile entre a Praça Luís de Camões e o Rossio, e subscrevendo o seguinte documento:
«Em defesa da paz e da segurança no mundo! Não aos objectivos belicistas da Cimeira da NATO de Bruxelas!
A NATO – Organização do Tratado do Atlântico Norte – é um bloco político-militar responsável por guerras de agressão contra Estados soberanos e seu imenso legado de morte, sofrimento e destruição, incluindo o drama de dezenas de milhões de deslocados e refugiados, muitos deles mulheres e crianças, principais vítimas de redes de tráfico humano.
Na Arábia Saudita, primeira escala da sua primeira visita ao estrangeiro, o presidente estado-unidense, Donald Trump, trouxe más notícias para os povos do Médio Oriente e a paz na região.
É eloquente a própria escolha do país: a petromonarquia saudita é um dos regimes mais reaccionários e intolerantes do mundo, campeão do desrespeito pelos direitos humanos (nomeadamente das mulheres), conduz uma guerra de agressão contra o povo iemenita e organiza e financia, nomeadamente contra a República Árabe Síria, organizações que os Estados Unidos afirmam combater na chamada «guerra contra o terrorismo Estados Unidos 110 mil milhões de dólares de armamentos, que sobretudo servirão para desempenhar o seu papel de polícia dos interesses imperiais nesta região.
O MPPM condena o bombardeamento levado a cabo pelos Estados Unidos da América contra a Síria. O lançamento de 59 mísseis Tomahawk na madrugada do passado dia 7 de Abril contra a base aérea síria de Shayrat, alegadamente em «retaliação» pelo emprego de armas químicas pelas forças armadas sírias contra a população civil de Khan Sheikoun, constitui um acto de agressão efectuado à margem da ONU e ao arrepio do direito internacional, com repercussões negativas em todo o Médio Oriente.

O MPPM condena o bombardeamento levado a cabo pelos Estados Unidos da América contra a Síria. O lançamento de 59 mísseis Tomahawk na madrugada do passado dia 7 de Abril contra a base aérea síria de Shayrat, alegadamente em «retaliação» pelo emprego de armas químicas pelas forças armadas sírias contra a população civil de Khan Sheikoun, constitui um acto de agressão efectuado à margem da ONU e ao arrepio do direito internacional, com repercussões negativas em todo o Médio Oriente.

Exmo. Senhor Engenheiro António Guterres,
Secretário-Geral da ONU
Sabemos que o mandato que agora começa será muito exigente.
Os problemas do nosso planeta são dramáticos, e exigem uma acção urgente por parte da comunidade internacional.
Talvez nunca, desde a Segunda Guerra Mundial, os perigos de uma conflagração bélica entre as maiores potências nucleares do planeta tenham sido tão grandes.
Para os povos do Médio Oriente, o flagelo da guerra é já uma realidade terrível. O Século XXI tem sido para eles um Século de sucessivas guerras, impostas ou alimentadas a partir do exterior, com inconfessáveis ambições de dominação económica.
Uma fonte militar síria declarou à agência noticiosa SANA que foram disparados vários mísseis israelitas a partir da área do lago de Tiberíades, no Norte de Israel, os quais atingiram as imediações do aeroporto de al-Mezzeh (situado a 8 km a sudoeste de Damasco) às 00h25 da noite de 12 para 13 de Janeiro, causando um incêndio.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria condenou fortemente o ataque israelita, denunciando a agressão em cartas dirigidas ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e ao presidente rotativo do Conselho de Segurança das Nações Unidas, Olof Skoog. «O novo ataque israelita com mísseis contra o aeroporto militar de al-Mezzeh inclui-se numa longa série de ataques israelitas desde o início da guerra terrorista contra a soberania, integridade territorial e independência da Síria», afirma-se nas cartas.
Por iniciativa do CPPC (Conselho Português para a Paz e Cooperação), vinte organizações, entre as quais o MPPM, subscreveram o comunicado seguinte sobre a situação na Síria:
«Pela Paz na Síria
Fim à ingerência e à agressão
Pelo respeito da soberania e independência da Síria
Há mais de cinco anos que a Síria e o seu povo enfrentam uma cruel agressão, resultante da ingerência externa e da acção de terror de grupos de mercenários, financiados, treinados e armados pelos EUA, a França, o Reino Unido, Israel, a Turquia, a Arábia Saudita, o Qatar, entre outros países. Uma guerra de agressão que provocou centenas de milhares de mortos e feridos, milhões de deslocados e refugiados, a destruição de um país, com tudo o que significa para a vida dos trabalhadores e população em geral.
Milhares de pessoas manifestaram-se na sexta-feira 30 de Setembro no centro da capital da Jordânia, Amman, para protestar contra um contrato para a compra de gás israelita pela Jordânia. Os opositores ao acordo caracterizam-no uma concessão à «entidade sionista» e contrário aos interesses jordanos. O governo da Jordânia, em que mais de 60% da população é de origem palestina, foi acusado de assinar o negócio «à porta fechada» e contra os desejos da nação.
Este protesto é o quarto em quatro dias. Na quinta-feira, os serviços de segurança impediram uma outra manifestação em Irbid.
Durante a manifestação, convocada pela Campanha Nacional contra o Contracto do Gás com a Entidade Sionista, os participantes entoaram palavras de ordem como «O gás da ocupação é ocupação» e «O povo quer cancelar o contracto [do gás]».
Numa troca de e-mails com um amigo em Março de 2015, revelada no começo desta semana pelo site DCLeaks.com, o antigo secretário de Estado dos EUA Colin Powell afirmou que Israel possui 200 ogivas nucleares.
Nessa troca e-mails, Colin Powell discutia um discurso pronunciado nesse dia numa rara sessão conjunta do Congresso estado-unidense pelo primeiro-ministro israelita em que Benjamin Netanyahu se opunha ferozmente ao acordo então proposto pelo presidente Barack Obama para limitar o programa nuclear do Irão.
Sublinhando a gritante hipocrisia da posição de Israel, o antigo secretário de Estado escrevia: «Os iranianos não podem usar uma se finalmente fizerem uma. Os rapazes de Teerão sabem que Israel tem 200, todas apontadas a Teerão, e nós temos milhares.»
Na noite de 16 de Setembro de 1982, milícias falangistas libanesas invadiram os campos de refugiados de Sabra e Chatila, nos arredores de Beirute, com a conivência do exército israelita que, desde Junho, ocupava a capital do Líbano. Durante 40 horas levaram a cabo um hediondo massacre de que resultaram numerosas vítimas palestinas, em grande parte mulheres e crianças. Enquanto os falangistas executavam a sua macabra missão, o exército israelita bloqueava as saídas dos campos para evitar a fuga dos refugiados em pânico e, à noite, iluminava o terreno com foguetes luminosos.
O número exacto de vítimas é difícil de determinar pois, além do milhar de corpos enterrados em valas comuns pela Cruz Vermelha, muitas vítimas ficaram soterradas nas casas derrubadas a buldózer pelas milícias e centenas de palestinos foram por elas levados para destino desconhecido de onde nunca regressaram. Uma estimativa credível aponta para 3500 vítimas.

Páginas

Subscreva Médio Oriente